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Mais uma carruagem que vira abóbora. Fim do Esporte Interativo faz lembrar Rádio Capital

Saudoso Estádio José Duarte de Paiva, do Democrata de Sete Lagoas, onde hoje é um supermercado, quase no centro da cidade.

Quando li a notícia voltei no tempo e lembrei-me do telefonema que recebi do Gil Costa, convidando-me para trocar a Rádio Cultura de Sete Lagoas pela Rádio Capital, que estava sendo montada em Belo Horizonte. Aos 18 anos de idade eu era o “faz tudo” na emissora do Geraldo Padrão na minha terra. Adorava a roça, que aliás, gosto até hoje, e nem pensava em sair de lá. Andava de bicicleta, subia nos postes para instalar as linhas telefônicas de transmissão, montava as gambiarras dos transmissores, microfones e etecetera e tal. Os estádios Duarte de Paiva (Democrata), Santa Luzia (Bela Vista), Emilio Vasconcelos (Ideal), Santo Antônio (Textil) e campo do América no “Papa Vento” eram o meu mundo, felicidade total. Como o número 1 da “aldeia”, nunca tinha passado pela minha cabeça me aventurar em “Roma”. Morar em Belo Horizonte, nem pensar!!! Aquela selva de pedra me dava medo. No máximo, eu gostava do Mineirão e da lagoa da Pampulha, onde íamos regularmente transmitir os principais jogos do Atlético e do Cruzeiro.

Por educação, aceitei o convite para, pelo menos, conversar e agradecer pessoalmente ao convite do Gil, um mito do rádio na época. O programa dele na Itatiaia tinha uma audiência fantástica e ele tinha sido convidado pelo grupo paulista que estava montando a Rede Capital Capital de Comunicações para criar e comandar a rádio em Minas. Na época falava-se que era um projeto político do então governador de São Paulo, Paulo Maluf, que pensava nas eleições presidenciais, que viriam mais cedo ou mais tarde, no embalo das “Diretas Já”, com o prenúncio do fim da ditadura militar. Por intermédio de testas de ferro o hoje presidiário Maluf estava criando uma potência radiofônica nas principais capitais do país.

Em Minas, a Capital entrou detonando a concorrência, tirando os melhores profissionais das emissoras que detinham a liderança: Itatiaia, Guarani e Inconfidência foram desfalcadas dos seus melhores e mais famosos profissionais. E investia em desconhecidos, principiantes, de bom potencial do interior do estado ou rádios comunitárias, serviços de auto-falantes de bairros de Belo Horizonte. Eu neste time, junto com Garcia Júnior (Barbacena), Kleyton Borges, de Belo Horizonte e vários outros.

No escritório que dividia com o Luiz Carlos Alves, na AGC Propaganda, o Gil recebeu-me numa terça-feira pela manhã, na Avenida Olegário Maciel, a um quarteirão da sede do Atlético. Eu nunca soube quem indicou meu nome para ele, mas muito provavelmente foi o Luiz, um dos maiores nomes da reportagem do Brasil naqueles tempos, com trabalhos de grande repercussão na TV Itacolomi, Rádios Itatiaia, Inconfidência e Guarani.  O Gil falou do projeto Rádio Capital que chegava para “arrebentar” e dominar a audiência em todo o Brasil, começando pelas principais capitais: São Paulo, Rio, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e obviamente Beagá. Eloquente, o mato-grossense Gil, vindo do rádio da Bahia, impressionava pela força da fala e pela estatura física, com seus quase dois metros de altura, ex-lutador de boxe. Entregou-me uma “ficha” de emprego, onde eu deveria preencher meus dados pessoais e na ultima linha a “pretensão salarial”. Impressionado e assustado com tudo aquilo, na minha cabeça eu reforçava a ideia de que jamais deixaria a minha cidade e vi naquele item da pretensão salarial, a oportunidade de agradecer a proposta e dizer não. Ganhava quase dois salários na Rádio Cultura de Sete Lagoas (uns 160 cruzeiros) e resolvi chutar alto na “pretensão”, que certamente seria recusada. Escrevi lá: Cr$ 1.000,00. Para o meu espanto, o Gil leu tudo com atenção e na mesma hora disse que estava tudo certo e que eu me apresentasse no dia 15 de junho na Rua Dr. Camilo, 116, na Serra, onde funcionava a Rádio Del Rey FM e a Del Rey Ondas Médias, a atual 98,3FM, cujo dono continua o mesmo, o querido Marco Aurélio Jarjour Carneiro, sócio do grupo paulista naquela época.

