Blog do Chico Maia

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Mea-culpa, culpados e incaultos!

Onde a imprensa tem culpa

Perguntam-me o que estou achando das contratações e dispensas dos nossos times nos preparativos para a temporada de 2012. A resposta é a mesma de sempre: dos que estão chegando, só depois de, no mínimo, cinco jogos consecutivos. Dos que estão indo, as explicações são simples: não renderam o que se esperava ou estão com a data de validade vencida.

Bula

Mas há máximas que não podem ser desprezadas de forma alguma pelos dirigentes responsáveis pelas degolas e contratações, como: não se dispensa um elenco inteiro, por pior que tenha sido a campanha anterior; não se contrata sem informações minuciosas, de diferentes fontes, sobre o jogador pretendido.

Picaretagem

O futebol está cada dia mais recheado de empresários inescrupulosos, picaretas que dominam a cena e têm jogadores de todas as idades, todas as posições e de todas as partes do mundo. Empurram promessas, foguetes molhados e ex-jogadores em atividade aos clubes dirigidos por incautos ou desonestos.

Errantes

Há dirigentes que erram de boa fé e na ânsia de dar boas notícias à sua torcida, caem em grandes contos do vigário. Outros, querem levar vantagem, custe o que custar, e mesmo sabendo que o clube está está entrando numa fria, contratam, pois trata-se de um bom negócio pessoal.

Dificuldade

Distinguir uma coisa da outra; um safado de um bem intencionado, não é fácil, especialmente porque é gente demais para buzinar informações e palpites na cabeça de quem tem o poder de decidir e mandar contratar ou não. Os melhores dirigentes são os que sabem conciliar a gestão administrativa com a montagem do time. Essas ações estão diretamente ligadas ao sucesso ou fracasso ao fim de cada temporada.

Hora certa

É este período, de “entressafra” e férias, o mais importante de qualquer clube. As decisões dos dirigentes em suas opções de contratações e dispensas vão influir diretamente na performance de cada clube em 2012.

As choradeiras, desesperos, euforias e comemorações são arquitetadas agora; e exemplos passados e recentes não faltam.

Atlético, Cruzeiro e América penaram no Brasileiro 2011 porque erraram em suas opções.

Uma ressalva

Sempre com a ressalva de que o América não tinha os recursos financeiros da dupla mais famosa, a cartolagem errou demais na virada de 2010 para 2011. E é importante assumir que esses erros contam, em grande parte dos casos, talvez maioria, com a complacência nossa, da imprensa. Por erro mesmo, ou por outros interesses que infelizmente existem, a cartolagem leva menos porradas que deveria.

Mea-culpa

Da minha parte, sobre as atuais mexidas, se fosse dirigente do Cruzeiro, eu não teria deixado o Fabrício sair. Trata-se de um “cavalo cansado”, mas ainda útil demais ao plantel azul. No Galo, Richarlysson e Guilherme deveriam ser usados como “moeda de troca”, pois não se encaixaram ao perfil alvinegro. No América, a aposta deveria ser na excelente base que o clube tem; inclusive no treinador.

DUKE

E faço minhas a imagem e palavras do Duke, hoje, no Super Notícia!

* Minha coluna de amanhã, no Super Notícia!


Galo 5 x 2 Cruzeiro

CMDRecebi e publico, na íntegra, do amigo Betinho do Banco do Brasil, de Conceição do Mato Dentro.

Sem alterar uma vírgula:

CHICO MAIA,

COMO TODO ANO, AÍ VAI MAIS UMA FICHA DO RAPOGALO DA AABB AQUI DE CONCEIÇÃO, E É CLARO COM MAIS UMA VITÓRIA DO GALO!!!

DA-LHE CHICO, ABRAÇÃO!!!

BETO CACI                   

XVI   RAPOGALO DA AABB                      

Atlético   5   x   2   Cruzeiro

Local: AABB

Data: 18.12.2011

Arbitragem: Leonardo Sérgio Moreira Lima

Auxiliares: Tité e Carlinhos Tchok

Gols: Jordane(2), Marcinho, Dudu e Nandinho (Galo) e Warley e Ricardo Canal (Cruzeiro)

Times: Galo:

Felipe, Edvar(Jaime Jr.), Renato RCD(Joubert),Cabo Jr. e Rafael Heleno; Jordane, Ivan(Nandinho), Dudu e Paulinho(Lúcio); Marcinho e Beto Caci(Renato Biscoito).

