Blog do Chico Maia

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Depois de quatro anos, Alencar da Silveira Jr. volta a presidir o América

Foto: Daniel Hott/América

* “. . . Jornalista, radialista, deputado estadual (PDT) e presidente do América. Polivalente, falastrão – no bom sentido do termo – e personagem marcante no futebol mineiro, Alencar da Silveira Júnior se prepara para deixar a cadeira mais importante do clube de coração e se diz orgulhoso do legado de sua gestão. . .”

No dia 18 de novembro de 2017 o Henrique André, do Hoje em Dia, iniciava com estas palavras a ótima entrevista que fez com o então presidente Alencar da Silveira Jr. em seus últimos dias como presidente do Coelho. “Após o título do Campeonato Mineiro de 2016, encerrando um jejum de 14 anos, e dois acessos para a Primeira Divisão do Brasileiro…”, dizia a sequência do texto.

Pois, hoje, depois de reunião muito tranquila da cúpula americana, ficou definido que ele voltará a ser presidente, sucedendo a Marcus Salum, que não quis se reeleger, mas continuará na diretoria.

Com Alencar, estarão na diretoria executiva: Euler Araújo, que deverá ser o homem forte do futebol, Paulo Ramiz Lasmar, Ricardo Raso e Glauco Santos. O grupo de apoio encabeçado por Marcos Salum, Antônio Baltazar e Fabiano Jardim.

Sucesso à nova diretoria e que o América continue crescendo, voltando a ocupar seu lugar na prateleira de cima do futebol brasileiro.


A aposentadoria do Tino Marcos e a vacinação do Léo Batista, que continua trabalhando

Divulgação/Globo

Coisa boa ver o Léo Batista firme e forte, aos 88 anos, sendo vacinado e certamente nos garantindo a sua presença no ar por mais muitos anos. E que pena ver o Tino Marcos anunciando que vai se aposentar. Grande figura humana, um dos melhores profissionais da comunicação que tive o prazer de conhecer. Por outro lado, que bom vê-lo tomando essa atitude, de preferir se retirar da pauleira do dia a dia, depois de 35 anos de trabalho, para curtir a vida, ficar mais próximo da família e viver. Isso não é muito comum, principalmente no jornalismo de cobertura do esporte, em que a maioria só sai de cena quando morre ou é “aposentada” pelos leitores e telespectadores.

A vacinação do Leo Batista foi informada no blog do Ancelmo Gois: * “Léo Batista é vacinado contra a Covid-19 no Rio”

Uma das vozes mais marcantes do Esporte da TV Globo, Léo Batista, 88 anos, recebeu hoje a primeira dose da vacina contra a Covid-19. A equipe do “Globo esporte” acompanhou o momento, que será exibido em reportagem do programa de amanhã, dia 10. (mais…)


Contratação de Loco Abreu põe Athletic de São João Del Rey no mapa do futebol Sul-americano

Que bom ter o Campo das Vertentes de volta à prateleira de cima do futebol mineiro. E mais ainda, São João Del Rey, um dos símbolos maiores das nossas montanhas. Os dirigentes do Athletic foram muito felizes na ideia de trazer o Loco Abreu, um nome mundial, que em termos de marketing foi um gol de placa. Tecnicamente também vale a pena já que, mesmo aos 44 anos de idade, vai acrescentar ao time em suas pretensões no campeonato, a primeira delas, se manter na primeira divisão. Depois, quem sabe, brigar até por uma classificação para a fase decisiva.

Além de toda a mídia convencional do Brasil, Uruguai, Argentina e demais países do continente, o site da CONMEBOL.com ,de enorme audiência na Europa e demais continentes, deu destaque ao retorno do atacante aos gramados, para a disputa do Campeonato Mineiro: @CONMEBOL “Sebastián “El Loco” Abreu definitivamente #CreeEnGrande y vuelve a romper su récord, ahora con 44 años es fichado por su equipo #30, el Athletic Club de Minas Gerais”.

