Vitória incontestável do Cruzeiro em Valadares. Ganhar do Democrata lá nunca é tarefa simples
Nessa reconstrução pela qual passa o Cruzeiro, alguns jogadores mantém a regularidade e a credibilidade cresce junto à comissão técnica, torcida e imprensa. O lateral William é o maior destaque nessa trajetória, e foi muito importante em mais uma vitória, nos 3 a 1 contra o Democrata em Valadares. Outro que se destacou foi o Ian Luccas, que, entretanto, alterna grandes e razoáveis atuações. Papagaio e Dinenno estão subindo de produção. O argentino tem presença de área, a raça portenha e já marcou três gols.
Outros já têm prestigio consolidado e não estão “sob observação”, como diria o grande jornalista José Luiz Gontijo, como Lucas Silva, Matheus Pereira, Lucas Romero e Zé Ivaldo.
O time mostra uma característica fundamental: sangue nos olhos, com determinação. Uma característica do técnico Larcamón, que assim como os seus antecessores, tem que compensar as “eventuais” faltas de qualidade técnica do grupo com raça e superação física, que garantem resultados surpreendentes em muitas partidas.
A dura missão do instável América nas duas últimas rodadas
Terminar a primeira fase do campeonato como primeiro gera a vantagem de jogar a semifinal e final em casa, além dos preciosíssimos dois resultados “iguais”, dois empates, ou vitória e derrota pela mesma diferença de gols.
O América lidera essa disputa e tinha tudo para já estar garantido, porém, perdeu pontos em casa, para o Itabirito e Villa Nova. O que mostra a instabilidade do time, que deu duas goleadas de 6 e venceu com muita autoridade o Cruzeiro, por 2 a 0. Está com 14 pontos, tem na cola o Cruzeiro (13), Tombense (12), Atlético e Athletic (10). Faltando dois jogos, terá pela frente o Galo, sábado, no Independência, e o Tombense, em Tombos, na última rodada.
O jogo contra o Villa foi decepcionante em relação ao clássico contra o Cruzeiro.
O Coelho começou com goleadas impressionantes, venceu muito bem o Cruzeiro, mas perdeu pontos absurdos em casa (Foto: Mourão Panda/AFC)
Como disse o Leo Perez, “Joquinho fraco, mas 3 pontos importantes”
Nem tão fraquinho assim. O Itabirito atacou, expôs as deficiências defensivas do Galo, que por sua vez soube impor a sua superioridade individual e fazer 2 a 0. E contou com superioridade numérica também, já que o caçula da primeirona estadual jogou sem o zagueiro Rayan, a partir dos sete minutos da segunda etapa, expulso que foi por uma pancada forte no Scarpa. O que mostra que o time não está evoluindo. Aos 25 e 26, Da Silva desperdiçou duas chances. O Itabirito chegou perto demais da área atleticana.
E mais um problema muscular: Igor Rabello saiu aos 28 do primeiro tempo, bem substituído pelo Bruno Fuchs, que escorou de cabeça falta cobrada pelo Igor Gomes, para Battaglia fazer 1 a 0. Uma rara jogada ensaiada, que funcionou.
Igor Gomes foi o melhor do primeiro tempo, mas Felipão o tirou no intervalo para colocar Patrick. Edenílson só saiu aos 28 do segundo tempo, para que Felipão atendesse a todo mundo que está a fim de ver o Alisson, rara esperança da base. E ele entrou bem. Chutou bola na trave. Merecia jogar pelo menos um tempo inteiro.
Paulinho ainda não calibrou a pontaria este ano, mas fez um bom jogo. Hulk também não estava inspirado, mas deixou a marca dele, aos 46, aproveitando cruzamento do Rubens, que foi à linha de fundo ao estilo Arana, a quem substituiu, aos 34 do segundo tempo.
Gustavo Scarpa jogou o tempo todo, de novo discreto, longe das formas física e técnica.
