Antes de viajar li uma entrevista do Galvão Bueno aonde ele dizia que estava pedindo a amigos credenciados na Olimpíada de Londres que lhe conseguissem ingressos para ele assistir como cidadão comum, já que apenas narraria a abertura oficial e apresentaria dois programas semanais no Sportv.
Pensei: uai, mas ele terá a credencial dele!
Pois agora, li na coluna Painel FC, da Folha de S. Paulo, essa nota:
“Enviado sem credencial para Londres, Galvão Bueno já ganhou a antipatia do COI. Chegou ao comitê internacional a informação de que o apresentador do Sportv tem pegado pesado com as críticas em relação à Olimpíada. O teor negativo das declarações de Galvão aos brasileiros também é polêmica entre cartolas do país.”
Ora, ora, a Globo não credenciou o Galvão Bueno? Não dá para entender. Se não tinha para ele como locutor, poderia dar a ele uma credencial de jornalista, do jornal O Globo, por exemplo!
O que pode ter ocorrido é que eles decidiram só na última hora que ele viria, e aí o prazo de credenciamento, encerrado quase um ano atrás, tenha passado.
Aí, dependeria da boa vontade da organização ou da detentora dos direitos de transmissão, que é a Record.
A Globo nem deve ter tentado, para não passar pelo constrangimento de ouvir um simples, porém sonoro: “não”!
Pois trabalhar numa Copa ou Olimpíada sem credencial é pior que chupar bala com papel. É o verdadeiro cão chupando manga!
O sujeito não passa nem perto de qualquer local onde haja alguma atividade olímpica com objetivo profissional. A não ser que esteja cobrindo apenas o cotidiano da cidade, o ambiente, ouvindo torcedores e essas coisas.
Acostumada a credenciar umas 500 pessoas em grandes eventos assim, a Globo teve apenas 36 credenciais para o pessoal do Sportv, entre jornalistas, técnicos, redatores e coordenadores.
Por essas e outras é que a emissora dos Marinho não vai perder mais a concorrência nem por disputas de cuspe à distância!
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Histórias de dramas humanos e força de vontade, que li hoje também, daqui de Londres e do futebol brasileiro.
A primeira no portal Uol, onde o goleiro Rodolfo, do Atlético-PR, assumiu que é dependente químico e que vai encarar a luta.
Parabéns e força a ele, que não é o primeiro e nem o último a entrar nessa roubada, e certamente sairá dele, com o seu próprio esforço e apoio de todo mundo que o cerca.
Tem a de um japonês de 71 anos de idade, o mais velho atleta competindo em Londres, eliminado ontem, mas já pensando no Rio’2016.
Força a ele e espero que esteja competindo no Brasil daqui a quatro anos.
Um incentivo a muita gente jovem de idade, que tem uma vida pela frente e fica “esmorecida”, reclamando da vida, vendo o tempo passar.
Selecionei outra notícia, do portal Terra, sobre a lição de humildade que o venezuelano que ganhou a medalha de ouro ontem deu a tanto atleta mascarado que existe mundo afora.
Ganhou a medalha, pôs no pescoço e foi embora na maior simplicidade, de metrô, como se tivesse sido a coisa mais normal do mundo.
Para completar, outro exemplo de luta e superação, do maior concorrente do César Cielo ao ouro nos 50 metros hoje: o norte-americano, negro, que contrariando a lógica vigente na sociedade norte-americana, optou pela natação e chegou ao topo.
* “O goleiro Rodolfo, do Atlético-PR, foi pego dopado semana passada e admitiu nesta quinta-feira ser viciado em cocaína. Ele anunciou que vai tratar em uma clínica de reabilitação, em pronunciamento em Curitiba.
“Eu realmente sou viciado, mas vou procurar me tratar. O Atlético está me ajudando bastante com o Domingos Moro, com o psicólogo e eu vou dar o meu máximo para sair desta situação. Vou passar um tempo em um lugar para me recuperar e esta recuperação, se Deus quiser, vai dar certo”, disse.
Neste período de tratamento, Rodolfo será acompanhado pelos psicólogos e pelos médicos do Atlético, além da própria família. Não há prazo para seu retorno.
O advogado do time paranaense, Domingos Moro, comentou que o caso será julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e ainda pode parar na corte arbitral da Fifa. O vice-presidente de futebol João Alfredo garantiu total apoio e acompanhamento. “O Atlético vai dar todo o respaldo ao jogador e temos certeza que ele vai se recuperar”, completou.”
* http://www1.folha.uol.com.br/esporte/1130635-goleiro-do-atletico-pr-admite-vicio-em-cocaina-e-vai-para-reabilitacao.shtml
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* “Aos 71, atleta mais velho dos Jogos é eliminado, mas mira Rio 2016”

O cavaleiro japonês Hiroshi Hoketsu, 71 anos, é o atleta mais velho dos Jogos Olímpicos de Londres. Sua primeira Olimpíada foi em Tóquio 1964, há quase 50 anos, e a segunda há apenas quatro anos, em Pequim. Segundo o jornal inglês The Guardian, ele ainda tem a intenção de competir nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.
Nesta quinta-feira, Hoketsu e sua égua, Whisper, foram eliminados do torneio de adestramento individual após ficarem na 17ª posição entre 24 competidores. Apesar do resultado, o cavaleiro permaneceu tranquilo, assumiu a culpa por conta de alguns erros durante a prova e agradeceu o apoio do público.
Hoketsu explicou que o que ainda o motiva a competir é a sensação de que está melhorando, e que parará apenas quando sentir o contrário. Por isso, ele admite que, mesmo com 75 anos de idade, gostaria de estar presente nos Jogos de 2016, mas acredita que não será possível. Whisper, segundo ele, estará muito velha, e ele teria muita dificuldade para encontrar um novo cavalo para competir no Brasil.
Em comparação com a Olimpíada de 1964, em Tóquio, o japonês diz ter percebido mudanças significativas. Ele conta que, à época, a simples participação nos Jogos tinha muito mais importância para todos. Hoje, no entanto, ele pensa que as medalhas são mais importantes, não só para os atletas, mas também para a política.
http://esportes.terra.com.br/jogos-olimpicos/londres-2012/noticias/0,,OI6045737-EI19843,00-Aos+atleta+mais+velho+dos+Jogos+e+eliminado+mas+mira+Rio.html
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* “Após ouro inédito, venezuelano pega metrô com medalha no peito”