Cruzeiro:

Samuel, Jorginho(John Lenon), Bebeto, Pezão e Nardinho(Heleno); Bolão, Tadeu(Ricardo Canal), Tatão(Juninho) e Jefinho(Antônio); Digão e Warley(Lobão)


Os royalties do minério e uma pergunta simples: para que serve o IPHAN ?

Agradeço e destaco comentário do Mauro Werkema, um dos expoentes da cultura, turismo e desenvolvimento humano de Minas Gerais, que escreveu:

“Prezado Chico Maia:

Justa e oportuna a lembrança da campanha do José Fernando Aparecido de Oliveira como responsável pela retomada e ampliação da questão do insignificantes royalties pagos pela mineração. O Governo fica com míseros 0,26 centados de cada tonelada de minério retirada. E hoje a tonelada de minério de ferro é vendida a U$ 150. E era pouco mais de US$ 40, em 2001. O rolyalty, fixado por lei em 2%, está reduzido, no pagamento final, a 1,2% por artimanhas das mineradoras. E os municípios mineradores arcam com a questão ambiental, o crescimento urbano e populacional, a prestação de serviços de saúde e outros. E, além do mais, esta é a maior riqueza de Minas, que hoje engorda grandes empresas que não têm qualquer compromisso com o Estado. Devemos ao José Fernando, com coragem, ousadia e até repressões pessoais, que hoje se exercem sobre ele, ter colocado esta questão em debate público. Mas, até hoje, infelizmente, sem qualquer medida corretiva.”

Mauro Werkema

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Para reavivar a memória de todos, mais uma foto feita por mim sobre as montanhas de Minas e o arraso que as mineradoras promovem a custo quase zero para elas nessa questão dos royalties:

MINERACAO

Região pouco depois de Nova Lima a caminho de Juiz de Fora

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A propósito, dentro desse tema, agradeço também ao Raff Catalan, que enviou um vídeo-denúncia, muito interessante, sobre o processo de destruição da cidade de Conceição do Mato Dentro, em função da incompetência e omissão das autoridades locais, estaduais e federais, além da ação devastadora e incontrolável da mineradora que está se instalando lá. Começou com o Eike Batista (MMX) que a negociou com a Anglo American.

Dê uma olhada nesse vídeo:

“Passeando por Conceição do Mato Dentro – MG”

http://youtu.be/KJNHFLBSPeE

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E esta é a primeira visão que o visitante tem, quando entra em Conceição:

CMD

Tomara que este casarão resista às chuvas dessa virada de ano.

E pergunto: para que serve o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN ?

No site da instituição diz que “… foi criado em 13 de janeiro de 1937 pela Lei nº 378, no governo de Getúlio Vargas … 

… organismo federal de proteção ao patrimônio… confiada a intelectuais e artistas brasileiros ligados ao movimento modernista. Era o início do despertar de uma vontade que datava do século XVII em proteger os monumentos históricos…”

* http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do?id=11175&retorno=paginaIphan


Jogo beneficente do Neymar

Terça-feira tem jogo beneficente em Sete Lagoas, 20 horas, na Arena do Jacaré.

Amigos do Mancini x Amigos do Neymar

Os “amigos” do Neymar jogaram ontem em Salvador-BA, também “beneficente”.

Veja detalhes de toda essa beneficência, publicados pelo caderno de esportes da Folha de S. Paulo de hoje: 

 * “Em jogo beneficente, Neymar ganha cachê de R$ 200 mil”

NELSON BARROS NETO
DE SÃO PAULO

Dois dias após chegar de uma viagem de aproximadamente 25 horas do Japão, onde perdeu o Mundial para o Barcelona, o atacante Neymar, 19, disputou uma partida de final de ano na Bahia.

“Hoje [ontem], o mais importante aqui é ajudar a quem precisa, fazer o povo de Salvador feliz. É muito bom ser solidário”, disse em meio à gritaria das Neymarzetes, responsáveis por não deixar o estádio de Pituaçu vazio numa tarde de quinta-feira (e com transmissão do Sportv) -dos 32 mil lugares, menos de 5.000 foram ocupados.

