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Minas se curva à bandidagem

* Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã, no Super Notícia:

O título dessa coluna poderia ser também: torcida única: mais um tiro no pé!

Com toda razão o técnico Cuca criticou, ontem, o clássico com torcida única no domingo. É mais um atestado de impotência das nossas autoridades, em especial das forças de segurança. Depois do “choque de gestão” estamos precisando é de um “choque de ordem”, como tem sido feito no Rio de Janeiro.

Aqui, de uns anos para cá preferem proibir isso e aquilo do que enfrentar o problema, no caso os marginais que insistem em bagunçar a vida de todos nós.

Não é só no futebol

A situação está preta não é só no futebol. Muito pelo contrário! Assaltos e assassinatos ocorrem todos os dias em todos os lugares, e a covardia que fizeram com o William Morais, do América, está aí para reforçar o que digo.

As drogas são um dos maiores fatores geradores de violência, o trânsito é outro. Motoristas bêbados ou dirigindo veículos sem a menor condição, e raramente alguém é fiscalizado.

Aí baixam o limite da velocidade do Anel Rodoviário! Mas se não há fiscalização e punição, do que adianta isso?

Outra vez

É inacreditável mais essa declaração de impotência das nossas polícias. Nosso maior jogo, dia de grande festa, porém, com uma torcida só, porque os “homens” não têm condição de conter os bandidos que se aproveitam do futebol. E como vai ser na Copa do Mundo? Vão chamar a polícia da Alemanha, a Swat ou a da África do Sul?

Os dirigentes do Atlético, Cruzeiro e Federação também têm culpa, porque deveriam bater o pé e exigir do governo aquilo que pertence a todo cidadão: o direito de ir e vir.

Chance perdida

O futebol deveria dar o exemplo e enfrentar os bandidos, pois correndo deles, jamais teremos uma solução. Acuada, a polícia do Rio de Janeiro foi obrigada a agir nos últimos tempos e está gastando uma fortuna e muitas vidas para retomar o controle da cidade.

E a bagunça lá começou do jeito que estamos fazendo: tolerando, lamentando, recuando, tomando medidas paliativas e contando os mortos e feridos.

Omissão

A criminalidade e qualquer delito, sejam pequenos ou grandes, precisam é de repressão e punição rigorosa.

Outro clássico com torcida única é uma vergonha para Minas Gerais. Que os deputados empossados semana passada, ligados ao esporte, junto com os vereadores da capital, entrem no assunto e briguem para acabar com essa omissão de quem devia honrar com os impostos que nos são cobrados.


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Comentários:
18
  • Boa tarde a todos.

    Em breve seremos proibidos de sair de casa após as 10 ou 11 da noite, por que a polícia dirá que não pode nos dar a devida proteção.
    Já fui em clássico entre GALO e raposa no finado estádio do Horto, isso em 1995, se não me engano, e nada de grave aconteceu.
    Precisamos ter cuidado com a propagação do pânico, existe crime em todo o lugar do mundo e confusão na maioria esmagadora dos campos de fútebol ao redor do planeta.
    As autoridades do nosso querido estado, como bem disse o Chico, preferem meros paliativos a soluções concretas.

  • Clayton Batista Coelho ( Claytinho - Só Boleiro do Nova Vista/BH ) disse:

    Caro Renato Paiva,

    Irretocável seu comentário !

    Abraços

  • Luciano Nogueira - SL disse:

    Apenas um ponto: onde estão os policiais que são deslocados para estes eventos de futebol? Fazendo a segurança de quem?
    Se algum souber, me avise, pretendo mudar para este lugar. Achar polícia na rua hoje é mais difícil que mega sena. E quando há estão batendo papo de costas para a rua.

  • Renato Paiva disse:

    Aí que tá o problema! Os torcedores de verdade pagam pelos bandidos que ficam escondidos atrás de Máfia Azul e Galoucura, entre outras.
    Na verdade, não é jogo de torcida única. É jogo de MÁFIA Azul (se estivéssemos em um país sério, não deveria nem poder ser registrada uma organização qualquer com o nome Máfia). Torcedores de bem acabam não indo nesses jogos. O próximo será o jogo da Galoucura. E, assim, vão transformando esse espetáculo do passado num evento destinado a BANDIDOS travestidos de torcedores.
    Além disso, esses (os bandidos) não dão qualquer lucro para os clubes. Ao contrário, ainda vendem artigos e lucram com isso, tirando receitas dos clubes. É uma pena.

