Quem lê este blog ou minhas colunas no O Tempo e Super Notícias, desde a Copa das Confederações, ano passado, na África do Sul, vai se lembrar o que falei sobre os preparativos do país para a Copa do Mundo deste ano: eles ignoraram muitas exigências do tal caderno de encargos da Fifa e a entidade teve de engolir. Há exageros realmente inaceitáveis neste tal caderno. Como os sul-africanos viram que a “dona Fifa” não era tão durona como fingia ser, deram uma boa relaxada em muitos aspectos.
Os arquitetos brasileiros que estão lá visitando os estádios da Copa estão constatando isso e voltarão ao Brasil com a certeza que aqui não há necessidade de se gastar tanto dinheiro com os nossos.
Só que aqui há uma diferença: a maioria absoluta dos envolvidos quer que se gaste sim, com muitas e muitas obras em nossos estádios, quanto mais caras melhor, para eles.
É comissão demais em jogo!
Veja a nota que saiu na coluna Painel, da Folha de S. Paulo de hoje:
“Teoria da evolução”
Em visita recente às arenas sul-africanas que serão usadas na Copa do Mundo deste ano, o grupo de arquitetos brasileiros envolvidos nos projetos de reforma e construção dos estádios para o Mundial de 2014 chegou à conclusão de que a Fifa usa “dois pesos e duas medidas” em relação às exigências feitas para cada país. Ao constatarem as condições dos estádios da próxima Copa, alguns ainda inacabados e outros antigos, os arquitetos avaliam que a cobrança feita ao Brasil é muito mais rígida do que a dirigida aos africanos.