Para mim foi como uma pancada na cabeça. Não imaginava que ele fosse aceitar a minha pedida e não estava preparado para mudar os rumos da minha vida. Dentro de um mês eu teria de me mudar para Belo Horizonte e deixar a minha felicidade no interior!

Mas era muita grana para a minha realidade e eu não resisti. Assinei a papelada, fui para a rodoviária, que continua ali no mesmo lugar, e iniciei o processo de mudança de vida, começando por uma demorada conversa com os meus pais e depois com o dono da Rádio Cultura.

Uma das minhas últimas transmissões pela Rádio Cultura, entrevistando Ronaldo Tenaz, artilheiro do Huracan, um dos melhores times de futsal do Brasil, em 1979.

Na Capital, parecia um sonho trabalhar com “ídolos” da minha infância: Vilibaldo Alves, Waldir Rodrigues, Aldair Pinto, Flávio Anselmo, Paulo Roberto Pinto, Afonso Alberto, Marco Antônio Bruck, Paulo Rodrigues e tanta gente mais.

Me puseram para cobrir o América. Ao invés da bicicleta, um fusca marrom, novinho, dirigido pelo Geraldo Tito Pereira (Tatú) me levava diariamente para o distante Vale Verde, em Contagem, onde o Coelho treinava. Um operador, instalava o equipamento, testava, me entregava o microfone e eu tinha apenas o trabalho de abri-lo e falar o noticiário, de três minutos. Nas transmissões dos jogos, a mesma coisa. Meu trabalho era só falar, bem diferente dos tempos de Rádio Cultura, onde era o “faz tudo”.

Antes do quinto dia útil do primeiro mês, recebi o “holerite” ou “contracheque”, e me assustei com o salário que estava escrito: 1.500 cruzeiros!

“Uai, tem um erro aí!”. Eu tinha acertado 1.000. Fui “reclamar” com o Gil Costa, dizendo que havia um engano ali. Ele se espantou com a minha abordagem e bem ao estilo grosseiro dele, respondeu:

__ Ô seu animal; tem engano nenhum não. O seu salário é esse mesmo!

Incrédulo, feliz demais conta, eu iniciava uma nova vida, agarrado à oportunidade, aprendendo com aqueles profissionais espetaculares e muito bem remunerado. Três meses depois fui escalado para cobrir o Galo, aumentando a minha felicidade. Eu estava no paraíso. Foram quatro anos de intensa alegria, até que as “Diretas Já” fossem barradas no Congresso. O projeto do Maluf esfriou em São Paulo, Gil Costa batia forte no recém eleito governador Tancredo Neves, que reagiu à moda dele, e o sonho começou a acabar. Os comentários do Gil eram demolidores contra o governador no “Jornal da Capital”, no editorial que ele mesmo redigia ou fazia de improviso. Atacava questões administrativas e entrava pelo campo pessoal, pesado realmente, com todo tipo de ofensa. De segunda a sexta-feira, às 8 da manhã, era chumbo grosso no lombo do “velho gagá e enrolador”, nas palavras do Gil.

Numa dessas manhãs, imediatamente ao fim do comentário do dia, o telefone tocou. O Gil estava sendo chamado a São Paulo, para conversar com a direção da rede. Em princípio pensamos que ele seria promovido a chefão geral da rede, já que a Capital Minas era a única da rede que se auto-sustentava, pois faturava muito e estava colada nos calcanhares da Itatiaia, a líder.

Gil atendeu à determinação de São Paulo de pegar o primeiro avião na Pampulha. O vôo partiu às 11 horas. Às 17 ele desembarcaria de volta, demitido.

A carruagem virava abóbora a partir dali. A audiência começou a despencar na mesma proporção do faturamento. Um interventor paulista que foi enviado para o lugar do Gil era até gente boa, mas completamente despreparado para a missão. Começou de cara cortando nos salários, que eram os mais altos da história do rádio mineiro. Cortou também o valor das diárias das viagens, pela metade. Quem não aceitava, saía ou era demitido. A debandada foi total, na base do o “último a sair que apague a luz”.

A Rádio Capital Minas, nos 570 Khz “na ponta do seu rádio” foi um sonho, nunca mais repetido na imprensa de Minas. Uma história muito interessante, assim como a do Gilberto Gil da Costa Ferreira, que infelizmente teve um triste fim, como profissional e pessoal.

