São tantas competições, tantos fatos nos últimos dias e pouco espaço para falar de tudo. Diego Aguirre é passado, a contratação dele foi um equívoco, mas o Atlético o demitiu a tempo de fazer uma campanha digna no Brasileiro, principalmente porque conseguiu um treinador que pode dar o retorno esperado. Marcelo Oliveira mostrou que está a fim de escrever uma nova história no Galo ao topar sentar-se no banco dois dias depois de sacramentar o acerto com o presidente Daniel Nepomuceno. Manteve o time que tinha sido treinado e escalado pelo Carlinhos Neves, com Patric, titular mais uma vez, improvisado. Mas no intervalo, parece que a era de improvisos esdrúxulos e defensivismo começou acabar no Galo. Perdendo de 1 a 0, mesmo jogando melhor que o Atlético-PR, Marcelo pôs Dátolo no lugar de Patric, tirou o volante Eduardo, colocando o Carlos Eduardo e promovendo também a entrada do Hyuri no lugar do Carlos, que perdeu oportunidade impressionante. Cazares, novamente melhor em campo, empatou de pênalti e novas chances foram desperdiçadas. Um time cheio de desfalques, mas cujo grande problema é a finalização, pois poderia ter saído vitorioso da Arena da Baixada.
Que não cobrem do Marcelo Oliveira o que ele fez no Cruzeiro. Ganhar um campeonato brasileiro é dificílimo, dois consecutivos é difícil de acreditar. Ele é competente, treinador atualizado, está vibrando com essa volta ao Atlético, tem um dos melhores elencos do país e uma estrutura invejável. Mas, para ser campeão é preciso mais que isso no conjunto da obra.
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Tudo bem que são apenas duas rodadas, mas ver o América em último na classificação, o único com nenhum ponto, dói e preocupa muito. Perder em casa na estreia, mesmo que tenha sido para o Fluminense e tomar de 3 a 1 da Chapecoense em Chapecó, não pode ser considerado “dentro do contexto”, para o campeão mineiro.
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A simples estreia do Paulo Bento deu um destaque especial para Cruzeiro x Figueirense num sábado à noite. Quem gosta de futebol está curioso para saber como será esta experiência de um treinador português comandando um dos grandes clubes brasileiros. Claro que, com apenas uma semana de trabalho, pouco pode ser avaliado, e só os resultados aferirão os novos métodos implantados na Toca da Raposa.