Blog do Chico Maia

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Grandes jogadores, falsas verdades e enganações

O placar de 5 a 0 sobre este Santa Rita é o que menos conta no treino de luxo do Cruzeiro no Mineirão. As atuações de dois jogadores me fizeram lembrar conceitos e falsas verdades que são lançadas no ar e colam.

Toda vez que vejo grandes exibições do Lucas Silva, o que tem sido comum a cada jogo, lembro-me do técnico Celso Roth, que se recusava a “oportunizá-lo” no time titular do Cruzeiro. Certamente porque é um desses volantes chamados “modernos”, que além de defender, também sabe atacar. As aspas são para lembrar que essa expressão “volante moderno” é invenção de “intelectuais” da mídia, que de intelectuais não têm coisa nenhuma, mas enganam bem aos seus leitores, ouvintes e telespectadores, igual a tantos jogadores e treinadores enganadores que há país afora.

Cito apenas três volantes “antigos” para refrescar a memória geral: Wilson Piazza e Franz Beckembauer, dos anos 1960/70, e Toninho Cerezo, dos 1970/80. Busquei exemplos da prateleira de cima, mas embaixo também há centenas de grandes volantes, que defendiam e saíam bem para o jogo ofensivo.

Muitas vezes o problema é o treinador que acha que volante tem que só marcar e ponto final.

Outro jogador que merece todos os elogios que recebe, há muitos anos, é o Henrique, que voltou a jogar demais, depois de superar contusões sucessivas e complicadas. Chegou a deixar dúvidas em muita gente, se jogaria de novo com alta produtividade, mas não desanimou, não ficou reclamando da vida, não pôs culpa em ninguém pelos seus problemas e está aí, jogando futebol que faz lembrar o mesmo de quando chegou ao Cruzeiro pela primeira vez. Seja contra um Santa Rita da vida, contra um Grêmio, São Paulo, Atlético ou quem quer que seja.

CRU

Foto: O Tempo

Henrique: humildade, tenacidade e ótimo futebol


O Cruzeiro, o campeonato e o foco da mídia nacional

Obrigado ao Alexis Campos Alves que enviou este e-mail para as minhas colunas dos jornais O Tempo e Super Notícia.

Ele fez um resumo do que boa parte da mídia nacional tem falado do momento do Cruzeiro e do Campeonato Brasileiro:

TV

* “Prezado Chico,

após ler uma de suas colunas da semana passada, tive a curiosidade de assistir a alguns programas de TV de outras praças, atitude que, confesso, não tenho muita paciência, não só pelo bairrismo, mas pela futilidade e superficialidade da maioria dos assuntos tratados. Cada vez que assisto a um desses programas esportivos atuais (até os de Minas) fico com uma saudade danada dos tempos do Minas Esporte com você, o Flávio Carvalho, o José Luiz Gontijo… Aquilo, sim, era programa esportivo! Informações e opiniões sensatas, a um só tempo bem-humoradas e perspicazes, sem perder o profissionalismo e seriedade que faziam com que o torcedor se sentisse respeitado e até representado.

Pois é…No SPORTV, o assunto principal hoje foi a série de seis partida sem derrota do Flamengo… Na Fox, só se falou em Centenário do Palmeiras com a provável (ou possível) chegada de Ronaldinho Gaúcho… Na Record / SP, o assunto foi a sensacional “arrancada” do São Paulo e a “injustiça” de Dunga ao não convocar o Ganso… Já a ESPN conseguiu a proeza de debater a “enorme” possibilidade de perda do título brasileiro por parte do Cruzeiro – e olha que sou Atleticano! Segundo um gráfico apresentado, “provou-se” que, em 2009, o Flamengo estava nove pontos atrás do Inter ao fim do primeiro turno e foi campeão, e, em 2012, o Atlético tinha 43 pontos (ou seja, quatro a mais que o Cruzeiro) na 18ª rodada e perdeu o título para o Fluminense…

Pior do que isso é só o Milton Neves falar que o brasileirão por pontos corridos fica sem graça, pois com os famosos mata-matas havia mais emoção… Se o Corínthians ou Flamengo estivessem “nadando de braçada” como o Cruzeiro, será que o Brasileirão estaria sem emoção?