No dia 5 de abril de 2014 escrevi sobre ele aqui no blog: https://blog.chicomaia.com.br/2014/04/05/gil-costa-o-que-nao-tinha-medo-de-ninguem-falava-o-que-queria-e-se-deu-mal/


É lamentável, mas é verdade: “Turner anuncia o fim do Esporte Interativo”

Do Uol:

* “Foram intensos os cuidados para não deixar vazar a informação antes da hora, mas na quarta-feira começaram a surgir os primeiros indícios que estava muito próximo o anúncio oficial da Turner, decretando o fim dos canais Esporte Interativo.

Uma ideia que não é nova. Já de algum tempo, verificando que não existiam meios de manter a operação em pé, a base da empresa nos Estados Unidos vinha recomendando o encerramento dessas atividades.

Gerard  Viller, presidente da Turner Internacional, alguém que manda em todas as Turners, menos Estados Unidos, desde que o EI foi adquirido, mais de uma vez disse para seus executivos mais próximos:

“nós não sabíamos o que estávamos comprando”.

Foram várias as tentativas para salvar o negócio e torná-lo rentável, mas nunca houve a possibilidade de se chegar perto disso.

A decisão que já estava tomada, antes do anúncio se tornar oficial, é que a Liga dos Campeões, em suas próximas edições, com direitos já adquiridos, será transmitida pelo TNT ou Space, canais do mesmo grupo.

O modelo americano já é assim, em se tratando dos grandes eventos esportivos.

Sobra a questão dos clubes que fecharam contrato com o Esporte Interativo para a transmissão do campeonato brasileiro, a partir do ano que vem.

Comunicado oficial:

A Turner, agora uma afiliada AT&T, anunciou hoje que migrará a sua principal programação de futebol para as marcas TNT e Space, criando os primeiros superstations para o Brasil. A Turner transmitirá a Série A do Campeonato Brasileiro, a partir de 2019 e pelos próximos seis anos; e continuará comprometida com a Liga dos Campeões da UEFA por mais três temporadas, a partir de agosto de 2018.

Os canais Esporte Interativo, bem como suas atividades de produção, serão desativados nos próximos 40 dias. A Turner se concentrará em reforçar ainda mais as marcas já estabelecidas TNT e Space. O superstation é um modelo de sucesso nos Estados Unidos e a Turner está confiante de que o mesmo acontecerá no Brasil.

“Ao integrar o melhor do Esporte Interativo com a TNT e o Space teremos os primeiros superstations para o público brasileiro, com o melhor de todos os gêneros, atendendo aos desejos dos nossos fãs, incluindo futebol ao vivo, séries originais, programas de variedades, blockbusters de Hollywood e eventos exclusivos ao vivo”, diz Antonio Barreto, gerente geral da Turner Brasil.

O foco nas plataformas digitais e o engajamento nas redes sociais do Esporte Interativo permanecem inalterados. “Pessoalmente, e em especial para os nossos fãs de esportes, é difícil ver o fim dos canais Esporte Interativo. Mas a decisão vai fortalecer nossas marcas e possibilitar uma melhor oferta de esportes em plataformas digitais e nossa relação direta com o consumidor de internet, impulsionado pelo engajamento do Esporte Interativo nesses meios. As audiências de esportes estão claramente migrando para essas plataformas e a Turner está comprometida em liderar esta transformação no nosso mercado, o mais importante para a empresa depois dos Estados Unidos”, reforça Barreto.

O Esporte Interativo, que será desativado em 40 dias incluindo na aberta, foi lançado em 5 de janeiro de 2014, com o nome de Esporte Interativo Nordeste. Em 2015, a operadora Turner se tornou proprietária do canal, que pertencia a Top Sports. Segundo informações do mercado, à época, a transação fora estimada em R$ 400 milhões, mas este valor envolvendo a compra da Liga dos Campeões. A empresa já havia feito um investimento de R$ 80 milhões no veículo.”

(mais…)


Cruzeiro desconcertou até o pessoal da transmissão pela TV

Thiago Neves estava devendo uma resposta em campo e ela veio nessa vitória sobre o Flamengo no Maracanã. Iniciou a jogada do primeiro gol e fez o segundo, quando o momento exigia uma ducha fria como essa no clube carioca que ainda contava com os gritos confiantes da sua torcida.

Mas todo o time jogou muito bem e é difícil apontar quem foi o melhor ou mais importante.

Interessante é que o gol do Arrascaesta, aos 9 minutos, bagunçou a cabeça dos jogadores do Flamengo e também do locutor, comentaristas e repórter da Globo que transmitiam a partida. Só perderam a esperança do empate após o segundo gol.

