Foto: Pedro Souza/Atlético
Até hoje, com a temporada acabando, o Galo não oficializou quem será o seu treinador em 2023. O instável Cuca ou um outro, já deveria estar definindo o elenco; quem fica, quem vai embora e essas coisas. Na relação custo/benefício, é nesta época que as melhores transações são feitas. A diretoria do Atlético está cansada de saber disso, mas parece não ter se tocado. Ano passado Cuca pulou do barco logo depois do título, pegando os dirigentes de surpresa. Quebraram cabeça para encontrar o substituto e se equivocaram na escola do Turco. Apostaram de novo no Cuca, o que se mostrou um novo erro, em função do desgaste de parte do elenco com ele.
O resultado foi o fracasso do time em 2022, quando se esperava que fosse brigar na cabeça novamente pelos principais títulos.
Este e outros ótimos temas, também são abordados pelo Fernando Rocha, na coluna dele no Diário do Aço, de Ipatinga. Confira:
* “Lição da vida”
A gente costuma dizer aqui nos nossos grotões, que tem algumas coisas na vida onde ou você aprende pelo amor, ou vai pela dor. É o caso do Cruzeiro, que não teve outra alternativa senão recorrer às “crias” da Toca e aproveitar o seu histórico de revelar grandes jogadores.
Não saiu do forno ainda nenhum fora da curva, mas os jovens que foram lançados souberam aproveitar as oportunidades, sendo suficiente para levar o Cruzeiro de volta à Série A com o pé nas costas.
Neste domingo, o time celeste faz a última partida nesta segunda divisão nacional contra o CSA de Alagoas, encerrando um ciclo negativo de três anos, com uma grande festa programada pela torcida para comemorar o acesso e também o título da competição.
Importante que o torcedor cruzeirense esteja bem ciente de que a volta à elite do futebol brasileiro, em 2023, não quer dizer que serão feitas contratações de medalhões caros, com retorno duvidoso como no passado recente.
A tendência projetada pela SAF/Cruzeiro é a manutenção da atual política de pés no chão, sem endividar ainda mais o clube, para que as coisas aconteçam através do amor e nunca mais pela dor.
Sem noção
Me chamou atenção uma declaração do presidente Sérgio Coelho ao portal “O Tempo”, sobre a atual temporada do Atlético.
Segundo o presidente do Galo, a temporada “não foi tão ruim porque o time conquistou dois títulos, o Mineiro e Supercopa”.
Considero o mandatário atleticano uma pessoa sensata, inteligente, honesta, mas sua declaração soa mais como uma tentativa de tapar o sol com a peneira.
A temporada 2022 do Galo de fato não é ruim, mas péssima das péssimas, considerando que possui um dos três elencos mais caros do país, um dos melhores CT’s do mundo, conta com uma equipe de profissionais na retaguarda das melhores e mais conceituadas do futebol brasileiro, cercado de todas as mordomias inclusive voos fretados em todos os jogos, salários e premiações em dia.
Então, não há como concordar com o presidente do Atlético, sabendo que o time foi eliminado da Copa do Brasil, Libertadores e ocupa há 15 rodadas apenas a 7ª colocação no Brasileiro, ameaçado até de ficar fora da Libertadores no próximo ano.
Que a diretoria trate logo de definir quem será o futuro treinador, resolva os problemas internos que fez o Galo fracassar nesta temporada e vida que segue, pois muito além de um bom time para torcer, a torcida quer também um time que seja vencedor.
FIM DE PAPO
- O Palmeiras conquistou o título justíssimo de campeão brasileiro pela 11ª vez. Foi sem estar em campo, na derrota do Internacional para o América, no Independência. Mais tarde sapecou uma goleada de 4 x 0, sem dó nem piedade, no Fortaleza, para delírio da sua torcida no Allianz Park. Em pouco menos de quinze dias, as três principais competições disputadas por clubes brasileiros foram decididas ficando nas mãos da dupla Flamengo e Palmeiras.
- Ao todo nove títulos dos doze disputados nas quatro últimas temporadas foram ganhos pela dupla mais endinheirada do futebol nacional. Só o Athlético(PR), ao conquistar a Copa do Brasil/2019, e o Galo, que levou ano passado o Brasileiro e Copa do Brasil, conseguiram quebrar essa hegemonia dos cariocas e paulistas, não há sinal de que esse cenário irá se modificar nos próximos anos.
- Se estivesse entre nós, o jornalista Sérgio Porto com o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta, teria um farto e vasto material para explorar no “FEBEAPÁ-Festival de Besteiras que Assolam o País”, que tanto sucesso fez nos anos 50.
- Uma personagem que teria lugar cativo na sua coluna seria a madame Ângela Machado, diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, mulher do presidente do clube, Rodolfo Landim. Esta mulher pobre e infeliz de espírito causou indignação em todo o país, ao fazer uma insinuação pejorativa aos nordestinos, insatisfeita com o resultado das urnas na eleição presidencial.
- O caso ganhou grande repercussão nos meios do futebol e os clubes do nordeste, entre eles o Sport, CSA e Sampaio Corrêia, protestaram veementemente contra a postagem xenofóbica da madame rubro-negra, que recebeu também condenação de setores da oposição do clube. O grupo intitulado “Fla-Tradição”, representado pelo conselheiro benemérito, Siro Darlan, encaminhou dois requerimentos à diretoria, onde não só pede a cabeça dela, mas também do marido, presidente Rodolfo Landim.
- “Só a burrice é eterna”. Nelson Rodrigues (Fecha o pano!)
- Por Fernando Rocha – Diário do Aço – Ipatinga