O ingresso custou R$ 25, mais um quilo de alimento. Porém, se a comida arrecadada foi para um projeto social do governo baiano, a única instituição beneficiada com parte da renda pertence ao meia Deco, do Fluminense, em Indaiatuba (SP).

E, embora a assessoria do evento negue, Neymar recebeu um cachê para participar do jogo. Empresário que costurou o contrato revela que o valor chegou a R$ 200 mil.

Segundo o estafe do santista, trata-se de “assunto dele” e fruto de acordo comercial que envolve outros negócios do pai com a HWT Promoções Esportivas, marca que estampou o uniforme de todos os atletas em campo.

Fundada em 2010, em São Paulo, a HWT anuncia fazer “assessoria de jogadores, desenvolvimento de carreiras e captação de patrocínios”.

Chegou a pensar em vender cada cota de publicidade por R$ 3 milhões. Depois, reduziu para cerca de R$ 400 mil, mas terminou sem conseguir convencer qualquer empresa privada a investir.

Além dos R$ 200 mil de Neymar, a HWT gastou mais R$ 300 mil entre despesas com transporte, hospedagem, material promocional e equipe de serviços.

Para completar, a jogadora Marta, eleita cinco vezes melhor do mundo e única mulher no gramado, perdeu o voo de Maceió para Salvador. A organização, então, fretou um jatinho e ela apareceu no segundo tempo.

A assessoria esportiva Antoniu’s, de Salvador, entrou com as peças que faltavam para a equipe reserva, um combinado local.

O time de Neymar, repleto de nomes conhecidos no futebol, como Elano, Rincón, D’Alessandro e Vagner Love, venceu por 6 a 4. Neymar pai foi o treinador. Durante o jogo, o ídolo santista cavou dois pênaltis e fez um único gol.

neymar


Feliz Natal!

Amigos,

retribuo aqui a todas as mensagens de boas festas que estão chegando e desejo um ótimo Natal a todos.

Se for dirigir, dentro da cidade ou nas estradas, muita calma e todos os cuidados.

Devagar e sempre!

ChargeSuper-09-12-11

 

E pegando essa carona do Duke!


Contagem regressiva para o Independência e Mineirão

Nessa história toda, a diretoria do América é que merece ser homenageada com uma placa pela sua competência em negociar a cessão do Independência.

O que seria apenas uma reforma básica, obra “meia-boca” virou um estádio novo, moderno e o mais importante: mais uma fonte de renda para o Coelho, sem nenhum risco, sem nenhum custo mensal.

Atlético e Cruzeiro, donos das maiores torcidas, vão continuar reféns do governo e administradores privados. 

Notícias enviadas pela Assessoria de Imprensa da Secopa sobre os nossos principais estádios:

* “Secretário Sergio Barroso recebe conselheiros do América no Independência Belo Horizonte” 

O secretário de Estado Extraordinário da Copa (Secopa), Sergio Barroso, recebeu um grupo de conselheiros do América em visita ao estádio Independência, na tarde de quinta-feira.

Estiveram presentes o presidente e o integrante do conselho de administração do clube, Afonso Celso Raso e Marcus Salum, respectivamente, além de vários torcedores do Coelho.

Na ocasião, os convidados tiveram a oportunidade de conhecer os avanços das obras de modernização do estádio. “O Governo do estado, olhando para o futuro, acredita na importancia de se profissionalizar a gestão dos estádios de futebol. A parceira com o América vai permitir que os resultados sejam maximizados para que o torcedor seja a parte mais beneficiada com a entrega do novo Independência”, ressaltou Barroso. Salum reiterou o compromisso do clube. “O governo de Minas Gerais está de parabéns. Tenho certeza de que o torcedor mineiro será bem atendido. O América e o governo confiam mutuamente no projeto do novo independência. O América vai fazer de tudo pela satisfação do torcedor”, disse. O novo Independência tem previsão de entrega em fevereiro de 2012.

Cerca de 600 operários trabalham hoje na obra. Foram concluídos já os trabalhos de fundação e contenções dos prédios de serviço e arquibancada, da montagem da cobertura das ruas Ismênia e Pitangui, dos arrimos e contenções, e de plantio e drenagem da grama. Cerca de 90% da vedação e alvenaria dos prédios e das arquibancadas foram feitos e 80% dos guarda-corpos foram instalados.