Pra finalizar, fico com a impressão de que, não fosse grande a mídia, no que diz respeito às seleções, as equipes do vôlei nacional teriam muito mais prestígio junto ao torcedor do que têm hoje, principalmente se as compararmos com a seleção de futebol.

Grande abraço!”

Alexis Campos Alves


A valorização do dinheiro na medida certa

Faço minhas as palavras do Anderson Palestra, sobre o valor exagerado que muita gente dá ao dinheiro. Ele comentou a entrevista do Marcelo Oliveira ao Globo, destacando a satisfação do técnico do Cruzeiro com a vida que tem e a valorização das coisas, pessoas e lugares que são do convívio dele há muitos anos, ao invés de ficar sonhando com rios de dinheiro de outras praças.

GRANA

Confira:

“Um sujeito que ganha pelo menos 100 mil ao mês e não é o caso do Marcelo Oliveira, que ganha muito mais, às vezes troca seu clube e vai ganhar rios de dinheiro em um país distante, de língua diferente, sem os familiares e amigos por perto é um cara que pensa pouco.
100 mil já é uma fortuna. Com salário de 1 ano, se o sujeito tiver cabeça nunca mais trabalha, imagina ganhando isso em 10, 15 anos…
Tem jogador que sai para fazer a “independência financeira”, mas se esquece que ele é um dos privilegiados e que se amarrar um contrato de uns três anos ganhando 100 mil no minimo ele já estará milionário.

A última resposta me chamou a atenção. O Marcelo Oliveira tá ganhando bem no Cruzeiro e seria uma burrice não continuar e viver longe dda família. Ele faz o que gosta, ganha bem, mora em BH, perto de Pedro Leopoldo, perto da família, perto dos amigos. Sair pra quê?

Bernard tá lá num país em guerra. Deve estar arrependido. Kleber quando trocado pelo Guilherme disse ao mesmo que não seria uma boa fechar com o time da Ucrânia, mas lá foi o Guilherme fazer sua independência financeira.

Mesmo quando o Marcelo sair do Cruzeiro haverá propostas de ótimos clubes brasileiros, do RJ e SP que estão próximos à BH.”

Anderson Palestra


O debate foi melhor do que se esperava

Estou em Brasília, participando de Seminário do Sebrae nacional sobre os resultados econômicos da Copa do Mundo para as micro e pequenas empresas.

Fiquei até tarde vendo o debate entre os candidatos a presidente da república na Band. Foi melhor do que eu imaginava. Mesmo com seis debatedores, não foi enfadonho porque o pau comeu solto no lombo de todos, sem rodeios, e a condução do debate pelo Ricardo Boechat foi excelente, permitindo que todos falassem e questionassem o que quisessem.

DEBATE

A Dilma teve a coragem que outros ocupantes do cargo não tiveram, de participar logo do primeiro debate e não deixar apenas para o segundo turno. Levou paulada de todos os demais, mas também deu porrada neles.

Aécio foi muito bem e até figuras que, aparentemente, não somavam, deram bons recados, como o Levir Fidélix e o Pastor Everaldo. Eduardo Jorge é bom de serviço. A Luciana Genro me decepcionou, talvez pelo isolamento ao qual foi submetida, já que raramente alguém perguntava alguma coisa a ela.

Marina está em alta nas pesquisas e no frigir dos ovos, o Planalto poderá até trocar de mulher no comando. De boba a D. Marina não tem nada!

– – –

Mas a política e a justiça no Brasil são difíceis demais da conta. Pode o José Roberto Arruda ser candidato a governador do Distrito Federal? E pior: é líder disparado nas pesquisas!

ARRUDA

É aquele mesmo, flagrado pelas câmeras pegando dinheiro de empresário, cena mostrada pelas TVs em rede nacional. Foi tirado do poder, preso, e agora pode voltar “ungido” pelas urnas!