  • Matheus disse:

    Depois reclamam , quando BH é chamada de roça. Aqui, ao invés de se combater, proíbem tudo

    Já proibiram Carnabelô, “acabaram” com a banda mole e agora não conseguem dar segurança a um jogo

    Aliás, em clássicos a FMF, poderia seguir as outras federações e ela determinar onde será o jogo…

    Colocasse o jogo em Uberlândia… Jogo de 1 torcida só, no maior clássico do Brasil é PALHAÇADA

  • João Luiz Pontelo disse:

    Chico.

    Quando irá aparecer alguma autoridade para acabar com estas torcidas organizadas?
    Parece que Perrella não aprendeu com a lição do ano passado, ingresso a 40,00 e 50,00 não vai niguém , ou tão achando que o povo de Sete Lagoas é bobo?
    O que o Cruzeiro ganhou nos ultimos anos ou que grande contratação fez para colocar ingresso com estes preços absurdos?

  • Wilton disse:

    Primeiramente gostaria de cumprimentar o blogueiro por ser imparcial, segundo dizer que algumas pessoas saem do país e ficam metendo o pau, qndo na verdade não tiveram coragem de ficar e tentar melhorar, nem mesmo o português ele sabe mais.
    Quanto a torcida unica, eles não pensaram que no primeiro jogo de torcida unica foi mando de campo do Atlético e teve cruzeirenses no meio da torcida, no segundo onde o mando foi do Cruzeiro a mesma coisa, o que penso que a policia vai ter muito mais trabalho para identificar onde estão os torcedores infiltrados e dar a proteção que necessitam que se dividissem os ingressos.
    Referente ao acesso pode-se muito bem uma torcida passar pela MG10 a outra pela BR. Soluções tem, só que dá trabalho.

  • Andre Pelli disse:

    Prezado ídolo,

    Lendo seu texto, com o qual concordo na íntegra, me lembrei de um texto que costumo usar em palestras:

    “Tu sabes,
    Conheces melhor do que eu
    A velha história.
    Na primeira noite eles se aproximam
    E roubam uma flor do nosso jardim.
    E não dizemos nada.

    Na segunda noite, já não se escondem:
    Pisam as flores, matam nosso cão,
    E não dizemos nada.

    Até que um dia,
    O mais frágil deles entra sozinho em nossa casa,
    Rouba-nos a luz, e,
    Conhecendo nosso medo,
    Arranca-nos a voz da garganta.
    E já não podemos dizer nada.

    Eduardo Alves da Costa – 1964”

    Martim Luther King traduziu perfeitamente esta preocupação em sua célebre frase: “O que me preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais me preocupa é o silêncio dos bons.”

    Ou melhor ainda, cito o célebre Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”

    Nosso povo parece ter perdido a capacidade de indignar-se…

    Uma pena.

    Abraço,

    André

  • Anderson Palestra disse:

    Pois eu sou a favor da torcida única em Sete Lagoas.
    Esses vagabundos de Máfia Azul e Galoucura quebrariam tudo que encontrasse pela frente, seja na estradas de acesso, seja no entorno do estádio.
    Enquanto não houver punição pesada a bandidagem deitará e rolará.

  • Klaillton Saraiva disse:

    Concordo que as “ôtoridades” estão acabando com a alegria e a violencia não acaba, porque os violentos, os deprimidos, enfim, os infelizes; não ficam presos. Não podemos culpar somente os “doutores” do futebol por estragar a festa, na verdade por trás deles existem instituições que visam somente seus interesses. Mas, a coisa que mais me orgulho, é a “mineirice” de nosso povo. Simples, ingênuo, mas acolhedor e vivedor. Ainda que estejamos presentes a uma disparidade social e violenta, Minas é lugar de arte e cultura, enquanto lá fora fazem uso de valores individualistas e desumanos. Pior de tudo, é que, a elite nacional, que se diz a “nata” brasileira, convive com inúmeros problemas frutos de sua arrogância e xenofobia. Viva o mineiro!

  • Bruno Silva disse:

    Realmente não dá para entender…

    Mesmo sendo a arena um estádio acanhado, poderia sim receber as duas torcidas. Mesmo que fosse 10% para os visitantes.

    Vejam bem, em clássicos no Pqe Antartica, também um estádio pequeno, sempre há duas torcidas. No RS idem. No barradão, também um estádio bem ultrapassado, a torcida do Bahia não é impedida de assistir ao jogo.

    A pergunta é pq só MG tem esta medida vergonhosa?

    Na minha modesta opinião, preguiça dos engravatados e da PMMG que se diz “a melhor do Brasil”, mas sempre que há algum desafio maior, prefere proibir do que ter algum trabalho.