Uma vitória maiúscula, que põe o Cruzeiro com um pé na próxima fase da Libertadores.


E lá se foi o Waldir Rodrigues, “o mais internacional dos locutores”!

Meus prezados e prezadas do blog, com muita tristeza comunico a morte do locutor Waldir Rodrigues, um dos maiores do rádio esportivo de Minas e do Brasil, com quem tive o prazer e a honra de trabalhar nas rádios Capital e Inconfidência, de 1979 a 1986. Com quem aprendi demais da profissão e a quem sou eternamente grato. Agradeço ao Álisson Ribeiro, diretor da Rádio Extra FM de Rio Casca, que acaba de me passar a lamentável informação. Alias, o Álisson foi um anjo que surgiu na vida do Waldir nestes seus últimos anos de vida, já que o descobriu no asilo Padre Antônio Ribeiro Pinto, da cidade e o levou para trabalhar na emissora e apresentar um ótimo programa esportivo, de 11 às 12 horas, diariamente.

Importante frisar que o próprio Waldir optou por morar neste asilo, conceituadíssimo, nessa cidade de ótima gente que é Rio Casca.

Em dezembro de 2014 fui lá visitá-lo e escrevi um post especialmente sobre essa visita. Aqui está o link, do dia 21.

Eu, Waldir e o Álisson Ribeiro.

Vale a pena conhecer um pouco mais da história passada e recente do grande locutor, um dos maiores nomes do rádio brasileiro nos anos 1960/70/80.

Obrigado caro Waldir, e até um dia!

https://blog.chicomaia.com.br/2014/12/21/prazer-em-rever-o-locutor-waldir-rodrigues-na-acolhedora-rio-casca/


Hoje tem lançamento do livro sobre o craque de Governador Valadares que disse não a Atlético e Cruzeiro

Estou indo agora para o Redentor, na Savassi, para o lançamento do livro do amigo jornalista Marcelo Machado (à direita na foto abaixo), um dos bons textos do jornalismo brasileiro, com uma história muitíssimo interessante de um jogador que virou mito no Vale do Rio Doce. Não só por jogar demais, mas também por não ter aceito convites dos nossos maiores clubes para vir jogar na capital.

O jornal Hoje em Dia fez uma bela reportagem sobre o livro e sobre Chico Duro, que segundo quem viu jogar, era comparável a Pelé:

Jornalista lança livro sobre craque do interior que disse não a dupla Atlético e Cruzeiro”

Mamara no peito até os cinco anos. Seria este um dos segredos do assombroso talento? Era tão craque e goleador que tinha a alcunha de Pelé do Vale do Rio Doce. Integrou a Máquina Vermelha do Ilusão Esporte Clube, o mítico Clube Atlético Pastoril e o “Time do Olé” – do Democrata. Mas, disse não ao Cruzeiro, Atlético, Bahia e ao futebol italiano. Preferiu Yolanda.

Em cada canto do interior deste Brasil houve um craque “tipo Pelé” que não aconteceu por um acaso qualquer. Chico Duro foi um deles. O exagero, claro, faz parte da lenda – em que pese a fervorosa defesa de minguadas testemunhas.

Era melhor que Pelé”, exagera Vicente, um ex-parceiro de Ilusão e Democrata. “Jogava como o Ronaldo (Fenômeno)”, assegura Dorcelino, um humilde pintor de paredes que não perdia um jogo sequer do Time do Olé.

Chico Duro, o craque” traz a história de um homem comum do interior, nacionalmente anônimo, mas um personagem folclórico e popular em Governador Valadares (MG), cuja trajetória é marcada por personalidades como Getúlio Vargas, JK, Garrincha, Pelé, Dalva de Oliveira , Agnaldo Timóteo, Elis Regina, entre outras.

Centroavante talentoso, típico camisa 9. Magro, arisco e com um drible longo, era um exímio cabeceador e preciso na finalização. Impossível saber se era destro ou canhoto. O chute saía com potência e acuidade tanto com a direita quanto com a esquerda.

Chico Duro fez história nos clubes locais de Valadares, mas disse não ao futebol porque queria viver um grande amor.

Lançamento

O lançamento em Belo Horizonte será no dia 7 de agosto (terça-feira), no Redentor. As ações de pré-lançamento e lançamento foram em Governador Valadares, no dias 19, 20 e 22 de julho, e contaram com a presença do prefeito André Merlo e do cantor Agnaldo Timóteo. 

