Estamos chegando ao fim de mais um Campeonato Mineiro sem nada a comemorar. Nada para elogiar como alguma novidade ou algum destaque; nem dentro nem fora de campo. E certamente, ano que vem, estaremos nessa época fazendo as mesmas reclamações e lamentos.
O Villa vai continuar perdendo em casa por falta de um estádio digno; veteranos como Marinho estarão fazendo seus golzinhos inócuos, como ontem, pelo Guarani; árbitros continuarão sendo acusados de beneficiar a Atlético e Cruzeiro, na maioria dos casos, injustamente, diga-se.
Rodadas ficarão incompletas porque estádios ainda não estarão em condições de ser utilizados; jogos serão adiados ou mudados de horário, com partidas às 22 horas nos meios de semana; testemunhas de 154 pagantes continuarão resistindo e prestigiando seus times do coração, e grande parte da imprensa vai continuar jogando pra cima, naquele “oba-oba” de sempre para dar audiência e garantir a verba da publicidade.
A cada ano a média de pagantes diminui, porque o público vai se cansando. Nenhuma revelação do interior, nem da capital, e vamos que vamos porque em 2013 tem mais.
* Entre suspensos, machucados e poupados, Atlético e Cruzeiro não tiveram suas forças máximas; e o América usou o todo o time reserva na última rodada da fase de classificação do Campeonato Mineiro.
Serviu para mostrar que os três precisam ficar atentos às suas peças de reposição, pois o rendimento foi muito abaixo do desejável, com direito a vexame do América, goleado pelo Guarani de Divinópolis.
O Cruzeiro perdia de 2 x 0 para o Uberaba até a entrada do Wallyson, no segundo tempo, que mudou o time. E foi ele quem cruzou para Wellington Paulista marcar o primeiro gol e iniciar a virada sobre o último colocado do Campeonato. Lamentavelmente o Triângulo Mineiro volta a ficar fora da elite do nosso futebol, já que o Uberlândia foi eliminado da disputa da segunda divisão.
Os desfalques do Atlético afetaram o ataque, que foi anulado pelo Tupi, porém, serviu para o técnico Cuca fazer um bom teste do Réver como volante, e observar a dupla de zaga com Rafael Marques e Luiz Eduardo. Todos foram bem, com destaque para Luiz Eduardo, que joga sério, é bom nas bolas cruzadas na própria área e não tem medo de arriscar idas ao ataque.
As torcidas do Tupi e do Atlético se uniram para vaiar os dois times que passaram a tocar a bola e administrar o resultado a partir dos 25 minutos do segundo tempo. O Atlético garantia as vantagens por ser o primeiro da primeira fase, e o Galo de Juiz de Fora, além da quarta vaga, sagrava-se “campeão” do interior. O regulamento propicia isso, e vão se enfrentar novamente nas semifinais.
* O goleiro Giovani foi mais testado contra o Tupi do que contra o Penarol pela Copa do Brasil. Está passando mais confiança que o Renan Ribeiro, cuja esperança agora é a chegada do novo preparador de goleiros, Chiquinho, da seleção brasileira e que estava no Grêmio.
E que já trabalhou no Atlético, em 2004, quando o técnico era o Mário Sérgio.
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