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Galo de Milito e Athletico de Cuca, os times de jogo mais bonito neste início de Brasileiro

Imagem: twitter.com/Brasileirao

São apenas cinco rodadas dessa maratona formidável que é o campeonato, mas os quatro primeiros colocados estão fazendo por merecer o topo da tabela e jogando futebol bonito. Principalmente o Galo e o xará paranaense, comandado pelo Cuca, que lidera com 10 pontos, mesma pontuação do Bahia, seguidos por Botafogo e Atlético com nove. O Bragantino, quinto colocado, também tem nove.


Está dando gosto ver o Atlético jogar, com as estratégias e escalações imprevisíveis do Gabriel Milito. Ele surpreende os atleticanos e principalmente os adversários, o que é o mais importante. O time do Cuca também está jogando um belo futebol, em alta velocidade.


Contra o Fluminense, não fosse a tarde infeliz do Everson o Galo teria saído de Cariacica com três pontos, mas valeu a experiência de ver o time reagindo muito bem com o placar adverso. Perdia de dois a zero, empatou e quase venceu. Se vinha mostrando cansaço no segundo tempo, dessa vez, foi bem superior ao Flu, fisicamente, no segundo tempo.


Uma frase do técnico Milito depois da partida mostra bem o que é este novo Atlético, pós-Felipão: “No vestiário, mesmo após o 2 a 2, havia jogadores com cara ruim, de bronca por não terem ganhado. Eu gosto disso. Eu não celebro o empate. O empate é perder dois pontos. Eu celebro o comportamento da equipe. Se mantivermos esse comportamento, teremos futuro.”


O Guilherme Frossard fez boas observações sobre o aproveitamento de mais um jogador da base e das falhas do Everson: @canaldofrossard “1) Rômulo começou bem, mas lembremos: é garoto. Pode errar. Merece cuidado. É tratado como jóia no Galo há muitos anos. Não podemos queimar! 2) sem criar crise à toa. Everson falhou? Sim. Empatamos, estamos invictos com Milito e esse time vai crescer. Terça tem Libertadores!”

E gostei demais do relato do Pedro Vitor, comentarista/colaborador tradicional aqui do blog:
“… minha esposa, para minha surpresa, novamente, marcou de vermos o jogo do Atlético, na casa de cruzeirense. Logo já pensei: “hoje vou passar vergonha na casa dos outros “!
Jogo começa, Everson, sai mal do gol, 1 a 0, Fluminense, Atlético tentando retomar o ritmo do jogo, e mais uma falha de Everson, 2 a 0, Fluminense.
Eu não sabia onde punha a cara de vergonha.
Aí o Milito me coloca o Vargas. Gente, futebol é fase, Hulk, tem 7 jogos que não faz gol, joga e é útil, mas não tem feito os gols, e o Vargas, está no momento dele, 2 gols, empatou e poderia ter virado.
Eu vi muito pouco da partida, pois não é fácil assistir jogo ao lado de cruzeirense, é muita zica em cima da gente, eles odeiam o Atlético com todas as forças, eu vi ontem ao vivo e a cores, no final eu tive que consolar o indivíduo.
Mas foi um jogaço!
E o Galo vai mostrando a força do elenco!”
Pedro Vitor

Foto: twitter/Atlético


E lá se foi César Luis Menotti, o técnico argentino que quase veio para Minas em 1984

Como diretor de seleções da AFA, César Luis Menotti foi
importante para a confirmação de Lionel Scaloni (esq.) como técnico principal
da Argentina, campeã do mundo na Copa do Catar em 2022 (Foto: AFA)

Quem teve o privilégio de conviver ou trabalhar
com ele diz que era um grande ser humano. Como jogador, os mais velhos dizem
que foi um ótimo atacante. Como treinador, eu era muito novo, começava minha
vida de repórter, mas o tinha na conta como um dos melhores do mundo naqueles
fins dos anos 1970, início dos anos 1980. Foi o técnico da Argentina no
primeiro título mundial deles, em 1978. Em 1983 deixou a seleção e foi comandar
o Barcelona, onde ficou apenas um ano.

Em 1984 o então presidente do Atlético, Elias Kalil tentou contratá-lo. Na
época boa parte da imprensa mineira e nacional dizia que se tratava de mais um
“arroubo megalomaníaco” do Kalil, pois nenhum clube brasileiro teria dinheiro
para trazer um dos treinadores mais cobiçados do mundo.

