Blog do Chico Maia

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Nosso futebol no fio da navalha

A imprensa nacional vem discutindo o futebol mineiro assim como nós temos feito há algum tempo, a partir do momento em que o nosso trio começou a correr sério risco de rebaixamento.

A crise carioca do fim dos anos 1990, quando o Maracanã e demais estádios estavam fechados, tem sido usada como parâmetro pelos colegas dos outros estados, para explicar o que se passa em Minas no momento.

É um dos motivos, mas não o principal. A impotência do Atlético, que não conseguiu vencer “em casa” o Ceará, mostra isso. Fez 1 x 0, teve um pênalti a seu favor pouco tempo depois e deu margem para que fosse imaginada uma goleada reabilitadora.

Pois, perdeu o pênalti, levou o empate, e mesmo com dois jogadores a mais em quase todo o segundo tempo, não conseguiu marcar mais nenhum gol. O adversário, um concorrente direto contra a queda para a Série B.

O time é limitado, assim como o do Cruzeiro, que perdeu para o Grêmio, bem como o do América, que empatou com o Palmeiras, sábado, no Canindé.

O futebol é como a vida, onde não há sorte nem azar e sim consequências.

O momento é de apostar na garra dos jogadores, cuidando do lado emocional, porque a situação é crítica.

Especial

Esta será uma segunda=feira especial na vida do Cruzeiro com a eleição da diretoria que vai suceder ao Zezé Perrella. De 17 às 22 horas, os conselheiros vão virar mais uma página da história celeste, elegendo o Procurador de Justiça aposentado Gilvan de Pinho Tavares ou o radialista e vereador de Belo Horizonte, Alberto Rodrigues.

As enquetes dizem que 90% dos conselheiros vão comparecer.

No Estado democrático qualquer eleição exige que os envolvidos coloquem as barbas de molho, principalmente em um clube de futebol, onde o Conselho Deliberativo é composto, normalmente, por apaixonados pelo time. São colocados lá por um cartola ou por outro, porém, os resultados dentro de campo costumam provocar surpresas. Como o voto é secreto, é comum “afilhado” votar contra “padrinho”.

As enquetes também dizem que a oposição teria perto de 90% dos votos dos torcedores do Cruzeiro, que querem uma mudança profunda de rumos no comando no clube. Porém, quem conhece a política interna azul sabe que, entre aqueles que votam, a preferência pela chapa da situação é de 80 a 90%.

A derrota do Dr. Gilvan seria considerada uma grande “zebra”.

Seja quem for o eleito, o Cruzeiro passará por profundas mudanças. Engana-se quem pensa que o Dr. Gilvan seja um candidato do “bolso do colete” do Zezé Perrella. Cruzeirense de 50 anos de militância no clube, ele tem as suas próprias ideias e, caso eleito, estará realizando um sonho. O candidato preferencial do Zezé, não seria ele, e sim o José Maria, que acabou candidato a vice.

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Atleticanos criam site para fiscalizar arbitragens

Recebi, agradeço e repasso aos senhores, comunicado do Pedro Coutinho ( prrpedro@gmail.com ):

“Olá Chico, nós torcedores do galo criamos um movimento #deolhonoapito. Se quiser conhecer e divulgar, fique aqui o meu muito obrigado. http://www.deolhonoapito.com.br – BH”

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Força mineiros!

Amigos,

quando se aproxima a 27a rodada do Brasileiro, sinceramente eu nunca imaginaria que escreveria o que estou escrevendo em relação aos nossos clubes nesta temporada.

Inimaginável, no início do ano, ou às vésperas do Campeonato, que Atlético, Cruzeiro e América estivessem nessa absoluta incógnita em relação à rodada seguinte e, pior, em relação ao seu futuro na tabela de classificação.

Rebaixamento? Fora de qualquer hipótese, para a dupla mais famosa, que tem elencos caros. E eu, além de torcer, acreditava piamente que o América poderia até beliscar uma Sul-Americana de 2012.

Como diria Sócrates (o grego; não o Brasileiro): “Só sei que nada sei”.

Mas, quem poderia imaginar que Atlético e Cruzeiro fossem desmanchar seus times do ano passado e contratar baciadas de comuns e ou enganadores?

E que o América não daria pelo menos para o gasto com as aquisiões que fez, com os seus poucos recursos?