O estádio terá capacidade para 25 mil pessoas assentadas, estacionamento com 422 vagas, seis portões de acesso, duas torres de serviços para abrigar bares, centro de comando, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Os vestiários terão área ampliada e haverá ainda um auditório para entrevistas coletivas.

A imprensa de rádio e TV contará com 18 cabines e a escrita terá 72 estações de trabalhos. Os camarotes e áreas VIP´s terão capacidade para 2.225 pessoas.

america

Marcus Vinícius Salum, integrante do Conselho Administrativo do América, Sergio Barroso e Afonso Celso Raso, presidente do Conselho Administrativo do América.

Foto: Bruno Sales/Secopa

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A um ano do fim das obras

Falta um ano para o fim das obras de modernização do Mineirão. O novo estádio estará pronto em 21 de dezembro de 2012 para realização do calendário esportivo de 2013 em diante.

A nova arena multiuso será palco de duas grandes competições internacionais: a Copa das Confederações da FIFA, em 2013, com três jogos, e a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, com seis partidas. “A reabertura do estádio vai representar um momento histórico em Minas Gerais. Isso porque o Mineirão é um dos templos mais sagrados do futebol brasileiro, bem como será uma das arenas mais modernas do país.

Sua memória estará preservada tanto no coração do torcedor, como também no futuro museu dedicado ao futebol, que vai abrigar a história dos maiores espetáculos e protagonistas dessa paixão nacional”, diz o secretário Sergio Barroso.

Para o diretor-presidente da empresa Minas Arena, empresa responsável pelas obras do estádio e posterior operação, o momento é de orgulho. “Trabalhamos muito em 2011 para que o empreendimento seja executado conforme o previsto. Falta pouco para podermos unir a tradição dos belo-horizontinos a um estádio moderno. Tenho certeza de que o Mineirão será motivo de alegria e orgulho para todos”, diz Ricardo Barra. Inaugurado em 1965, o estádio começou a ser modernizado em janeiro de 2010.

Atualmente, as obras encontram-se na terceira e última etapa. Foram concluídas várias intervenções nesse período, mantendo a fachada como um dos bens tombados pelo Patrimônio Histórico. Entre as obras de maior destaque estão o rebaixamento do campo em 3,4 metros, a conclusão das demolições estabelecidas nas áreas interna e externa e a doação do gramado e cadeiras. O trabalho de fundação nas áreas externas e internas também está na reta final. 

O novo estádio terá 64 mil lugares com 100% de visibilidade. Parte deles estará concentrada na nova arquibancada inferior, que vai aproximar o torcedor do campo. Cerca de 15% de sua estrutura já foi construída.

Na parte externa, uma esplanada de 80 mil m2 toma forma a cada dia. Será um espaço para a prática de lazer com capacidade para 65 mil pessoas. Vinte e cinco por cento das peças pré-moldadas da esplanada já foram instaladas.

Atualmente 1.500 operários trabalham na obra. Todos são devidamente capacitados. Entre eles há desde detentos a um time feminino de operárias. Um dos melhores exemplos de inclusão social é o curso de alfabetização oferecido aos empregados dentro do estádio. A reforma é modelo no país de iniciativa ambientalmente sustentável.

Uma das metas da obra é obter o selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). Para isso, o novo estádio já prioriza padrões, ferramentas e procedimentos aceitos e entendidos internacionalmente como ecologicamente corretos. Desde o início das obras, em 2010, o Mineirão tem contratado um serviço de consultoria LEED, habilitado a acompanhar a obra e realizar o controle dos processos e registro rigoroso dos documentos exigidos para a certificação. O procedimento permite o controle de execução das práticas sustentáveis junto ao conselho do Green Building Council Institute (GBCI), organização com sede nos Estados Unidos que confere a certificação. 

Fotos: Sylvio CoutinhoANTES_2011-12-20_11_33_14

 Antes: Vista interna do Mineirão, em outubro de 2010

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Depois: Vista interna do Mineirão, em dezembro de 2011

Fonte: Assessoria de Comunicação

Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa)


Só faltou o pedido de autógrafo

Falou quem conhece bem a história de Nelson Rodrigues. Ruy Castro escreveu o excelente “Anjo Pornográfico”, biografia do grande jornalista e dramaturgo.

