Blog do Chico Maia

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Ipatinga desesperado contra rebaixamento

Bateu desespero em Ipatinga pela entrada do time na zona de rebaixamento para a terceira divisão nacional, com a conclusão, ontem, da rodada de terça feira.

Fernando Rocha manifesta esta preocupação em sua coluna no www.jvaonline.com.br e reclama da arbitragem:

“… Ontem, por exemplo, quem apitou o jogo adiado do Brasiliense, foi o paranaense Evandro Rogério Roman, que simplesmente marcou dois pênaltis a favor do time de Luiz Estevão, ex-senador cassado por corrupção, que tem uma força política descomunal junto à CBF, garantindo o empate de 2 a 2 com o São Caetano em Brasília, livrando-o momentâneamente da zona de rebaixamento, para onde foi o Ipatinga, agora na 17ª posição com 42 pontos ganhos.

É claro que este não é o motivo principal da atual fase negativa, que está levando o Tigre a passos largos para mais um rebaixamento, mas nesta reta final significa a pá de cal, ou seja, o empurrão que falta para o clube despencar no abismo.

Os únicos que podem salvá-lo da degola são os jogadores, que se  quiserem saír desta situação, vão ter de  fazer um pacto entre sí, mudarem radicalmente de comportamento, deixando essa vergonhosa apatia que tomou conta do grupo,  mostrando finalmente que têm sangue nas veias, caso contrário é rebaixamento na certa, onde  todos sairão perdendo, não só o clube, a cidade, a região, mas todos os envolvidos, pois nenhum dirigente saí por aí contratando, sem saber primeiro o que fez e quem é o atleta no qual irá investir.

Quanto à parte cabe à imprensa regional, ela sempre foi cumprida com louvor. Todos os principais veículos que cobrem o dia a dia do Tigre têm feito a sua parte, procurando com ética acima de tudo, incentivar e trazer o torcedor para o seu lado, aumentar o comparecimento do público no Ipatingão, com todas as armas disponíveis e se isto não está acontecendo, é por conta de outros fatores.

 O rebaixamento à Série C poderá trazer prejuízos incalculáveis para todos os setores de atividade, principalmente ao comércio, o que mais se beneficia dos eventos do futebol. Também a auto-estima da população será afetada,  portanto, ganhar deste Atlético de Goiás virou uma questão de honra, a fim de sair desta situação horrível.

IRONIA DO DESTINO: Léo Mineiro, autor de dois dos três gols do Bugre na última terça-feira é ipatinguense  e já vestiu a camisa do Tigre, tendo sido dispensado por “deficiência técnica”. É duro, hein?”


Perrela acredita que Adilson fica em 2010

Sobre as especulações gaúchas de que o Grêmio pode levar o técnico Adilson Batista, o presidente Zezé Perella disse agora a pouco no site oficial do Cruzeiro: 

 – Tenho certeza de que, se o Adilson estiver confortável aqui, ele vai dar preferência para o Cruzeiro. Eu não acredito que ele saia do Cruzeiro para nenhum time do Brasil.


Compensação

O Palmeiras recebeu uma compensação da arbitragem ontem, do goiano Elmo Rezende Cunha, que legitimou o gol de empate com o Sport, depois de ter apitado impedimento, no fim do jogo no Parque Antarctica.

O Sport, que fez uma grande partida, pagou por não ter jogado sempre bem assim no campeonato, e com o empate foi, de novo, para a segunda divisão. Será adversário do América em 2010, contando com o técnico Givanildo, que aceitou a proposta para ficar lá mesmo em Recife.

O Paulo Werner não perdeu a chance de tirar um sarro com a queda do “Leão do Nordeste”.untitled


Ainda sobre a saída do argentino, e Sada/Cruzeiro

Sempre bem informado o jornalista Christiano Jilvan, informa direto de Montes Claros:

“Realmente Chico,

a saída do Marcelo Méndez caiu como uma bomba em Montes Claros, principalmente porque vivia uma boa fase com o Funadem: três títulos em quatro competições – desbancando favoritos e clubes de maior tradição.
Vasculhando a notícia ainda mais: o assédio do Sada/Cruzeiro, que teria aceitado pagar multa rescisória e ofereceu um salário quase três vezes maior ao argentino, começou logo após a disputa do Campeonato Mineiro; antes mesmo da demissão de Talmo de Oliveira.
Na folga dada à comissão técnica e jogadores de dez dias dada pelo time de Montes Claros como prêmio pelo título estadual na semana passada, as conversas foram intensificadas e, caminho de Buenos Aires, onde foi rever a família, Marcelo teria acertado sua saída do Funadem na paradinha que vez em Beozonte.”