Vida que segue companheiros!

Jogos difíceis demais da conta, principalmente porque a realidade mostra que nossos times estão fracos e com pouco poder de reação.

Porém acredito, como acreditarei sempre, na raça e força de vontade superando as deficiências técnicas.

O América contra o Palmeiras em São Paulo, é, teoricamente, a missão mais difícil dos três.

O Cruzeiro vem em seguida contra um Grêmio também sob risco, dentro de casa. Certamente a estreia do técnico Wagner Mancini vai dar uma motivação extra aos jogadores cruzeirenses.

O Galo entra sob pressão tríplice: joga em casa, obrigado a vencer e contra um concorrente direto, que faz melhor campanha.

Força mineiros!

CLASSIFICAÇÃO P J V E D GP GC SG %
1 Vasco 49 26 14 7 5 41 28 13 62.8
2 Corinthians 47 26 14 5 7 37 26 11 60.3
3 São Paulo 46 26 13 7 6 41 30 11 59
4 Botafogo 45 25 13 6 6 40 28 12 60
5 Fluminense 41 26 13 2 11 34 31 3 52.6
6 Flamengo 41 26 10 11 5 42 34 8 52.6
7 Internacional 40 26 10 10 6 43 33 10 51.3
8 Palmeiras 39 26 9 12 5 32 25 7 50
9 Coritiba 36 26 10 6 10 44 34 10 46.2
10 Figueirense 36 26 9 9 8 32 33 -1 46.2
11 Santos 35 24 10 5 9 36 37 -1 48.6
12 Atlético-GO 35 26 9 8 9 32 29 3 44.9
13 Grêmio 33 25 9 6 10 29 33 -4 44
14 Ceará 30 26 8 6 12 33 44 -11 38.5
15 Bahia 30 26 7 9 10 29 33 -4 38.5
16 Cruzeiro 29 26 8 5 13 31 33 -2 37.2
17 Atlético-MG 25 26 7 4 15 32 44 -12 32.1
18 Atlético-PR 24 26 5 9 12 25 38 -13 30.8
19 Avaí 22 26 5 7 14 30 54 -24 28.2
20 América-MG 19 26 3 10 13 32 48 -16 24.4

*  Classificação do Globoesporte


Governo vai pagar “indenização” ao trio da Capital

Como bem disse o Renato Paiva, já que é assim o Democrata Jacaré deveria ser incluído nessa “indenização”, porque a Arena foi construída, porém grande parte da obra não foi paga e o clube está atolado em dívidas por causa disso.

Cedeu o seu estádio que foi reformado para os clubes da capital, não recebeu nada por essa cessão, a não ser o direito de comercialização de um dos estacionamentos.

E mesmo assim toda a arrecadação está penhorada pelos credores na Justiça.

Do Superesportes:

* “Clubes mineiros negociam acordo de patrocínio com Loteria Mineira”

América, Atlético e Cruzeiro estão em negociação final de patrocínio com a Loteria Mineira para os próximos 11 meses. A medida foi uma solução encontrada pelo governo de Minas para amenizar o prejuízo dos clubes com o fechamento do Mineirão e do Independência simultaneamente.

Atlético e Cruzeiro receberão aproximadamente R$ 900 mil mensais e a instituição ligada ao estado explorará um espaço no uniforme e ainda placas publicitárias nos CTs. O América receberá uma quantia inferior. A primeira parcela já poderá ser paga em outubro.

A reportagem entrou em contato com o integrante do conselho administrativo do América, Marcus Salum, que preferiu não revelar os valores do contrato que caberão ao clube. A despeito disso, ele confirmou a negociação com o governo do estado.

O auxílio do governo de Minas era uma reivindicação frequente dos dirigentes dos clubes mineiros. O Galo apresentou, em seu balanço patrimonial de 2009, a arrecadação com bilheteria de R$ 13.942.097,00. Em 2010, o valor caiu para R$ 8.422.960,00 por conta do fechamento dos estádios de Belo Horizonte.

“O tempo em que a arrecadação não valia nada no futebol já passou. Ano passado, arrecadamos R$ 16 milhões. Essa conta nós vamos cobrar. Temos dez anos de contrato com o Mineirão e vamos ter que acertar esses valores. Não vou absorver a Copa do Mundo nas costas do Atlético”, disse o presidente alvinegro Alexandre Kalil, em 2 de setembro do ano passado, três meses depois do fechamento do Mineirão.

