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Seleção volta a campo hoje, mas futebol não é com o Brasil na história dos Jogos Olímpicos

A seleção brasileira na Olimpíada de 1972, tinha o goleiro Vitor, do Cruzeiro, ao lado do zagueiro Abel (esq.), Falcão (terceiro da esquerda para a direita), Roberto Dinamite e outros grandes jogadores.

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O Brasil enfrenta hoje o Iraque, 22 horas, e deve vencer com facilidade, mas a medalha de ouro é um tabu olímpico para nós, desde 1952 em Helsinque. Naquele ano tinha craques como Vavá e Zózimo, mas foi eliminado nas quartas de final pela Alemanha, em derrota de 4 a 2. Em 1960 voltou a disputar, em Roma, e saiu na primeira fase, com Gérson e outros grandes jogadores, perdendo de 3 a 1 para a Itália. Em Tóquio’1964, comandada pelo campeão do mundo Vicente Feola, a seleção brasileira voltou a ser eliminada na primeira fase: Tchecoslováquia por 1 a 0. No México em 1968, nova queda na fase inicial com dois empates e uma derrota. Tinha Ferreti como principal jogador.

Em 1972 a então CBD, hoje CBF, resolveu mandar o que havia de melhor no país, dentro da idade permitida, abaixo de 21 anos. Foram jogadores como Falcão, Roberto Dinamite, Pintinho, Abel, Rubens Galaxe e Nilson Dias. O goleiro era Vitor, uma promessa do Cruzeiro na época e estava lá em Munique. Nova eliminação na primeira fase. A disputa era desigual, já que os países do bloco comunista jogavam com suas seleções principais, contra juniores.  Em Montreal 1976, 4º lugar, com o goleiro Carlos e os hoje comentaristas Júnior e Batista.

Em 1980 o Brasil parou no pré-olímpico e não disputou o futebol em Moscou, vexame que voltou a se repetir em Barcelona 1992 e Atenas 2004. Em Los Angeles’1984 a primeira medalha, prata, com Mauro Galvão, Dunga e derrota na final de 2 a 0 para a França. Em Seul’1988, prata de novo, perdendo para a União Soviética na prorrogação por 1 a 0, com Taffarel, Romário, Jorginho e Bebeto.

Em Atlanta’1996 Zagallo com Dida, Roberto Carlos, Rivaldo e Ronaldo foram eliminados pela Nigéria. Em Sidney’2000, Vanderlei Luxemburgo, com Ronaldinho Gaúcho e Alex 10 saíram nas quartas de final contra Camarões. Em Pequim’2008, com Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves, Pato, Diego, Rafinha e Hernane, derrota de 3 a 0 para a Argentina. Em Londres’2012, Mano Menezes, Neymar e cia., perderam a final para o México, o que motivou a demissão do treinador da seleção que veio a dar vexame na Copa de 2014 com Felipão.


Show de abertura dos Jogos Olímpicos foi bom demais da conta!

Pelo que se lê nas redes sociais o mundo gostou da beleza do show de abertura dos Jogos, no Maracanã. Realmente foi ótimo, com simplicidade, valorização da nossa história e prestígio a artistas que são a cara do Rio e do Brasil, como Tom Jobim, Paulinho da Viola, Caetano, Gil, Zeca Pagodinho, Wilson das Neves e até o nosso Carlos Drumond de Andrade, de Itabira, cuja poesia foi destacada na defesa da natureza e meio ambiente. Não deu para Pelé acender a pira olímpica. Respeito a vontade dele de não expor ao mundo os problemas físicos e de locomoção que vem enfrentando.

VANDERLEI

Foi muito bem substituído por Guga, Hortência e Vanderlei Cordeiro de Lima, o injustiçado e sacaneado por um padre doido, nos Jogos de Atenas 2004. Escolhas acertadíssimas do Comitê Organizador.

A minha torcida é total para que tudo dê certo e que não tenhamos maiores problemas. O medo maior se refere à violência cotidiana do Rio e do país, além do terrorismo, que seria uma novidade em nossas terras. As demais questões envolvendo as competições e instalações esportivas se resolvem. São problemas que ocorrem em toda grande disputa desse tipo e, principalmente, no Brasil não seria diferente.