Eu era repórter setorista do Atlético e todos os dias passava na sede do Galo,
Av. Olegário Maciel 1.516, antes de ir cobrir o treino na Vila Olímpica. Sempre
havia um diretor na sede, sempre aberto a bater papo com a imprensa, sem
necessidade de marcação prévia e essas frescuras da atualidade. O próprio
presidente Elias Kalil (pai do Alexandre) adorava bater papo conosco. Chegava
lá pontualmente às 14 horas. Raramente ia embora antes das 20.

Ele estava montando um grande time, visando o
título brasileiro de 1984. Menotti tinha acabado de sair do Barcelona, de
Maradona, e se tornou o sonho do Kalil para comandar o Atlético. Incomodado com
a imprensa que zombava da sua tentativa de contratá-lo, me passou o telefone da
casa do Menotti em Buenos Aires.

As negociações estavam adiantadas e a expetativa era positiva.
Liguei. Do outro lado, a voz inconfundível do próprio treinador:
__ Habla Menotti!
Não acreditei. Mas era o próprio, super gentil.
Em quase cinco minutos de conversa, disse que ficou feliz com o interesse do
Atlético e com a possibilidade de voltar a trabalhar no Brasil, agora como
técnico de futebol. Tinha jogado no Santos.

Falou também que financeiramente não haveria
problema, pois a proposta do Galo era "altamente" interessante.
Entretanto, tinha problemas a resolver na Argentina e que estava pensando em
“dar um tempo” na carreira e ficar um tempo sem trabalhar. Daria a resposta ao
Atlético dentro de três dias, depois de decidir com a família.
Três dias depois ligou para Elias Kalil agradecendo o convite, mas que passaria
um “período sabático”. E assim foi feito.

O Galo contratou Rubens Minelli, que era o técnico mais badalado do Brasil,
tri-campeão brasileiro, com o São Paulo e Internacional.
César Luiz Menotti só voltou a trabalhar dois anos depois, no Boca Juniors.

A CONMEBOL lamentou em suas redes: “La CONMEBOL lamenta el fallecimiento de César Luis Menotti, leyenda del fútbol y campeón del mundo como entrenador de @Argentina en 1978. Condolencias a los familiares y amigos.” (Foto: @CONMEBOL)


Gabriel Milito: mais um para aquela história do Galo: entra funcionário, sai torcedor

Foto: twitter.com/Atletico

A imagem do técnico do Atlético incentivando os filhos Luca e Enzo a gritar “aqui é Galo!”, na saída do vestiário depois dos 2 a 0 sobre o Sport Recife está rodando o mundo.

Além da beleza da cena, que termina com Milito carregando o filho mais novo nas costas, mostra que o treinador argentino está se sentindo em casa, acolhido pelos atleticanos e pelos belorizontinos.

Mas ele próprio alertou depois das empolgantes vitórias sobre o Cuiabá, fora, e Sport, em casa: “… sabemos como é o futebol e como ele muda. Nós faremos todos os esforços possíveis para continuar nessa dinâmica. Eu sei como funciona isso. Estamos ganhando então tudo parece melhor… Depois quando não ganha, os jogadores são piores, o treinador é ruim, vêm as críticas. Calma, calma… Estou aqui tem poucos meses e não gosto de elogios. Não me sinto bem com os elogios. Prefiro calma, calma e tranquilidade”.

Realmente, no futebol tudo pode acontecer, mas comparemos os dez primeiros jogos dele, um técnico em começo de carreira, com o do antecessor, Felipão, consagrado, que se desaposentou para decepcionar a todos os atleticanos.

Levantamento do twitter.com/GaloMetrics, que aliás, recomendo:

https://twitter.com/GaloMetrics


A caminho do Mineirão, ouvindo na CBN que Ayrton Senna podia estar morrendo

Imagem: RAI/reprodução

Zapeando canais de TV, bem cedo na manhã deste 1º de maio, paro na italiana RAI e vejo vasto noticiário lembrando a morte do Ayrton Senna. Mudo para canais da Espanha, França, Canadá, EUA e até da China, e a mesma lembrança. O prestigio dele era impressionante. E continua, né?

Quase todo mundo se lembra onde estava, no exato momento em que tomou conhecimento de alguma notícia muito marcante.

A Rádio CBN existia há menos de três anos e eu a estava ouvindo, dentro do carro, a caminho do Mineirão para assistir Atlético 1 x 1 Cruzeiro, pelo campeonato mineiro.