O Cruzeiro apresentou em seu balanço patrimonial de 2009 a arrecadação de R$ 17.369.744 com bilheteria. Em 2010, mesmo sem o Mineirão no segundo semestre, o clube conseguiu manter os valores, por conta dos preços elevados dos ingressos e da boa fase do clube, que mandou jogos em Uberlândia, Ipatinga e Sete Lagoas. O valor apresentado no balancete em 2010 foi R$ 17.084.597.

Mesmo assim, a diretoria celeste calculou, no fim do ano passado, prejuízo de R$ 12 milhões. Para eles, esse foi o valor extra que poderia ter sido arrecadado se os mesmos duelos do time tivessem ocorrido no Mineirão.

* http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/atletico-mg/2011/09/29/noticia_atletico_mg,197362/clubes-mineiros-negociam-acordo-de-patrocinio-com-loteria-mineira.shtml


Exemplos do Rock in Rio que valem para nós

Muito interessante o artigo do Agostinho Vieira, no O Globo de ontem, que vale para Belo Horizonte nos preparativos para 2013 e 2014:

* Rock in Rio, um bom exemplo do nosso despreparo

Deu no Globo – Coluna Eco Verde:

Agostinho Vieira

Alguns dos melhores momentos da histórica primeira versão do Rock in Rio, em 1985, foram passados na chuva, no meio da lama. Literalmente, não havia tempo ruim. Foi difícil de chegar, difícil de sair. Mas iam todos numa direção, com uma só voz, uma canção. Era a pré-adolescência dos mega eventos no Rio. Em 2011, não dá mais para ser assim. Esta nova edição do festival foi o primeiro grande teste para uma cidade que ainda vai receber a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. E o resultado? Muito ruim.

Fomos reprovados em itens básicos como transportes, limpeza, saneamento, educação e até matemática. Alguém calculou mal a relação entre as estruturas montadas e o volume de pessoas. O conceito dos ônibus especiais, com ar condicionado, era bom, mas morreu na praia. Por que não garantir esse tipo de transporte para todos? Pelo menos para todos que quisessem ou pudessem pagar. Em lugar disso, filas e mais filas.

Em cidades civilizadas do mundo, chega-se num evento deste porte, ou até maiores, de transporte público: rápido, barato e seguro. Aqui tivemos quem pagasse dez reais para usar o disk-burro ou sete mil reais para chegar de helicóptero. Quem acreditou no apelo ambiental dos organizadores e foi de ônibus comum, levou mais de duas horas para chegar, andou por cerca de dois quilômetros, passou pela favela vizinha e pode sentir o forte cheio do esgoto a céu aberto. Uma aula de sustentabilidade.

Na cidade do Rock, a proposta “verde” ficou restrita à grama sintética. À medida que os shows iam se sucedendo, aumentava o volume de lixo no chão. Numa disputa bem acirrada entre a falta de educação e a de organização. Teve também as filas, com direito a tumulto, para quem quisesse comer mal. E a tradicional falta de segurança. Já o som e os shows estavam ótimos e todos se divertiram muito. Talvez resida aí o nosso maior problema: o carioca se diverte sempre.

* http://busk.com/deck/rock-in-rio-um-bom-exemplo-do-nosso-despreparo?q=c%3Aentretenimento&rank=0&rec_id=related_items-d2aae5c299cb736cab32c856fd0d096e


A luta de 19 cidades para receber uma das 32 seleções de 2014

Na segunda tentativa Sete Lagoas conseguiu entrar na lista das cidades candidatas a sub-sede da Copa de 2014, na intenção de receber uma das 32 seleções para treinamento e concentração na cidade.

Não é uma tarefa fácil, porém, a cidade possui dois fatores fundamentais, que podem ser decisivos nessa balança: um estádio perfeito para treinamentos e a localização geográfica, perto do aeroporto de Confins e do Mineirão.

Quando esteve no auditório do UNIFEMM, para um “Sempre um Papo”, na véspera de Brasil x Holanda (em Goiânia), o jornalista Juca Kfouri, foi perguntado a respeito e respondeu o seguinte:

“Seria muito fácil para mim, dizer aqui, para este auditório lotado, que esta é uma bela cidade, que merece receber uma seleção de ponta, que vai ser uma maravilha e etecetera e tal.

