Blog do Chico Maia

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As categorias de base em discussão: quantos serão aproveitados por Mano Menezes? Quantos são titulares no Galo?

Senhoras e senhores do blog, prestem atenção a este e-mail que recebi e manifestemos as nossas opiniões:

* “Chico, uma coisa que acho interessante é as diretorias e a imprensa fazerem campanha ferrenha em prol das categorias de base. O grande mal do Cruzeiro, com  Bento, foi justamente isto. Bruno Viana, Bruno Ramires, Allano , Fabricio e etc foram os responsáveis diretos pelo fracasso. O Cruzeiro irá melhorar muito com o Mano. e, te garanto, nenhum da base vai jogar. Os times campeões geralmente não possuem jogadores da base. Compram jogadores já feitos ou revelações de equipes menores.
O Atlético está fazendo uma boa campanha! Qtos da base tem lá? O Cruzeiro foi bi brasileiro quantos da base tinha lá?
Evidentemente, a base é ter jogador a baixo custo. Porém, tem que ter “bola” para jogar!
Um abraço”.

Fábio Fonseca. Bairro Serrano.

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Sou obrigado a concordar em quase 100% com o Fábio.

Penso que os clubes gastam demais para o retorno que têm. Buscam jogadores no país inteiro; muitos chegam aos 11, 12 anos de idade, ficam até o junior, estouram a idade e são dispensados ou emprestados a clubes menores até desconfiarem que aquela não era a profissão correta e vão correr atrás de um emprego.

Antes os anos 1980 era diferente. Muitos titulares eram oriundos da base ou de clubes do interior e formavam grandes times. Com um outro detalhe importantíssimo: a maioria era nascida em Minas, Belo Horizonte principalmente.

Prestem atenção neste time do Atlético dos anos 1970, que ilustra este post: Zolini, Getúlio, Cerezo, Marcio Gugu, Vantuir e Flávio; Cafuringa, Reinaldo, Campos, Danival e Paulinho.

Só Cafuringa (Rio) e Paulinho (SP), de fora! Os demais, mineiros: Reinaldo (Ponte Nova), Campos (Pedro Leopoldo), Danival (Creio que São José da Lapa/Vespasiano). Os demais, Belo Horizonte.


Mistura de festa e apreensão no Rio

Estou no Rio desde ontem, nos preparativos para a cobertura dos Jogos Olímpicos. O clima da competição mexe não só com a cidade, mas com todas onde haverá jogos e a “Família Olímpica” envolvida. Quando saí de Belo Horizonte passei perto do hotel Caesar, onde está a seleção feminina de futebol da França e parecia um cenário de guerra, com soldados do exército fortemente armados dando segurança.

O Rio está diferente do cotidiano. Carros das mais diversas polícias e seus piscas-alertas ligados, barulho de cirene quase o tempo todo e soldados do exército com armamento pesado e seus blindados por todos os cantos. Preocupação justa com aquilo que mais incomoda os cariocas no dia a dia e nos últimos tempos o mundo inteiro: segurança!

O Rio está diferente também por causa das incontáveis obras erguidas por causa da Olimpíada e o banho geral de loja que a cidade ganhou nas diversas regiões. Tudo muito colorido, limpo e iluminado. Nas ruas e comércio mais estrangeiros que o normal, em um clima misto de festa, confraternização e infelizmente, também tensão. A violência que já existe mais a preocupação com terrorismo faz com que qualquer barulho diferente chame a atenção das pessoas.

A abertura oficial dos Jogos só na sexta-feira que vem, dia 5, quando a cidade estará lotada pra valer. A maioria dos jogos de futebol nas fases preliminares será em Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, Manaus e Salvador. Irei para Brasília para os dois primeiros jogos da seleção brasileira, depois, dois jogos no Mineirão e voltarei ao Rio para as finais das competições e encerramento.

CHICO1

Credencial para a cobertura da minha sexta Olimpíada


Marcelo Oliveira saiu da mesmice tática contra o Palmeiras e se deu bem

Pressionado a fazer alguma coisa para a melhora do rendimento do time, o treinador do Galo teve que se virar. É isso que se espera de qualquer técnico: com um bom elenco nas mãos, se é competente, muda o esquema e a escalação de acordo com cada adversário. Ou não, se o time estiver rendendo dentro das expectativas.

A aposta em Lucas Cândido foi altamente positiva. Com três bons marcadores no meio, Robinho ficou livre para jogar do jeito que gosta, solto, e fez uma das melhores partidas dele pelo Galo.


Pelo discurso do diretor, o problema do Cruzeiro era só o português

Mano Menezes está chegando, mas ontem quem roubou a cena foi o diretor de futebol Thiago Scuro. Deu entrevista em que ele fala maravilhas do elenco do Cruzeiro. Parecia que estava se referindo à uma seleção brasileira dos bons tempos. Quer dizer então, que o problema todo era o Paulo Bento, que o próprio Scuro foi lá em Lisboa buscar.

Ah, bom!