Imagem: RAI/reprodução

Na MG-424, que já era horrível naquela época (e piorou bastante), eu passava por Pedro Leopoldo quando o repórter dizia, direto de Ímola, que a situação do piloto brasileiro era de morte cerebral.

Baixou uma péssima sensação, apesar de eu não ser tão vidrado em Fórmula 1. Mas, Ayrton Senna era especial. O tempo passa depressa: 30 anos já se foram!

Momentos depois, no Mineirão, clima de velório total, inclusive entre os jogadores. Foi 1 a 1, Gaúcho (de saudosa memória) fez 1 a 0 e Cleison empatou.

Era a “Selegalo” e o Cruzeiro terminou o campeonato mineiro campeão, com 10 pontos na frente.

O time comandado pelo Valdir Espinosa naquele dia: Humberto, Luiz Carlos Winck, Adilson Batista, Kanapkis e Paulo Roberto Prestes; Eder Lopes, Darci e Zé Carlos; Renato Gaúcho, Gaúcho (Cleiton) e Éder Aleixo (Reinaldo Rosa).

O Cruzeiro do técnico Ênio Andrade: Dida, Paulo Roberto Costa, Célio Lúcio, Luizinho e Nonato; Ademir, Cerezo e Cleison; Macalé, Ronalddo Fenômeno e Roberto Gaúcho (Catê).

Imagem: RAI/reprodução


América, 112 anos! Parabéns Coelhão!

Rua da Bahia esquina com Timbiras, onde era o primeiro campo do América,. Foto: twitter.com/AmericaFC1912

Foi ontem, mas sempre é tempo de homenagear a quem merece!

Homenageei nas redes, mas faltou aqui.

Que em 2025 esteja novamente no lugar devido, que é a Série A

https://twitter.com/i/status/1785303033867301330

“Organizados” do Sport Recife e aliados aprontaram na Arena MRV e não tiveram o tratamento merecido

Ao contrário das primeiras informações sobre o tumulto de ontem no Atlético 2 x 0 Sport, a confusão começou por causa das famosas “gangs” organizadas que infernizam os estádios, aqui e em todo o Brasil. Valentões do Sport se juntaram a gangs de Belo Horizonte e foram para a Arena MRV para brigar e depredar o estádio. A torcida de verdade do clube pernambucano também esteve lá, mas apenas para torcer, em paz.

Imagens postadas pelas redes e portal O Tempo mostram marginais rubro-negros correndo atrás de um atleticano dentro do estádio, que se salva porque escalou umas paredes lá dentro. E, lamentavelmente, sob as vistas de militares e seguranças, que não agiram com o rigor que aqueles marginais devem ser tratados.

O advogado Stefano Venuto Barbosa, amigo nosso que presenciou as cenas, nos escreveu:

“… Vou te dar meu testemunho, porque estava no estádio, não sei como foi do lado de fora. A torcida do Sport já entrou fazendo confusão. Chegaram cuspindo na torcida do Galo no anel inferior, inclusive em crianças. Queriam ficar colocados no vidro. Chegaram desrespeitando os seguranças, sob olhar passivo da PM. Soltaram bombas e relatos de um segurança, que passou por nós, inclusive, você pode se informar, com Adilson Kilessão, que estava comigo, tentaram saquear bares, soltaram bombas, enfim, parece que acompanhadas de torcedores cruzeirenses, tentaram tocar o terror. Todos os seguranças se dirigiram para o local onde estavam e foram até afrontados.

A atuação da PM foi lamentável, mostrando-se passiva, acho que até por orientação do pessoal do Galo, porque no jogo contra o Penarol ela foi criticada, pelo Lamounier quando a PM agiu como deveria agir, com firmeza. Lamentável…

O que os torcedores do Galo do anel imediatamente inferior ao da torcida do Sport tiveram que suportar. A torcida do Sport o tempo todo cuspindo, e jogando objetos. E outra cena, no setor onde ficaram, existiam torcedores de verdade do Sport, famílias que devem residir em BH, que vimos deixando o setor, porque ficaram constrangidas com o comportamento da organizada do Sport. Um torcedor do Galo me informou, que parece que vieram em dois ônibus, mas o número lá era de muito mais pessoas, provavelmente, juntaram com cruzeirenses locais, como de costume.