O gramado só estava feio, queimado pelas lonas que o protegeram dos shows ocorridos lá semana passada.
No mais, bonito uniforme do Itabirito, parecido com o do Barcelona.
A propósito, Pavón foi muito bem na estreia pelo Grêmio. Entrou no início do segundo tempo, desempatou o jogo e foi um dos melhores nos 6 x 2 sobre o Santa Cruz pelo campeonato gaúcho.
E o Rodrigo, gremista, marido da minha sobrinha Cris, me enviou esse meme que está circulando no Rio Grande do Sul.
Sempre gentil com os torcedores, Arana atendeu a todos que foram receber a delegação no hotel em Brasília (foto: twitter.com/Atletico)
Minha coluna no BHAZ:
Considerações sobre Rodrigo Caetano, Felipão, e Itabirito x Galo, hoje em Brasília
Quando ficou definido que o Rodrigo Cateano iria para a CBF, postei trecho da opinião do comentarista do blog, Pedro Vitor, e volto a ele: “… Alan Kardec, Patrick, Pedrinho, e Vargas, somados dão 4 milhões de prejuízo ao Atlético, e ainda tem o Mariano, que fisicamente, já não suporta ser titular…”
Desses jogadores, o Caetano não contratou Mariano e Vargas. Não conseguiu contratar um lateral direito à altura do atual elenco do Galo, nem conseguiu se livrar do Vargas, apesar de muitas tentativas. Nem do Alan Kardec.
Para mim, fez um bom trabalho no Atlético. É um dos bons executivos de futebol do país e merece o cargo que terá na CBF. Há vários outros bons no mercado. Que que os donos do Galo tenham competência para identificar e contratar o melhor para o clube. O ex-goleiro Vitor é ótima pessoa, mas será que está apto para essa função? O Cruzeiro foi brilhante nisso em dois momentos importantes de sua história recente, quando Zezé Perrela buscou Eduardo Maluf, que era presidente do Valeriodoce de Itabira, e depois quando o Dr. Gilvan de Pinho Tavares “achou” o Alexandre Matos no América.
Foto: twitter.com/Atletico Rodrigo Caetano teve grandes acertos e também grandes erros em sua passagem por Belo Horizonte, onde está desde 2021. Contratou 26 jogadores: Hulk, Dodô, Nacho, Tchê-Tchê, Diego Costa em 2021. Ademir, Fábio Gomes, Godin, Otávio, Jr. Alonso, Jemerson, Alan Kardec, Pedrinho e Pavón, em 2022. Paulinho, Bruno Fuchs, Edenilson, Paulo Henrique, Igor Gomes, Patrick, Maurício Lemos, Saravia, Battaglia e Allan Franco em 2023. E este ano, Gustavo Scarpa e Bernard, que chegará em julho. Com ele, Cuca foi o técnico em dois períodos, o Turco Mohamed, Eduardo Coudet e Luiz Felipe Scolari. Sucesso a ele na nova missão!
Sobre Luiz Felipe Scolari, continuo com a mesma opinião de quando ele chegou: o Atlético precisa de um técnico mais atualizado e com mais empolgação para o cargo. Mais ou menos o mesmo que pensam atleticanos que sempre comentam aqui e na minha página no facebook:
Claudio Vaz de Melo Grande Chico! Não sou mais fã do Felipão e explico o porquê; nunca tive paciência de ouvir entrevistas de jogador e nem de técnico. Mas hoje tive a curiosidade de ver a entrevista coletiva do Felipão e vou te falar uma coisa. O “pobre” senhor se vira nas respostas, fazendo rodeios sem nexo e que acabam por confundir ainda mais a cabeça do pobre torcedor. Infelizmente, chego à conclusão de que ele, definitivamente, ele já se cansou desta rotina na qual vive há muitos anos, e que precisa se aposentar, para seu próprio bem e para o bem do nosso Galo.