ABERTURA

A população da cidade do Rio já ganhou, com a Olimpíada, o que toda grande cidade do Brasil precisa e sonha: investimentos federais de R$ 38 bilhões em transporte público, praças, avenidas e segurança. Que o país aproveite o momento e nossos governantes criem vergonha na cara e ponham em prática políticas públicas voltadas ao esporte, para a população inteira, do mais jovem ao mais velho, passando pelas escolas, igual a Austrália fez. Esporte representa saúde, inclusão social, geração de oportunidades e cidadania.


Estilo de cobertura para conhecer melhor, pensar e ajudar a repensar o país

Capa do caderno Cidades do Correio Braziliense de hoje sobre o protesto dos policiais civis do Distrito Federal

Me propus cobrir esta Olimpíada no Brasil de forma semelhante às coberturas que faço de grandes eventos como este no exterior, tendo como principal foco os bastidores e o dia a dia das pessoas nas cidades envolvidas. Inclusive com comparações com o nosso cotidiano em Minas Gerais. Na semana passada estive no Rio, voltei a Belo Horizonte e agora estrou em Brasília. Retornarei a Beagá para assistir os jogos da Alemanha e Portugal no Mineirão e depois, novamente Rio, para o fim dos Jogos. Assim como fiz nos países e cidades sedes das olimpíadas anteriores, viajo de carro, ando de ônibus, trem, metrô e frequento os ambientes frequentados pelos moradores. Sempre ligado nas mídias locais, especialmente jornais, rádios e TVs, que dão informações que a grande mídia nacional não tem espaço para dar ou interesse em divulgar.

Aqui em Brasília, por exemplo, um comentarista de rádio criticou na manhã de ontem o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal, por desobedecer a Justiça e fazer protesto nas imediações do estádio Mané Garrincha, antes e durante Brasil x África do Sul. Desobediência que custará R$ 500 mil, de multa ao Sindicato. E informou que um delegado iniciante no DF já começa ganhando R$ 16, 5 mil.

Vi e fotografei este protesto dos policiais antes do jogo, mas muitos detalhes passaram desapercebidos no exato instante. Só na manhã de ontem vi, em um jornal brasiliense, uma das faixas deste protesto de mais de mil delegados e investigadores no Mané Garrincha, que alertava: “Cuidado! Distrito Federal perigoso! homicídios e roubos em 2015: 56.827 – Policiais para investigar: 168”.

O estádio Mané Garrincha tem capacidade para 72 mil pessoas e recebeu mais de 60 mil na estreia da seleção brasileira. Havia muitos lugares vazios porque alguns patrocinadores que têm cotas de ingressos não os distribuíram. Setores como de autoridades e imprensa, estavam vazios por falta de interesse mesmo. Menos jornalistas que o esperado e políticos com medo de vaia.

CADEIRANTE1

Umas das principais virtudes do Estádio Mané Garrincha é que portadores de deficiência, como cadeirantes, tiveram as suas necessidades especiais respeitadas e o acesso facilitado.


Prefeitura de Ipatinga esclarece as condições do aluguel do Ipatingão

Recebi do Lúcio Reis, Secretário Municipal de Comunicação Social, e agradeço, o seguinte esclarecimento da Prefeitura de Ipatinga:

“Em nome da Prefeitura de Ipatinga, vale alguns esclarecimentos. Todos os cuidados estão sendo tomados para preservar o gramado do Ipatingão. Os técnicos da empresa responsável acompanham os trabalhos, foram tomadas medidas pré-evento e já determinadas quais serão as providencias tomadas após o evento. Acreditamos mesmo que o Ipatingão precisa se tornar um equipamento multiuso, como o são todos os modernos estádios do país. Os organizadores dos eventos realizaram investimentos no estádio que a prefeitura, em virtude da séria crise financeira que atravessa, não conseguiria realizar. Isso vai permitir ao estádio conseguir o seu AVCB, liberando-o novamente para jogos. A administração tem ainda se empenhado em ccnseguir a liberação de recursos por parte do governo federal para o término das obras de modernização, iniciadas no ano passado e paralisadas em virtude da falta de repasse pelo Ministério do Esporte. A preocupação revelada pelo jornalista Fernando Rocha, reflete a mesma responsabilidade com que vem sendo tratada a questão pelo governo municipal, que trabalha para assegurar as melhores condições possíveis para que o Ipatingão possa reviver seus grandes dias.”