Meu relato, é para que a diretoria do Galo ampare mais seu torcedor, que fica ali, sofrendo com a torcida adversária. Bom dia, e grande abraço…


Com este 2 x 0 no Sport, Gabriel Milito no Galo: 10 jogos, 7 vitórias e três empates

Foto: twitter.com/Atletico

Foi só 2 a 0, mas um grande jogo e outra ótima exibição do Galo.

Zaracho aos 28 do primeiro tempo e Arana, aos 12 do segundo. O lateral entrou como um foguete no meio da defesa do Sport, aproveitando corner cobrado pelo Scarpa. Gols trabalhados, nada de acaso.
Gabriel Milito em Belo Horizonte: 10 jogos, 7 vitórias e três empates. A cada jogo aumenta a satisfação de se ver o Atlético jogar. Futebol ofensivo e apesar de tantos valores individuais, um time 100% coletivo, em que se vê a satisfação dos jogadores em servir ao companheiro. Jogadas ensaiadas diferentes a cada partida e muito poucos erros de passes. Milito começou bem e a evolução continua.


Aos oito minutos, que pena que o VAR identificou que Hulk estava um fio de cabelo à frente do defensor pernambucano. Na sequência, ele ajeitou uma bola para o Scarpa que marcou o que seria um dos mais belos gols da temporada.


O Atlético bombardeou o Sport o tempo todo e só não venceu por um placar mais dilatado porque o time deles é bom e muito bem treinado pelo também argentino Mariano Sosa. Aliás, ele faz aniversário hoje, 43 anos, e foi homenageado pelas redes sociais do Leão.


Parabéns a ele, pela data e pelo futebol do Sport, que perdeu com dignidade, sem apelar. Certamente vai dar um trabalho danado ao Galo, no jogo da volta, na Ilha do Retiro.
@sportrecife

Hoje é aniversário do Profe! Parabéns, Mariano Soso. Que sua trajetória continue sendo vitoriosa, aguerrida e dedicada aqui no Leão!

@chicomaiablog E legal demais a gentileza do @sportrecife de mostrar belas imagens de Belo Horizonte durante a sua estadia aqui para o jogo contra o Galo!

https://twitter.com/i/status/1785401662934323217


Duelo entre treinadores argentinos será um atrativo à parte neste Atlético x Sport

Foto: https://twitter.com/Atletico

Com 43 anos de idade, Gabriel Milito é um ano mais velho que o seu colega Mariano Soso, técnico do Sport Recife, que aliás o elogiou muito. Nascido em Rosário, não foi jogador de futebol e é respeitado como um grande estrategista. Seus primeiros times como técnico principal foram o Real Garcilaso e Sporting Cristal, do Peru. Trabalhou também no Defensa y Justicia, Gimnasia e San Lorenzo, todos da Argentina, Emelec, do Equador, O´Higgins, do Chile e no Melgar, do Peru, antes de ser contratado pelo rubro-negro pernambucano em dezembro do ano passado para o lugar do mineiro Enderson Moreira.

Fazendo ótimo trabalho no Sport, conquistou a simpatia da torcida e imprensa de Recife pela simplicidade e objetividade na forma de tratar as pessoas e comandar o time, em estilo semelhante ao Milito, desde que chegou a Belo Horizonte.

Deverá explorar os contra ataques esta noite na Arena, mas nunca se sabe. Não tem jogadores do mesmo nível do Galo à disposição, mas certamente terá a vontade do seu grupo em conseguir um placar magro aqui, para tentar decidir a vaga em boas condições na Ilha do Retiro, no jogo da volta.

Foto: twitter.com/sportrecife

Provável time do Galo:  

Everson, Saravia (Mariano ou Fuchs); Jemerson, Battaglia, Arana e Otávio; Alan Franco, Zaracho e Scarpa; Hulk e Paulinho.

Arbitragem carioca, de Bruno Mota Correia, auxiliado pelos também cariocas, Thiago Rosa de Oliveira e Daniel de Oliveira Alves Pereira. O VAR é de Santa Catarina: Rodrigo D’ Alonso Ferreira.


Na relação custo/benefício, o Cruzeiro foi bom negócio para o Ronaldo e vice-versa

Foto: twitter.com/Cruzeiro/@ggaleixo

Ronaldo se deu muito bem com o Cruzeiro, mas também deixou marcas positivas

Antes da era SAF os números das transações do futebol já eram misteriosos, mesmo com algumas instâncias de fiscalização previstas, tipo conselhos fiscais e essas coisas. Com SAF, que tem dono, impossível completamente. Só é divulgado o que os donos e os diretamente envolvidos nos negócios querem.

