Blog do Chico Maia

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Missão número de Cuca é arrumar a defesa do Atlético para suportar a corrida com os concorrentes pela Libertadores

Cuca em foto do Ramon Lisboa/EM/D.A Press

Na fase de grupos, a expectativa de toda Libertadores da América é que um time brasileiro esteja na final contra um argentino. Nem sempre dá isso, principalmente nos últimos anos, mas para as previsões iniciais, sim. De lá, o Boca Juniors, que já venceu duas, e o River, que empatou uma e ganhou outra, são, quase sempre, os candidatos principais. Nas duas primeiras rodadas, o Flamengo já mostrou que é, de novo, um forte candidato verde e amarelo. Pelo elenco que tem e pelo futebol que vem jogando. Duas vitórias. O Santos, atual vice-campeão, a grande decepção, com duas derrotas. O atual campeão, Palmeiras, também venceu as duas iniciais. O Internacional perdeu na estreia para o Always Ready na Bolívia e atropelou em casa o venezuelano Táchira, por 4 a 0. O São Paulo venceu o Sporting Cristal no Peru e hoje recebe o uruguaio Rentistas. O Fluminense empatou em casa com o River Plate e venceu, ontem, o Santa Fé, na Colômbia, o que nunca é fácil. O Atlético empatou na Venezuela com o La Guaira e venceu no Mineirão o América de Cali. Primeiro jogo ruim, e os primeiros 30 minutos do segundo tempo muito bons contra o time colombiano. Hulk entrou no intervalo e fez o que se espera dele: vontade e gols. Pena que o Zaracho tenha se machucado no início da etapa final e que o Tchê Tchê tenha dado a bola para o América marcar o gol dele, além de o Nacho ter se cansado. Não fosse isso o placar poderia ter sido maior. Em compensação a defesa do Galo é muito fraca. Enorme problema para o Cuca resolver. Sem uma defesa forte, sem chances de chegar à final. Em 2013 ele tinha Pierre e Leandro Donizete, dois monstros  da marcação e desarme à frente da zaga, de uma raça impressionante, que faziam o “feijão com arroz”, sem invenções. Réver era oito anos mais jovem, tinha agilidade e compensava um vacilo ou outro do Leonardo Silva, que era o craque do setor. Marcos Rocha até hoje é um dos melhores laterais direitos do nosso futebol e, por incrível que pareça, conseguia fazer da sua cobrança de lateral uma referência de ataque. Victor, nos momentos decisivos, realizava defesas, que para goleiros comuns, tipo Everson, são impossíveis. A rigor, aquele time não tinha um lateral esquerdo como o Arana, este sim, que dá conta do recado na atual defesa do Galo, ao lado do Jr. Alonso.


Primeiro tempo de mais do mesmo. No segundo, Hulk estreou com a camisa do Galo e justificou mais “minutagem”

Foto: twitter.com/Atletico

Quando resolveu tocar a bola, no segundo tempo, tudo mudou e nem parecia o futebol confuso e nada produtivo do primeiro. Mariano foi titular no lugar de Guga e não mudo nada para melhor no setor. No intervalo, Vargas, mais uma vez inoperante e figurante em campo, deu lugar a Hulk, que entrou com vontade. Uma pena que o Zaracho tenha se machucado logo aos 10 do segundo tempo. O time voltou do intervalo totalmente diferente e ele vinha fazendo diferença. Mas Nathan entrou no lugar e tocou para o Hulk, que sofreu pênalti do goleiro Graterol. Ele mesmo bateu, muito bem, e abriu o marcador.

A correria não parou e aos 17 Nathan entregou a Savarino, que de calcanhar deixou Hulk na cara do gol para que o Galo chegasse aos 2 a 0. Imediatamente o América fez três substituições que surtiram efeito. O Galo diminuiu o ritmo, os colombianos partiram para cima e aos 31, Tchê Tchê deu um presente ao Sanchez, perto da área, que acertou no canto direito do Everson. O time voltou a errar passes, nervosismo tomou conta e o América passou a sufocar e desperdiçar oportunidades. Aos 50, Nathan foi expulso, mas o time resistiu e garantiu a vitória, fundamental na luta pela classificação.

