O inaceitável está se tornando normal no Brasil, em todos os segmentos sociais e atividades profissionais. Mas aqui me restrinjo a mais um exemplo do futebol, que é o nosso assunto específico. Pode um jogo de final de Campeonato mineiro de profissionais ser decidido com menos de 12 mil pagantes no estádio? Claro que não, mas tivemos Ipatinga 2 x 3 Atlético, nessa situação. A culpa é, principalmente, dos nossos três maiores clubes e da Federação Mineira de Futebol, responsáveis diretos pelo assunto.
O Ipatingão foi construido para 25mil pagantes, e mesmo com as exigências das autoridades da segurança, jamais o futebol mineiro poderia aceitar que se baixasse essa capacidade de lotação. Nem falemos da força econômica e política do Vale do Aço. O problema é que os comandantes da FMF se preocupam apenas em se manter em sua zona de conforto, e ‘Kalis’, ‘Perrelas’ e Saluns’ só pensam nos interesses localizados do Galo, Raposa e Coelho.
Pensam somente em seus próprios problemas, na montagem de times para o Brasileiro, mas a visão é curta, pois se esquecem que um Mineiro forte, seria muito melhor para todos.
Têm poder de pressão e decisão mas só pressionam ao departamento de árbitros. Não estão nem aí para a pobreza mineira na estrutura dos clubes do interior.
Esperança
Uma das esperanças que tenho em ver mudanças no futebol mineiro é que o atual Secretário de Estado de Esportes é do ramo. O jornalista Alberto Rodrigues conhece a fundo essa situação e adquiriu cancha política com seus dois sérios mandatos de vereador em Belo Horizonte. Se a FMF não faz, ele pode fazer, que é liderar uma ampla discussão para soluções desses problemas.
* Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã, no jonal O Tempo, nas bacas!