“É claro que se trata do universo mais lúdico e folclórico do futebol. Chico Duro foi um craque, sim, mas sobretudo um grande contador de histórias, uma espécie de Forrest Gump. Há muitos Chicos Duros pelo interior afora do Brasil”, conta Marcelo Machado.

Sobre o livro
Editora: Ramalhete, de Belo Horizonte
Páginas: 226
Preço: R$ 40

Sobre o autor
Natural de Governador Valadares e radicado em Belo Horizonte, Marcelo Machado é jornalista formado pela PUC de Campinas (SP), com especialização em Comunicação Empresarial pelo UNI-BH e Marketing Político pela UFMG. Trabalhou em veículos como LANCE!, Globoesporte.com, O Tempo, A TARDE (BA), DRD, Hoje em Dia, Alvorada FM e Rede Minas. É pai de Hannah, Arthur e Pedro.

http://hojeemdia.com.br/esportes/jornalista-lan%C3%A7a-livro-sobre-craque-do-interior-que-disse-n%C3%A3o-a-dupla-atl%C3%A9tico-e-cruzeiro-1.643812/chico-duro-1.643817


Vice-presidente do Cruzeiro e integrante do Conselho Gestor do América são candidatos a deputado nas próximas eleições

O cruzeirense Ronaldo Granata (esquerda) e o americano Anderson Racilan

Do blog Toque Di de Letra, muito bom, diga-se, do jornalista Vinícius Dias:

* “Dirigentes de Cruzeiro e América nas urnas”

Vinícius Dias

O segundo vice-presidente do Cruzeiro, Ronaldo Granata, e Anderson Racilan, membro do Conselho de Administração do América, concorrerão a uma vaga na Câmara dos Deputados neste ano. O dirigente celeste é pré-candidato a deputado federal pelo Podemos, enquanto o alviverde estará na disputa pelo PV. O pleito acontece no dia 07 de outubro.

Esta será a segunda participação de Racilan nas eleições. Em 2000, antes de ganhar destaque na política do América, o advogado foi candidato a vereador em Contagem. Já Granata disputará pela primeira vez. O empresário se filiou neste ano ao Podemos, presidido em Minas Gerais pelo prefeito de Betim e presidente do Sada Cruzeiro, Vittorio Medioli.

Em 2014, só americano foi eleito

A presença de dirigentes reedita o cenário de 2014. Naquele ano, o presidente do América, Alencar da Silveira Júnior, foi reeleito deputado estadual com 79.389 votos. Com 38.400 votos, Gilvan de Pinho Tavares, do Cruzeiro, não conseguiu uma vaga na Assembleia.

http://toqdiletra.blogspot.com/2018/08/dirigentes-de-cruzeiro-e-america-nas-urnas.html


A culpa dessa vez foi da chuva, da falta de iluminação e da falta de “fair-play” do adversário

Foto:  

Estivessem em campo o Gabriel e o Patrick, grande parte da imprensa e dos comentaristas do blog, colocaria a culpa neles pela derrota. Mesmo se eles estivessem longe do lance do gol do Edenilson. Uma bobeira infantil dos marcadores, que ficaram assistindo o Inter cobrar rápido a falta. Quando acordaram o carrasco já estava na cara do Victor. Culpar o goleiro seria outra sacanagem, mas já ouvi gente dizendo que ele teve culpa no gol. A cada jogo um tipo de falha que compromete o resultado. Falta a atenção total, que todo time vencedor tem que ter, do primeiro ao último minuto de jogo. O “sangue nos olhos”, que é incutido ou lembrado pelo chefe da comissão técnica, nos treinos e nos jogos. No vestiário e na beira do gramado, aos berros ou simplesmente com a presença, que imponha respeito.

Dessa vez o técnico Thiago Larghi reclamou da chuva de granizo, da falta de luz no Independência e até do “fair-play”. Segundo ele, o Atlético é adepto do “fair-play”, mas os adversários não são, e se aproveitam para marcar gols, como o Colorado marcou nesta noite. E levou os três pontos. Nessa santa inocência do promissor treinador atleticano, o time vai perdendo pontos e se distanciando dos líderes.

As rodadas do campeonato estão mostrando que o emergente treinador estaria melhor como auxiliar, aprendendo com alguém mais rodado, que aproveite melhor o grupo de jogadores que o Atlético tem, que não é ruim. Muito parecido com os que estão no topo da classificação. Gilbert Campos, da 98 FM, lembrou que o colombiano Chará, melhor jogador do elenco do Galo, joga muito mais pelo lado direito, mas está sendo escalado pelo lado esquerdo do campo, por onde rende muito menos. Mas o técnico é que precisa se atentar a detalhes como este, e outros, responsáveis pelos gols que o time precisa fazer e os gols “bobos” que tem tomado.