Nessa crônica de ontem, na Folha de S. Paulo, ele fala da forma ridícula como a maioria das pessoas, até da imprensa, se curvou ao Barcelona, antes, durante e depois do jogo contra o Santos.

Parece que foi o primeiro grande time que se viu jogar na história. Parece que ninguém prestou a atenção na entrevista do técnico Pepe Guardiola depois dos 4 x 0, quando ele disse: “Ora, meus avós e meus pais me diziam que era esse o futebol que os times brasileiros jogavam.”.

Quando os times estavam para entrar em campo, lado a lado, as imagens da TV mostraram Neymar admirando boquiaberto o Messi.

A bola rolou, saiu o primeiro gol, e o Muricy Ramalho, sempre tão agitado, dessa vez, lá, sentado, quieto, parece que com medo de gritar com seus jogadores, de ir à beira do gramado.

Só faltou aos jogadores do Santos pedir autógrafo aos colegas do Barcelona, que realmente é o time tudo de bom que se fala, mas que não é o primeiro time na história a jogar um futebol empolgante e magistral.

Veja que belo texto do Ruy Castro:

* “A volta do complexo”

RIO DE JANEIRO – Nelson Rodrigues ficaria jururu. Justamente agora que o complexo de vira-lata do brasileiro, denunciado por ele, parecia sepultado, a acachapante derrota do Santos para o Barcelona nos devolve à vira-latice ululante. Nos botecos e esquinas, fala-se do Barcelona com a boca encharcada, como se o futebol nunca tivesse visto coisa igual.

E, no entanto, a marcação adiantada -quase às portas do adversário -, a retomada da bola e as triangulações entre jogadores muito perto uns dos outros (eliminando os erros de passe) estão longe de ser novidade. Vi exatamente isso outro dia, em vídeos que trouxe de viagem, mostrando a Hungria de Puskás, Bozsic, Kocsis e Hidegkuti esmagando por 6 x 3 a Inglaterra em pleno Wembley, em 1953, e o Real Madrid de Canário, Del Sol, Di Stéfano, Puskás e Gento achatando o alemão Eintracht por 7 x 3, numa final da Copa dos Campeões, em 1960.

E quem já não vira aquilo tudo no Ajax de Cruyff, Neeskens e Van Basten, no começo dos anos 70, e no Flamengo de Zico, Junior, Leandro, Adílio e Nunes, no começo dos anos 80? Ou mesmo nos diversos Santos de Pelé nos anos 60?

Eram times em que, além da alta categoria dos jogadores, o centroavante dava combate em seu campo, os zagueiros podiam avançar e o adversário não conseguia começar uma jogada. Pena que, na época, não houvesse um reloginho marcando os tantos por cento de posse de bola para cada um.

Viva, então, o Barcelona, que se juntou a uma elite de grandes times do passado. Pena é que não exista o time eterno. Donde, assim como aconteceu com aqueles imortais Hungria, Real Madrid, Ajax, Flamengo e vários Santos, este Barcelona um dia também deixará de existir. E pode não demorar muito. Sua torcida já está ficando blasée, farta de ganhar. Logo serão os jogadores.


A suplência do senado e a denúncia contra o assalto das mineradoras em nossas montanhas

As informações e comentários sobre a questão da suplência no senado, envolvendo José Fernando Aparecido e Zezé Perrella, estão rendendo ótimo debate e mais informações sobre um tema muito caro a todos nós mineiros e para quem vive em Minas Gerais.

O assalto que sofremos na mixaria paga pelas mineradoras pelos royalties, o dano ambiental  e social que eles provocam sem compensação aos municípios e às comunidades atingidas diretamente.

Vejam o que nos escreveu o professor Otto Ramos:

“Caro Chico Maia, saudações!

Este breve comentário segue somente para complementar o Luís Fernando e o próprio Zé Fernando..

