Blog do Chico Maia

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O professor de yoga

Enquanto isso, Joachim Low, treinador alemão que teve a vitória de maior repercussão nesta Copa até agora, nunca chegou nem perto, em termos gerais, de Maradona nem Dunga como jogador de futebol. Atuou em equipes pequenas e conseguiu, no máximo, chegar à seleção sub-20 da Alemanha. Como treinador estagiou em clubes menores do seu país, passou pela Turquia, foi auxiliar de Klinsman, na seleção em 2006, até assumir o cargo principal.


Felipão

Aqui na África do Sul dão como certa a volta de Luiz Felipe Scolari como treinador do Brasil. Além do curriculum invejável como técnico de clubes e campeão mundial da Copa de 2002, sabe medir a “água com o fubá”, nas relações da seleção com a imprensa e o público. Não aceita a zorra que foi a preparação para 2006 e nem tem pretensões ditatoriais como Dunga.

Apesar da fama de carrancudo é de muito bom senso e bem aceito pela maioria.


Prepotente

Outro que pagou caro pela arrogância nesta Copa foi o meia Felipe Melo, que chegou à África do Sul se considerando “a última Coca-Cola do deserto”. Não me esqueço da entrevista dele ao ESPN, quando questionado pelo Paulo Vinícius Coelho quanto ao seu momento ruim, vivido na Juventus da Itália. Deu logo na canela do PVC, perguntando: “Você é jornalista?”, e levou troco na mesma moeda: “E você é jogador de futebol?”.


Exemplos para nós

Se em muitos itens a África do Sul tem muito a aprender com o Brasil, em outros dá show e pode nos ensinar. Nos quase 800 KM de estradas entre Porth Elizabeth e Cape Town, os atrativos turísticos são incontáveis e inacreditáveis. E, diferente do Brasil, tudo é feito para atrair o visitante e tratá-lo de forma que queira voltar sempre. Nisso, eles estão anos luz à nossa frente, com comunicação farta, estrutura impecável e muita gentileza dos atendentes.


Vida que segue, sem feriado!

A charge do Duke no Super Notícia de hoje, reflete bem o que a maioria dos brasileiros deve estar pensando

DUKESAIDEIRA


Imagens da saideira do Brasil

Eugênio Sávio clicou imagens interessantes da saideira verde e amarela contra a laranja holandesa:

KAKACAIDO

TORCEDORESEMPORTHTORCEDORBUFANDO


Brasil vai conquistar os gringos em 2014

Sobre um post de ontem, recebi e-mail da jornalista Mara Bianchetti que faz uma observação interessante: “No Brasil a Copa será um carnaval permanente”. Comparando com até com a Europa e todas as Copas anteriores, ela realmente pode ter razão. À exceção do México, onde o ritmo dos bares, restaurantes e casas noturnas é semelhante ao nosso, tudo fecha muito cedo também na África do Sul.

O Brasil vai enlouquecer aos visitantes.


Paixão sem limites

A paixão não tem limites no futebol. Num posto de combustíveis um frentista sul-africano xingava Dunga, não por causa da eliminação, mas porque deixou Ronaldinho Gaúcho de fora. Sobre a seleção da África do Sul, elogiou Carlos Alberto Parreira, culpando os jogadores, que segundo ele são todos “uns mercenários”.

Enquanto isso o ditador da Nigéria pensa a mesma coisa da seleção dele e quer proibi-la de jogar por dois anos.


Holanda usou métodos “argentinos” para eliminar o Brasil

A presença e marcas culturais holandesas na região de Porth Elizabeth é muito grande em função do período colonial, quando eles ocuparam durante tantos anos a África do Sul. Também por causa disso e da boa campanha da seleção deles na Copa, o Brasil jogou como se estivesse atuando na casa do adversário.

A guerra verbal entre grandes nomes atuais e do passado, com destaque para Johan Cruyiff e Dunga, apimentaram os ânimos. Dentro de campo as jogadas duras e caras feias refletiram isso. Só que Robben e Sneijder cia., conduzidos pela frieza do gigante Van Bommel souberam tirar melhor proveito.

Parecia que a Holanda era a Argentina em campo, pela paciência em saber esperar para empatar e virar o jogo e depois, catimbar e garantir o resultado.

Quando um Robinho e um Kaká deixam de jogar o que sabem para bater boca com os adversários é porque há algo errado. Antes da Copa começar houve apostas em torno do Felipe Melo e seu destempero: em  qual jogo ele seria expulso? E não haveria momento pior que neste jogo. Acabou de desmoronar a defesa brasileira, chamada de “melhor defesa do mundo”, que falhou infantilmente nos dois gols que mandou a seleção de volta para casa.

Detalhes à parte, a Holanda foi o primeiro adversário realmente de peso que a seleção brasileira enfrentou, e o resultado foi justo.

Culpar o Dunga agora é normal porque ele foi o estrategista e convocador, porém, Copa do Mundo é isso mesmo, onde qualquer falha pode ser fatal. O time dele era o que menos errava até agora, mas não tinha sido testado por um adversário da prateleira de cima.

E quem sabe chegou a vez da Holanda?


Ingressos a preços Fifa nas mãos de cambistas

Nos pontos de concentração de torcedores aqui em Porth Elizabeth, cambistas vendem ingressos das categorias um e dois pelo mesmo preço que era vendido pelo site da Fifa: 200 e 150 dólares. Alguns até portando cartazes avisando que têm ingresso disponíveis.

Um torcedor brasiliense está “p” da vida porque seis meses atrás comprou ingresso para as semifinais, pelo mesmo site da Fifa, que avisava que só havia para a categoria 1, já que para as demais, mais baratas, já tinham acabado. Deparou-se com cambistas vendendo para as as três categorias, também pelo preço normal: 200, 400 e 600 dólares.