O flagelo da Esclerose Lateral Amiotrófica – ELA – que todos precisamos conhecer e divulgar

Senhoras e senhores, essa campanha do banho de gelo que roda o mundo tem importância fundamental para alertar à humanidade para mais uma doença gravíssima que ataca cada vez a mais pessoas e chega perto de nós.

Há quase 20 anos a colega Tânia Mara, da Rádio Alvorada FM, uma das mulheres pioneiras na imprensa esportiva de Belo Horizonte e do Brasil, foi diagnosticada com esclerose múltipla, e lamentavelmente luta até hoje contra a doença, porém impedida de trabalhar.

Há mais ou menos cinco anos o amigo Fernando Monstrinho, um dos fundadores do Carnabelô, do Blobo Uai e grandes festas de Beagá, telefonou-me dizendo que estava com uma doença chamada “ELA”, e rindo, emendou:

__ Comigo, só podia ser uma doença com esse nome mesmo, né?

Mas, brincadeira à parte, o próprio Monstrinho falou da seriedade do problema e da gravidade dessa doença (Esclerose Lateral Amiotrófica – ELA) é um distúrbio neurodegenerativo de origem desconhecida, progressivo e associado à morte do paciente em um tempo médio de 3 a 4 anos. Sua incidência estimada é de 1 a 2, 5 indivíduos portadores para cada 100.000), tão ruim ou pior que a esclerose múltipla. Citou ex-jogadores de futebol e atletas de outros esportes, famosos mundialmente, que estavam passando pela mesma situação.

Mesmo na cama, movimentando apenas os olhos, Fernando Monstrinho conseguiu escrever dois livros e se manteve lúcido até a morte, há 20 dias. Aproveito este momento para prestar a minha homenagem a ele, uma grande figura humana e um dos maiores promotores de eventos que Belo Horizonte já teve.

Agora há pouco recebi este dramático e-mail de outro amigo, o Luiz Vicente, um dos grandes apoiadores que o futsal mineiro teve, nos anos 1980/1990.

Confira:

Chico, se puder, divulgue esta reportagem:

http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2014/08/quatro-irmaos-de-uma-mesma-familia-sao-portadores-da-ela-em-bh.html

A Beth, desta reportagem , é a minha mulher.

A campanha do banho de gelo está ajudando muito e talvez esta seja a família que mais sofre com esta doença.

E a gente sofre em vários aspectos, mas o desconhecimento generalizado da doença talvez seja o maior problema de todos.

Se cada um ajudar um pouco, a gente terá maiores esperanças.

Agradeço de coração,”

Luiz Vicente

– – – –

Fernando Monstrinho em dois momentos . . .

MONSTRINHO

. . . nos áureos tempos (centro da foto), de grandes eventos, junto com artistas e amigos . . .

MONSTRINHO2

. . . e em estado avançado da doença, mantendo o bom humor e prestigiado pelos amigos, até a morte.


A quem não leu, recomendo: ótima entrevista do Marcelo Oliveira ao O Globo, domingo!

Em espaço nobre, capa do caderno de esportes, onde só “bolas da vez” ou gente consagrada tem este privilégio. É o Marcelo ocupando o lugar que merece na imprensa nacional, graças ao seu trabalho, sua simplicidade e evidentemente aos resultados dentro de campo, que vêm desde os tempos de Coritiba. O Cruzeiro deu a ele estrutura e condições ideais de trabalho e ele é grato a isso e quer ficar muito tempo na Toca da Raposa.