O Vitor Lima Gualberto, diretor da InterMedio Sports, de Juiz de Fora, deu as boas vindas ao uruguaio, pessoalmente e via twitter: Vitor Lima Gualberto @vitorlimag “Seja bem-vindo ao Esquadrão de Aço, @loco13com!


Exemplo para os grandes clubes, do que “não fazer”: Montenegro teve que comprar bolas para o Botafogo treinar

Rebaixado pela terceira vez à Série B, o Botafogo luta para sobreviver. No futebol ou em qualquer empresa, sem aumentar receitas e diminuir despesas não tem jeito. Acreditar apenas na força da marca, da tradição, da paixão, dos “mecenas” e essas coisas é um risco sério, raramente bem calculado. O Botafogo entrou nessa e dançou feio. Por exemplo, acreditou que os irmãos João e Walter Moreira Salles (Unibanco/Itaú, dentre outras coisas), botafoguenses apaixonados, iriam viabilizar o clube, como aventado em 2019. Naquele mesmo fim de ano, o blog FogãoNet, dava sinais de desilusão:

* “Com novos investimentos ou não, irmãos Moreira Salles já deram futuro ao Botafogo

A notícia do Blog do Lauro Jardim (“O Globo”) de que os irmãos Moreira Salles não vão mais investir no Botafogo não chega a ser uma completa novidade. Nem é motivo para preocupação. Desde que o projeto ganhou força, os apaixonados botafoguenses fizeram questão de dissociar sua imagem, disseram que não vão ser donos do clube e que o “compromisso tinha se encerrado” com a contratação de estudo com a Ernst & Young. Algo totalmente normal, dado que os irmãos têm como característica a discrição. Se vão investir novamente no futuro ou não, nos parece precipitado cravar. Ninguém tem bola de cristal ou certeza de como serão os próximos anos do Botafogo. Mas é pouco provável que eles, botafoguenses fervorosos e que sempre ajudaram nas horas ruins, se afastem totalmente.

De qualquer maneira, os investimentos dos Moreira Salles (cerca de R$ 50 milhões) já deram perspectiva de futuro ao Botafogo. Afinal, um Centro de Treinamento para futebol profissional e base dará frutos por muito tempo. E ao iniciarem o projeto da Botafogo S/A, com o estudo, apontaram o caminho do clube como empresa para os próximos anos e abriram a possibilidade da chegada de novos investidores. (https://www.fogaonet.com/blog-da-redacao/com-novos-investimentos-ou-nao-irmaos-moreira-salles-ja-deram-futuro-ao-botafogo/)

Em 28 de outubro de 2020, um dos botafoguenses que mais ajudaram o clube nas últimas décadas, Carlos Augusto Montenegro, deu entrevista bem realista a Emanuelle Ribeiro, do Globoesporte.com:

* “Em meio à turbulência no Botafogo, Montenegro afirma: “O clube está falido””

Clube vive dia movimentado após derrota para o Cuiabá. Dirigente conta: “Outro dia comprei 18 bolas de futebol para eles treinarem. Não tinha bola!”

O Botafogo vive dia turbulento depois de perder para o Cuiabá no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil na última terça-feira. Após declaração polêmica de Felipe Neto e demissão do técnico Bruno Lazaroni, o membro do comitê executivo de futebol Carlos Augusto Montenegro convocou a imprensa para uma entrevista coletiva, afirmou que “o clube está falido” e contou ter precisado comprar bolas para os jogadores treinarem.

– Eu já estava com vontade de sair, mas agora eu não posso, pois seria covarde. Poderia desmarcar essa entrevista, mas preferi fazer. Essa será uma entrevista histórica, pois será a última que pretendo fazer. A ideia do comitê preservou algumas pessoas no Botafogo, quem mais aparecemos somos eu e Rotenberg. Coloco a cara e acabo pagando por isso, mas não vou mudar com 66 anos. Está na hora de eu sair, pois está me fazendo mal – afirma Montenegro.

