Blog do Chico Maia

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Cegueiras convenientes e o processo de imbecilização popular

Na ânsia de manter o circo animado, ou por algum outro interesse, parte da imprensa bajula qualquer jogador em qualquer circunstância, dentro do processo de imbecilização de incautos que existe no Brasil.

O regime militar usou muito bem o futebol para manter o povo longe do foco político, durante duas décadas e as marcas ficaram.

Quando um jogador beija a camisa então, qualquer camisa, temos colegas que quase chegam ao orgasmo.

Mas há milhares de torcedores que vibram com isso e fazem dessa idolatria a jogador de futebol, razão maior da sua vida.

Já recebi incontáveis e-mail de atleticanos que chamavam o atacante Marques de “Messias”!!!

Pode um negócio desses? “Messias”!!!

Recentemente Emanuel Carneiro andou criticando o Danilinho por causa das suas incursões na noite belorizontina e lembrou que na passagem anterior dele pelo Galo, ficou famoso também por isso, gerando até boletim de ocorrência policial.

Centenas de atleticanos escreveram, inclusive aqui pro blog, xingando o Emanuel, dizendo que ele queria era tumultuar o Atlético.

Menos de dois meses depois, olha aí o Danilinho aprontando das suas, sumindo de treino e já sendo punido pelo clube.

Ontem o meio-campista Charles foi reapresentado pelo Cruzeiro e bastou dizer: “amo este clube” para levar muitos colegas ao delírio, nas rádios, TVs e hoje em jornais.

O entusiasmo foi tanto que nem prestaram atenção na frase que mostra o quanto ela “ama” o Cruzeiro:

“…já que o Joel Santana vetou a minha ida para o Flamengo, eu disse pro meu empresário que aqui é bom também…”

Ah, bom!

Como diz o José Luiz Gontijo, “jogador de futebol vai para onde lhe pagam mais, e fim de papo!”, ou então, aonde o aceitam.

Relembrando o grande Nelson Rodrigues, “dinheiro compra até amor verdadeiro!”.


Não contratar o Adriano pode ter sido um ótimo negócio para o Galo

A desistência em ter o Adriano pode ter sido um ótimo negócio para o Atlético.

Vejam essa reportagem de sexta-feira, dia 16, do O Globo, quando o Flamengo falava em levá-lo de volta, em moldes semelhantes a este que o Galo chegou a propor.

E no fim do texto, a conclusão a que chegou o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanches, que o contratou: 

* “Valor de Adriano cai 95% no mercado”

Em seu auge, jogador valia 31 milhões de euros. Hoje não passa de 1,5 milhão

SÃO PAULO — Após passagem desastrosa pelo Corinthians, com polêmicas, briga contra a balança e falta aos treinos, Adriano está ainda mais desvalorizado. Segundo levantamento da Pluri Consultoria, seu valor de mercado atual é avaliado em 1,5 milhão de euros, registrando queda de 95% em relação aos 31 milhões de euros do auge da carreira, na Inter de Milão, em 2006.

O economista Fernando Pinto Ferreira, especialista em gestão de marketing do esporte e pesquisa de mercado, explica que desde que ele foi vendido pelo Flamengo em 2001, por 7 milhões de euros até o seu auge, quando atingiu 31 milhões de euros, Adriano se valorizou em 343%. A partir de 2006, começou o declínio.

Um grande “mico”

De acordo com o estudo, o valor de mercado de Adriano era 14 milhões de euros, em 2008, no São Paulo. Chegou a 15 milhões de euros no ano seguinte, em nova passagem pela Inter. E caiu para 11 milhões de euros (Flamengo), 9 milhões de euros (Roma) e 3 milhões de euros (Corinthians). Adriano se transferiu dez vezes nos últimos 11 anos, tendo atuado em sete equipes. Apenas três delas envolveram compra dos direitos econômicos (duas por empréstimo e cinco sem custo para o clube de destino).

O jogador, que pode voltar ao Flamengo com contrato de risco e sem salário mensal, custou cerca de R$ 4,2 milhões ao Corinthians (onze salários). O clube nada pagou por ele há um ano. Adriano recebia R$ 380 mil mensais. Agora, negocia cerca R$ 1,5 milhão a que teria direito por contrato até junho. O Corinthians não pagará multa rescisória de R$ 3 milhões.

