Blog do Chico Maia

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Sem essa bola toda

Apontada antes da Copa como uma das favoritas, a Espanha está no joguinho dela. Perdeu para a Suiça na estreia e hoje, contra Honduras, não mostrou futebol de quem sonha com o título, além de errar gols demais.


Bem na fita

Os sul-americanos estão indo muito bem até agora, todos liderando suas chaves. Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e o Chile com a vitória sobre a Suíça. Mas a previsão da imprensa mundial aqui é que só Brasil e Argentina passem das oitavas de final.


Melhorou bem

Luiz Felipe Scolari é comentarista de uma TV local e diariamente participa de uma mesa redonda falando sobre todos os jogos. O comentário geral é que ele melhorou demais o seu inglês, com frustrada passagem pelo Chelsea.


Festa portuguesa

Só em Johanesburgo são mais de quinhentos mil, entre portugueses, moçambicanos e angolanos. E a comunidade lusitana é fervorosa na torcida por Portugal e ontem o dia inteiro foi de ruidosas comemorações, pelos 7 x 0 sobre a Coreia do Norte, a maior goleada da Copa até agora, que dificilmente será superada.


Motivação

Essa goleada aumentou a motivação do jogo Brasil x Portugal sexta feira em Durban, já que valerá a primeira colocação do grupo. Com um empate o time brasileiro manterá o primeiro lugar. Jogo de casa cheia e cercado de grande expectativa.


Dunga pega no pé do Escobar

Do site do Lance!

* Dunga pode ser punido por xingamento

Fifa vai analisar xingamentos do treinador a jornalista

Em entrevista coletiva, depois da vitória do Brasil sobre a Costa do Marfim por 3 a 1, no último domingo, Dunga xingou o jornalista Alex Escobar, da TV Globo. A Fifa investigará o acontecido e pode até punir o técnico da Seleção.

A entrevista transcorria normalmente até Dunga interromper repentinamnte uma resposta sobre a cobrança da imprensa em cima de Luis Fabiano e dizer:

– Algum problema? – voltando-se para Alex Escobar.

– Eu? Não estou nem olhando para você, Dunga – respondeu o jornalista, que havia balançado a cabeça negativamemente enquanto falava ao telefone com o também repórter da Globo, Tadeu Schmidt.

– Ah bom! Pensei que tinha. Tá bom. Então tá – replicou o treinador, ironicamente.

Em seguida, enquanto aguardava a próxima pergunta, Dunga sussurrou xingamentos olhando para o repórter. O que ele não esperava é que suas palavras fossem captadas pelo sistema de som da sala de entrevistas.

– Besta! Burro! Cagão… Cagão! – cochichou.

A entrevista continuou, mas, a todo momento, Dunga olhava o repórter e balbuciava xingamentos.

Quando a coletiva acabou, o técnico da Seleção Brasileira se levantou, visivelmente irritado, e continuou falando palavrões.

Punição

Nesta segunda-feira, a Fifa afirmou que vai investigar o caso e não descarta punir o treinador brasileiro se for comprovado que o treinador xingou o jornalista.

– Eu ainda não sei de nada, é a primeira vez que ouço isso (sobre palavrões de Dunga). Mas vamos acompanhar – afirmou Nicolas Maingot, porta-voz da Fifa, em entrevista concedida ao jornal ‘Folha de S. Paulo’.

Em outro caso semelhante, o técnico da seleção argentina, Diego Maradona, foi punido por comportamento ofensivo em entrevista coletiva após a classificação da Argentina para a Copa do Mundo.

A Comissão Disciplinar da Fifa suspendeu Diego por dois meses e deu uma multa no valor de 25 mil francos suíços (cerca de R$ 42 mil) para o técnico.

* http://www.lancenet.com.br/copa-do-mundo/noticias/10-06-21/776764.stm?futebol-dunga-pode-ser-punido-por-xingamento


Muito menos problemas que eu imaginava

São muitas as reclamações contra a violência e insegurança desde o início da Copa, mas nada de muito grave. E pelo visto, ficará nesse tipo de ocorrência até o fim: furtos em hotéis, achaques de taxistas, clonagem de cartões de crédito e por aí!

Durante a Copa das Confederações, ano passado, pensei que em 2010 teríamos um Mundial entrando para a história por tragédias, com tiros, facadas e mortes. Exagero? Um ano atrás, não! Eles se prepararam para evitar situações mais graves, com pelo menos uma medida que pode ser vista por qualquer um: polícia nas ruas. Ano passado isso não existia.

Ninguém se arriscava a andar um quarteirão a pé, à noite, pois o risco de assalto com violência era enorme.

Além das ações paliativas das autoridades sul-africanas, o medo dos visitantes faz com que os horários e locais frequentados sejam aqueles recomendados por eles. Sem falar no frio e vento que intimidam a maioria de por os pés na rua à noite.

Neste contexto, as “fan fest”, grande invenção alemã, com 100% de aprovação geral, estão sendo um fracasso aqui. Ninguém quer se arriscar nas enormes praças preparadas para muita música, comida e convivência multinacional.

Por isso, tantos ataques aos apartamentos de hotéis, achaques de taxistas e furtos menores. Se os estrangeiros não se aventuram nas vias públicas, o negócio é assaltá-los “em casa”. Só que os hotéis têm seus próprios esquemas de segurança, com câmeras e outras inovações tecnológicas, facilitando o desvendamento dos crimes. Até agora, a maioria das vítimas registradas teve seus pertences recuperados pela polícia ou ressarcidos pelos hotéis.


Deus é brasileiro, mas protege a todo estrangeiro na África do Sul

Dizem que “Deus é brasileiro”, mas em termos de segurança, protege a todo estrangeiro aqui nos estádios e centros de imprensa. Nunca vi sistema tão frágil, em nenhum evento que já fui. As credenciais penduradas em nossos pescoços são praticamente decorativas. Nas entradas com raio-x, o alarme soa o tempo todo e ninguém é detido para nenhuma revista.

Depois dos jogos é na base do salve-se quem puder. Seguranças desaparecem e todo mundo entra onde quiser.


Facilidades

Não é difícil entrar nas áreas oficiais, teoricamente exclusivas dos credenciados Fifa. Locais onde somente jogadores, dirigentes, imprensa e agentes do evento deveriam ter acesso, são de uma vulnerabilidade inacreditável. Em troca de pulseiras com a bandeira do Brasil, torcedores da seleção conseguiram estacionar o carro numa das melhores localizações do Soccer City.

Chaveiros do Galo, canetas do Cruzeiro, pins do América, também abrem muitas portas.


Menos mal

Estou sendo bem realista em relação ao que está acontecendo aqui em termos de segurança, mas é preciso ressaltar que cada país anfitrião de um grande evento tem as suas características próprias na geopolítica mundial. Assim como o Brasil a África do Sul não tem querelas que suscitem risco de atentados e coisas tais. Ainda mais no pós-Apartheid, como é o caso aqui.

É difícil imaginar motivação para um atentado terrorista em países como estes.