Quem gosta de futebol vai gostar da fala do moço de Pedro Leopoldo:

* “Técnico do Cruzeiro, Marcelo Oliveira fala sobre seu trabalho no líder do Brasileirão”

Ele critica a formação de jogadores e contesta quem afirma que os treinadores brasileiros estão ultrapassados

por Carlos Eduardo Mansur

marcelooliveira

Marcelo Oliveira é um dos seis técnicos presentes no comando de um time nas 31 rodadas do Campeonato Brasileiro – Divulgação / Vipcomm

Líder do Campeonato Brasileiro há mais de um ano com o Cruzeiro, responsável por montar o melhor time do país, Marcelo Oliveira não acredita na tese de que o treinador brasileiro está ultrapassado. Ele vê problemas na formação do jogador brasileiro, a quem considera autossuficiente e reativo a cumprir funções táticas. Inspirado em Telê Santana, prepara o Cruzeiro em treinos em que só são permitidos dois toques e onde parar a bola é falta. Tudo para aperfeiçoar a posse de bola e a qualidade técnica, base de seu trabalho: “Prefiro marcar com jogadores técnicos”.

Quem quiser ser campeão brasileiro ainda tem alguma chance?

O campeonato é muito perigoso, muito difícil. Tem muito jogo ainda. O Cruzeiro é candidato, mas precisa estar muito mobilizado. Passamos um sufoco danado contra o Grêmio. Está totalmente aberto.

Chama atenção o estilo ofensivo…

Meu trabalho é direcionado para isso. Em 2011, o Coritiba foi o melhor ataque do Brasil. É uma vocação. No futebol moderno, se não marcar, tende a perder. Só que prefiro marcar com jogadores técnicos. Telê Santana me dizia quando eu jogava: “você é muito habilidoso, mas pode marcar”. Para marcar é só estar organizado e ter um pouco de boa vontade para ajudar o time. Lucas Silva não é exímio marcador, é volante técnico. Henrique também. Nossos laterais são ofensivos. Você vai ser atacado em algum momento. Santos e Grêmio chegaram na cara do nosso goleiro. Mas se você tem jogadores técnicos, quando tiver a bola a tendência é sair coisa boa.

Que influências recebeu de Telê?

A orientação ofensiva e a obstinação pelos fundamentos: passe, domínio, cabeceio, virada de jogo. Ele dizia que time bem preparado não precisa se desconcentrar e falar com árbitro. Tinha princípios de correção, lealdade. O Cruzeiro está se propondo a jogar o tempo todo.

Qual a maior virtude do Cruzeiro?

Vem do ensaio. Nosso treino diário é de dois toques e não pode parar a bola. Se parar, marco falta. Isso fica na memória do jogador. Assim, quem tem a bola não vai driblar, e o colega terá que dar opção. Perto da bola, tem que ter dois ou três colegas. Assim você enfrenta defesas fechadas.

Mas o drible é permitido?

Claro. Perto do gol, próximo da área. É recurso. Em partes do treino eu solto para a criatividade aflorar. A criatividade do jogador é decisiva. Éverton Ribeiro, por mais que o marquem, num momento ou outro vai abrir espaço. Mas se os adversários se fecham, também não podemos deixá-los chegar no nosso gol. Temos que apertar muito sem a bola.

Você tirou lições da Copa?

O que tirei vem de encontro ao que penso do futebol. Em sua essência, futebol é muito simples. Os grandes times que vi, como o Atlético-MG de 1977 em que joguei, o Flamengo dos anos 80, o Cruzeiro de 1976, o Santos, enfim, havia um ou outro jogador genial, mas o tipo de jogo era simples, dois toques, “não tá comigo a bola”, vai envolvendo o adversário sem deixá-lo pegar a bola. Só tem uma bola em campo. Então, se ela estiver comigo o outro não faz o gol. O sentido coletivo fala mais alto e a Copa reforçou isso. Em especial na Alemanha. Vi na Alemanha atletas muito concentrados. Você não vê ninguém com brinco, os braços todos carimbados de tatuagem, cabelo amarelo. Bom, alguns já são louros (risos). Era um jogo simples, de dois toques e envolvimento. Se precisasse, o Klose dava carrinho e o lateral fazia gol. Movimentação organizada. Não vi nada mirabolante.
Por que o Brasil não fez o mesmo?