Eu faria uma média com todos vocês, encheria egos e ficaria tudo bem.

Mas, não é por aí!

Primeiro porque a cidade tem um ótimo estádio, que não conheço, mas todos os colegas que já estiveram nele disseram que é realmente muito bom.

Mas isso é insuficiente. Se por exemplo, a Holanda fosse ficar em Sete Lagoas; quando colocasse o seu ônibus nessa via que eu peguei de Confins até aqui, o chefe da delegação mandaria o motorista voltar, nos primeiros quilômetros, disso que vocês chamam de “estrada” (MG-424).

Além do mais, jogadores de futebol estão tendo cada dia mais tratamento de “pop star”, completamente inacessíveis e avessos a público. As pessoas que tentassem chegar ao menos perto, sofreriam uma decepção tremenda porque os ônibus têm vidros escuros e os batedores e seguranças não deixam ninguém se aproximar.

Perdoem-me a franqueza, mas isso tudo não passa de uma grande bobagem.”

Juca tem razão, e o que ele disse em Sete Lagoas serve para todas as demais candidatas.

Mas, caso a minha cidade seja uma das escolhidas neste “vestibular” complicado, certamente teremos pelo menos um sonho realizado: a duplicação da MG-424, ligando Pedro Leopoldo à região Norte do estado.

Finalmente o governo cumpriria com essa obrigação para com a região, ainda que tardiamente.

JUCA

A notícia completa sobre o assunto foi enviada pela assessoria de imprensa da SECOPA:

* “Sete Lagoas e mais 13 cidades apresentaram oficialmente ao Comitê Organizador Local (COL) a candidatura para ser sub-sede, chamada pela FIFA, de “Centro de Treinamento de Seleções (CTS)” para a Copa do Mundo de 2014.

São os locais escolhidos pelas seleções para treinamento até 15 dias antes do início da competição. Seis cidades do Estado já haviam sido pré-selecionadas: Araxá, Extrema, Juiz de Fora, Matias Barbosa, Montes Claros e Uberlândia. Além de Sete Lagoas, também apresentaram suas candidaturas: Caxambu, Caeté, Divinópolis, Formiga, Governador Valadares, Ipatinga, Juiz de Fora, Lagoa Santa, Patos de Minas, Poços de Caldas, Sacramento, Uberaba e Varginha.

Essas cidades aproveitaram a segunda oportunidade de inscrição aberta pela FIFA, que foi encerrada no último dia 16.

Juiz de Fora aparece novamente na lista porque apresentou novas estruturas (novo hotel e novo centro de treinamento) em sua ficha de inscrição, o que é considerado uma nova candidatura.

Ao todo, foram apresentadas 19 estruturas, sendo que Poços de Caldas apresentou três e Sete Lagoas e Uberaba inscreveram duas cada.

Três municípios formalizaram candidaturas pela primeira vez: Caeté, Lagoa Santa e Uberaba. 

O secretário de Estado Extraordinário da Copa (Secopa), Sergio Barroso, destaca a importância de levar a Copa ao interior do Estado. “A escolha de uma cidade como CTS representa benefícios perenes à região. O título atrai turistas, gera mais empregos e expõe a cidade numa vitrine mundial, fortalecendo a sua imagem”, diz.

Quem não for escolhido nesse segundo momento poderá se adequar e tentar novamente em 2012.

No primeiro semestre de 2013, a FIFA pretende lançar um catálogo com, no mínimo, 64 opções de cidades, podendo chegar a 90. A definição dos locais de treinamento das 32 equipes, porém, é de responsabilidade exclusiva das comissões técnicas das seleções.

A escolha de um CTS está baseada em critérios rigorosos de avaliação de hotéis, aeroportos e campos de treinamento como:

Hotel

O hotel deve ter disponibilidade de mínimo de 55 quartos com ar-condicionado ou aquecedor (considerando o clima na região nos meses de junho e julho). Algumas seleções podem precisar de 100 quartos ou mais. O serviço de restaurante deve atender, no mínimo, 55 pessoas, estilo Buffet, que seja reservado 24 horas para uso exclusivo da seleção. A sala para conferência de imprensa deve ter estilo cinema e capacidade mínima de 100 pessoas.