Após vencer o norueguês Bartosz Piasecki na final da esgrima individual e conquistar o ouro inédito para a Venezuela na modalidade – o país sul-americano também não tinha uma conquista olímpica dourada desde 1968 -, Ruben Limardo, 26 anos, decidiu deixar a Arena Excel, onde competem os esgrimistas em Londres, de metrô. Mas o que chamou a atenção era o que ele tinha no pescoço: justamente a medalha dourada.
O venezuelano virou sensação no metrô de Londres quando simplesmente entrou em um dos trens com o ouro pendurado no pescoço. As informações são do jornal britânico Mirror.
Assediado com muitos pedidos de fotos e autógrafos, Ruben apenas dizia que tinha ido a Londres para conseguir uma medalha para seu país e que dedicava a conquista à Venezuela.
O comediante britânico Omid Djalili tirou uma foto da cena e postou em seu perfil no Twitter: “eu estava esperando uma imagem como essa nos Jogos Olímpicos de Londres. Campeão de esgrima da Venezuela no transporte público”.
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“De quase afogado a exemplo; veja a maior ameaça ao ouro de Cielo”

A máxima de que dos piores momentos é possível tirar coisas boas pode definir a vida do nadador americano Cullen Jones, que nesta sexta-feira será a maior ameaça ao bicampeonato olímpico do brasileiro Cesar Cielo na prova dos 50 m livre, marcada para ocorrer às 16h09 (horário de Brasília). Isso porque bem antes de chegar à final dos 50 m livre Jones teve que superar um quase afogamento, fato que o levou às piscinas e a virar um exemplo para a comunidade negra americana.
Tudo começou quando Cullen Jones, nascido na cidade de Nova York em 29 de fevereiro de 1984, tinha oito anos de idade. Seus pais, Ronald e Debra Jones, resolveram fazer uma viagem a um parque aquático. A visita, que tinha tudo para ser comum, quase acabou em tragédia. Em um dos brinquedos, Jones ficou de ponta-cabeça e chegou a perder a consciência enquanto se afogava. Foi salvo pelo pai, que pulou na piscina para resgatá-lo, e por salva-vidas, que realizaram uma massagem cardíaca para reanimá-lo. A partir deste momento, resolveu aprender a nadar. E, como fica claro atualmente, não parou só no aprendizado básico.
“CJ”, como é chamado pelos amigos, conseguiu, com a natação – apesar da insistência do pai para praticar basquete -, o principal feito que um jovem americano persegue: entrar em uma faculdade, em seu caso a Universidade Estadual da Carolina do Norte. Pelo time da universidade, treinava e competia na natação e nos saltos ornamentais. Entretanto, foi só a natação que o levou ao sucesso e a virar exemplo para os afro-americanos.
A primeira vez que competiu com o time nacional dos Estados Unidos de natação foi no Pan-Pacífico de 2006, quando levou ouro no revezamento 4×100 m, ao lado da estrela Michael Phelps. O atleta só marcaria mesmo seu nome na história em 2008, na Olimpíada de Pequim: ao conseguir entrar no time olímpico americano, tornou-se apenas o terceiro nadador negro dos Estados Unidos a disputar os Jogos, após Anthony Ervin e Maritza Correia.
Tal sucesso lhe deu a imensa responsabilidade de se tornar uma inspiração para os afro-americanos. Em entrevistas antes dos Jogos de 2008, dava um exemplo básico sobre a situação da natação em sua comunidade: ao conversar com crianças, perguntava quem gostava de natação e todos levantavam as mãos, mas ao questionar quem praticava, todos abaixavam.
De fato, o pensamento de que negros não podem nadar é uma constante nos Estados Unidos: um estudo de 2007 da federação americana mostra que 60% das crianças afro-americanas não sabem nadar. Perspectiva que Jones luta para poder mudar não só através de palestras, mas com seu desempenho, que o levou a uma final individual olímpica.
Para chegar ao grande momento da carreira, foram muitas horas de treinamentos. Quase incontáveis: são de 5 a 6 horas diárias (que totalizam 8.000 m por dia) em 6 dias por semana. Com tanto tempo gasto dentro da piscina, quase não sobra espaço para viver fora dela. CJ, entretanto, diz que consegue jogar videogame e sair com os amigos, seus passatempos preferidos. É também fã de filmes, em geral os de ação: entre os favoritos, cita Snatch – Porcos e Diamantas e Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes.
No futuro, Cullen Jones espera escrever para uma revista masculina. O presente é, com certeza, muito mais interessante. Com o melhor tempo ao lado de Cesar Cielo na semifinal dos 50 m livre, tem a chance de ganhar a primeira medalha individual em uma Olimpíada – em 2008 e 2012, levou conquistas apenas no revezamento. Sem dúvida, o pódio olímpico ou até um possível ouro seria o feito da vida do nadador que chegou a ver a morte bem perto dentro de uma piscina.
* http://esportes.terra.com.br/jogos-olimpicos/londres-2012/noticias/0,,OI6045689-EI19855,00-De+quase+afogado+a+exemplo+veja+a+maior+ameaca+ao+ouro+de+Cielo.html