Imprensa paulista enaltece desfalques dos times deles e ignora vitórias de mineiros e gaúchos

Um dos comentaristas aqui do blog escreveu, mas só hoje vi o tratamento que a Folha de S. Paulo deu a derrotas de paulistas importantes na rodada do fim de semana. Ela e vários comentaristas das redes de TV paulistas. Hipervalorizaram os desfalques do Palmeiras e São Paulo, ignoraram os desfalques do Atlético e Grêmio.

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Vejam estas manchetes sobre os dois jogos. Nem parece que os mineiros e gaúchos ganharam deles.


Enderson Moreira põe o América na real, na briga contra a degola

Diferentemente da diretoria e dos antecessores dele, o novo treinador americano tem sido claro em suas falas à imprensa e jogadores: “Vamos brigar ainda por uma das 16 vagas da Série A”.

Se a diretoria tivesse assumido este discurso realista tão logo o time subiu ano passado, o Coelho não estaria nesta situação. O presidente Alencarzinho chegou a falar em luta por vaga na Libertadores.


Ministro da Justiça está aparecendo demais na carona da segurança dos Jogos Olímpicos

O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, gosta demais de aparecer. Ao invés de deixar as entrevistas sobre terrorismo e terroristas para a Polícia Federal ou Ministério da Defesa, ele mesmo assume a missão. Possivelmente será candidato a algum cargo eletivo em São Paulo em 2018 e quer mostrar bastante a cara.

O problema é que, de tanto aparecer, a imprensa vai ficar lembrando que ele foi o Secretário de Segurança paulista, que ao invés de enfrentar os marginais das torcidas organizadas, preferiu afinar e impor torcida única nos clássicos, repetindo a afinada dos similares dele de Minas. Também que, até outro dia, era advogado do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.


O “fator” Mano Menezes poderá corrigir o monte de erros da cartolagem e salvar o ano do Cruzeiro

Não tenho a menor dúvida de que o Cruzeiro estaria no topo da tabela deste Brasileiro caso o Mano Menezes não tivesse ido embora ano passado. Excelente treinador, sacaneado pela CBF após a perda da medalha de Ouro em Londres em 2012, cuja consequência foi o maior vexame da história da seleção brasileira, na Copa de 2014. Retrocedeu ao buscar de volta Felipão e Parreira, que pararam no tempo. O elenco que o Mano herdou ano passado era muito ruim e ele conseguiu sair da briga contra a degola para chegar em oitavo. No papel, o atual elenco me parece melhor que o de 2015. As circunstâncias em que o Mano assume são parecidas: campeonato em andamento, barco em alto mar, sem tempo pra treinar e essas coisas que todos conhecemos. Mas ele conhece bem o futebol brasileiro, o Cruzeiro e chega com moral absoluta. Diferentemente do Paulo Bento, coitado, que teve que se informar sobre tudo, principalmente a respeito dos jogadores que tinha à mão, com os próprios comandantes do futebol do clube, que até agora não deram nenhuma bola dentro.

Claro que todas essas condições favoráveis não são garantia de que o Mano vai repetir a façanha do ano passado. O futebol é dinâmico, muita gente envolvida e cada momento é diferente. Mas, em “condições naturais de temperatura e pressão”, a tendência é que dias muito melhores estão por vir para o mundo azul.


América foi guerreiro mas o Flamengo tem mais time e foi melhor no jogo

O peruano Guerrero abriu o marcador para o Fla

Uma pena que o árbitro Rodrigo Batista Raposo, de Brasília, resolveu fazer com o América o que o baiano Marielson Alves Silva fez com o Figueirense contra o Corinthians no Itaquerão. Na dúvida, esses sopradores de apito meia colher sempre apitam a favor dos mais fortes midiaticamente.

Rodrigo Raposo nem titubeou ao dar pênalti para Flamengo, numa bola que pegou no braço do Roger. Só se o zagueiro não tivesse braço para evitar. Essa “interpretação” recomendada pela FIFA dá poderes totais aos árbitros para decidirem jogos, de acordo com a cabeça ou interesse dele.

Mas gostei de ver a vontade do América e a disposição tática do time. Caso a diretoria não faça outra besteira e deixe o Enderson Moreira trabalhar sossegado, ele poderá montar um time muito melhor para 2017. Mas se for depender de vitórias imediatas para ser mantido no cargo, não vai ter jeito. O próximo jogo é contra o Grêmio. A situação do Coelho é delicada: não pode dar demonstração de que o ano já era e nem ter a ilusão de que vai operar algum milagre.

Interessante é que aconteceu com o Flamengo esta noite situação parecida com a do Atlético, que perdeu Cazares no aquecimento. O técnico flamenguista, Zé Ricardo escalou Chiquinho de última hora, já que o titular Jorge sentiu o joelho no aquecimento.


Colecionador disponibiliza álbum de figurinhas do Galo, com a história de 1915 a 1983

É o senhor Alberto Costa Santos, que nos enviou o seguinte e-mail: “… tenho álbum do Galo completo, com trezentas e noventa oito figurinhas, e uma historia desde 1915 até 1983. Estou vendedo ou leiloando… Meus números de telefone:  031 98629 0937 ou 031 03661 2875 …

* Alberto Costa Santos