Blog do Chico Maia

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Manchete do ESPN: “Com chegada de Tite, revelação do América-MG rouba a cena em treino da seleção”

Com Enderson Moreira, espera-se que o América aproveite melhor os jogadores feitos em casa, como o meia-atacante Matheusinho, 18 anos, que não teve chances reais no profissional até agora e foi chamado para completar o grupo da seleção olímpica na Granja Comary. Manchete do site do canal ESPN, hoje: “Com chegada de Tite, revelação do América-MG rouba a cena em treino da seleção”. Em seguida o texto: “O meia-atacante Matheusinho, do América-MG, acabou roubando a cena na atividade realizada em campo reduzido, que teve como objetivo fazer os jogadores lidarem com pressão e trocarem passes em velocidade. Rápido, ele fugia da marcação com facilidade e distribuiu mais de uma caneta nos companheiros.

O atleta de 18 anos é um das sete promessas do sub-20 chamadas para completar elenco.”

TITE

Chegada do Tite e comissão técnica ao treino da seleção olímpica


A mal explicada invasão organizada à Toca da Raposa para pressionar os jogadores

Chegada dos torcedores à Toca da Raposa, em registro do SuperFC

Se o time está devendo boas atuações e bons resultados, a diretoria do Cruzeiro está devendo explicações sobre a “invasão” de torcedores organizados à Toca da Raposa, segunda-feira. Foi invasão mesmo ou entrada não só consentida, mas também armada, para pressionar os jogadores no local de trabalho deles? Invasores passariam com tanta tranquilidade pela eficiente segurança da Toca?

Qualquer invasão pressupõe reação do dono do espaço invadido; própria, em princípio e chamando a polícia na sequência. Nenhum noticiário informou este tipo de situação neste lamentável e perigoso episódio na Toca da Raposa.


Enderson Moreira tem competência para trabalho de longo prazo e sustentável no América

Em foto do SuperFC, o treinador nos tempos em que comandava o Santos

Enderson Moreira é profissional sério, cuja origem é o Santa Tereza, onde jogou e foi treinador. Conhece como poucos o futebol mineiro e é um estudioso do mundo global da bola. Ótimo nome para desenvolver um trabalho de longo prazo no América, mesclando a base do clube com jogadores rodados. Caso seja confirmado, precisará de tempo e muito apoio da diretoria e torcida para um trabalho vitorioso.


Algumas razões do definhamento do que sobrou da credibilidade do futebol brasileiro

Constantemente debatemos os motivos de o Brasil ser conhecido como o “país do futebol”, mas que esta modalidade esportiva nunca consegue segurar seus principais jogadores, além de ficar na dependência quase absoluta dos direitos de transmissão dos jogos pela TV. Paralelamente o mercado não dá sustentação a publicações ou programações de TV segmentadas exclusivamente ao futebol ou ao esporte como um todo. Excelentes revistas que circularam semanalmente no país, como Placar, Manchete e outras, sucumbiram, pela falta principalmente de patrocinadores, já que a venda de banca nunca garantiu os custos de nenhuma publicação brasileira. Tudo se resume ao marketing e a falta de credibilidade da maioria das instituições, atletas e dirigentes. No Brasil, acordos são feitos para ser descumpridos ou não honrados, e os exemplos são constantes.

O desrespeito a um patrocinador do momento vem do jogador mais experiente em atividade no futebol nacional: Zé Roberto, que assim como todos os colegas de Palmeiras, tem o famoso “contrato de imagem” que garante a parte mais significativa dos salários deles. No intervalo do clássico contra o Santos, ele simplesmente não vestiu a camisa do clube, com a propaganda do maior patrocinador, Crefisa, que paga uma fortuna para isso. Mesmo sendo avisado por um assessor de imprensa do clube, Zé Roberto ficou com a camisa pendurada no ombro, enquanto respondia às perguntas da repórter, em um dos poucos momentos em que a TV não consegue esconder a marca do patrocinador na camisa. É claro que a Crefisa está “p” da vida, principalmente porque não é a primeira vez que ela tem problemas com o Palmeiras neste sentido. Este ano mesmo o próprio clube desrespeitou um item do acordo que eles têm e por isso ela não pagou uma parte do que deveria pagar, com razão.

Isso sem falar na falta de crédito dos cartolas que decidem, tipo, José Maria Marin, preso; Del Nero que não pode sair do país, Ricardo Teixeira acuado e dirigentes de clubes atolados em confusões.

