Pelo Campeonato Brasileiro o Atlético fez o seu primeiro jogo fora de casa em Presidente Prudente e levou de 4 x 0, do mesmo Grêmio, com quem empatou hoje em 0 x 0 pela Copa Sul-americana.
Nessa maré ruim, não perder já foi bom negócio e o time fez um bom jogo, porém, mais uma vez não conseguiu marcar gols.
Escrevi a minha coluna de amanhã do jornal O Tempo antes de começar a partida e falei o seguinte sobre a atual situação do Galo:
“A coluna foi escrita antes do jogo do Atlético em Presidente Prudente, mas o tema independe do resultado.”
O preço
Não há mistério em determinadas situações do futebol. A sequência de maus resultados do Atlético, por exemplo. Não se muda um elenco quase que completo no meio de uma temporada, como foi feito. Do time que foi campeão mineiro quase não há mais ninguém. Não era lá essas coisas, mas tinha um conjunto, uma estrutura, que até ser remontada leva algum tempo.
Pagando
Vanderlei Luxemburgo apostou no seu histórico, confiou na qualidade dos jogadores que estavam para chegar, mas esqueceu-se das variantes, que podem levar ao sucesso ou ao fracasso: tempo para alguns entrar em forma, contusões e suspensões de outros, o nível dos adversários no Brasileiro, a falta de tempo para treinar e por aí vai.
Ou seja: o professor calculou mal.
Tempo
A tendência é que o time acabe correspondendo, mas essa demora gera uma pressão que pode ficar incontrolável. O torcedor quer resultados, a vice-lanterna do Campeonato mexe com o maior trauma da história atleticana, que é zona do rebaixamento.
Perdas
Outro fator complicador do Atlético foi o fechamento do Mineirão. Justamente no momento em que o clube faz um dos maiores investimentos em futebol em sua história, ele fica privado da sua casa e de uma das suas maiores fontes de arrecadação. Se a média de pagantes ano passado foi de 40.594 até a 36ª rodada do Brasileiro, este ano será totalmente diferente.