Tudo passa pelo tempo de preparação. Cobram muito das equipes brasileiras, mas a seleção não treinou. A Alemanha teve sete anos. O treinador brasileiro não é preguiçoso. Não dão tempo. Quantos técnicos o Vitória já teve? E o Coritiba? E jogadores são comprados e vendidos. O apelo ao comércio é enorme. Assim não há filosofia de trabalho. O Brasil se reunia esporadicamente para amistosos, às vezes, contra um time mais forte, às vezes contra um mais fraco, por questão política e financeira. E não se forma time. No Cruzeiro, há jogadas treinadas. Mas outras saem da repetição. O time se conhece.

Você não concorda que os técnicos brasileiros estão ultrapassados?

Não concordo, não são ultrapassados. Vivemos aqui numa briga de foice. Não se pode perder. As vitórias do Cruzeiro, sempre digo, são trabalho conjunto: comissão técnica, jogadores, diretoria. Então, quando eu tiver uma fase difícil, não pode ser só culpa do técnico.

Mas por que aqui há pouco passe, pouco jogo coletivo e muita correria?

Tem a ver com a conscientização do jogador. O jogador brasileiro ainda é um pouco autossuficiente. O cara quer dar um passe de curva… Ele se mobiliza e desmobiliza muito rapidamente. É reconhecido por dois jogos muito bons e se perde nisso. Lá fora, joga bem uma partida, vai para o banco e não reclama. Aqui no Cruzeiro não tive este problema. Mas há um tempo, fui falar com um jogador que iria tirá-lo. O cara deu entrevista falando que pensou até em largar o futebol. É questão da base, da formação. Criar uma consciência profissional e de cumprimento de parte tática. Não passa só pelo técnico.

O jogador brasileiro tem dificuldade em cumprir função tática, então?

Alguns ainda relutam muito. Temos dificuldade de cumprir uma estratégia fora de casa, por exemplo. Na Libertadores, sofremos. É preciso cobrar e conscientizar. Ainda tem jogador que pensa que, como somos o país com mais títulos mundiais, só pela ginga e pelo drible vai resolver. Não são todos, mas alguns têm autossuficiência, só querem jogar com a bola.

Nós formamos mal os jogadores?

É preciso separar. Há clubes grandes que formam muito bem e há centenas de outros que, com a ampliação do comércio, pensam muito mais em quanto vai valer um tipo de jogador. Outro dia vieram me falar: “tem um jogador que em três anos vai valer 10 milhões”. Eu falei que precisava saber o quanto ele ia jogar pelo clube, se ia ser ídolo. Isso deteriorou a formação. O futebol atraiu gente que não é do meio, que veio para fazer negócio e ganhar dinheiro. É o apelo comercial. Dizem que há mil jogadores fora do Brasil. Se pegar 100 deles e colocar cinco em cada time da Série A, já melhoraria bastante. Mas as chegadas e saídas de jogadores são permanentes aqui, não há trabalho longo. E nossa geração participou muito da pelada de rua. Isso aguçava a criatividade. Hoje, o jovem está preocupado com outros divertimentos: celular, internet. Ainda vamos formar grandes craques, como o Neymar, o Éverton Ribeiro, que é muito criativo, mas em menor quantidade do que antes.

Seu trabalho tem resultado porque é longo ou só é longo porque tem resultado?

Isso eu não posso responder. No Coritiba, também tive um período longo. Mas é um problema. Será que, lá no início, com resultados ruins, eu teria ficado? Mas aqui sempre me deram estrutura.

Um treinador, ao ver o 7 a 1, sente a mesma incredulidade do torcedor?

Uma pequena porcentagem do resultado vem da imprevisibilidade do futebol. Outra parte vem do apelo pela pátria, pela seleção, que foi amplificado demais. Aí, quando vieram os gols, a parte tática foi detonada. O Brasil se abateu. É preciso estar preparado para a dificuldade. Boa parte veio da qualidade e da preparação de sete anos da Alemanha. Eles chegavam perto dos títulos, não venciam, mas o trabalho foi fortalecido. Chegaram ao ponto de atropelar o Brasil aqui dentro.