Em janeiro, o Corinthians já havia pensado em dispensar o jogador. Acabou multado em 20% do salário. Roberto Andrade, na época presidente interino, chegou a dizer que só não o mandava embora porque “não queria pagar a multa e vê-lo gastar o dinheiro nas praias cariocas”. Adriano completaria um ano de Corinthians dia 31. Participou de oito jogos — R$ 525 mil por jogo — e fez dois gols. Cada um deles por R$ 2,1 milhões. Situação que levou Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, a dizer que “tinha ficado com o mico na mão”.


Os confrontos dos mineiros na próxima fase da Copa do Brasil

O repórter Emerson Romano informa em seu twitter:

@emersonromano

“Confrontos dos mineiros na segunda fase da Copa do Brasil: Grêmio x Ipatinga;

Atlético x Penarol;

Cruzeiro x Chapecoense e

AMÉRICA x Goiás.”


Verdade verdadeira de um torcedor: “E ainda querem que torcida vá a campo”

Luiz Claudio de Assis comentou no blog:

“Uai sô.

Na copa do mundo a PM vai impedir a venda de bebidas?
A entrada de faixas?
Vai Limitar o publico?
Vai Mandar os ilustres “estrangeiros” virarem de costa para serem revistados?
Vai proibir “palavrões”/
Vai ter promotor vetando tudo?
Vai ter torcida esperando horas para deixar o estadio?

O papel de qualquer policia no mundo inteiro e dar proteção maxima a todo cidadão. Só que a nossa PM, inverteu sua função.

Nos anos 60, 70, 80 e 90, o mineirão cabia até 130.000 pessoas, já nos anos 2000, por vontade de um tal promotor (cade ele?) a capacidade do estadio foi reduzida para pouco mais de 60.000 (46%). Esta atitude foi tomada em razão de “Laudos” da PM e do Corpo de bombeiros, donde se conclui que o meu, o seu e os nossos direitos constitucionais foram jogados na lata de lixo, pela incompetencia dos acima citados, que não se extruturaram para cumprir com seus deveres.

Com tanta coisa importante a se fazer, vão ficar “arrancando e rasgando faixas”.

Que o (des)governo aparelhe melhor a instituição e parem de ficar balelando que temos a melhor do Brasil. Se realmente temos a melhor policia, os outros estados estão ferrados literalmente.

Se a faixa for de exaltação da PM, pode?

E ainda querem que torcida vá a Campo.

Estão de brincadeira.”

Luiz Claudio de Assis


Faixas de protestos e Festa do Padroeiro Irlandês: opiniões divergentes!

Um conhecido meu dizia que “democracia é bom; mas custa caro!”.

É verdade, principalmente no Brasil, onde cidadão honesto, é esfolado no pagamento de impostos absurdos para sustentar a farra de muito safado nas cidades, no estado e na União, do Executivo, Legislativo e Judiciário.

Acredito até que a maioria seja correta, porque senão estaríamos mais ferrados ainda.

Um dos lados bons da democracia é o direito de manifestação, oral, escrita, enfim.

Vejam duas opiniões totalmente diferentes da minha.

Apesar de divergimos a fundo, a forma educada e respeitosa de discordar, abre portas para diálogo e debate que só fortalecem a cidadania.

Primeiro, comentário do Flávio J, no blog, apoiando a proibição das faixas de protesto nos estádios pela PM.

Depois, o José Eduardo Barata, que enviou e-mail à minha coluna no O Tempo, discordando da minha opinião favorável à realização da Festa do Saint Patrick’s Day:

“Chico , torcida organizada , só serve p levar bagunça arrastão , trafico de Drogas e brigas .

Estádio de futebol , foi feito p ver espetáculos , não ficar se dando ao trabalho de levar faixas …. com picuinhas. xingamentos

Quer protestar , não vá ao campo !!! melhor forma de protesto.

o que é engraçado ou demagógico é o cara com a faixa la de “mercenários” , ai o “mercenário” faz o gol.

