Blog do Chico Maia

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Menos mal; o Corinthians dançou!

Ganhou quem errou menos

Vi e ouvi a rodada final do Campeonato na companhia de brasileiros de Minas, São Paulo e Pernambuco. Todos torcendo contra o Corinthians, por um motivo muito simples: a desigualdade de forças a favor do clube paulista. O problema é que este poder corintiano não se limita às quatro linhas, não é de hoje.

 

Exagero

 

Chefe da delegação da CBF na Copa da África do Sul, o presidente Andrés Sanches ficou tão chegado do dono da CBF, Ricardo Teixeira, que conseguiu tomar do Morumbi a condição de receber o jogo de abertura de 2014. Seu clube ainda nem tem estádio, o projeto está incompleto e os recursos para a construção sem definição exata. O que se comenta é que o presidente da república, “incentivou” a empreiteira Odebrecht a ser parceira da tal obra, que deve ser construída em Itaquera. Mas mesmo assim, Ricardo Teixeira, a Fifa e até o governo de São Paulo, oposição ao governo federal, já garantiram que o jogo inaugural da nossa Copa será no suposto estádio corintiano.

 

Abuso

 

Futebol não se ganha só dentro das quatro linhas. Quem detém um poder como o Corinthians e o usa de forma avassaladora como atualmente, dá margens a incontáveis suposições, principalmente quando conta com erros de arbitragem tão escandalosos a seu favor.

Por isso, raramente alguém não corintiano torce por ele, e ontem não foi diferente nos jogos decisivos do Brasileiro.

 

Mecão em húngaro

 

A TV húngara mostra um jogo por rodada do Brasileiro. A mesma partida que a Globo manda para todo o Brasil, com narração de um locutor húngaro. Como disse Chico Buarque, “o húngaro é um idioma tão difícil que nem o diabo entende”, porém, deu para entender o narrador dizendo que em 2011 o América Mineiro estará na Série A.

 

Merecido

 

O Fluminense mereceu ser campeão porque errou menos que os concorrentes finais. Aí está a importância de qualquer jogo, em qualquer fase da fórmula por pontos corridos.

O Cruzeiro teve um primeiro semestre turbulento, trocou de treinador em pela disputa e fez um ótimo campeonato, acima das expectativas.

E teve duas conquistas nesta temporada: o técnico Cuca e o dez Montillo.

 

Reavaliação

 

O Atlético terminou mal o Campeonato, mas mesmo goleado garantiu-se na Sul-Americana. Que essa derrota sirva para uma reavaliação de tudo pela diretoria e comissão técnica para 2011 em termos de elenco. As deficiências que desapareceram na reação para escapar do rebaixamento, voltaram à memória de todos os atleticanos no Morumbi nestes 4 x 0.


Obrigato Ciscotto! Saluti!

Maravilhas da internet: com muito prazer recebi este comentário do Anísio Ciscotto, gente boa demais da conta, nome importante do Conselho Fiscal do Cruzeiro: 

“Caro Chico!
Passou por Udine e Trieste? Por que não me avisou? A famiglia Cescotto lhe receberia com muito grado, afinal, o Friuli é a terra de origem dos Ciscottos! O Friuli tem algumas ligações fortes com Minas Gerais, como, por exemplo, o fato dos emigrantes de tal região somente terem vindo para MG, à época da grande emigração. Também a região é a maior beneficiadora de café da Europa, responsável por 40% de todo o café comercializado no velho continente, e adivinha onde é comprado tal café? Em MG, nas Zonas Sul e da Mata Mineira.
Minha filha Ana Luiza recentemente terminou uma pós-graduação em Trieste e veio da Italia com a firme missão de interligar as Câmaras de Comércio Mineira e Friulana. Bons negócios à vista!
Quanto à Udinese, não só Zico brilhou com a camisa bianco-nera, mas também Edinho, Amoroso, Orlando Fumaça e vários craque italianos e europeus.
Tirando as cores, é uma squadra bem simpática.
Em tempo: você passeando pela minha região na Europa e eu passeando pela sua em MG. Hoje à tarde estarei em Sete Lagoas (terra de italianos) para torcer pelo meu Palestra!
Saudações Friulanas,
Anísio.”


Nos caminhos e rastros de Zico e Puskas

Depois da reunião da Fifa que escolheu Rússia e Qatar como países sedes das Copas de 2018 e 2022, estou dando uma voltas pela Europa.

De Zurique voltei a Milão e de lá vim para Budapeste, na Hungria.

No caminho, fiz questão de entrar em Udine, pequena cidade que fica um pouco antes da fronteira da Itália com a Áustria, onde Zico jogou na Udinese, nos anos 1980.

