De todos os comentários, entre colegas da imprensa e frequentadores do blog, a melhor análise que vi dessa fase do Atlético, incluindo a derrota para o Flamengo, foi do Samuel Venâncio, da TV Alterosa, que em quatro linhas no twitter, definiu:
“Só uma coisa sobre o time do Galo e até perguntei para o Cuca: adversários fazem o jogo da vida. Já a pegada do Galo diminuiu.”
E depois emendou em outra twittada:
“No entanto, Cuca disse que continua a mesma coisa e daqui pra frente será preciso ainda mais para seguir na briga pelo título.”
Outro bom comentário foi feito pelo participante do blog, Eduardo BH:
Realidade: o futebol atleticano caiu muito. Não temos um ”grupo” como imaginávamos. Os reservas não tão dando conta do recado…”
Com Richarlyson na lateral esquerda a sensação é que ele vai errar um passe fatal ou quebrar a perna do adversário e ser expulso a qualquer momento. E inspira Réver a ter suas recaída e achar que é o Beckembauer.
Guilherme entrou e passou a impressão que o Atlético estava vencendo o jogo; Escudero é um argentino cuja garra não faz lembrar os argentinos legítimos. Nem conseguiu acompanhar e desarmar o flamenguista que fez o cruzamento para o Liedson desempatar.
O time completo é uma coisa; desfalcado, é este que faz campanha ruim no returno.
A quarta-feira teve também entrevistas que fizeram lembrar o “Samba do Crioulo Doido”, difícil de entender, por ter sido concedidas por “lideranças” que têm que mostrar esta condição quando a cuíca ronca, ao invés de botar fogo no circo e dar de bico pra todo lado.
Perguntado sobre as contratações que não deram certo no Cruzeiro, e porque fez contrato de três anos com Tinga, jogador de 34 anos de idade, o presidente Gilvan de Pinho Tavares recorreu ao comentário de ontem no Tostão no jornal O Tempo.
Disse que sempre foi fã do ex-craque, como jogador e agora como comentarista, destacou que ele entende de futebol como poucos, e mandou brasa:
__ O Tostão acha que contratamos ótimos jogadores, experientes, que têm tudo a ver com o que o Cruzeiro está precisando, porém, estão sendo escalados para executar funções erradas.
Uai, então o Celso Roth é que é “burro” mesmo, presidente?
Depois disse que o relacionamento dele com o treinador é o melhor possível.
Agora entendo porque os treinadores da seleção brasileira não deram as chances que o Fábio fez por merecer nas convocações: não tem equilíbrio em momentos de pressão intensa. Não aceita críticas, cobranças e não sabe administrar situações desagradáveis. Está insistindo nas declarações que quem o vaia ou o xinga nos aeroportos ou em outros locais públicos não é cruzeirense, que é uma “meia dúzia de pau mandado” e bla bla bla…
E ainda acusa: “estão a mando de alguém”.
De quem? O Cruzeiro não tem eleições à vista, nem oposição à diretoria, que é do mesmo grupo da anterior.
Ele deveria ouvir Raul, que é diretor da base do clube e foi um dos grandes goleiros do país. Certamente o “goleiro da camisa amarela” lhe contará o que viveu nos tempos em que era chamado de “Vanderléia”, por usar a camisa de cor diferente e deixar os cabelos compridos naqueles anos 1960, quando o conservadorismo mineiro fazia lembrar o período da Inquisição, segundo quem viveu a época.
Em todo clássico no Mineirão, com mais de 100 pessoas, e não as testemunhas nos estádios pequenos de hoje, xingavam Raul de tudo, e ele caminhava para o gol, e batia as mãos no travessão, como se estivesse agradecendo aos xingamentos.
Fechava o gol e o Cruzeiro ganhava de todo mundo.
Claro que ele é o menor dos culpados desta campanha abaixo da expectativa, mas faz parte da engrenagem e o time não é mais aquele que jogou quase quatro anos junto. Está sendo remontado e os bons resultados não acontecem da noite para o dia.
Seria muito mais fácil explicar isso aos torcedores mais exaltados do que falar tanta bobagem e aumentar a pressão sobre ele mesmo.
A outra declaração infeliz foi do técnico Mauro Fernandes. Disse que se fosse o presidente do América mandaria todo mundo embora depois da derrota para o Grêmio itinerante.
Realmente o desejo da maioria dos americanos devia ser este naquele momento e ainda agora; porém, um comandante não pode falar uma coisa dessas, de cabeça quente, porque o elenco é este, o campeonato está na reta final, e ele terá de conviver com essa turma até o fim.
E, entre mandar uns 30 jogadores ou o treinador embora, nem é preciso perguntar o que é mais viável, não é?
O que o América deveria fazer é já começar a mudar o time, apostando nos ex-juniores que foram campeões brasileiros no início do ano. Mesclaria com os poucos mais velhos que merecem continuar, e usaria o Campeonato Mineiro 2013 para dar cancha a esse novo time, feito com maioria de casa.
Certamente a torcida apoiaria a ideia.
E para não ficarmos numa quinta-feira carrancuda, o Duke ameniza o clima…
hoje, no Super Notícia.