No primeiro tempo foi um Atlético nada criativo, que abusou dos passes de longa distância, errou muitos e parou no sistema defensivo do América, que por sua vez, pouco tentou atacar e não deu nenhum trabalho ao Everson. Até Nacho abusou dos passes longos, infrutíferos. Tchê Tchê, deu dois chutes de longe; uma bola deve ter ido na lagoa da Pampulha e outra passou bem perto do gol. Keno, um chute defendido pelo goleiro e Arana desviou de cabeça cobrança de falta do Savarino que raspou no poste.


Primeiro tempo de mais do mesmo do Atlético contra o América de Cali

O Atlético nada criativo, abusou dos passes de longa distância, errou muitos e parou no sistema defensivo do América de Cali, que por sua vez, pouco tentou atacar e não deu nenhum trabalho ao goleiro adversário. Até Nacho abusou dos passes longos, infrutíferos. Tchê-Tchê, deu dois chutes de longe; uma bola deve ter ido na lagoa da Pampulha e outra passou bem perto do gol. Keno, um chute defendido pelo goleiro e Arana desviou de cabeça cobrança de falta do Savarino que raspou no poste.


Para não entrar em desespero na Libertadores, Galo hoje é, ganhar ou ganhar

Foto: atletico.com.br/agencia

Será o jogo mais importante do ano até agora. O empate na estreia na Venezuela, contra o adversário mais fraco do grupo, obriga o Atlético a vencer o América, concorrente a uma das duas vagas e que perdeu em Cali para o Cerro na primeira rodada.

Uma vitória, ainda que seja de “meio a zero”, alivia a pressão sobre Cuca e todo o grupo, além de melhorar o astral geral. A partir das  19h15, que os jogadores precisam dar uma sangue a mais. Muito mais do que têm dado no Campeonato Mineiro e na própria Libertadores.

Das especulações quanto à escalação para esta partida, torço pra que Cuca opte por Réver ao invés de Igor Rabello. Apesar da condição física inferior, o veterano capitão é mais confiável que o Igor. Tomara que comece com o Zaracho e deixe no Vargas fora. No lugar dele, qualquer outro que esteja à disposição.

A maioria de quem cobre o Galo diz que o provável time será este: Everson; Guga, Réver (Igor Rabello), Junior Alonso e Arana; Allan, Tchê Tchê, Matías Zaracho (Savarino ou Hulk) e Nacho Fernández; Keno e Vargas.

Para assistir ao jogo, só na Conmebol TV.


E lá se foi o Vander Luiz, meia do Galo nos anos 1980

Da esquerda para a direita: professor Marcos Viana, Pereira, Batista, Éder Lopes, Luiz Cláudio, João Pedro e Paulo Roberto Prestes; Sérgio Araújo, Vander Luís, Marquinhos, Zenon e Renato Morungaba.

Péssima notícia do início da noite deste domingo, divulgada pelo Jornal Impacto, da cidade de Divino, terra natal do Vandinho, que residia em Juiz de Fora. Um acidente de carro tirou a vida dessa grande figura, aos 58 anos de idade.

Segundo o Portal Miradouro, “… acidente deixou duas pessoas mortas na noite deste domingo (25/04) na BR-267, sentido à BR 040 no bairro Nova Era, em Juiz de Fora. Conforme o Corpo de Bombeiros, a ocorrência foi registrada por volta das 19h15. Uma das vítima foi identificada sendo Vander Luiz Alves Givisiez, ex-jogador do Atlético Mineiro e Fluminense dentre outros.. Ele estava em um Fiat Marea com placa de Divino, a outra vítima fatal de 40 anos estava em um veículo Chevrolet Prisma com placa de Lima Duarte. Uma outra vítima de 35 anos foi encaminhada para o HPS…”

https://www.facebook.com/jornaloimpacto/

O Globoesporte da Globo Juiz de Fora fez uma reportagem com ele no dia 25 de junho de 2016 e a coluna “Que fim levou…”, do blog do Milton Neves, também destacou a carreira dele. Os links são estes:

https://globoplay.globo.com/v/5120441/

Vander Luiz nos tempos de Galo e em foto mais recente

https://terceirotempo.uol.com.br/que-fim-levou/vander-luiz-4313


América x Cruzeiro; Atlético x Tombense. Na prática, Campeonato Mineiro começa pra valer só agora