O torcedor pula vibra quase cai de costa de emoção , se nao fosse trágico seria cômico.

Eu apoio a PM , lugar de rebeldia não é no campo , estamos a vespera da copa do mundo , a ideia é festa não revolta.

Flávio J”

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“Caro jornalista ,

bom dia ! 

Conheço e acompanho o seu trabalho ,as suas opiniões,menos do que gostaria ,pois entendo ser você dos mais lúcidos da imprensa mineira .

 

Mas o fato de comemorarmos aqui festa de santos padroeiros de outras nações não inernacionalizam coisa alguma o nosso turismo .

Falo com o modesto conhecimento  e experiência que adquiri ao representar em nosso estado , por 18 anos , a maior organização de turismo do mundo,até o início dos  anos

1990.

Além de ser também o responsável pela divulgação do transporte ferroviário europeu , com venda de bilhetes ,aqui em Belo Horizonte , com a chancela da SNCF , que você,

como experiente viajante ,conhece .

 Pois bem .

Durente todos estes anos foram grupos e grupos de turistas ,a lazer ou negócio, que partiam de Minas Gerais para ,principalmente , Europa e Terra Santa .

TIve a honra , com um grupo do PIC , Pampulha Iate Clube, à época presidido por José Luiz Azevedo , de internacionalizar o aeroporto de Confins .

E posso garantir : jamais foi organizado qualquer grupo para comemorar a festa de São Sebastião ,Padre Cícero , Nossa Senhora Aparecida, dos Navegantes ,seja em

Paris,ou New York , ou Roma,ou Londres . ou ……  

Justificar festas como estas que são realizadas para “comemorar” a cultura de outros povos ,me desculpe,não passa de rótulo para promotores  ” venderem  o seu

peixe ” .

Bem fariam se comemorassem nossos próprios santos ou heróis .

Até porque,lá fora, eles não “comemoram” , antes, celebram ,se é que você me entende .

Um grande abraço ,daquele que admira o seu trabalho , José Eduardo Barata”


Avacoelhada informa que imposição a fim das faixas foi feita em reunião com as torcidas

Ainda sobre a questão da proibição das faixas nos estádio pela PM, a Avacoelhada twittou ontem:

@Avacoelhada

“No ano passado, em reunião da PM com as torcidas foi passado que faixas de protesto estavam proibidas de entrar no estádio.”

Respondi que isso é inaceitável e não pode ser imposto pela Polícia Militar.

E pior ainda é a aceitação passiva por parte das torcidas que participaram dessa reunião.


O pronto retorno do Chefe da Comunicação da Polícia Militar

Senhores,

recebi do Tenente-Coronel Alberto Luiz, comandante  da Assessoria de Comunicação da nossa Polícia Militar, este retorno e agradeço a presteza e atenção para conosco:

“Caro amigo,

estou fora fazendo um curso, mas procurarei estabelecer contatos com os meus prepostos da Assessoria de Comunicação Organizacional da PM, a fim de prestar-lhe um esclarecimento sobre o ocorrido. Todavia, adianto-lhe de que nossas ações, como você bem salientou, devem estar pautadas na legalidade e, sobretudo, assegurando as liberdades e os direitos fundamentais das pessoas. Não devendo ser diferente em locais de grande concentração de pessoas, onde, estas encontram-se para manifestar sua alegria e espontaneidade em torcer para o seu time do coração. Deve ter ocorrido um terrível mal-entendido, quero acreditar nisto, do contrário, excessos devem ser verificados pela Instituição, que prima, pelo melhor atendimento às pessoas no seu dia a dia, principalmente, às pessoas, famílias (torcedores) que comparecem nos estádios para torce para o seu clube. Respeitosamente desejo-lhe tudo de bom e manterei contato com minha assessoria para que verifique o que aconteceu e lhe dê um retorno.

Ten Cel Alberto Luiz.”


Até onde vamos com tantas proibições?

* A cerveja foi proibida nos estádios e virou até lei. Depois proibiram as bandeiras e mais recentemente não deixam o torcedor praticar uma tradição que era sagrada: ouvir seu radinho de pilha enquanto assistia o jogo da arquibancada.