Aeroporto

A cidade deve ser próxima de um aeroporto, com capacidade para receber aeronaves de aproximadamente 120 passageiros e que permita vôos noturnos. As seleções exigem uma distância máxima de até 60 minutos de deslocamento Hotel-Aeroporto, via ônibus.

Centro de treinamento

O centro de treinamento deve ter, pelo menos, um campo em excelentes condições e medidas oficiais, além de SPA, piscina e área fitness.  O tempo de deslocamento hotel-centro de treinamento, em ônibus, deve ser de, no máximo, 20 minutos.”


Torcida e imprensa não gostaram quando o Cruzeiro contratou Zezé Moreira

No futebol é comum nomes famosos fracassarem e emergentes chegarem ao topo, alavancando a carreira definitivamente. Há casos também de treinadores considerados decadentes, que afundaram os últimos clubes que dirigiram, mas que deram a volta por cima e conquistaram a Libertadores da América e até o Mundial.

Agradeço aos leitores que me corrigiram e lembraram que Tite não ganhou Libertadores nem Mundial com o Inter, e sim Abel Braga.

Voltando à história de treinadores que foram mal em alguns clubes e se deram bem em outros, recorri ao mais experiente companheiro Flávio Anselmo, que lembrou-me “o próprio Cruzeiro é exemplo disso, e Felício Brandi foi bombardeado quando buscou o velho Zezé Moreira, de glórias passadas pelas “goleadas” de 1 x 0 comandando o Fluminense, como dizia o Nelson Rodrigues.

Quase se aposentando no Canto do Rio, chegou a Belo Horizonte sob críticas e desconfianças gerais e levou o Cruzeiro ao topo Sul-Americano em 1976.

Por falar no Flávio, o filho dele, Flávio Junior, deu tchau à imprensa esportiva.

Aprovado ano passado em concurso da Assembleia Legislativa, foi chamado agora e despediu-se da Band e Rádio Alvorada FM.

Excelente profissional, grande figura humana, poderá ser visto agora na TV Assembleia e em colaborações eventuais, quando convidado por alguma rádio ou TV.


Imagens raras de estragos ambientais

No post anterior falei da mineradora australiana que vai investir R$ 1,7 bi no Brasil.

É a mesma que opera na região de Belo Horizonte, Nova Lima, Serra da Moeda e adjacências.

No fim do ano passado fui a Juiz de Fora ver o Democrata Jacaré contra o Sport.

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Como a viagem foi de helicóptero, foi possível fotografar um pouco do estrago que é feito em nossas montanhas, sem o devido ressarcimento também aos danos sociais

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A Serra do Curral que vemos de Belo Horizonte é apenas uma capa

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O rastro das maquinas no Rola Moça e Moeda

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As riquesas que vão embora, de graça, são incalculáveis.

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Ouro, minério e minerais que pouca gente sabe quais são e quanto valem

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Região da Lagoa dos Ingleses

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Imagens que fazem lembrar filmes de ficção

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As crateras começam pequenas e vão se abrindo no meio das matas

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Até se transformar nessas avenidas gigantes de caminhões


Mineradora diz que vai investir R$ 1,7 bi no Brasil, e Minas toma ferro!

Dá até calafrios quando qualquer mineiro de Minas Gerais lê uma notícia dessas.

É sinal que mais devastação ambiental e humana vem por aí, em alguma região nossa, sem a devida contrapartida para a população atingida nem para os cofres do Estado.

Como está ocorrendo agora em Conceição do Mato Dentro e região, as mais novas vítimas.

Principalmente porque os nossos políticos negociam visando seus próprios bolsos e não ao interesse coletivo.

Enquanto os estados e cidades da costa brasileira deitam e rolam com os royalties do petróleo, Minas e seus municípios ficam de pires na mão, sob os olhos omissos e coniventes da maioria dos seus políticos.

Notícia que saiu agora há pouco do site da Veja

“Extração”

Mineradora sul-africana investirá US$ 1,75 bi no Brasil

A empresa AngloGold Ashanti quer aumentar suas atividades no país

A mineradora de ouro sul-africana AngloGold Ashanti vai investir 1,75 bilhão de dólares no Brasil a fim de aumentar a extração de ouro para 700.000 onças-troy por ano em 2016, disse o executivo-chefe da companhia, Mark Cutifani. A empresa prevê produzir 420.000 onças-troy de ouro no Brasil este ano – foram 400.000 em 2010 – e aumentar a produção para 500.000 em 2012, disse Cutifani a jornalistas em um evento de mineração em Belo Horizonte. A companhia está atualmente iniciando as operações em um novo projeto de mineração de ouro, de 220 milhões de dólares, no Córrego do Sítio, em Minas Gerais.