Bom de serviço

É este técnico argentino do vôlei do Montes Claros, Marcelo Mendez, cujo resultado do trabalho pode ser visto na surra aplicada no Minas Tênis Clube, uma potência mundial no assunto.

E ele é muito querido pelo público de Montes Claros, o que pode ser atestado pelo e-mail que recebi do Eujácio Prates, de lá:

“Chico,

lamentavelmente o técnico de vôlei do Moc/Funadem, o argentino Marcelo Mendez pediu demissão. Durante as conquistas do Funadem, Moc foi vítima de discriminação de torcedores de outros clubes, argumentando que nenhum jogador tinha se formado aqui, quando na verdade muitos times da Liga contrata jogadores para a temporada. Não sabemos o que aconteceu, mas a grana dos políticos daqui foi inferior. Dizem que o Mendez está indo para o SADA/cruzeiro, deixando um belo trabalho para traz e um futuro incerto para o Funadem.” 

Péssima notícia para Montes Claros, mas excelente para o Sada/Cruzeiro!


Discriminação

* Estas e outras notas estarão em minha coluna de O Tempo, amanhã, nas bancas! 

Numa crônica do ano passado aqui no O TEMPO, Vitório Medioli antevia que a aliança política que se formava para a sucessão municipal traria problemas para Belo Horizonte muito antes do que se imaginava. Esta semana o prefeito Márcio Lacerda externou publicamente aquilo que a imprensa tem falado: a cidade está sendo discriminada pelo governo federal na distribuição das verbas para obras de infraestrutura. Os reflexos diretos envolvem o PAC da Copa do Mundo, e o próprio prefeito reclamou em seminário realizado pela Fundação Dom Cabral, que Brasília nem tinha analisado ainda o projeto apresentado pela prefeitura para as questões viárias e do transporte público.

Temos quatro ministros fortes no governo, além do vice-presidente da república e até agora, apenas Hélio Costa, das Comunicações, negou, de forma tímida, que isso esteja acontecendo. Estou ansioso para ouvir o que tem a dizer a respeito, Patrus Ananias, Luiz Dulci, José Alencar e até Fernando Pimentel, autor pelo PT, da aliança política que elegeu Márcio Lacerda, e um dos articuladores da candidatura da belorizontina Dilma Roussef à presidência.

Me recuso a acreditar que com tantas autoridades de grosso calibre no governo Lula, a população mineira ficará no prejuízo por causa de questões políticas.

Visível

No futebol a discriminação a Minas Gerais é concreta: Atlético e Cruzeiro tentaram até se cansarem, aquilo que o Botafogo e o Vasco conseguiram sob o governo Lula: patrocínios da Liquigás e Eletrobras. O Flamengo já contava, desde o governo Sarney, com a Petrobras, mantida até pouco tempo. Galo e Raposa foram empurrados com a barriga até agora e já desistiram.

Perdas

Para que não me acusem de estar sendo partidário de alguma sigla política, lembro que os clubes do Rio Grande do Sul são patrocinados pelo Banrisul, do governo do Estado. Minas tem empresas fortes, como Cemig e Copasa, que investem pesado em mídia nacional, e poderiam estar nas camisas da nossa dupla. Nossos bancos não existem mais, pois foram privatizados pelos tucanos.

Proveito

O que mais irrita é que o futebol é usado escancaradamente pelos políticos para mostrarem simpatia e proximidade com o povo. Vão aos estádios, dão entrevistas, aparecem bastante, mas na hora de algum retorno prático aos clubes, tiram o corpo fora. Isso em Minas, porque em outros estados é diferente com governos estaduais e federal.


Carlos Eugênio Simon só admite erro contra o Atlético

 Em entrevista ao Paulo Vinícius Coelho, no blog dele ( http://espnbrasil.terra.com.br/pauloviniciuscoelho ), o árbitro Carlos Eugênio Simon só admitiu um erro em meio a tantas polêmicas e acusações, e falou também daquele Cruzeiro e Flamengo, envolvendo o pênalti do Tardelli:

 
PVC:  Como você avaliou a punição da comissão de arbitragem?

SÍMON – Ah, é uma decisão da comissão de arbitragem e eu respeito. Vou passar por isso, como passei por vários outros problemas da minha carreira. Vou seguir apitando. Agora, me preparo para o jogo de quinta-feira, entre River Plate, do Uruguai, e LDU, do Equador. Depois, vou me preparar para apitar bem o Mundial Interclubes.

PVC – O lance do Obina você não considera um erro. Qual o maior erro da sua carreira?
SÍMON – Botafogo x Atlético Mineiro, na Copa do Brasil de 2007. Houve pênalti a favor do Atlético e eu deixei de marcar.