Carlos Rajao Neto Zaga horrível, treinador péssimo , meio de campo mal escalado, mudança já,!!
Thaysa Gabrielle Chico vcs e a voz da torcida,esse Felipão só sabe criticar a torcida hj ele criticou a torcida de novo
Silvio Torres Acho que descobri qual é a estratégia da Família Scolari. Jogar pedrinha, matar na canela, errar passes, dar chances ao adversário, zanzar pelo campo como um bando de desorientados. Ou seja, fingir que é um time de merda e, na hora agá, quando os oponentes se convencerem disso, vai lá e pimba!
Júlio César Ramos Com Felipão o Galo não vai a lugar algum! O que ele diz nas coletivas pos jogo é birrazo. Irritante. O posicionamento e insistencia com alguns jogadores é inexplicavel. Por isso não explica nada. Tipo Scarpa de secretario do Arana. Edenilson, péssimo desde que chegou. Quando faz um golzinho vem “uns e outros” pra enaltecer. Então não adianta contratar porque ele não sabe como aproveitar. Pontuar a ineficiencia do Paulinho. Quando chegou, perdia 10 chanches incriveis pra conseguir marcar um gol. Ontem foram duas; uma com assistencia do jovem Alison. E a Tombense teve 3 cara a cara com Everson. Sairia vencedor! Falando em contratações, procuram jogador de “beirada”. Não é o Pavon? Que o Gremio quer justamente pra isso? Quer um centro avante: porque não o Isac? Não é chamar os jovens faltando 10 minutos pra terminar o jogo. É dar sequencia! Sim, jovens; não essa de “menino”. Meninos é como os pais se referem aos filhos pra sempre.
Para concluir, vejam aí a simpatia do Breno Galante (direita), que tem ótimos canais virtuais e brilha também no portal O Tempo. Foi ontem, no hotel onde está o Atlético, em Brasília, recebendo com a gentileza de sempre o caratinguense Fábio Anselmo (irmão do saudoso comentarista Flávio), que mora lá há décadas. Com o Fábio (camisa branca do Galo), o filho Rodrigo (esquerda), os netos, Dante, Francisco, Rafael e Clara, junto ao Galante. Obrigado à família Anselmo pelo envio da foto!
Jogo confirmado para no estádio Mané Garrincha, 16h30. Pressionado por causa do fraco desempenho até agora no campeonato, o time deverá correr mais hoje e fazer o que a torcida espera dele.
Só agora viram que o gramado do Mané Garrincha “pode” estar ruim. Viva a nossa cartolagem
O Itabirito vendeu o mando de campo para jogar contra o Atlético em Brasília e desde ontem, quinta-feira, já se encontra lá. O Galo se preparando para embarcar.
Tudo certo, ingressos sendo vendidos, muita gente se deslocando para a Capital da República.
Aí, a Federação Mineira de Futebol diz que contratou uma empresa para conferir o estado do gramado do estádio Mané Garrincha e que dependendo da situação, a partida não deverá ser lá.
Uai? Como é que é?
Em cima da hora, desse jeito?
A diretoria do Itabirito, obviamente “p” da vida, diz que a Globo é que não gostou do “visual” de um pedaço do gramado, que está “queimado”, mas com boas condições para a bola rolar.
Organização, respeito ao bom senso e ao torcedor, que é bom, nada, né?
Aguardemos os próximos capítulos, 24 horas antes de começar o jogo!