O que é o mundo do futebol! Um dos maiores craques do mundo naquela época, foi jogar num clube pequeno da Itália, porém, que tinha um dono endinheirado que resolveu buscar o melhor jogador do Brasil.

As melhores campanhas da Udinese na história do Italiano foram graças ao Zico, que chegou perto do título, mas naqueles tempos concorria com o Nápoli, de Maradona e Careca, além de ser o único craque do time.

A temperatura por estes lados da Europa atualmente varia de 2 a menos 4 graus.

Amanhã vou conhecer o estádio nacional da Hungria, que leva o nome de Ferenc Puskas, um dos maiores craques do futebol mundial, mito de um time que os mais velhos dizem que foi o maior penalizado pelo destino: a seleção húngara, que revolucionou o futebol nos anos 1950, mas que não conseguiu ser campeã mundial, perdendo a final de 1954 para a Alemanha.

Antes de deixar Zurique, fui à sede da Fifa, um suntuoso prédio no ponto mais alto da cidade suíça, cercado de muita neve no momento.

Uma decepção: o prédio é bonito, mas tão frio quanto a temperatura lá de fora. Sem nenhuma estrutura para atender a imprensa ou visitantes que aparecem aos montes, pensando que verão lá coisas interessantes ligadas ao futebol.

Nem um assessor de imprensa sequer para atender aos muitos jornalistas que lá aparecem diariamente.


Domingo poderá ser dia do “Sobrenatural de Almeida”

Em minha participação, ontem, no “Só Esportes”, programa da Rádio Alvorada FM, o Flávio Carvalho perguntou o que penso dessa rodada final do Brasileiro, em relação os três jogos decisivos.

Já vimos de tudo no futebol e sabemos que nada é impossível, inclusive Fluminense e Corinthians perderem os pontos que o Cruzeiro precisa para ser campeão.

Mas, é difícil essa combinação de resultados. A tendência é que os três vençam seus jogos, apesar das malas pretas e brancas que a essa altura já devem estar em seus destinos.

Nunca podemos nos esquecer que o Nelson Rodrigues é sempre atual quando dizia que o “Sobrenatural de Almeida” costuma entrar em campo e decidir jogos.

Uma rodada de jogos atípicos, onde rebaixados como Goiás e Guarani terão motivos extras para se motivarem, e o Palmeiras entrará em campo como franco atirador. 

Vai ser uma rodada sensacional.

E ainda tem cabeça cozida que fala em voltar com a fórmula “mata-mata” para o Campeonato.

Estou saindo agora do hotel em Zurique, indo conhecer o museu do futebol na “Fifa House”.

Mais tarde sigo para Milão, se as condições do tempo permitirem. É neve pra todo lado.


A vala comum do Teixeira

Tão lamentável quanto os panos quentes nas denúncias de corrupção na Fifa, é ver o nome do Ricardo Teixeira, presidente da CBF, na mesma vala comum de outros dirigentes da Fifa, da plateleira de baixo, que foram apanhados tentando molhar a mão.

São eles: Reynald Temarii, do Haiti, Amos Adamu, da Nigéria; Issa Hayatou, de Camarões, e Nicolás Leoz, do Paraguai.

Que dureza, hein!?


O futebol a serviço de alguns

É grave a crise moral pela qual passa o mundo e lamento que o futebol esteja sendo usado para sacramentar a falta de vergonha na cara e o jogo sujo.

De olho nos votos dos 22 membros do Comitê Executivo da Fifa, os políticos, artistas e jogadores, atuais e ex, que defenderam candidaturas a 2018 e 2022, bajularam vergonhosamente tudo e todos da Fifa, até aqueles dois flagrados negociando votos.

O primeiro-ministro da Inglaterra tentou barrar reportagem da BBC de Londres que desmascarou grande parte da cartolagem. David Beckhan, desceu o bambu na imprensa inglesa, dizendo que os dirigentes da Fifa são “santos”.

Mas o rei da cara de pau, que deve consumir muito óleo de peroba, foi o presidente da candidatura de Espanha/Portugal, Angel Maria Villar, que também pertence ao Comitê da Fifa.

Dentre outras coisas disse em seu discurso: “Fomos muito criticados. A Fifa é limpa. A Fifa faz as coisas com honestidade. A Fifa trabalha pelo futebol. Todos os meus companheiros que estão aqui são honestos trabalhadores. E os que não estão também”, discursou o cartola. “Que nos difamem e falem. O processo de candidatura é limpo.”

Mas a estratégia não deu certo, e a Rússia, que foi a única a ameaçar botar a boca no trombone, levou 2018.

Há quem diga que correu muito dinheiro, mas sou da corrente que acredita na força de bastidores do ex-presidente Vladimir Putin, que já comandou a temida KGB, e não tem papas na língua.