Antes da candidatura do Zé Fernando, quem em Minas, sinceramente, tinha parado meditar sobre esta matéria? Apenas nos limitávamos a coisas como ver os quadros e fotografias do pico de Itabira ou ler poemas melancólicos relativos a isso, como o bem fez Carlos Drummond de Andrade.
Também ficavámos imaginando quão grave impacto à identidade cultural e física da capital seria se tivéssemos permitido que “levassem” a Serra do Curral… Ao menos o que ainda resta dela.
Quem tem ido àquela “ilha verde” que se tornou o Museu do Inhotim e parou para refletir sobre os pesados caminhões da mineração do entorno que a todos instante ultrapassamos ou nos ultrapassam?
Qual a relação custo/benefício para o estado de Minas Gerais, para o governo federal e para as populações daquela área que, ao fim da extração, herdarão crateras e fuligem? Ninguém vinha pensando nisso além do Zé Fernando como deputado federal.
Daí que, com as recentes discussões sobre a partilha dos royalties do petróleo e , sim!, a candidatura do Zé Fernando esse assunto se tornou pauta urgente da gente de Minas: não é mais “coisa de ambientalista” somente!

Hoje, segundo informações, o governo de Minas que tanto alardeou o tal “choque de gestão” está quebrado e com enormes dificuldades de fechar as folhas de pagamento e ainda suportar as legítimas reivindicações salariais por parte de seu funcionalismo (professores, policiais, etc.) deixando de pagar seus fornecedores para conseguir pagar décimo terceiro, por exemplo.

São apenas 70 e poucos milhões arrecadados com a mineração no ano de 2011 enquanto a Petrobrás paga fábulas pelo petróleo. Se fossem as mesmas regras para o minério não teríamos essas dificuldades e, inclusive, possivelmente não teríamos tantas greves gerando tantos transtornos à população.

Por que falei disso tudo? Porque a candidatura do Zé Fernando foi pra muito além de uma vontade pessoal, de um capricho particular. Foi para trazer essa importante questão em defesa dos nossos interesses como mineiros e para abrir espaço para um projeto senão melhor, ao menos, alternativo de país para a nossa e as gerações futuras representado pela candidatura da Marina Silva.
Assim, agradeço a postagem anterior pois graças a ela pudemos estender esse debate para além do caderno de política.
Obrigado!”
Prof. Otto Ramos
dirigente escolar
Rede Municipal de Contagem

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EUROPA2010JUIZDEFORA 062

Obrigado ao professor Otto, e esta foto, feita por mim um ano atrás sobre as montanhas de Belo Horizonte, Nova Lima, Brumadinho, Moeda e adjacências é só para relembrar o que essas mineradoras bilionárias deixam como herança deixando uns trocados para os cofres públicos.


Reveillon: para quem gosta de cerveja de qualidade e muito rock n’ roll

Não se trata de propaganda nem “jabá”; nem conheço os donos dessa cerveja, mas conheço o produto, que saboreei num festival de artesanais no Jardim Canadá este ano. Ótima!

Quem enviou as informações foi a amiga Adriana Kfouri, grande jornalista, que dá uma dica da melhor qualidade para quem for passar o réveillon em Belo Horizonte:

* “Reveillon, cerveja e muito rock n’ roll”

A Cervejaria Artesanal Küd abre suas portas para brindar a chegada de 2012 com a primeira edição do Rock Reveillon da Küd. Para a virada do ano, a Küd preparou um open bar com mais de dez bebidas, entre elas, quatro dos fantásticos chopes artesanais – inclusive o premiado Kashmir. Tudo ao som eletrizante do AC/DC, da cover Seu Madruga, e a genialidade sonora do DJ Koctus, baixista do Pato Fu.

A aliança entre cerveja artesanal e o rock n’ roll é a marca registrada da Küd. Amantes da boa cerveja, os cinco sócios da cervejaria também são apaixonados pelo rock n’roll. Não é à toa que a Küd é a cervejaria artesanal mais rock n’ roll de BH.

A prova está nas surpreendentes criações da Küd, como o premiado sabor Kashmir, vencedor do Primeiro Campeonato Sulamericano de Cervejas Caseiras, realizado em Santa Fé, na Argentina, em 2008. Kashmir, a IPA da Küd, assim como outras criações que serão oferecidos no open bar do Rock Reveillon, revela um casamento fiel entre a cerveja e o Rock.

Kashmir é uma das músicas mais marcantes da banda Led Zeppelin. A homenagem a canções dos “Leds” foi estendida ao sabor Tangerine da Küd, levemente cítrico em estilo Witbier, uma criação própria dos cinco amantes da cerveja e do rock n’roll que também será servido no open bar do Rock Reveillon.