Em foto do João Zebral/Itabirito, a alegria do time no vestiário do Parque do Sabiá, após a vitória de 2 x 1 sobre o Uberlândia, quarta-feira
Cruzeiro 0 x 2 América em grande jogo. Quando treinadores fazem diferença Senhoras e senhores, toda sexta-feira tem a minha coluna no jornal Sete Dias, de Sete Lagoas. O jornal vai para a gráfica na quinta, até às 18 horas. Hoje, escrevi o seguinte para a coluna de amanhã:
“Diferenças fundamentais” A coluna foi escrita à tarde, antes de Cruzeiro x América, que jogariam às 20 horas, pela quinta rodada do Campeonato Mineiro. Mas a curiosidade era grande para ver o estilo de jogo da Raposa e do Coelho, completamente diferente do Galo, apesar de o técnico Felipão ter um elenco muito melhor nas mãos. O problema do Atlético está exatamente no treinador, que se mantém fiel a seus antigos esquemas táticos, ligação direta, dependente de uma jogada genial ou outra de um de seus valores individuais. Quando Hulk e Paulinho não funcionam o time perde ou empata.
Realizado x correndo atrás Aos 75 anos de idade, Luiz Felipe Scolari é um dos treinadores mais vitoriosos do Brasil e, merecidamente, está rico, não precisa mais ralar para viver. E nem tem mais paciência para ficar estudando adversários e novidades táticas, ao contrário do Nicolás Larcamón, 39 anos, e Cauan de Almeida, 35. Estão começando a carreira, estudam muito, os adversários e o que há de novo no mundo em estratégias de jogo. Por isso os seus times são mais organizados, correm mais, buscam mais o ataque e jogam futebol mais vibrante. E que jogo ótimo. O Coelho partiu pra cima desde o início e quase marcou em duas oportunidades. O Cruzeiro equilibrou a partir dos 25 minutos, passou a ter maior volume de jogo, mas não conseguiu levar perigo ao gol do Dalberson.
Foto: @Cruzeiro O segundo tempo foi do América, que chegou ao primeiro gol aos 15 minutos, com Renato Marques, 20 anos, prata da casa, pegando o Rafael Cabral de surpresa. Quis cruzar e acertou o gol. O segundo gol saiu aos 41, por meio do Rodrigo Varanda, mas antes disso o Coelho teve duas grandes oportunidades. Além da bola que jogou e da opção tática escolhida pelo Cauan de Almeida, o Coelho mostrou melhor condição física que o Cruzeiro.
E, ao contrário do que era de se imaginar, quando fez 1 a 0, ao invés de recuar para garantir resultado, o técnico americano fez mexidas que melhoraram o time, que continuou fustigando a Raposa. Substituiu jogadores que davam sinais de cansaço, trocando o lateral Marlon pelo Nicolas, Moisés por Rodriguinho e Renato Marques por Rodrigo Varanda.
Alisson fez uma bela partida, além do gol e uma assistência ótima pro Paulinho (Foto: twitter.com/Atletico)
Minha coluna no BHAZ:
Atlético de nova zaga e velhos erros! Campeonato de regulamento esdrúxulo
Tá, os otimistas dirão que início de temporada é “assim mesmo”, mas é difícil engolir que em cinco rodadas do Estadual o Galo com um dos elencos mais caros do país, tenha duas derrotas e um empate. Pior: nada de interessante em termos táticos, nenhuma novidade, continua dependendo da qualidade individual de seus jogadores.
Não tiro a razão de quem foi à Arena e vaiou o time neste 1 a 1 contra o Tombense, que saiu na frente aos três minutos, tomou o empate aos 11 do segundo tempo e desperdiçou duas oportunidades inacreditáveis por meio do Igor Bahia, aos 25 e 44, na cara do Everson. Paulinho também errou, cara a cara, aos 23, também do segundo tempo, quando recebeu um presente do Alisson, que retribuía a gentileza ao Paulinho, que lhe deu o passe para o empate para o Galo.
O gol do Tombense foi de bola alçada na área contando com a desatenção do Edenílson, que deixou o Ednei ficar de cara com o Everson. Zaga diferente, diga-se, já que o Jemerson cumpria suspensão e o Maurício Lemos está machucado. Felipão testou Bruno Fuchs/Igor Rabelo. A dupla que mais me agradou até agora foi Lemos/Fuchs. Scarpa ainda longe de estar em forma, mas Felipão quer deixa-lo jogar oi máximo possível pra entrar no ritmo. Foi substituído aos 47 do segundo tempo pelo Pedrinho. Dois minutos antes do Alan Kardec entrar no lugar do Paulinho. A propósito, o Grêmio está levando o Pavón. Ruim para o time. Enquanto isso, Vargas e Kardec, ninguém quer.