“As pessoas não entendem que o clube está falido, que não tem dinheiro para pagar água e luz, ficam pedindo Luxemburgo, Abel, contratações, mas não sabem que subimos alguns atletas na marra, a própria efetivação do Bruno foi por falta de dinheiro”

“Corre risco de levar W.O. Não tem receita, só conseguimos pagar salários. A vida não é só isso. Temos viagens, concentração, treino, água, luz, gás, bola. Outro dia comprei 18 bolas de futebol para eles treinarem. Não tinha bola! Por isso não estão jogando bem? Não! Porque eu comprei bola. Quem vai ajudar? Uma vaquinha? Felipe Neto? As pessoas que cobrem o Botafogo? Não sei quem vai fazer isso. Por isso precisamos de dinheiro novo” (mais…)


Fluminense, próximo adversário, fez o oposto do Atlético contra os adversários da prateleira de baixo

Foto: www.trivela.com.br

Pois é! Não tivesse vacilado tanto em função de tantas opções equivocadas do Sampaoli, o Atlético estaria com a mão na taça do Brasileiro 2020. Também gostei da contratação deste treinador argentino que fez sucesso no futebol chileno. Mas, a relação custo/benefício dele ficou muito abaixo do que se esperava. Todavia, não adianta chorar o leite derramado. Vida que segue. O negócio agora é não deixar escapar a vaga na fase de grupos da Libertadores, e para isso, basta vencer o Fluminense, quarta-feira, 21h30, no Maracanã. Tarefa nada fácil.

O Atlético investiu alto e deu ao treinador tudo o que ele queria. E mesmo com tantas mancadas, infantis para um profissional tão experiente, ele continua com apoio considerável de boa parte da torcida, e por incrível que pareça, até de comentaristas conceituados.

Os defensores do argentino costumam usar um argumento que me obriga a duvidar da inteligência deles: “estamos entre os quatro primeiros e vocês ficam pegando no pé do treinador…” Ora, ora, santa memória fraca nacional: com um plantel infinitamente inferior ao atual, sem tempo para treinar, salários atrasados e sem nenhum tratamento de Rei, Thiago Larghi (lembram dele?) liderou o Brasileiro de 2018, vencido pelo Palmeiras. Ficou em segundo lugar durante várias rodadas. Em determinado momento teve um saldo de 17 vitórias em 32 jogos, sete empate e oito derrotas. E olhem que o diretor de futebol era o Alexandre Gallo, hein!?

Nessa história de relação “custo/benefício”, do Jorge Sampaoli, comparem o que o Atlético investiu nele, na comissão técnica dele e nos jogadores que ele mandou contratar, com o próximo adversário, por exemplo, que está na cola por uma das quatro vagas diretas da Libertadores. O Fluminense, que vende almoço para comprar o jantar, nessa reportagem do jornal Extra, do Rio:

* “Fluminense: Aproveitamento de 76,9% contra times que lutam contra o rebaixamento é um dos trunfos no Brasileiro”

O Fluminense que oscilou no Brasileiro após Marcão assumir o comando deu uma reviravolta e entrou de vez na briga pela vaga direta na fase de grupos da Libertadores. Este salto foi possível graças a uma sequência de cinco jogos com quatro vitórias e um empate. O aproveitamento de 86,6% neste período resume bem aquele que é um dos principais trunfos da equipe e que ajuda a entender como ela tem se mantido tão competitiva: praticamente não desperdiçou pontos contra os membros da parte de baixo da tabela. Ao contrário do que fez em edições mais recentes e até do que têm feito alguns de seus principais concorrentes na atual.