O nível do Brasileirão é baixo?

Curioso. Está um pouco abaixo em termos de jogadas brilhantes, extraordinárias, times envolventes; mas é dificílimo jogar. . . Há muita pressão por resultado e isso cria um excesso de faltas e passes errados.

Qual o seu plano para o futuro?

Não tenho projeto de longo prazo. O futebol não permite. Meu projeto é doação total ao Cruzeiro, ter prazer de vir aqui todo dia, buscar mais títulos. E talvez um projeto íntimo de mostrar que o técnico brasileiro pode ficar três anos ou mais num clube, como na Europa. Não vou viver mal ou longe de familiares e amigos por causa apenas de dinheiro. Se eu for sair um dia, será por um projeto de trabalho.
http://oglobo.globo.com/esportes/tecnico-do-cruzeiro-marcelo-oliveira-fala-sobre-seu-trabalho-no-lider-do-brasileirao-13709686#ixzz3BWqV8wnT


Palmeiras, 100 anos! Na expectativa de Ronaldinho Gaúcho.

Parabéns à Sociedade Esportiva Palmeiras pelo Centenário, hoje!

PAL

Colegas da imprensa paulista dizem que Ronaldinho Gaúcho poderá ser anunciado como presente nesta data.

Se for confirmada a informação, sucesso a ambos. O jogador ainda tem muito a contribuir com o futebol e o Palmeiras é um dos clubes mais queridos do país, que está precisando sair dessa draga na qual se encontra a algum tempo.


Na dança dos treinadores Ney Franco retorna ao Vitória; Celso Roth cai no Coritiba e Doriva cai no Atlético-PR

Lamentável ver os dois grandes da Bahia na zona do rebaixamento do Brasileiro. Depois de nova experiência, ruim, no Flamengo, Ney Franco está de volta ao Vitória, que demitiu o técnico Jorginho.

Um mês atrás o Bahia demitira Marquinhos Santos (substituído por Gilson Kleina), que por sua vez retornou ao Coritiba que, ontem, demitiu o Celso Roth.

doriva

Também ontem, caiu Doriva, do Atlético-PR, que será substituido pelo interino Leandro Ávila.

É a ciranda dos treinadores no Brasil!

A classificação do Campeonato:

TIMES P J V E D GP GC SG %
1 Cruzeiro >> 39 17 12 3 2 34 13 21 76
2 São Paulo >> 32 17 9 5 3 28 19 9 62
3 Internacional >> 31 17 9 4 4 22 13 9 60
4 Corinthians >> 31 17 8 7 2 23 11 12 60
5 Fluminense >> 29 17 9 2 6 27 15 12 56
6 Atlético-MG >> 26 17 7 5 5 23 19 4 50
7 Grêmio >> 25 17 7 4 6 15 14 1 49
8 Sport >> 25 17 7 4 6 14 21 -7 49
9 Atlético-PR >> 24 17 6 6 5 23 22 1 47
10 Santos >> 23 17 6 5 6 18 13 5 45
11 Flamengo >> 22 17 6 4 7 14 21 -7 43
12 Figueirense >> 20 17 6 2 9 13 22 -9 39
13 Goiás >> 20 17 5 5 7 11 18 -7 39
14 Botafogo >> 19 17 5 4 8 18 18 0 37
15 Chapecoense >> 19 17 5 4 8 11 16 -5 37
16 Palmeiras >> 17 17 5 2 10 14 23 -9 33
17 Criciúma >> 17 17 4 5 8 9 23 -14 33
18 Bahia >> 16 17 3 7 7 11 16 -5 31
19 Coritiba >> 15 17 3 6 8 14 18 -4 29
20 Vitória >> 15 17 3 6 8 15 22 -7 29

http://esportes.terra.com.br/


Brincadeira entre Milton Neves e Neto vira bate-boca com Datena que pode gerar suspensão

Uma brincadeira do Milton Neves e do Neto ao microfone da Rádio Bandeirantes/SP, ontem, terminou em confusão com o José Luiz Datena.

