Fotos: Eugênio Sávio
A Copa da África está confirmando o que eu pensava que seria: a mais diferente de todas, marcada pelos contrastes dento e principalmente fora das quatro linhas.
No coração de Johanesburgo, onde estão os grandes bancos e sedes das maiores empresas do país e multinacionais, prédios suntuosos. No maior e mais destacado deles, Robinho é a estrela maior da Nike, num painel gigante, que pode ser avistado de qualquer ponto da cidade. Embaixo dele, pedintes, entre mulheres e crianças, se protegendo do frio intenso como podem.
Dentro de campo, algumas seleções favoritas decepcionaram até agora, com futebol ruim ou maus resultados. Os chamados “experts” do assunto, que estão aqui, não chegaram a um consenso sobre a melhor seleção e a que deverá ser campeã.
O francês Zidane aposta na Argentina; Luiz Felipe Scolari, que é comentarista da principal rede de TV local durante a Copa, diz que a final será entre Brasil e Argentina, sem apontar o vencedor; Carlos Alberto Parreira, o acompanha nessa opinião e também fica no muro quanto à campeã.
Na verdade nenhum “especialista” é capaz de prever nada com exatidão no futebol. Depois do Uruguai com o “Maracanazzo” de 1950, e a Alemanha, parando as máquinas húngara e holandesa, em 1954 e 1974, qualquer previsão pode ser considerada chute.
Em competições onde Alemanha e Itália estão presentes, todo cuidado é pouco. Crescem nos momentos certos. Sem falar que a história aguarda ansiosa a hora de garantir um lugar no topo a potências futebolísticas como Espanha e Holanda, igualmente imprevisíveis, porém, até hoje, pelo lado negativo.