De bom neste 1 x 2 para o Flamengo foi a experiência de uma amiga flamenguista, que foi com o marido, o filho e a filha, crianças, para a arquibancada do Independência. À exceção do marido, que não foi fantasiado de flamenguista (é atleticano), ela e as crianças foram com camisas do rubro-negro e não têm nada a reclamar, de nada, nem de ninguém. Muito pelo contrário. Tratados com respeito pelos americanos, na caminhada do estacionamento do carro, ida e volta para o estádio, sem empurra-empurra para entrar, sem demora, boa sinalização interna, funcionários do estádio gentis, banheiros limpos, e o time ainda venceu. “Só alegria”. Com o privilégio que só estádios como o Independência ainda proporcionam: ficar bem próximos do gramado, a poucos metros do banco de reservas. E chamou muito a atenção dela, a garra e alegria da torcida do Coelho, com a charanga que não parou um minuto sequer e os gritos dos americanos de apoio ao time, do princípio ao fim.
O que deveria ser absolutamente normal, virou exceção para a ida de uma família a um jogo de futebol profissional no Brasil. Chegar e voltar para casa com tranquilidade, sem violência, sem grosserias, com respeito. Como deveria ser em qualquer jogo, de qualquer time.
Uma observação, porém, é inevitável e muito justa: o futebol está cada vez mais caro e difícil para famílias irem aos jogos. Neste jogo, por exemplo, o ingresso mais barato custava 60 reais (meia-entrada). Não existe mais a “geral”, que se existisse, hoje estaria custando uns 10 reais e ficava quase sempre cheia.
Mas, essa é uma outra história, infelizmente, sem volta: futebol está se tornando cada dia mais um produto para a TV.
Com 45 pontos, 8º lugar, sem risco de rebaixamento, o Coelho corre risco é de perder posições na classificação até o fim desta rodada. O Fortaleza está na cola, em 9º com 44, recebe o Atlético nesta segunda-feira. Em 10º está o São Paulo, 44, que daqui a pouco, 16 horas, enfrenta o lanterna Juventude, em Caixas. O Botafogo, 11º, 43 pontos, tem clássico às 16 horas com o Fluminense.
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