Vi trechos da entrevista do Cicinho, no Bola da Vez, do ESPN, ontem. Usa o nome de Deus em quase toda frase. Em fim de carreira, as marcas no rosto mostram um “senhor” que nada faz lembrar aquele lateral direito que aprontou tudo o que podia nas noites de Belo Horizonte. Inclusive concedeu entrevista à Placar, abrindo do jogo sobre tudo o que fazia, dirigindo e tomando uísque nas noitadas e seguindo direto para os treinos do Atlético. Era um ótimo lateral direito, mas não dava o devido retorno ao clube que o pagava.

CICINHO

E ainda conseguiu ir embora para o São Paulo, numa rasteira jurídica dada pelo clube paulista no Galo na época. Hoje, posa como um santo, se preparando para se tornar um “executivo” do futebol. Em Minas, mesmo sabendo das histórias dele, que ninguém duvide que num futuro nem tão distante, seja contratado por algum clube mineiro ou até mesmo pelo próprio Atlético.


A omissão e cegueira da cartolagem para o excesso de contusões no futebol brasileiro

Vejam que interessante comentário do Juarez Antônio Avelar Fernandino

e sugestão que poderia diminuir o problema:

* “Prezado Chico Maia

Um assunto que não sei se já chegou a ser objeto de alguma matéria sua é sobre a atual incidência de contusão dos jogadores de futebol. Sinceramente, não me lembro de termos passado por uma situação como a atual, bem provavelmente em decorrência da intensidade com que as partidas vêm sendo disputadas. Veja a quantidade de choques de cabeça. Veja como os jogadores têm terminado as partidas extenuados, alguns simplesmente desabando no gramado, ao final dos jogos.

Por conta disso, temos observado, inclusive, uma cobrança que não se via antes dos departamentos médicos dos clubes, sendo-lhes questionado sobre a reincidência das contusões ou a demora nas recuperações. Alguma coisa está errada e necessita ser corrigida.

Diante da situação, como alternativa, será que a FIFA não poderia reavaliar a regra que trata das substituições durante os jogos, aumentando a atual quantidade de 3 para, pelo menos, 5?  Veja que assim já ocorre com outros esportes, como o vôlei ou o basquete… E, por ironia, vemos os times com até 12 jogadores no banco de suplência. Ora, para que tudo isto, se só podem substituir até 3, quando substituem???

Em minha opinião, deveriam pensar mais na integridade dos atletas como forma de preservar o nosso futebol que, por sinal, já anda tão decadente…”

Att

Juarez Antônio Avelar Fernandino

***

Concordo plenamente.
Estamos passando por um momento de transformação no futebol brasileiro neste aspecto, motivado pelo aumento do número de competições, mas os dirigentes não se deram conta de que jogador de futebol não é uma máquina de ferro e sim de carne, osso, músculos e cérebro. Além da cobrança geral, os atletas são incentivados por premiações altas por vitórias e classificação final nas competições, evolutivas. Faltam comer grama para vencer e aumentar a grana que poderão ganhar na sequência. Médicos, preparadores e fisioterapeutas estão se tornando vilões, injustamente, e não têm força para denunciar a situação.
As consequências estão aí: departamentos médicos lotados e raramente os times repetem escalações sem desfalques, prejudicando a qualidade técnica das partidas.

Coletivamente o Atlético continua devendo, mas os valores individuais vão garantindo vitórias como essa sobre o Coritiba

Kleber e Leonardo Silva se estranharam durante grande parte do jogo, mas sem deslealdade

Muito longe do que é preciso para bater os concorrentes mais fortes. Os torcedores gostaram mesmo foi do dia e horário do jogo: segunda-feira, 20 horas e o Independência cheio, com 20.891 pagantes. A partida foi amarrada, truncada, muitas faltas e o Coritiba dando um trabalho danado ao Galo.

Marcelo Oliveira ainda não conseguiu dar uma cara ao time, e muito menos opções para enfrentar diferentes esquemas de marcação adversária. O time se sustenta nos valores individuais, que resolvem em lances isolados e na confusão que os defensores ficam ao bater cabeça quanto a quem marcar. Foi assim no primeiro gol alvinegro, aos 40 minutos, quando Eduardo cruzou bem na área, Fred subiu, mas quem cabeceou foi Robinho. Lucas Pratto tinha entrado quatro minutos antes, no lugar do Carlos, que tomou uma pancada no tornozelo.

