Clássico memorável, pela disputa tática, lances de muito perigo, grandes defesas dos dois goleiros, do primeiro ao último minuto. Só faltou mesmo o gol para que ficasse na lembrança como um jogo que beirou a perfeição.
Com dois minutos de jogo o Cruzeiro teve dois escanteios a seu favor e conseguiu finalizá-los. No primeiro, Dedé obrigou Victor a fazer uma defesa espetacular, numa cabeçada para baixo, canto direito. Em seguida, Bruno Rodrigo chutou quase da marca do pênalti, para cima.
Aos cinco o Atlético teve a primeira chance de marcar, quando Ronaldinho bateu falta e Jô chegou, desmarcado, mas atrasado para cabecear.
Aos nove, mais um corner para o Cruzeiro, mas dessa vez sem conclusão que levasse perigo.
Aos 10 ficou constatada, mais uma vez, a temeridade que o Atlético comete em improvisar Dátolo na lateral esquerda. Meio desengonçado em um lançamento nas costas dele, demorou perceber a presença do Ricardo Goulart, que dentro da área, desperdiçou ótima oportunidade.
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Aos 14 e aos 19 o árbitro Igor Benevenuto errou em apitar impedimento de Tardelli e depois de Jô, que entretanto estavam na mesma linha da zaga no momento do lançamento, no típico lance que engana árbitro e auxiliar.
Aos 21 Jô tentou cavar pênalti, caindo depois de um agarra-agarra com o Dedé. Aos 22, Ricardo Goulart cabeceou sozinho na área alvinegra e errou. Aos 24, ele mesmo cabeceou novamente livre e marcou, mas estava impedido.
O estreante argentino Otamendi e Leonardo Silva não conseguiam se entender pelo alto e deixavam o Cruzeiro finalizar com muita facilidade. Só acertaram no segundo tempo.
Momentos antes Ronaldinho deu cotovelada no Rodrigo Souza, onde merecia cartão, mas o árbitro não viu ou fez vistas grossas.
Dátolo quase surpreendeu ao Fábio num chute forte de longe, com grande perigo.
Aos 39 Ronaldinho fez falta por trás e tomou o amarelo. Aos 40 o ataque do Atlético tabelou bem em contra ataque e Rodrigo Souza evitou que a bola chegasse aos pés do Tardelli, na marca do pênalti, mandando a escanteio.
Na sequência da cobrança, Jô marcou, mas em impedimento, marcado corretamente pela arbitragem.
Primeiro tempo da melhor qualidade, com direito a bate-bocas e empurrões comuns em todo clássico. No segundo tempo Ronaldinho conseguiu escapar da excelente marcação do Rodrigo Souza, marcador eficiente e leal, e melhorou demais o rendimento ofensivo atleticano.
Victor e Fábio fizeram defesas dificílimas, simultâneas, o que mostrou a boa condição física dos dois times, que fizeram longas viagens no meio de semana pela Libertadores da América.
Otamendi fez muito boa estreia, principalmente depois que se entendeu com o Leonardo Silva nas bolas pelo alto.
Até a arbitragem, sempre vilã para um dos times, quando se trata de apitador mineiro, foi bem.
O erros foram normais, principalmente em jogo difícil de ser apitado como este clássico, com lances complicados desde o início.