Lúcio Reis
Secretário Municipal de Comunicação Social


Pausa para uma notícia muito triste e luto: morreu Vander Lee

Que tristeza nesta manhã de 5 de agosto ao tomar conhecimento que morreu hoje o Vander Lee, um dos grandes compositores e cantores da nova geração da MPB. Tive o prazer de conhecê-lo em 1997 durante o Projeto Matriz, em Conceição do Mato Dentro, em que ele foi uma das atrações. Pouco tempo depois ele nos deu a honra de ir ao Minas Esporte, nosso programa na TV Bandeirantes. Levado pelo amigo João Bosco da Moreira Lima Produções, foi com o seu violão, apresentar a música “Eu sou Galo e ela é Cruzeiro”, uma obra prima, que pode ser vista e ouvida neste linK:

Figura fina, simples, carismática,  brilhante. Foi-se com apenas 50 anos de idade. Que descanse em paz!

Se de todo fato ruim, aproveita-se algo positivo, fica o consolo de que a simpatia dele no trato com as pessoas em geral, o colocou hoje nos trending topics do Twitter no Brasil e no mundo, segundo informações do portal Uai, que deu mais detalhes:
*“Famosos lamentam morte do cantor Vander Lee nas redes sociais”

De acordo com a nota divulgada pelo Hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte, Vander Lee morreu às 8h desta sexta-feira. O cantor se sentiu mal na tarde dessa quinta-feira, 5, quando fazia hidroginástica e foi levado ao hospital da Unimed. De lá, foi encaminhado para o Hospital Madre Teresa, onde foi constatado um aneurisma no coração.

O cantor foi operado durante a noite e internado na UTI 3 do Hospital Madre Teresa, mas ainda durante a noite, teve 11 paradas cardíacas e não resistiu.

* http://www.uai.com.br/app/noticia/e-mais/2016/0/05/noticia-e-mais,182826/famosos-lamentam-morte-do-cantor-vander-lee-nas-redes-sociais.shtml


 Absurdo contra o futebol mineiro: estão acabando com o gramado do Ipatingão

Fotos desta quinta-feira cedo, da montagem do palco e da gigantesca estrutura em cima do gramado.

Recebi do companheiro jornalista Fernando Rocha, de Ipatinga:

* “A atual Administração da Prefeitura de Ipatinga simplesmente autorizou um grande show para o próximo sábado, “Vila Mix”, com várias duplas sertanejas de renome nacional (Jorge & Mateus, etc), com previsão de público de 20 a 30 mil pessoas, com pisoteio liberado no gramado, que já está castigado e nem sequer recebe água há mais de uma semana, pois eles liberaram também para um evento da Igreja Adventista.

Em troca ,a Prefeitura diz que a empresa e a Igreja custearam reparos nos equipamentos e materiais necessárias para atender o laudo de Prevenção a Incêndio e Pânico a fim de obter o laudo do Corpo de Bombeiros, pois o estádio estava interditado desde o ano passado para jogos de futebol, o que obrigou o Ipatinga jogar em Fabriciano e foi um dos motivos do seu rebaixamento à 3ª Divisão.

Alegam também que possuem laudos garantindo que o gramado não sofrerá danos maiores.

Já viu uma coisa dessas? Todos os grandes estádios liberam o gramado desde que seja feita a proteção dentro das normas técnicas e com o máximo de cuidado, mesmo assim o piso ainda sofre e fica várias semanas com marcas e problemas.

Eles estão simplesmente destruindo um patrimônio do futebol da nossa região e de Minas Gerais, pois o Ipatingão em plenas condições sempre serviu de opção para Atlético e Cruzeiro, assim como a Arena do Jacaré em Sete Lagoas.

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Em 2004, o Galo estava prestes a cair e transferiu seus jogos decisivos para o Ipatingão conseguindo escapar, inclusive com aquela goleada histórica de 6 x 1 no Flamengo.

Agora, o Cruzeiro nessa situação difícil, se não conseguir se adaptar ao Independência, poderia também seguir este caminho, não é mesmo? Mas a atual Administração prefere acabar com o pouco que ainda temos. Uma vergonha! Meu coração dói de ver um absurdo desses.”

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Um abraço, Fernando Rocha


Um Cruzeiro pouco mudado, mas muito diferente

A cornetagem já começava pegar no pé do Rafael Sóbis porque ele ainda não havia dado o “ar da graça”. Contra o Inter, o ex-clube dele, em jogo fundamental, calou a boca de todos e fez três gols.

Taticamente o time não mudou muito, mas o empenho de cada jogador é outro. Mano Menezes conseguiu mexer com os brios da turma e animar a todos. O Cruzeiro joga com determinação, os jogadores têm outra postura em campo. O Inter foi transformado em um time qualquer nesta noite no Independência.