Aliás, Eduardo fez um grande jogo, mas tomou o terceiro amarelo e fica de fora contra o Palmeiras na próxima rodada, lá. O Coritiba também tem alguns bons valores individuais, com Kléber como destaque. Joga muito o danado. Se tivesse mais controle dos nervos estaria em um grande clube europeu. O passe de calcanhar que ele deu para o lateral Carlinhos empatar o jogo foi espetacular, aos 30 minutos.

Marcelo trocou Maicosuel por Clayton, que aos 38 deu o passe para o Robinho fazer o segundo dele e da vitória atleticana.


Rádio Globo passa a transmitir o “Bem Amigos”, do Galvão Bueno, toda segunda-feira

A partir de hoje, e os detalhes estão no portal Comunique-se:

* “Galvão Bueno é “contratado” pela Rádio Globo

Locutor esportivo da Rede Globo de Televisão, Galvão Bueno retorna ao meio radiofônico. Isso porque ele é o mais novo “contratado” da Rádio Globo. O narrador não dará expediente na redação da emissora, mas terá o seu programa, ‘Bem Amigos’ (SporTV) ganhando espaço fixo na grade do veículo a partir da próxima segunda-feira, 18. A atração semanal será transmitida de forma simultânea pelo veículo do Sistema Globo de Rádio.

O ‘Bem Amigos’ vai ocupar o espaço na programação das três praças próprias da Rádio Globo – Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro – e das 20 afiliadas. Com a retransmissão do programa do SporTV, a emissora deixa de levar ao ar, às segundas-feiras, o ‘Panorama Esportivo’. No restante da semana, a produção seguirá normalmente, nas noites sem jornada futebolística, sob comando de Maercio Ramos (SP, BH e parte da rede) e Zeca Marques (RJ e outra parte da rede).

Gerente de esportes do Sistema Globo de Rádio, Robinson Vasconcelos pontua que a novidade mostra o trabalho em conjunto das mais diversas mídias pertencentes à empresa controlada pela família Marinho. “É mais uma ação de sinergia e cross mídia na área de esportes do Grupo Globo. No rádio, como oferecemos futebol em frequências variadas, seja Globo ou CBN, teremos nas segundas-feiras uma entrega ainda mais rica de conteúdo”. (mais…)


Dr. Gilvan não gostou dos rumos da briga com o Riascos e vai rever punição ao jogador

Claro que o colombiano usou termos inadequados. De cabeça quente, exagerou no linguajar. E cabem várias interpretações; algumas inclusive, atenuantes para ele, tipo: essa ou dessa “merda”? Se referia ao treinador, ao futebol que ele jogou ou ao jogo em si?

Porém, também de cabeça quente, comandantes raramente tomam decisões cruciais. Esperam a poeira baixar, pelo menos umas horas, para darem veredictos. Escutam antes um bom advogado para saber das consequências. Depois de briga na justiça, o Atlético pagou R$ 5 milhões ao Ramon Menezes porque o então técnico Levir Culpi o chamou de “QI de alface” numa entrevista. Tiago Scuro ficou sabendo pelo rádio e antes da entrevista coletiva do Paulo Bento, pediu a palavra e desancou o Riascos, inclusive excluindo-o da delegação na volta a Belo Horizonte, o que é muito grave também, já que isso acarreta riscos ao atleta, patrimônio do clube.Jogadores de futebol, normalmente, são muito bem assessorados por procuradores e advogados experientes. Bem orientado, Riascos usou o Instagram para dar as suas justificativas, se defender e “jurar” que jamais quis ofender os companheiros ou ao clube. Boa peça para uma ação judicial por danos morais.

O presidente do Cruzeiro também é advogado experiente, além de ter um corpo jurídico de qualidade na sede do Barro Preto. Sentiu que, do jeito que estava sendo conduzida, essa pendenga poderia custar muito mais caro à Raposa. E desautorizou o Tiago Scuro, seu diretor de futebol.

A nova postura do clube está no blog do Rodrigo Mattos, do Uol:

* “Presidente do Cruzeiro discorda de punição a Riascos e quer revê-la”

O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, ficou insatisfeito com a exclusão do colombiano Riascos por declarações após o jogo e pretende rever a decisão tomada pela diretoria de futebol. Para o dirigente, o jogador não quis ofender o clube e pode ter havido um mal-entendido.

Riascos foi afastado do Cruzeiro após dar uma declaração usando a palavra “merda”. A frase do atleta foi interpretada como uma referência ao clube, e por isso considerada ofensiva. Assim, ficou decidido seu afastamento. Após a repercussão negativa, Riascos pediu desculpas e afirmou que não se referia ao clube.

