Nunca conversei pessoalmente com o Promotor José Antônio Baeta, mas o conheço de fotos e entrevistas às TVs. A última foi no “Boa Dias Minas”, da Globo, por volta das 7 horas, quando ele disse que Alexandre Kalil poderia ser afastado da presidência do Atlético por ter concordado com pressões de torcedores sobre jogadores na balada. Ele ficou conhecido no meio do futebol pela defesa do estatuto do torcedor e constantemente é contestado por sugerir a limitação da lotação de estádios em Minas. Mas quarta-feira, no Atlético 1 x 1 Palmeiras, fiquei absolutamente surpreso com a cena que vi e custei acreditar que fosse o próprio Dr. Baeta. Tive que confirmar com outras pessoas, antes de escrever. Sim, foi ele mesmo quem tentou colocar uma senhora na área das autoridades, imprensa e cadeiras especiais da Arena do Jacaré. Eu estava descendo a escadaria das cabines em direção a este setor, quando tive que aguardar o diálogo do Promotor com a funcionária responsável pela conferência das credenciais. Junto com outras pessoas, vimos e ouvimos todo o diálogo, enquanto aguardávamos.
Não pode
O Dr. Baeta não foi grosseiro em momento algum no diálogo, mas insistia que a senhora em questão era uma colega de trabalho, porém, que estava sem a devida credencial no momento. Nenhum motivo para duvidar da palavra dele, mas sem credencial ou o devido ingresso, alguém da posição dele, não poderia nem sequer tentar uma operação dessas, constrangedora para todos.
Carteirada
Confesso que apesar de estar em Sete Lagoas, minha cidade, tenho ido menos aos jogos na Arena do Jacaré que no Mineirão, para evitar constrangimentos semelhantes. Meus conterrâneos me pedem coisas que não posso atender, por questões óbvias. Entrar em áreas restritas a jogadores, imprensa, dirigentes e autoridades; uma camisa do Galo, Cruzeiro, América ou adversários.
Suspeição
Pelo conhecimento de longos anos que tenho com dirigentes e funcionários dos clubes e da Ademg, não seria difícil conseguir algo assim, mas a minha independência iria para o espaço. Como as pessoas de modo geral não entendem isso, prefiro ver os jogos pela TV ou chegar em cima da hora ou muito antes, minimizando o contato com o público.
Coragem
Nem todos, de portaria ou segurança, têm coragem ou paciência de conferir as credenciais de autoridades e jornalistas. Na Copa do Mundo era fácil penetrar em qualquer setor dos estádios. Mas, tenho visto rigor nesse trabalho na Arena do Jacaré, nos jogos do Atlético, e é assim que tem que ser. Não pode é gente importante como um Promotor, Dr. Antônio Baeta expor a todos em situações como essa.
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