Chegou ameaçar jogar coisas no ventilador contra muitos figurões desse Comitê da Fifa. Como tem informações demais

da conta, o recado deve ter sido entendido.

A Inglaterra foi a primeira a dançar na votação. Punida porque a imprensa do país denunciou a “família Fifa”.

No outro bloco, deu Qatar, que nada em dinheiro.

Gostei!

São dois países completamente diferentes e certamente farão grandes Copa do Mundo.


Imagem da apreensão americana

LEOPLOTTERAFCRecebi esta foto para publicar no jornal Sete Dias, mas merece ser vista também pelos amigos do blog.

Aí está o Leo Plotter, que mostrou novamente a sua paixão pelo América e foi lá em Campinas ver o time subir para a Série A nacional ao empatar com a Ponte Preta.

Mas, essa foto, feita pelo Leo Fontes, do jornal O Tempo, mostrou o nosso conterrâneo, de bandeira do Coelho enrolada no pescoço, tenso até o fim, já que se levasse um único gol, a Portuguesa é que ficaria com a vaga, o que seria uma covardia com os americanos.


Minhas condolências à senhora Vera!

Tudo que o Eduardo Murta escreve vale a pena ler.

Jornalista e escritor, é difícil dizer onde ele é melhor.

Lamentavelmente não poderei ir ao lançamento, mas na volta vou ler.

Fica o convite a todos, para este sábado.DUDUMURTA


Dinheiro e poder

De Zurique:

No suntuoso Centro de Convenções de Zurique, algumas das mais importantes personalidades do mundo se cruzam nos salões e escadarias, antes e depois de defenderem no auditório as candidaturas dos seus respectivos países, para as Copas de 2018 e 2022.

Jornalistas não têm acesso ao plenário, mas todas essas figuras importantes vêem até nós, em bom número, quase mil, para as entrevistas coletivas.

Bill Clinton foi o centro das atenções ontem, como último orador na defesa das pretensões dos Estados Unidos. Ele que esteve na África do Sul, repetiu aqui na Suiça o mesmo carisma e simplicidade. Nem parece que trata-se de um dos melhores presidentes da história norte-americana. Dentre outras coisas, disse que o futebol é a maior fonte de união dos povos e resolução de diferenças; e que os EUA são o único país capaz de lotar qualquer estádio numa Copa, já que a sua população é composta por pessoas de todos os cantos do mundo. Depois, Clinton falou da fundação que ele criou ao deixar a presidência, e fez uma espécie de balanço do que conseguiu de ajuda a países que sofrem sem saneamento básico, educação, saúde e infra-estrutura. Sabe vender o peixe.

 

Obama

 

O presidente Barack Obama também discursou, porém, gravado. Ano passado ele foi a Copenhagem, defender a candidatura de Chicago aos Jogos Olímpicos de 2016, mas perdeu feio. A cidade dele foi eliminada na primeira fase da disputa. Deu Rio de Janeiro.

Aliás, pensei que a violência na Cidade Maravilhosa seria muito falada aqui, mas não. Nem parece que o problema seja tão grande.

 

2022

 

As apresentações deste primeiro dia de encontro da Fifa foram na disputa por 2022. A impressão que ficou é que os EUA apresentaram os melhor discurso e nem precisou entrar em questões de infra-estrutura. Neste aspecto, o Qatar deu show, e em tudo que se refere a “ter de construir”. Têm dinheiro sobrando.

Mas, o comentário geral é que deve dar Austrália.

 

Só palpites

 

Japão e Coreia do Sul defenderam suas candidaturas isoladas, mas já realizaram juntos, a Copa de 2002. Difícil levar essa. Hoje é a vez de Bélgica/Holanda, Espanha/Portugal, Inglaterra e Rússia.

A maioria que está aqui acha que a Inglaterra fez um trabalho melhor de bastidores, mas que a Rússia tem um bom discurso: o Leste europeu nunca sediou um Mundial de futebol.

 

Muito forte

 

As denúncias que o Ricardo Teixeira teria recebido propina repercutiram aqui mais que o tiroteio e queima de veículos no Rio de Janeiro. Não que a corrupção seja novidade no mundo do futebol, mas pelo fato de que ele pode vir a se tornar presidente da Fifa, na sucessão do Joseph Blatter. Ele terá concorrentes muito fortes, como o Michel Platini, por exemplo. E na política, todas as armas são válidas.


Abaixo de zero

Mais tarde voltarei aqui para falar sobre o Congresso da Fifa, que esta rolando aqui em Zurique, onde a temperatura agora, 15h43 esta na casa de menos dois graus.

Muita neve, o que inclusive paralisou a estrada de Milao para ca em varios trechos.

A Australia foi a primeira a se apresentar e agora esta sendo a Coreia do Sul.