A empresa vai “permanecer ansiosa até que vejamos os resultados” da nova legislação para o setor de mineração no Brasil. Isso ocorre por causa da experiência da AngloGold na Austrália, onde a recente introdução de “novos impostos de mineração mais altos vai aumentar o custo das commodities para o mercado”, disse ele. O governo brasileiro deve enviar em breve ao Congresso as propostas para um nova legislação para mineração no país, que preveem o aumento dos royalties. 

* http://veja.abril.com.br/noticia/economia/mineradora-sul-africana-investira-us-1-75-bi-no-brasil


Lembranças de Genuíno, o “craque do caminhão”

Com satisfação recebi e-mail do Tiago Reis (Seu Nome Seu Bairro), falando de um mito do futebol, porém, não alcançado no tempo pelo fenômeno da TV, o que faz com que a sua lembrança vá se perdendo no tempo.

Trata-se do Genuíno, centroavante do Bela Vista, Madureira e Vasco da Gama, que os mais velhos dizem ter sido um dos melhores jogadores do Brasil nos anos 1950/1960.

Nascido em Sete Lagoas, era apaixonado pela cidade e por caminhões, e esses fatores fizeram com que ele largasse a vida de fama no Rio de Janeiro e voltasse para a terra natal, onde terminou seus dias como motorista aposentado do DER.

“Fala Chico!

Não sei se vc viu, mas hoje na coluna do Celso Unzelte no Yahoo! ele contou algumas historinhas envolvendo o rádio e o futebol. Numa das histórias, é citado o ex-jogador setelagoano Genuíno, que nos anos 50 era considerado um dos grandes jogadores do futebol brasileiro.

Abaixo está o trecho sobre o Genuíno e a coluna no link abaixo.

Um abraço!

***************

Genuíno era um ex-motorista de caminhão que nos anos 1950 foi revelado pelo Madureira e depois passou pelo Vasco. Depois de um jogo, foi entrevistado pelo repórter de campo, quando ocorreu o seguinte diálogo:

— Como foi o seu gol, Genuíno?

— Você não viu?

— Vi, mas gostaria que você mesmo o descrevesse para os nossos ouvintes.

— Ah, não. Eu ganho para fazer gol, você ganha para contar como foi. Então conta, uai!

http://br.esportes.yahoo.com/blogs/causos-do-futebol/historinhas-r%C3%A1dio-175052495.html

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Grande Tiago,

tudo bem?

O Genuíno era assim mesmo. Tive o prazer de conhecê-lo, quando já tinha parado há muitos anos. Gordo, mancava de uma perna e estava sempre nas arquibancadas dos estádios Santa Luzia (Bela Vista) e Duarte de Paiva (Democrata), vendo treinos e jogos.

Certa vez pedi a ele uma entrevista, para a TV Bandeirantes e ele disse “não”.

Alegou que sempre detestou dar entrevistas, mas falava, às vezes, porque era obrigado. Prometeu que nunca o faria depois que parasse e quase cumpriu a promessa.

Pouco tempo depois, quando montei o jornal SETE DIAS, ele concedeu entrevista para uma seção chamada “O que ele anda fazendo”, que lembrava de personagens que ajudaram a fazer a história de Sete Lagoas.

Era um bom papo, sujeito engraçado, porém sistemático.

Os mais velhos dizem que jogou demais.

Foi revelado pelo Bela Vista e tornou-se ídolo no Vasco depois de passar pelo Madureira.

Tenho guardada um crônica do Armando Nogueira, no JB, onde ele fala que o Genuíno foi um dos maiores jogadores que viu jogar.

Morreu há uns 15 anos.

Joguei com o filho dele, Heleno, no juvenil do Democrata.

Não era ruim, mas cobravam dele que fosse ao menos semelhante ao pai. Não chegou ao profissional e hoje não sei aonde anda.

As histórias do Genuíno dão um livro.

Chico Maia