* Basta querer!
Com a proximidade da Copa do Mundo o assunto violência de torcidas voltou à pauta nacional. Ótimo, tomara que, pelo menos a resolução deste problema, fique como “legado” do mundial para as pessoas de bem no Brasil. As autoridades de segurança de todos os Estados sabem como acabar com a baderna provocada por uns poucos marginais infiltrados nas torcidas de futebol. Só não o fazem porque não querem.
Recuso-me a chamar esse tipo de gente de torcedores. Usam, indevidamente, a imagem dos clubes para ganharem dinheiro, comercializando camisas, bonés e tantas outras coisas, sem pagar nada à razão de ser de tudo que são as instituições para quem dizem torcer.
Todos sabemos quanta grana rendem os negócios ligados ao futebol. Nos países civilizados só os clubes comercializam os seus produtos e o cerco à pirataria é muito forte. Aqui, faz-se vistas grossas, e os próprios clubes fecham os olhos, permitindo essas perdas de muito dinheiro que deveria ir para os seus cofres. Muitos dirigentes até incentivam, visando interesses políticos ou “proteção”, para quando as coisas não andarem bem com o time dentro das quatro linhas.
Exemplo
Em Minas Gerais, por exemplo, a união do Ministério Público, Policia Civil, Polícia Militar e Justiça, sossegou a facção violenta que usa camisas com referências ao Atlético, colocando um grupo na cadeia, com divulgação intensa através dos meios de comunicação.
Essa ação conjunta e eficaz foi em função da morte do rapaz integrante da facção violenta que usa camisas com referências ao Cruzeiro.
Pela metade
Foi aquela briga, nas imediações do Chevrolet Hall, combinada pela internet; porém, a eficácia dessa “Força-Tarefa” ficou incompleta, porque só prendeu, julgou e condenou os alvinegros.
Tanto que os violentos que vestem roupas azuis continuam aprontando, inclusive brigando entre si, levando pânico aos torcedores do próprio Cruzeiro no estádio Independência e imediações.
O jeito certo
Agora, depois várias mortes no Rio, as autoridades de lá também resolveram agir e os violentos que usam a imagem do Fluminense estão sendo os primeiros a receber o tratamento que merecem. Viraram manchete de O Globo: ““Polícia fecha o cerco a torcidas organizadas – Grupo da Young Flu foi levado para Bangu 2”.
Direto para um dos presídios mais famosos e temidos do país.
Sem refresco
Esses usurpadores da imagem do Fluminense foram presos em flagrante sábado à noite, espancando dois torcedores do Vasco, que nem pertencem a qualquer “organizada”. Eram 21 contra dois rapazes. Do jeito que gostam de agir, em bandos, na covardia.
Só não entendo porque em Minas as autoridades da segurança não atuam como deveriam. Sabem o que fazer; como fazer, mas não o fazem.
* Trecho da minha coluna de amanhã no jornal O Tempo, nas bancas!