É claro que Ronaldo lucrou muito nessa aventura, mas não foi ele quem procurou o Cruzeiro. Foi procurado, e assim como grande oportunista dentro dos gramados, ele é também nos negócios.

Se deu muito bem, porém, a sua rápida passagem como comandante geral da Raposa, deixou marcas positivas. Começando pelo seu prestígio internacional, que manteve o clube em evidência, mesmo com o time longe das principais competições. E o principal: a enxugada no quadro de funcionários. O Cruzeiro era um dos maiores cabides de emprego do Brasil, ao estilo das grandes estatais. Parentes, amigos e outros afilhados de dirigentes e conselheiros deitavam e rolavam.

Sem SAF seria impossível mandar embora tanta gente, já que os interesses eleitorais internos falavam mais alto. Conselheiro que tinha influência nas eleições do próximo presidente, apitava e indicava gente pra ser contratada e ser demitida.

A partir da SAF isso acabou e Ronaldo mandou passar o facão, sem dó. Inclusive nos privilégios de torcidas organizadas.

A rigor, só não deu certo porque ele não enfiaria a mão no bolso para montar times competitivos. Brigaria sempre na faixa intermediária da classificação, correndo risco de cair.

O Cruzeiro ficaria nessa, de se aproveitar de eventuais revelações que estourassem, mas já já vendidas.

As pessoas que ele designou para comandar o futebol se mostraram despreparadas, incompetentes, além de não terem lastro com o clube, tipo Elias, ex-Atlético, D’Alessandro, ex-Internacional e o próprio Paulo André, seu braço direito, que teve passagem rápida e apagada como jogador da Raposa. Autuori era exceção, mas parecia desmotivado, deixando as coisas acontecerem, acomodado.

Claro que o Pedro Lourenço não terá vida fácil para fazer o Cruzeiro brigar na parte de cima da tabela, porém, será seu único objetivo, já que neste primeiro momento não visa lucro com o novo negócio. Para isso, está se cercando de quem conhece o futebol e seus labirintos, como o Alexandre Matos, de competência incontestável.   


Cruzeiro de bom futebol contra o Vitória e perspectivas positivas de mudança de donos

Foto: twitter.com/Cruzeiro

O Cruzeiro fez uma boa partida contra o Vitória, venceu sua segunda partida no Brasileiro, mas as atenções da maioria da torcida estavam no noticiário sobre a possível venda da SAF pelo Ronaldo ao Pedrinho BH.


O placar foi 3 a 1, gols de Matheus Pereira, Rafa Silva e Arthur Gomes, em um bom início de campeonato, bastante semelhante ao do ano passado, quando o português comandava o time e foi demitido no meio da disputa. Um erro que quase custou um novo rebaixamento na sequência.
Certamente, com Pedro Lourenço dando as cartas, o Cruzeiro não passará mais por situações como essa, de demitir um técnico, simplesmente pelo mau humor de um cartolinha qualquer do departamento de futebol.


Caso tudo se confirme, Ronaldo irá embora com seu objetivo pessoal alcançado, que era ganhar um bom dinheiro nessa aventura de ser o primeiro dono de Sociedade Anônima do Futebol no Brasileiro.
Mas, a tendência é que o Cruzeiro melhore consideravelmente. Pedro Lourenço além de cruzeirense e morar em Belo Horizonte, não é um grande empresário à toa, e empregará seus métodos do varejo no futebol, porém com as pessoas certas nos lugares certos. Começando pelo retorno do Alexandre Matos ao comando do futebol. Matos conhece com quem estará lidando, sabe que Pedrinho delega, mas não dá carta branca.


Para mim, a grande decepção nessa história toda, nos últimos meses, foi Paulo Autuori, teoricamente um conhecedor de futebol, que participou de contratações e demissões equivocadas.

Foto: twitter.com/Cruzeiro
Hoje mesmo o clube comunicou a sua saída, dois dias depois da saída de outro
Incompetente, Pedro Martins, que não justificou a sua presença em Belo Horizonte como dirigente de futebol do Cruzeiro: @Cruzeiro ”Paulo Autuori comunicou ao clube a decisão de deixar o cargo de diretor técnico do Cruzeiro. Agradecemos todo o profissionalismo e entrega ao Cruzeiro, que foram fundamentais para a instituição desde o momento de sua chegada. Desejamos sucesso na sequencia de sua trajetória no futebol.”