“Não concordei com aquilo, não. Achei que não foi daquele jeito. As pessoas às vezes falam língua diferente e são mal interpretadas. Preciso conversar direito”, contou Gilvan. Questionado se a decisão mudaria, ele afirmou: “Lógico que pode. Ele é um ativo do Cruzeiro, investimos nele.”

O presidente do Cruzeiro lamentou que não tenha falado com a diretoria de futebol antes da decisão porque estava no Rio e não ligou para os dirigentes, mas ressaltou já ter se comunicado com o jurídico.

Logo após a punição, Vasco e Bahia já manifestaram interesse em contratar o jogador. Contudo, Gilvan disse que não tomará nenhuma decisão até resolver a questão da punição internamente.

http://rodrigomattos.blogosfera.uol.com.br/2016/07/18/presidente-do-cruzeiro-discorda-de-punicao-a-riascos-e-quer-reve-la/


Noite para o Galo mostrar aonde pode chegar no Brasileiro 2016!

Ainda brigar pelo título, por uma vaga na Libertadores ou nem isso? Noite de panela de pressão, hoje, no Independência. Da torcida sobre comissão técnica e time e do time no Coritiba. Com a possibilidade da volta do Lucas Pratto, relacionado para o jogo, sem Marcos Rocha, machucado no cotovelo, e ainda sem Luan.

Mas, com Victor; Carlos César, Leonardo Silva, Ronaldo e Douglas Santos, Rafael Carioca, Eduardo, Maicosuel e Robinho, Carlos; Fred.

Repetindo nota em minha coluna de hoje no jornal O Tempo:

Guillermo Schelotto, ex-ídolo e atual técnico do Boa Juniors, ficou irritado ao ser perguntado se o time dele tinha a obrigação de vencer o equatoriano Independiente Del Valle, no jogo da volta na Bombonera. Claro que tinha, mas perdeu e foi eliminado na semifinal da Libertadores. Marcelo Oliveira vive situação semelhante para esta noite de segunda-feira contra o Coritiba, no Independência.

O time paranaense ocupa a 18ª posição na classificação. O Galo, mesmo com um elenco muito bom, no papel, ainda não se explicou este ano. Mesmo com tantos desfalques, espera-se mais do time e o Marcelo já teve tempo suficiente no cargo para mostrar algo diferente daquilo que ficou do antecessor Diego Aguirre.


Riascos é passado. Em discussão, a gestão do futebol do Cruzeiro II

Depois do Marcelo Tadeu Saltarelli, no post anterior, agora a visão do professor Francisco Ferreira, Gestor e Consultor de treinamento em futebol:

*  “Erros em cascata na gestão do futebol do Cruzeiro”

Quem é do ramo do futebol sabe que este é um meio que tem sua própria dinâmica. As coisas mudam de um dia para o outro, mas os sintomas de que algo anda errado ficam muito evidentes para aqueles que conhecem um pouco do assunto. Sem querer me arvorar em sabe-tudo ou dono da verdade, exponho a seguir minha visão do momento do clube: o Cruzeiro, clube onde atuei por 11,5 anos na comissão técnica permanente do departamento de futebol profissional, é considerado um dos clubes mais estruturados assim também como um dos que oferece as melhores condições de trabalho com salários sempre em dia e bom ambiente. Todos os treinadores que passam pelo clube costumam dizer que lá tudo funciona, que os profissionais permanentes são de excelência, etc… E isto é uma verdade! Porém, a temporada atual aponta uma gestão equivocada em vários sentidos.

Volto a bater na tecla: A gestão do futebol no Brasil é mesmo medíocre! Ainda estou pra ver um choque de gestão no futebol brasileiro! Trata-se de um meio ainda extremamente conservador, apegado às subjetividades, extremamente político onde o que prevalece é o ficar bem diante de conselheiros, imprensa e torcedores. Neste meio não são bem vindos aqueles que falam a verdade, que apontam os erros, que botam o dedo na ferida!

Outro aspecto que causa muitos prejuízos é que: Gostar de futebol é muito diferente de Entender de futebol e aqui no Brasil parece mesmo que todos acham que entendem… Daí termos ainda nossos clubes sendo comandados de forma amadora pelos seus vaidosos dirigentes estatutários que, na verdade, não passam de torcedores apaixonados do clube. (mais…)