Cada medida absurda dessas teve origem em alguma autoridade, seja do Ministério Público, da Polícia Militar, alguma outra ou todas juntas.

Agora está ocorrendo uma proibição mais absurda ainda e ilegal, mas até agora não apareceu o autor da ordem: a repressão às faixas de protesto da torcida do Atlético, com frases simples, como “Vergonha na cara”.

A diretoria do Atlético soltou nota oficial ontem dizendo que não tem nada com isso e que apóia todo tipo de protesto pacífico.

Estou aguardando retorno do Tenente-Coronel,  Alberto Luiz Alves, chefe da PM/5 (Assessoria de Comunicação Social da Polícia Militar) ou do Major Sandro, da Assessoria de Imprensa, a quem recorri, através de e-mail para obter informações oficiais sobre o assunto.

Afinal, vivemos numa democracia; a PM é uma das guardiãs da Constituição Federal, e o que está havendo nessa repressão às faixas de protesto é inconstitucional.

Um vídeo que está rolando no YouTube, mostra inclusive, um militar mandando um torcedor da Torcida Jovem parar de filmar a ordem que ele estava dando para que a faixa fosse retirada do estádio do Villa Nova, domingo. Outra arbitrariedade, inaceitável.

Reitero o respeito que sempre tive e tenho pela nossa Polícia Militar, mas ela está cumprindo ordens indevidas, seja de quem for, porque não há nada de ilegal, que incentive qualquer perturbação pública nessas faixas.

E lamento que a imprensa esteja tão tímida na denúncia deste tipo de desrespeito à liberdade de expressão. Importante lembrar que quando o Estado de Direito é quebrado, nós, jornalistas e radialistas somos os primeiros a ser silenciados.

Não tive o desprazer de trabalhar sob a ditadura militar, mas os companheiros mais velhos sentiram no lombo o drama. A propósito, sábado serão comemorados os 60 anos do “Binômio”, jornal fundado pelo grande José Maria Rabelo, empastelado no pré-golpe militar de 1964. Uma boa oportunidade para relembrarmos o regime de exceção.

A propósito, o leitor Celso Gomes, enviou a seguinte sugestão ao blog: “14 torcedores com as iniciais, ”vergonha na cara” pintadas no peito, pode?”

 

* Por falar na Polícia Militar, o time de Masters da corporação, comandado pelo Cel. José Aníbal Fonseca e recheado de alguns ex-craques do nosso futebol, estará em Carmópolis, sábado, em partida festiva de entrega de faixas, contra o Tupanuara Futebol Clube, 1º Campeão da Copa 381 de Futebol da região.

Além dos ótimos jogadores da própria PM, estão confirmados: o volante Valdir Todinho, o zagueiro Cleber, os atacantes Sérgio Araújo e Jeferson Feijão e o lateral Paulo Roberto Prestes.

Na preliminar jogo da escolinha, categorias 99/2000 da ASCAM – Associação Carmopolitana de Apoio à Criança e ao Adolescente.

* O ex-goleiro Raul e o ex-atacante Euller estarão em Montes Claros, na entrega da 10ª edição do Troféu Bola Cheia, a maior premiação do esporte no interior de Minas, muito aguardada anualmente no Norte do estado. Idealizada e coordenada pelo grande desportista Denarte D’Ávila, com a parceria há cinco anos da Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes e apoio do Conselho Regional de Educação Física (CREF – Região 6).

Será dia 27 no Automóvel Clube de Montes Claros e estarei lá, com muita honra.

* Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã, no Super Notícia, nas bancas!


Sugestão do dia!

Ótima sugestão do Celso Gomes na seção de comentários do blog, sobre a proibição da faixa “Vergonha na cara” nos jogos do Atlético:

“14 torcedores com as iniciais, ”vergonha na cara” pintadas no peito, pode?”

Celso Gomes


O encontro de criador e criatura: Abras e Abracadabras

Dois grandes profissionais da comunicação de gerações distintas: Roberto Abras e Mário Alaska da 98 FM

Do twitter e facebook do @marioalaska: 

ABRAS

* “O grande encontro! ROBERTO ABRACADABRAS e ROBERTO ABRAS”