Todos os últimos cinco jogos do Fluminense foram contra equipes que lutam contra o rebaixamento: Sport (17º), Coritiba (19º), Botafogo (20º), Goiás (18º) e Bahia (16º). Se incluirmos no recorte os confrontos contra Vasco (15º) e Fortaleza (14º), o desempenho segue positivo. Levando em consideração os dois turnos, foram 39 pontos disputados contra estas equipes. Os tricolores conquistaram 30, o que dá um aproveitamento de 76,9%. É mais da metade do total de 56 obtidos até agora. (mais…)


E lá se foi o Lula Pereira, aos 64 anos!

Foto: Pedro Silveira/O Tempo

Grande treinador, grande figura humana, marcou passagens importantes no futebol mineiro dirigindo o América. Informações do SuperFC: * “Morre Lula Pereira, técnico campeão mineiro de 2001 com o América”

Ex-treinador tinha problemas cardíacos e morreu, neste domingo (7), aos 64 anos em Fortaleza

Morreu neste domingo (7), em Fortaleza, o ex-jogador e ex-treinador Lula Pereira, campeão mineiro de 2001 como treinador do América.

Lula Pereira, de 64 anos, foi vítima de problemas cardíacos decorrentes de um acidente vascular cerebral (AVC), sofrido em 2019. Como jogador, atual por Sport, Santa Cruz e Ceará. Como técnico, trabalhou em dezenas de clubes, como Portuguesa, Flamengo, Bahia. Ele era natural de Olinda (PE).

O América prestou homenagem em suas redes sociais:

América FC @AmericaMG: “O América Futebol Clube lamenta muito o falecimento do ex-técnico Lula Pereira, que conquistou um Campeonato Mineiro pelo Clube. Desejamos força para todos os familiares e amigos.”

https://www.otempo.com.br/superfc/am%C3%A9rica/morre-lula-pereira-tecnico-campeao-mineiro-de-2001-com-o-america-1.2444569


Deu Tigres, fácil. Palmeiras parou na própria arrogância, e da imprensa

Fotos: twitter.com/TigresDeMexico7

Antes que eu começasse a escrever, o Luiz Ibirité comentou aqui no blog: “Interessante a Globo mostrar uma entrevista com o técnico do Bayer sobre o fato de eles conhecerem o time e sistema de jogo do Palmeiras, quando o time ia começar o jogo contra o Tigres; aí o Palmeiras não passou, e num é q não vão nem precisar saber nada mesmo do time; q aliás fez um péssimo jogo na final contra o Santos!
Muito mimimi pra este time q a imprensa tentou impor a goela abaixo”.

Assino junto e acrescento: ouvia uma rádio paulista antes da partida e o comentarista dizia que o Palmeiras tinha jogadores “muito” melhores que o adversário mexicano. Pensei: quantos jogos este moço viu o Tigres fazer? Qual parâmetro para comparar com este time feio paulista? É a velha e conhecida soberba verde e amarela, que começa nos microfones e páginas de jornais, se alastrando pela torcida, com reflexos nos vestiários. Dá no que deu! De novo.

Em 1974 perguntaram ao Zagalo se ele estava preocupado com o Carrossel holandês, de  Johan Cruyff e cia., adversário da seleção brasileiras na semifinal daquela Copa na Alemanha. O velho Lobo respondeu, na tora, que quem deveria se preocupar eram os holandeses, que não tinham tradição no futebol e que o Brasil tinha três Copas conquistadas. A bola rolou, a Holanda deu uma vareio de bola e o time do Zagalo foi disputar o terceiro lugar com a Polônia, e perdeu também.

Não vou nem lembrar demais de outros mundiais de clubes, com o Internacional dançando contra o Mazembe, do Congo, em 2010; e o Atlético contra o Raja Casablanca, em 2013, quando o técnico Cuca não se preocupou nem em mostrar vídeos de jogos do adversário do Galo aos jogadores, na certeza de que seria fácil.

