Carlos Alberto Parreira está com o prestígio em alta com os sul-africanos. Desde que reassumiu a seleção, ano passado, no lugar do Joel Santana, o time não perdeu nenhum amistoso. Foram 13 até agora e ontem uma vitória animadora sobre a Dinamarca.
Com a bola cheia, ficou mais a vontade para cortar da seleção um jogador problemático, porém ídolo dos torcedores locais.
A notícia está no Globoesporte.com:
“McCarthy teria sido cortado por Parreira por levar mulher ao hotel”
Técnico não confirma e nem desmente versão, mas diz que sua decisão foi motivada por vários fatores – entre eles, a questão disciplinar
O atacante Benni McCarthy, maior artilheiro da história da África do Sul, teria sido cortado da Copa do Mundo pelo técnico Carlos Alberto Parreira por ter levado uma mulher para a concentração, segundo reportagem do jornal “City Press”. Pelo mesmo motivo, Parreira excluiu o goleiro Rowen Fernandez da relação de convocados, afirma a publicação. No caso dos dois, que já vinham com problemas físicos, a indisciplina serviu como gota d’água para a decisão do treinador.
A reportagem diz que fontes na seleção contaram que McCarthy e Fernandez tiveram companhias na concentração até as 4h da manhã e que, ao ver o vídeo do hotel que gravou a chegada das mulheres, Parreira teria resolvido cortá-los.
Ao GLOBOESPORTE.COM, Parreira não quis confirmar a história, mas também não a desmentiu. McCarthy, que já estava fora de forma física e técnica, segundo o próprio treinador, deve ter assinado sua exclusão ao pecar em mais um critério usado por Parreira: a disciplina.
– Isso é difícil de comprovar, de falar, é um assunto muito complicado. Usamos cinco critérios para chegar à relação final: técnico, tático, físico, integração com o grupo e disciplina. Os jogadores cortados não se encaixaram em um ou em alguns desses itens. O momento do time é tão bom, então não vale a pena falar sobre os jogadores que não estão mais no grupo. Não vamos mais comentar sobre eles – esquivou-se.
Antes do possível incidente, no entanto, Parreira tinha garantido que daria duas chances para McCarthy provar que merecia ir à Copa. A primeira foi contra a Colômbia, quando McCarthy entrou no segundo tempo e praticamente não tocou na bola. A segunda seria contra a Guatemala, mas acabou não acontecendo – provavelmente pela indisciplina somada à atuação apática contra a Colômbia. No último amistoso antes da lista final, Parreira lançou todos os atacantes que tinha à disposição e somente McCarthy ficou no banco de reservas.