Imagem: agendabetim.com.br

América e Cruzeiro deverão fazer duas grandes partidas para ver quem decidirá o título contra o Galo ou Tombense. Chegou a hora de vermos se o time do Lisca está em nível de Série A de verdade ou se os americanos terão que rezar para não ver o time de volta à B. O mesmo, em relação ao trabalho do Felipe Conceição. O time está realmente evoluindo? Ou vai matar os cruzeirenses de raiva novamente, correndo risco de não subir, e pior, brigar para não ir parar na C. O Tombense é franco atirador, já conseguiu atingir o objetivo, semifinalista pelo segundo ano consecutivo. Daqui em diante o que vier é lucro, por isso o Galo, que ainda não convenceu a ninguém, que se cuide.

Bons jogos à vista.


E lá se foi o Murilo França de Lima, um dos melhores prefeitos da história de Inhaúma

Que pena essa notícia que acabei de ler no SETE DIAS.com.br. Murilo era uma grande figura, de quem eu gostava muito. Atleticano, frequentador assíduo do Mineirão e Independência, foi prefeito por quatro vezes de Inhaúma, uma das mais agradáveis cidades da região de Sete Lagoas. Atualmente era vice, do Juninho, pelo segundo mandato consecutivo.

Meus sentimentos à família e aos milhares de amigos do querido Murilo.

* “Vice-prefeito de Inhaúma, Murilo França, morre de Covid”

O município de Inhaúma está de luto. Morreu neste domingo (25), vítima do novo coronavírus, o vice-prefeito Murilo França, de 68 anos. Ele estava internado no Hospital Municipal há mais de 15 dias e veio a óbito hoje após não mais resistir às complicações da doença.

Na última eleição, juntamente com o atual prefeito Geraldo Custodio da Silva Jr. (Juninho), Murilo cumpria seu segundo mandato como vice-prefeito. Com longa trajetória política, foi também prefeito de Inhaúma por quatro mandatos. O político deixa esposa e duas filhas.

A Prefeitura divulgou nota de pesar:

“LUTO

É com pesar e imensa dor no coração que anunciamos o falecimento do grande amigo, inhaumense de cabeça, alma e coração, Murilo França de Lima, vice-prefeito municipal, ocorrido no dia de hoje.

Respeitado e querido por Inhaúma, foi um grande político e exímio pai de família, sempre esteve à frente dos interesses da população buscando, acima de tudo, tratar a todos com amizade, alegria, carinho e respeito.

“Fica sempre
Um pouco de perfume
Nas mãos que oferecem rosas…
Nas mãos que sabem ser generosas”.

http://setedias.com.br/noticia/manchete/53/viceprefeito-de-inhauma-murilo-franca-morre-de-covid/25376


Atlético precisa que Cuca e Hulk se entendam. Bate-boca público entre treinador e jogador é muito ruim para o ambiente do grupo

Montagem do br.bolavip.com com fotos de Pedro Souza/Atlético

Depois da vitória de 1 a 0 sobre o Athletic o atacante voltou a pressionar  publicamente para ganhar a condição de titular e intocável, no grito. Na coletiva pós-jogo, perguntado sobre a entrevista do Hulk, o treinador respondeu, na lata: “Você dá sequência quando o jogador te dá respaldo”.

O técnico está certo, mas erra ao falar isso publicamente, repetindo o erro do jogador de falar, de novo isso, em entrevista. Já passou da hora da diretoria entrar de sola nessa pendenga. Sem um bom ambiente, não tem jeito.

Desde ontem as redes sociais mostram mensagens e comentários como este, do Guilherme Frossard, do Globoesporte.com . . .

. . . e o comentário do torcedor Lucas Tanaka . . .

. . . com toda a razão!


