A revista Placar deste mês dedicou seis páginas sobre a entrada pra valer do Banco BMG nos negócios do esporte, principalmente o futebol.
Em reportagem do Alexandre Simões e Jonas Oliveira são detalhados os patrocínios dos seis dos 12 participantes da primeira divisão do Campeonato Mineiro – Atlético, Cruzeiro, América, Tupi, Ipatinga e Uberaba, mais o Sport Recife, através da Mycrocred, braço do banco em Pernambuco, Coritiba, Atlético Goianiense, a ginasta Jade Barbosa; o lutador Vitor Belfort; uma promessa do tênis brasileiro, o mineiro Gabriel Pente, o quadro de arbitragem da FMF, time feminino de vôlei do Sport Recife, o masculino do Minas Tênis Clube, e futebol feminino do Santos.
Mais
Criou um fundo de investimento de jogadores que já concorre com os principais do país hoje, Traffic e Grupo Sonda. Este fundo ganhou o nome de Soccer BR1, que tem a vantagem de poder emprestar dinheiro aos clubes, por estar ligado a um banco.
Empresta e fica com parte dos direitos de jogadores, como fez com o Corinthians, nos casos do lateral Moacir, que foi contratado ao Sport, e o zagueiro Leandro Castán, ex-Atlético, contratado ao Grêmio Barueri com, a ajuda do BR1.
No América, o fundo é dono de 50% dos direitos do volante Moisés e do atacante Léo, artilheiro do Campeonato Mineiro de juniores do ano passado com 24 gols.
No Cruzeiro o Soccer BR1 tem zagueiro Gil e o volante Henrique.
No Atlético, parte dos direitos do Obina são dele, o mesmo acontecendo com Júlio César, ex-lateral do Goiás, recém colocado no Fluminense.
Agora vai investir no Mixto de Cuiabá.
Maluf e Hyssa Moisés
E o mais interessante: Eduardo Maluf, diretor de futebol do Cruzeiro é contratado do grupo, como consultor, com a devida autorização do Zezé Perrella, e o outro nome bastante conhecido do futebol mineiro é Hyssa Moisés, que foi braço direito do Ricardo Guimarães e Ziza Valadares no futebol do Atlético, e agora exerce a mesma função nos negócios do BMG no esporte. A revista destaca que Hyssa é “primo e desafeto” de Alexandre Kalil.
Flamengo quase levou
Ainda sobre Maluf, a reportagem fala que ele era pretendido por outros fundos de pensão ano passado e pelo Flamengo, cuja presidente, Patrícia Amorim, chegou a oferecer R$ 150 mil mensais de salários a ele, que seriam pagos pelo Eike Batista, minerador poderoso que está devastando a Serra do Espinhaço, na região de Conceição do Mato Dentro.
Maluf Preferiu ficar em Belo Horizonte, onde renovou contrato com o Cruzeiro, por R$ 100 mil, além do acerto que fez com o BMG.
Novo clube em Nova Lima
A mesma reportagem conta que para atender a legislação brasileira, que proíbe pessoas físicas e jurídicas de serem donas de direitos de jogadores (têm de estar vinculados a um clube), o BMG comprou um clube em Nova Lima, chamado Coimbra, que vai disputar o Campeonato Mineiro de juniores deste ano.