    Depois chamam BH de “roça iluminada” e ainda ficamos bravos…

  • Gilmar Coimbra disse:

    Mail repetido: Olá Chico Maia, não estou conseguindo postar comentários nos teus artigos. Houve exclusão do meu nome? Ou ocorreu algo erros nos servidor? – Por favor, me confirme isso, o.k! – Obrigado!

    – Araras, SP

  • dudu(GZL) disse:

    por essas palavras que sou seu fã!

  • rodrigo assis disse:

    concordo com atlético e cruzeiro, a arena não tem condições nenhuma de receber as duas torcidas, pra ser sincero, mal anda recebendo uma só, o que dirá duas….e olha que já fui nuns 10 jogos do galo lá

  • alex disse:

    É aqui que eu amo ?
    É aqui que eu quero ficar ?
    Pois não há …
    Lugar melhor que BH ?
    (César Menotti e Fabiano)

    A BH que eu conheço tá parecendo a citada no
    desciclopedia.ws. Lá sim é motivo de piada! rs….

  • eliantthome disse:

    cada nos USA TEVE FINAL DE SUPERBOWL…QUE FESTA..LOTADIO O ESATADIO..QUANDO TERMINA NAO SE CONFUSAO…UM QUE MATOU O OUTRO NAO SE VE,,,ACHO POR ISTO QUE FIQUEI POR AQUI…TEM EDUCACAO….ON BRASIL PODERIA TER ISTO TUDO SE TIVESSE HOMEM DE VERDADE,.,,AI DOI VER MEU PAIS DO JEITO Q UE ESTA,,TENTEI EU TENTEI…VER UMJOEM DE 19 ANOS MORRER ASSIM SEM MAIS SEM MENOIS,,,DOI….E BRASILEIRO SUGANDO BRASILEIRO….SE VC ESTA NO PODER E PARA MELHORAR E NAOP PIORAR,,,E CONSTRUIR E NAO DESTRUIR,,,,,O BRASIL O FIZERAM FICAR DIFICIL SO PARAR CONTINUAR SUGANDO….NA VERDADE NINGUEM TA NEM AI……..DINHEIRO NO BOLSO…….E OSSO DURO PRO POVO…BRASIL………

  • tom vital disse:

    Em B H é assim é mais fácil proibir a alegria que acabar com a violência.
    Nos anos 80 a Banda Mole saia da rua Góias e subia a Bahia era uma coisa bonita de se ver.Ai ao invés de acabar com a violência confinou a Banda Mole na avenida Afonso Pena em dois três quarteirões.Aqui tudo é proibido o carnaval só vai acontecer na Praça da Estação porque a Globo conseguiu fazer a festa da virada naquele local.É por isso que lá fora o mineiro é visto como capiau,bicho do mato.E temos que aguentar em uma novela da Globo uma personagem mineira de Belo Horizonte falando como se fosse uma capiau do século 18.É mais fácil proibir a alegria que coibir a violência.Clássico com torcida única parece nos mostrar que a luta contra a violência está perdida.

  • Evandro disse:

    Chico,

    Você tem toda razão. Os clubes defendem a responsabilidade, a segurança, para se evitar uma tragédia. Analisando a arena do jacaré, quais são os acessos para se entrar no estádio? Temos quantas entradas? Se houver uma entrada apenas, como proceder para que as duas torcidas entrem sem se degladiarem fisicamente e com coros que incentivem a violência?

    Claro que pode ser possível controlar as duas torcidas. Mas para isso a polícia tem que disponibilizar um grande número de tropas para separar, coibir e combater os baderneiros de plantão. Se colocarem o batalhão de choque (ROTAM) e até o GATE( a tropa de elite mineira que corresponde ao BOPE no Rio de Janeiro), a possibilidade de um confronto diminui drasticamente.

    Todo este deslocamento de tropas vale a pena? Será que outras regiões ficam sem policiamento só por causa do jogo? São perguntas que não se sabe uma resposta. Eles certamente não irão admitir isso publicamente, pois se isso acontecer, os marginais podem se aproveitar para aprontar em outros lugares no dia do clássico.

    Enquanto o Mineirão e o Independência não voltarem à ativa esta discussão vai continuar. Que não tenhamos aqui futuramente cenas dignas de guerra como aquelas que vimos no final do ano passado no RJ. É preciso ter coragem e personalidade para impedirmos que uma minoria de baderneiros impeça o direito de ir e vir das duas torcidas, onde quer que joguem.