Uma partida impecável do Atlético no Morumbi

Foi o melhor jogo que vi do Galo este ano. O Fábio Anselmo discorda. Para ele foi contra o Palmeiras.

Entendo diferente sobre esta noite. Não só pela vitória, mas pelo comportamento do time do início ao fim. Tomou um gol “bobo” logo de cara. Que o Victor não teve culpa, porque o time estava saindo pro jogo, perdeu a bola e ele estava no lugar onde normalmente qualquer goleiro fica quando o time está saindo com a bola. Além da felicidade do argentino Andrés Chaves do São Paulo no chute.

Com a experiência dos mais velhos e a força física dos mais novos, misturou paciência, técnica individual, o coletivo e força para reagir. Empatou, virou, teve gol legítimo do Fred anulado e depois usou todos os ingredientes citados para não tomar o empate.

Victor fez defesas fantásticas, a defesa toda jogou muito, o meio e ataque há vários jogos correspondem a contento.


Dificuldades dentro e fora de campo na abertura do futebol olímpico em Brasília

Em greve, policiais civis do Distrito Federal aproveitaram o jogo para protestar contra o governo. Ato proibido pela Justiça, que estipulou multa de R$ 500 mil caso ocorresse.  

Quase tão difícil que a seleção brasileira marcar um gol na África do Sul foi conseguir trabalhar no estádio Mané Garrincha. Apesar de toda a boa vontade dos voluntários e funcionários da companhia telefônica, a internet simplesmente não funciona. Depois de testado, o Wi-Fi parou de funcionar. Através do cabo, só depois de mil e duzentas novas configurações e uma equipe de técnicos que se revezava pra tentar resolver o problema, desde as 14 horas, quando cheguei.

Aliás, este é o estádio mais complicado entre todos os que foram construídos ou reformados para a Copa. Obra mais cara, assim como a manutenção e ainda não está concluído. O estacionamento continua aguardando a finalização, que não deverá acontecer nunca. E imaginar que até outro dia estávamos realizando a cobertura mais tranquila da história, em termos de comunicações, que foi a Copa América nos Estados Unidos. Vai ser duro se no futuro os jornalistas brasileiros que estão cobrindo esta Olimpíada terem que dizer que foi a cobertura mais difícil, de piores condições de trabalho para a imprensa. Mas, conseguiu enviar a coluna, melhor que o Brasil que não conseguiu marcar nenhum gol.

A seleção não se encontrou, além de esbarrar nas ótimas defesas do goleiro Khune. No segundo tempo abusou do direito de desperdiçar oportunidades e nem com a expulsão do Mvala, aos 14 minutos, conseguiu aproveitar. Até agora os mais de 60 mil torcedores que foram ao Mané Garrincha se perguntam como o Gabriel Jesus conseguiu chutar aquela bola na trave. Na cara do gol, sem goleiro!

Tirando a pontaria ruim e a internet pior ainda, a tarde desta quinta-feira em Brasília foi de festa a partir do meio dia, quando a cidade parou para esta rodada inaugural do futebol masculino da Olimpíada. Torcedores com camisas de clubes do Brasil inteiro pelas ruas. Muita gente chegou mais cedo ao estádio para assistir a preliminar Iraque x Dinamarca que também não saíram do 0 a 0.


A quantidade de jogadores pendurados nestes jogos do Atlético e do Cruzeiro

Um dos exemplos da dificuldade e imprevisibilidade do Campeonato Brasileiro: suspensões! O Atlético não terá Donizete contra o São Paulo e tem nove pendurados com dois cartões amarelos: Fred, Robinho, Rafael Carioca, Carlos César, Jr. Urso, Leonardo Silva, Clayton, Carlos e Gabriel. O Cruzeiro entra sem William contra o Inter e tem seis pendurados: Bryan, Alisson, Lucas, Mayke, Henrique e Fábio.

Mas, em termos de cartões o Inter entra em campo mais complicado que o Cruzeiro: não terá o zagueiro Paulão e tem 11 pendurados: Vitinho, Geferson, Ariel, Raphinha, Rodrigo Dourado, Fernando Bob, Alan Costa, Ernando, Alex e Gustavo Ferrareis.

O São Paulo entra sem o Cueva e Bruno contra o Galo e tem quatro com dois cartões: Thiago Mendes, Carlinhos, Wesley e Maicon.