PVC – Naquele dia, como você percebeu o erro? No hotel?
SÍMON – Não. Foi só no dia seguinte, quando cheguei à minha casa, em Porto Alegre. Revi o lance e não havia dúvida que errei.
Mas a gente vai se lembrar também daquele Cruzeiro x Flamengo do ano passado. Depois de todas as críticas, a imagem da ESPN deixava claro que não houve pênalti no Diego Tardelli.

 

* Esta nos foi enviada pelo Renato Alexandre, do jornal Sete Dias, a quem agradeço, e a entrevista completa está no blog do PVC.


Dúvidas

O Corinthians anuncia a contratação do lateral Roberto Carlos para a disputa da Libertadores da América em 2010: será que ele ainda agüenta? 

O STJD aplicou apenas um jogo de suspensão ao zagueiro Jorge Luiz no julgamento de ontem. Já cumprido. Será que a massa do Galo gostou?

O atacante Kléber voltou a treinar e pode até ser liberado para jogar ainda este ano. Será que o Adilson Batista gosta da idéia?

Com contrato assinado até 2011, Paulo Autuori larga o Grêmio e aceita proposta “irrecusável”. Será que Givanildo vai fazer a mesma coisa com o América?


Discriminação contra Minas se estende ao futebol

E ainda aparece político cara de pau para dizer que Minas Gerais não é discriminada pelo governo federal. É sim, nas verbas para infraestrutura e também no futebol. E não é só no governo Lula, pois o Fernando Henrique Cardoso foi dez vezes pior.

Atlético, Cruzeiro e América tentaram e não conseguiram patrocínios de empresas do governo federal para as suas camisas, coisa que o Flamengo teve durante muitos anos, o Botafogo e o Vasco idem. Nada contra eles, muito pelo contrário. Porém, os nossos também deveriam ter o mesmo tratamento.

Li duas notas na sempre ótima coluna do Ancelmo Góis, hoje, no O Globo, que mostram o grau de intimidade do presidente da república com os cariocas: 

“Rei na barriga

De Lula para Sérgio Cabral, que pediu ao presidente para receber o time Vasco, agora de volta à primeira divisão: “Como? Você quer que eu, que acabei de ser recebido pela rainha Elizabeth II, na Inglaterra, receba um timinho da segunda divisão?”
Era brincadeira, claro. O corintiano Lula tem dito que, no Rio, é Vasco desde criancinha.

Povo ingrato…
Aliás, o cruzmaltino Edson Lobão, que, como ministro das Minas e Energia, ajudou a viabilizar o patrocínio da Eletrobrás ao clube, não foi convidado para assistir sábado, ao lado de outras personalidades, ao jogo contra o Juventude, que marcou a volta do Vasco à primeira divisão.”


Verdades que não duram muito tempo

Muito interessante a história da chegada e saída do Paulo Autuori do Grêmio, na base do jogo rápido e muita grana. Deverá ser substituido pelo Silas, ex-jogador, que faz muito bom trabalho no Avaí.

Li artigo do Diogo Olivier, no portal da RBS e apesar de estar calejado no mundo do futebol, ainda assim fico impressionado com situações como essa. Confira:

“Então, é isso. Terminou o conto de fadas sonhado pelo Grêmio no qual Paulo Autuori era o príncipe encantado. Um sonho que poderia se tornar realidade em 2010, com o técnico planejando a pré-temporada, indicando reforços e montando o seu próprio time. Admiro a trajetória e o comportamento civilizado de Autuori. É um ótimo profissional, recheado de títulos e respeitado no ambiente do futebol. Mas não há como deixar de admitir:

Autuori falhou com o Grêmio.

Não é traição. Este seria um termo forte demais. E injusto. Se há concordância entre as partes, ainda que com alguma mágoa, não pode haver traição. O Grêmio será indenizado em pouco mais de R$ 1,3 milhão pelos árabes do Al-Rayyan, do Catar. Mas é fato: o Grêmio não queria este milhão. Mesmo atolado em dívidas, o Grêmio esperava que Autuori mantivesse o discurso do dia 18 de maio, quando concedeu sua primeira entrevista coletiva.

Ali, ele afirmou que a volta ao Brasil pelo Olímpico não se dava pelo dinheiro. Dinheiro ele tinha com os árabes, e muito. A motivação era o projeto revolucionário de trabalhar como técnico e manager do futebol, comandando também as categorias de base. Isso sem falar no contrato de dois anos…”

O artigo completo é no http://www.clicrbs.com.br/esportes/rs e vale a pena ler.