O blog do Flávio Ricco no Uol e o blog VCFAZTV deram mais detalhes:

* “Bandeirantes afasta Datena por dois dias”

A direção da Bandeirantes, usando de todo o cuidado que o caso merece, está procurando administrar da melhor maneira possível o incidente que envolveu José Luiz Datena e Milton Neves neste último domingo, vazado durante o programa “Domingo Esportivo Bandeirantes, da rádio Bandeirantes. . .”

DAT

O texto e o áudio no

http://televisao.uol.com.br/colunas/flavio-ricco/2014/08/25/bandeirantes-afasta-datena-por-dois-dias.htm

– – –

“Datena invade estúdio de rádio e xinga Milton Neves ao vivo”
Furioso, Datena invade estúdio de rádio e xinga Milton Neves ao vivo

Por PAULO PACHECO

José Luiz Datena brigou com o colega de Band Milton Neves na manhã deste domingo (24). O apresentador do Terceiro Tempo contava uma história de Datena no programa Domingo Esportivo, da rádio Bandeirantes, quando o titular do Brasil Urgente invadiu o estúdio aos berros e xingou no ar. “Que m#$%*@ é essa?”, questionou. O programa foi para o intervalo às pressas.

MIL

Leia e ouça mais: http://www.vcfaz.tv/viewtopic.php?p=1547372#ixzz3BQZp3T8H


Encontros para debates sobre o futebol brasileiro, na UFMG, a partir de hoje!

Recebi do professor de Educação Física, Francisco Ferreira, que já trabalhou no Cruzeiro, Atlético e outros clubes brasileiros, convite que é extensivo a todos os interessados no assunto, para três encontros que visam debater o presente e o futuro do futebol brasileiro.

O primeiro encontro será hoje a partir das 20 horas na EEFFTO (Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG), localizada na portaria da Avenida Carlos Luz (Catalão), Campus Pampulha:

1º Encontro: 2ª feira, 25/08, 20:00h, auditório da EEFFTO-UFMG

2º Encontro: 2ª feira, 08/09, 20:00h, mini-auditório e/ou auditório da EEFFTO-UFMG

3º Encontro: 2ª feira, 22/09, 20:00h, mini-auditório e/ou auditório da EEFFTO-UFMG

BRA

Nestes 2 ou 3 encontros serão debatidos de maneira informal propostas de mudanças reais para o futebol brasileiro, segundo o professor Chico Ferreira “um verdadeiro “Brain Storm” que posteriormente iremos filtrar e formatar para o Seminário Internacional que pretendemos realizar na Assembléia Legislativa de MG com o apoio do Deputado João Leite e de seu gabinete. Neste Seminário, teremos a presença de algumas personalidades de renome do nosso futebol e possivelmente traremos algum nome do futebol europeu que tenha acompanhado o processo de modernização iniciado há cerca de 10 anos nas federações da Alemanha, Bélgica, etc. O Seminário será após as eleições presidenciais. Nele iremos formatar um documento/manifesto/plano de ações para o futebol brasileiro a ser entregue ao governo do futuro presidente eleito.

O movimento é sem fins lucrativos, supra partidário e aberto a qualquer pessoa de boa índole que milite no nosso futebol. Precisamos de apoio das esferas política, técnica, legislativa, administrativa, institucional, acadêmia, midiática e de classes. Queremos fazer com que o futebol brasileiro seja realmente bom para a maioria dos que nele militam e não apenas para uns poucos privilegiados. Isto não significa que pensamos em ganhar rios de dinheiro, mas sim que tenhamos pleno emprego, condições razoáveis de trabalho, modernização nas estruturas de formação de treinadores e de atletas, modernização, transparência e responsabilidade fiscal.

Conto com vocês e os espero na EEFFTO-UFMG na próxima Segunda Feira. Grande abraço, “

Chico Ferreira

chicotoca3@hotmail.com