Gostei de ler a paulada que o Luciano Dias, da Band, deu no regulamento esquisito do campeonato: @jornlucianodias “Com apenas 7 pontos, o Atlético ainda é líder do grupo dele no Mineiro. Vai ter time fazendo mais pontos nos outros grupos e sendo eliminado. Já vi fórmula péssima. Mas essa é quase insuperável.”
E concordo plenamente com o Heverton Guimarães falou sobre o time neste início de ano: @hevertonfutebol “O Atlético é um time absolutamente sem repertório com a bola. Segue um NADA coletivamente e dependendo exclusivamente de jogadas individuais dos talentos que tem no elenco. Defensivamente segue oferecendo espaços e marcando mal para um gde c@r@1#0!!! Um horror ATÉ AQUI.”
Mas também gostei da oportunidade que o Felipão deu ao Alisson, da base, 18 anos. Entrou no intervalo, no lugar do Mariano, e fez uma bela partida, além do gol e de uma assistência ótima pro Paulinho, que não aproveitou. E recebeu o apoio de todos os colegas em campo, especialmente do Hulk.
Vale a pena rever o gol dele, mostrado pela TV Galo:
Com dois gols do Hulk, de falta e de pênalti, o Atlético passou sem atropelos pelo Athletic, em São João Del Rei. O dono da casa até fez uma boa partida, mas prevaleceram a melhor qualidade geral do Galo e a condição física, principalmente.
Na metade da fase de classificação, em “condições normais de temperatura e pressão”, a briga é a mesma de sempre: qual o time do interior vai chegar entre os quatro que decidirão o campeonato. E quem serão os dois rebaixados.
O América tem 10 ponntos, o Cruzeiro está com 7 e tem o Patrocinense, hoje, 16h30, fechando a rodada, e o Atlético tem seis. O Tombense se desponta com 8, brigando com o Villa, 7 e bem atrás estão Patrocinense, Athletic e Democrata Pantera, 4.
Quem vai lutar contra o rebaixamento, só nas duas últimas rodadas, já que o equilíbrio é grande nos três grupos e tem muita gente nessa disputa.
Cel. Flávio Godinho, diretor de Operações da Polícia Militar de Minas Gerais, foi coordenador-adjunto da Defesa Civil do estado. A PM e demais forças de segurança mostraram, mais uma vez, que é possível a presença de duas torcidas nos estádios (Foto: facebook.com/sicoobcoopemg)
Segurança nos estádios: quando tudo corre bem, quase ninguém fala nada
Pena que os dirigentes do Atlético e do Cruzeiro prefiram “celebrar” acordos ridículos para que só tenhamos torcida única nos clássicos.
Os dois clubes paulistas decidiram a Supercopa do Brasil no Mineirão, com 50% do estádio para cada torcida, sem nenhuma ocorrência de violência. E olhe que era um jogo considerado explosivo, não só pelos antecedentes entre as torcidas deles, mas também porque no dia anterior houve um Atlético x Cruzeiro na cidade, e há parcerias entre “organizadas” mineiras e paulistas: alvinegros com verdes; azuis com tricolores.
Para não dizer que não houve nenhum “BO”, houve sim: uma janela do ônibus do Palmeiras foi quebrada por uma garrafa arremessada, quando a delegação chegava ao hotel, na Savassi. Mas o criminoso foi preso na hora pela PM.
Pois é! Quando os dirigentes têm interesse eles agem e evitam ou diminuem os problemas. No caso, foi só acionar as forças de segurança de Minas que elas sabem como fazer e dão conta do recado quando devidamente acionadas. Especialmente a Polícia Militar, repetiu operação semelhante a que foi feita quando Cruzeiro e Estudiantes decidiram a Libertadores de 2009 no Mineirão.