Sete anos seguidos de balanço positivo, superávit de RS 134 milhões. A realidade do Athletico/PR, do Galo, Cruzeiro e América

Duas notícias que li nesta tarde de sexta-feira que me fizeram lembrar da atual situação dos três maiores clubes de Minas: “Tiago Nunes recebe quase 70% de aprovação entre gremistas, aponta enquete – Votação no ge iniciou na quarta-feira, quando treinador foi anunciado, e perdurou até a tarde desta sexta”

“Athletico registra superávit pelo sétimo ano seguido, fecha com R$ 134 milhões e bate recorde – Embalado pela venda de jogadores, Athletico supera as perdas causadas pela pandemia e registra um superávit de R$ 134,4 milhões no balanço financeiro de 2020”

***

Revelado pelo Athletico-PR, Tiago Nunes fracassou em sua primeira experiência em um clube maior. Não deu conta de preencher as expectativas do Corinthians e durou pouco lá. Vai substituir Renato Gaúcho e chega com aprovação gigante dos gremistas. A situação é simples: o time vencendo, fica tudo ótimo, “céu de brigadeiro”; em caso contrário, será cobrado igual o Cuca está sendo cobrado no Galo atualmente. Caso o time não reaja, o prestígio despenca e a dispensa será inevitável. Por que o futebol é assim, a vida é assim, profissional de qualquer área é cobrado, precisa dar retorno e fim de papo. A fila anda, a vida segue.

Lisca tem prestígio enorme com a torcida americana. Quase unanimidade. Mas se não arrancar bem no retorno do time à Série A, essa “lua de mel” acaba rápido.

Felipe Conceição estava na corda bamba no Cruzeiro, mas venceu o clássico contra o Atlético e quase foi alçado à condição de herói. Se não conseguir resultados satisfatórios na largada da Série B, será demitido igual ao Enderson Moreira, que começou muito bem no mesmo cargo na disputa da B do ano passado.

Sobre o balanço do Athletico, que é chamado de “paraguaiense” pela massa do Galo. Sete anos de balanços positivos, R$ 134 milhões de superávit, “embalado pela venda de jogadores”.

Ora, ora… usa a fórmula que Atlético, Cruzeiro e América usavam até meados dos anos 1980, de revelar e vender jogadores. O América ainda usa a fórmula e está se dando muito bem.

O Galo foi o último a fazer um grande negócio envolvendo jogador da sua base: Bernard, vendido por R$ 77 milhões ao Shakhtar Donetsk. Dinheiro que banca a regularização da dívida do clube com a Receita Federal até 2022 e garante a permanência alvinegra no Profut.

Atualmente investe em Hulck e Vargas e outros menos cotados. Tem alguém pra vender? Não, né?

O Cruzeiro fez bons negócios, vendendo jogadores da base e outros que buscou com “olhar clínico” no país e no exterior, em idade de mercado, especialmente até o mandato do Alvimar Perrella. Depois meteu os pés pelas mãos e está do jeito que está.

O América, com sucessivas administrações sérias e competentes, no futebol e no administrativo/financeiro tem tudo para deslanchar e se tornar um Athletico paranaense das alterosas. Buscou Marcus Salum de volta para ajudar na transformação em clube/empresa. Ele conhece de futebol e isso é fundamental para que um clube não gaste errado e jogue fortunas fora.


Nossa solidariedade ao Carlos Henrique, colaborador do blog

O Carlos Henrique é um dos mais antigos comentaristas/colaboradores do blog, a quem sou muito grato. Ainda não tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente, mas é como se conhecesse. Andou sumido, mas, por motivo mais do que justo. Ontem reapareceu, com uma notícia muito triste, e em nome de todos que nos leem e participam aqui, que ele receba o nosso abraço e votos de muita força. Confira o testemunho dele:

Infelizmente não estava vendo jogos do Atlético
minha mãe estava hospitalizada e faleceu.
como sou, o filho que mora mais perto
dei toda atenção; pegou covid
depois deu negativo, mas faleceu
com complicações de uma cirurgia no intestino.
meu irmão pegou covid.
semana que vem vacino.
2 meses sem ver futebol é duro!
e pela primeira vez na vida sem ver o Galo
há mais de um mês
mas tô voltando para comentar futebol
minha paixão. 3 coisas: Deus e minha família
depois o Clube Atlético Mineiro”

Carlos Henrique