Blackbird, estilo Black IPA, reverencia os Beatles. A criação da Küd leva quatro tipos diferentes de malte e quatro estágios de lupulagem, alusão à imagem do quarteto de Liverpool.

Para completar, um verdadeiro culto ao Deep Purple: o irresistível sabor Smoke on the Water, em estilo Smoked Ale, que utiliza como ingrediente o malte defumado.

“O rock e a cerveja se completam. Resolvemos então prestar uma homenagem à nossa maneira e fazemos nossas receitas inspiradas em grandes clássicos do rock. Mas a escolha não é aleatória, toda receita tem uma carga de história que serve de pano de fundo para uma degustação cheia de cultura”, ensina o analista de sistemas e mestre cervejeiro da Küd, Alencar Barbosa.

No open food do Rock Reveillon da Küd oferece mais de 4 mil peças da melhor culinária mineira e japonesa. Tudo de bom pra todo roqueiro curtir a virada! No cardápio mineiro, nada melhor do que a gostosa comida de boteco, com torresminho, linguicinha, mandioquinha, caldos de feijão e de mandioca, moelinha e pãozinho fatiado, frango a passarinho, fritas e outras variedades de petiscos.

Ou, se preferir, os cervejeiros-roqueiros podem degustar um caprichado cardápio japonês: tipos diversos de sushi, sashimi, nigiri, hot filadelfia, california, sunomono com kani, camarão e peixes como salmão e outros, todos fresquinhos e preparados na hora.

Os ingressos estão a venda por R$ 250,00 (masculino) e R$ 230,00 (feminino). Para adquirir, entre em contato com a organização da festa pelos telefones 8880-0077; 9234-1896; e, 9934-3469. Acesse o site da Küd – www.kudbier.com.br.

O Rock Reveillon da Küd, que começa às 22 horas do dia 31 de dezembro de 2011 e só termina depois que o sol raiar em 2012, garante ainda conforto e segurança dentro de suas instalações. A Cervejaria Artesanal Küd fica à rua Kenton, 36, bairro Jardim Canadá, em frente à Praça Quatro Elementos.


Zé Fernando informa que não foi o responsável pela suplência do Zezé Perrella

Com muito prazer recebi esta mensagem do ex-deputado José Fernando Aparecido de Oliveira, sobre post ontem no blog e um dos temas da minha coluna de hoje no Super Notícia:

“CARTA ABERTA”

Caro conterrâneo Chico Maia,

Afetuoso abraço!

Com relação ao seu artigo publicado em seu blog e no jornal “Super Notícias”, esclareço:
1º – O convite feito a mim para ser o primeiro suplente do saudoso ex-presidente Itamar Franco se deu um dia após a convenção estadual do Partido Verde que homologou o meu nome como candidato ao governo do Estado de Minas Gerais, com a presença da candidata a Presidência da República Marina Silva;
2º – Que o convite não foi feito pelo então candidato a senador Itamar Franco, ou pelo ex-governador Aécio Neves em nome do primeiro, e sim por um deputado do Partido Verde, em nome do Governo do Estado, com o argumento de que ainda dava tempo de aceitar, pois a convenção estadual do Partido ainda não havia sido registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais;
3º – Que caso aceitasse o convite deveria desconsiderar a convenção estadual do Partido Verde o qual passaria a fazer parte de outra coligação;
4º – Que a perspicácia e visão futurística neste caso específico era desejar ou contar com a morte do Itamar;
5º – Que nunca disse que iria pensar, disse apenas que não poderia aceitar o convite;
6º – Que este convite consistia, na verdade, na retirada da minha candidatura ao governo e consequentemente do palanque da candidata a presidência da república Marina Silva no Estado de Minas Gerais onde inclusive foi escolhida Presidente da República pelos belo-horizontinos;
7º – O meu saudoso pai me ensinou: “Que o difícil é resistir! Aderir ou simplesmente se vender é muito mais fácil”;
8º – Para finalizar, esclareço ainda, que mantive a coerência com os meus ideais, a minha consciência e os valores éticos que sempre conduziram o exercício da minha vida pública, além é claro, do meu compromisso político com a candidatura presidencial da ex-senadora Marina Silva.

Atenciosamente, seu amigo,

José Fernando Aparecido de Oliveira.