A partir de Extrema, na divisa de Minas com São Paulo, viaturas escoltaram os ônibus dos torcedores até a capital mineira.
Nenhum incidente nos postos de combustíveis e restaurantes da BR. Nada de confusão em Belo Horizonte, nem no Mineirão, onde a segurança privada foi reforçada, por iniciativa dos dirigentes.
Nota 10 para as nossas Polícias Militar e Civil. No caso da PM, saudações ao Cel. Flávio Godinho, diretor de Operações da corporação. Foi coordenador-adjunto da Defesa Civil de Minas. Já passou por todo tipo de situação complicada, sabe lidar com todo tipo de gente. Preparado, tipo os melhores zagueiros: sabe sair jogando, mas “chega junto” quando necessário.
Vale lembrar que, mesmo com torcida única na Arena MRV na noite anterior, houve incidentes de violência e vítimas da inoperância da segurança do estádio.
O dia em que a vida de Daniel Alves começou se tornar um inferno
Dos melhores estádios e gramados do mundo, para essa cena humilhante, sendo julgado, depois de um ano de cadeia (Foto: reprodução GloboNews).
Até o dia 9 de dezembro de 2022, o lateral direito Daniel Alves se mantinha entre os jogadores de futebol mais badalados do mundo. Mesmo aos 40 anos de idade, graças à sua amizade com o técnico Tite, estava em mais uma Copa do Mundo, sem nenhuma condição física e técnica para tal. Vaidoso, guela larga, forçou a barra e conseguiu mais alguns dias de topo no futebol, engordando a sua já robusta conta bancária, avaliada em R$ 300 milhões.
No fim daquele dia nove o Brasil era eliminado nas quartas de final no Catar e a “carruagem” do jogador começava a virar abóbora como atleta. Milionário, graças ao grande futebol que jogou no passado, continuou curtindo a vida em Barcelona, onde optou por morar.
Até o dia 30 de dezembro, quando resolveu se mostrar garanhão e atacar a uma mulher de 23 anos de idade no banheiro da boate Sutton.
Aí a vida dele começou ser virada do avesso, já que os tempos mudaram e a impunidade de outrora por estupro, deixou de existir, principalmente em países onde a lei é cumprida e as autoridades não costumam amaciar para ricos e famosos.
No dia 20 de janeiro de 2023 ele foi preso preventivamente. A justiça espanhola se apressou em evitar que ele fizesse como o atacante e patrício Robinho, que se mandou para o Brasil para fugir de condenação também por estupro, na Itália.
Imagine! Sujeito rico, famoso, vaidoso, comendo mais de um ano de cadeia, preventivamente. Corre o risco de tomar de nove a 12 anos de condenação.
É triste ver alguém numa situação dessas, mas aos 40 anos de idade, o sujeito já passou muito da hora de se comportar como gente normal. Cometeu um crime absurdo, mudou de versão cinco vezes e já está pagando pelo que fez.
Sempre há esperança de que exemplos como este sirvam de alerta para tantos infelizes mundo afora, independentemente de qualquer profissão. Mas, a história se repete. O próprio Daniel Alves deveria ter tomado Robinho como exemplo. Um colega de profissão, quase da mesma idade, igualmente poderoso, que cometeu crime tão grave e há anos vive correndo da justiça italiana. Certamente não tem paz e nem terá!
Daniel Alves pode tomar de nove a 12 anos de condenação. Foto reprodução Globo News
Chico Maia é jornalista formado pelo Uni-BH (antiga Fafi-BH) e advogado pelo Unifemm-SL. Trabalhou nas rádios Capital, Alvorada FM, América e Inconfidência. Na televisão, teve marcante passagem pela Band Minas e também RedeTV!. LEIA MAIS contato@chicomaia.com.br