Voltando a Tigres 1 x 0 Palmeiras, vitória justíssima mexicana. Imagino o técnico deles, o brasileiro, do Rio de Janeiro, Ricardo Ferretti, na preleção:

__ Conheço meus patrícios; vão entrar pensando na final contra o Bayern. Vamos partir pra cima deles e matar esta decisão no tempo regulamentar.

E foi isso. O Tigres foi melhor o tempo todo. A partir dos 25 do segundo tempo, quando o técnico Abel Ferreira mexeu no time todo, para o tudo ou nada, os mexicanos passaram a administrar o resultado e explorar os contra ataques.

Sobre o comentário do radialista de São Paulo antes do jogo, possivelmente o Palmeiras tem um jogador superior, numa única posição, ao Tigres, que é o goleiro Weverton, que evitou uma derrota por placar de 3 a 0.

Para arrematar, comentário feliz do consagrado jornalista argentino Jorge Barraza: @JorgeBarraza:

“Un campeón muy pobre como Palmeiras cede la final del Mundial de Clubes a Tigres de Monterrey, que lo venció 1-0. Por primera vez llega a esa instancia un equipo de Concacaf y está bien, es justo. El fútbol sudamericano sigue rodando escalones abajo.”

Primeira vez que o futebol mexicano chega à final do Mundial de clubes.


Comentaristas do blog 3: boas intenções, experiência e dinheiro não são sinônimos de uma boa administração em clubes de futebol

Foto: Pedro Souza/Atlético

Uma conversa entre um cruzeirense e um atleticano, via blog, muito interessante sobre a proposta de “Clube/Empresa” no Brasil e a situação do Cruzeiro. O cruzeirense Alisson Sol levantou a bola:

De novo: sem resolver os problemas “extra-campo”, voltar à Série A seria apenas um passeio. A solução é simples: decreta-se a falência da pessoa jurídica, e se coloca alguém judicialmente encarregado de administrar a massa falida? Por que não se faz isto? Porque há interesses estranhos que não querem ser investigados. Um administrador de massa falida certamente não se pagaria o “acordo do Cone”, ou de outros ex-jogadores e técnicos com contratos absurdos.

O que é estranho é que, numa massa falida, os impostos seriam os primeiros a serem recolhidos. Se governantes, a nível federal, estadual e municipal, não estão pressionando pelos impostos devidos, fica a pergunta: por que? Será que isto daria início a alguma “cascata” que não é do interesse de ninguém? 

Raws Miranda em resposta a Alisson Sol

Sabemos que com todo dinheiro que envolve hoje o futebol, para conseguir assumir o cargo maior de um clube, o presidente ser íntegro e torcedor, é probabilidade de um, em 100 em 100 anos.
O atual presidente, Sérgio, luta contra outros na política do clube para comandar um “Titanic?” Qual a lógica? Salvar como?
Interesses são a explicação.
Não recomeçar do Zero como ventilado por Mediolli, é outro ponto obscuro. Seria almejar ainda a possibilidade de faturar em cima do património?
“Eu só sei que nada sei”, porém mesmo sendo uma certeza, raciocinar eu consigo.

Alisson em resposta a Raws

Raws,

Obrigado pela interação. “Dizem” que havia um plano para se vender aquele estacionamento na frente da sede campestre a preço de banana. Mas não deu certo (link). O que “se conta” é que o terreno seria vendido barato pela “emergência” (evitar a perda dos famosos “6 pontos”) e em alguns anos a desativação definitiva do aeroporto elevaria o valor do terreno significativamente. Já vimos tais “filmes” de áreas que não podiam receber edificações altas e depois tudo mudou devido a interesses (vide Belvedere). Faltou “molhar alguma mão”…

Acho que o atual presidente do Cruzeiro está até com “boas intenções”. Mas não sabe o que fazer, e este filme nós também já vimos. Gente com muito mais boas intenções, experiência e dinheiro não conseguiu uma boa administração em clube de futebol (vide Ricardo Guimarães no Atlético-MG). É preciso saber o que fazer, e admitir quando se está perdido. Eu não sei fazer neurocirurgias. Mas também não me candidato a fazê-lo. Se o presidente do Cruzeiro candidatou-se e lutou para ser eleito, o mínimo a esperar era competência e transparência, o que não está ocorrendo.

Alisson Sol


Comentaristas do blog 2: as escolhas do Sampaoli, Galo paraguaio e o sal grosso cruzeirense que não funcionou

Foto: www.estadiomineirao.com.br

Estes são da 24a rodada do Brasileiro da Série A e 27a da B, depois do empate do Atlético 2 a 2, no Mineirão com o Internacional e empate também do Cruzeiro, em Maceió, contra o CRB, quando a torcida achava que finalmente o time ia embalar:O ex-deputado Iran Barbosa @iranbarbosa:

“Rafael no gol é bom por dois motivos. Pega mais e inibe os zagueiros de ficarem recuando a bola toda hora.” 

Antonio Silva

“Sampaoli lamenta contusão de Jair, único volante do elenco. Uai cara pálida, quem mandou você dispensar Léo Sena, Blanco e Castilho???”

Raws Miranda

“Não joguei a toalha ainda, mas estou voltando a etapa que afirmei que poderíamos almejar uma vaga entre os quatro. O time até dava sinais que a briga era pelo título, mas falta algo. Não sei se reforços pontuais ou espírito de campeão, mas falta algo. Infelizmente não continuarei defendendo Igor Rabelo. Um zagueiro novo e alto como ele não pode falhar daquela forma como no primeiro gol.
Alan é bom e promissor, mas não está bem. O que atenua um pouco a atuação de ontem foi o período dos jogadores em isolamento, mas isso só não justifica.”
 

Jeremias

De falha em falha o Galo distancia do líder. Gostoso mesmo é ver nosso 2º rival apelar pra SAL GROSSO na SEGUNDONA e soltar FOGUETE pela vitória no GRANDE Brasil de Pelotas! Kkk!”

Juca da Floresta

“El galo paraguaio, de Assunción del Paraguay? En la pelota jugamos mucho y perdiemos como siempre. 
O Sampaoli falou após o jogo ontem e colocou a culpa pelo empate na pandemia. 11 dias treinando sem jogo, time completo, salários astronómicos dele e de jogadores que ele pediu…então tá. O novo presidente do Atlético deve estar pensando como fazer para rescindir o contrato deste enganador. 2021 em Minas será assim: Cruzeiro novamente na série B; festa de 50 anos do monotítulo brasileiro; América de Madrid joga a série A em 2021 e volta para a B no fim de ano.”
 

Luiz Cláudio

“Ô timim esquisito! Quando não compra a arbitragem apela para a macumba. Pegou mal o mundo inteiro assistiu aquela cena ridícula do sal grosso. Mas é a contumácea de sempre vencer por fora das quatro linhas. Joga bola merda!”


Comentaristas do blog 1: satisfação americana com o desempenho do time e rejeição a uma aventada parceria com o Atlético

Foto: Rodrigo Fuscaldi/Globoesporte.com

Há mais de uma semana selecionei comentários de americanos, atleticanos e cruzeirenses aqui do blog, mas só hoje estou conseguindo publicar. Marcio Amorim é um dos americanos mais participativos que conheço e sempre afiado em suas observações. Falou sobre o time e rechaçou veementemente à sugestão do atleticano Raws Miranda, para que o Coelho feche parceria com o Atlético num intercâmbio de jogadores. Na sequência, uma discordância do Marcio de comentário meu, que chamei o empate do Coelho de “frustrante”, em pleno Independência, contra o Botafogo/SP que lutava contra o rebaixamento:

Marcio Amorim

Caros Chico e amigos!
A Série B chega ao fim com algumas observações necessárias:
1 – o América perdeu só um jogo no segundo turno. O Brasil inteiro viu que a derrota para o Cruzeiro foi imputada à equipe de arbitragem.
2 – o Coelhão é o time mais disciplinado até aqui. Só um vermelho e 22 amarelos:
3 – Foi o time mais prejudicado por arbitragem. Ainda assim, conseguiu o acesso com seis rodadas de antecedência…
4 – Teve um jogo marcado para as 11 horas de um dia que foi, com antecedência de uns 15 dias, amplamente anunciado que seria o dia mais quente da história de BH. Houve tempo suficiente para desmarcar. Os termômetros bateram em 41 graus. Até quando os interesses desta Globo se sobreporão aos interesses do esporte?
5 – As arbitragens livraram escandalosamente o Cruzeiro de estar preparando o seu novo elenco já adaptado à Série C. O que fizeram no jogo contra o América e, ontem, contra o Operário foi uma prova consistente da existência de bandalheira;
6 – A imprensa nacional, a séria, cansou de bajular o América, como nunca dantes, ao constatar a impressionante organização tática, técnica e física, comparando aos demais adversários;
7 – A desclassificação do América na Copa do Brasil se deu por um desses acidentes que o futebol nos reserva: fez um primeiro tempo equilibrado contra o Palmeiras e estava passeando em campo quando um gol fortuito pôs fim ao sonho da final:
8 – O América tinha, no seu conjunto, os atletas Messias, Zé Ricardo (monstro da bola), Flávio, Vitão, Gustavinho, Carlos Alberto, Sabino vindos das categorias de base, não fugindo aos seus princípios;
9 – teve o melhor técnico, disparado, na voz de todos os torcedores imparciais e de todos os órgãos sérios de imprensa;
10 – Com certeza, terá o prazer de ver o Ademir escolhido o melhor jogador da competição e lutará em desvantagem para manter a maioria deles no elenco.
11 – Ah, se o Mateusinhos não tivesse sido negociado…

Um abraço! 

***

Raws Miranda
Sabendo que é utopia, Galo e Coelho deveriam fazer uma parceria para próxima temporada. A realidade nua e crua é que o América mesmo bem administrado não tem como concorrer em contato contratações com a maioria dos grandes. Como essa turma de investidores do Galo está contratando jovens para investimento, muitos estão ficando no ostracismo. Ruim para o investimento e para o jogador que não joga e não aparece.
Um Dylam Borrero, um marquinhos e até o Savinho, sem falar da turma do time de transição seriam ótimos reforços e mesmo o Galo bancando percentual de salários vejo como vantagem.

***

Marcio Amorim

Caro Raws!
Felizmente, você já começa falando que é utopia. Não se trata só de utopia. Seria uma grande prova de incompetência da diretoria. O Atlético ia querer levar o Messias, o Zé Ricardo, o Ademir e oferecer um monte de borreros.
Um monte de ex-atleticanos estão levando severas surras no time do Corínthians. Obrigado de coração! Esqueça! 

Marcio Amorim

Caro Chico!
Na atual conjuntura, tenho de discordar (provavelmente pela primeira vez) da expressão “empate frustrante”. O que se deve destacar é um acesso com seis rodadas de antecedência o que faz dos últimos jogos meros amistosos. Torcida gosta de título, é certo, mas no nosso sistema de disputa, os quatro primeiros lugares têm a mesma importância de um título porque o alvo é o acesso.
Há que se comemorar também que o América só perdeu, no segundo turno, o jogo contra o Cruzeiro, que, como muitos clássicos domésticos, foi decidido vergonhosamente pelo juiz. Talvez, mais escandaloso do que este, só o jogo contra a Chape. A imprensa nacional se ruborizou com tamanha roubalheira nos dois casos. Não tivesse sido isto, o América estaria há dezesseis jogos invicto, o que seria um recorde espantoso e perto de ter jogado um turno inteiro sem perder. Desmerecer isto, fica para quem nunca conseguiu.