Vencer o Inter esta noite é fundamental para as pretensões do Galo na temporada

Arte: gauchazh.clicrbs.com.br/esportes

Para continuar pensando em título ou até em vaga na Libertadores o Atlético tem que vencer o Colorado, a partir das 20 horas, no Independência. Chegaria a 30 pontos, ultrapassando o próprio Inter e o Grêmio, ocupando a terceira posição.

Lendo as redes sociais da imprensa gaúcha, me lembrei da dobradinha que existia em Minas nos anos 1970/80 entre a Rádio Guarani e o jornal Estado de Minas. Que tinha ainda a TV Itacolomi, na cobertura esportiva. No Rio Grande do Sul essa força midiática continua com a Rádio Gaúcha, jornal Zero Hora e RBS TV. A cobertura prévia deles da partida dessa noite:

* “FIQUE LIGADO”

Atlético-MG x Inter: tudo o que você precisa saber para acompanhar a partida 

Jogo é válido pela 17ª rodada do Brasileirão

Inter e Atlético-MG se enfrentam no Estádio Independência nesta segunda-feira (6), pela 17ª rodada do Brasileirão. Confira detalhes:

Segunda-feira (6/8), às 20h, no Estádio Independência, em Belo Horizonte.

86 jogos
35 vitórias do Inter (113 gols)
28 vitórias do Atlético-MG (105 gols)
23 empates

ATLÉTICO-MG
Victor; Patric, Léo Silva, Maidana e Fábio Santos (Hulk); Zé Welison, Lucas Cândido, David Terans, Luan  e Chará; Ricardo Oliveira
Técnico: Thiago Larghi

INTER
Marcelo Lomba; Fabiano, Rodrigo Moledo e Iago; Rodrigo Dourado, Edenilson, Nico López, Patrick e William Pottker; Jonatan Alvez
Técnico: Odair Hellmann (mais…)


Atento ao Flamengo pela Libertadores, Cruzeiro consegue um ponto contra o Vitória

O portal da Rádio Itatiaia deu os detalhes deste 1 x 1 entre Vitória e Cruzeiro:

* “O Vitória abriu o placar com Neílton, após cobrança de pênalti. O árbitro marcou falta de Murilo em Neilton dentro da área. O atacante bateu no canto direito do gol de Rafael, que caiu no canto esquerdo, inaugurando o placar no Barradão.

O gol da equipe celeste foi marcado por Manoel, aos 30 minutos do segundo tempo. Arrascaeta, que tinha acabado de entrar, cobrou falta pela esquerda. Manoel subiu sozinho na grande área e mandou para o fundo do gol de Ronaldo.

Com o resultado, o Cruzeiro permanece na 8ª colocação, com 25 pontos. O Vitoria está em 14º, com 19 pontos.

O próximo compromisso da Cruzeiro será na quarta-feira (8), às 21h45, contra o Flamengo,  pelo jogo de ida das Oitavas de final da Taça Libertadores, no Rio de Janeiro. Já o Vitória visita o Grêmio no domingo (12), às 16h, na Arena do Grêmio, pelo Brasileirão. (mais…)


América mostra personalidade contra o Palmeiras, com pênalti defendido, bola na trave e bom humor na arquibancada

O twitter oficial do América definiu bem o jogo contra o Palmeiras: “Teve pênalti defendido, bola na trave e muita luta. O #Coelhão ficou no 0 a 0 com @palmeiras.”

Uma bela partida, principalmente no segundo tempo, apesar da falta de gols. Os times alternaram momentos de domínio absoluto das ações e ambos desperdiçaram oportunidades incríveis. João Ricardo defendeu o pênalti cobrado por Jean aos 26 do primeiro tempo; méritos dele, que fez outras grandes defesas, assim como o Weverton, goleiro do Palmeiras.

Foi a reestréia do Luiz Felipe Scolari no Palmeiras, contra o Adilson Batista, com quem tem uma história muito legal. O comandante americano foi seu zagueiro na conquista do título da Libertadores, com o Grêmio em 1995. E Adilson Batista iniciou a carreira de treinador em 2001, como estagiário do Felipão no Cruzeiro.

O América com Adilson é um time de personalidade e mostrou isso esta tarde contra um adversário que tem o elenco mais caro do país. Em três jogos, duas vitórias e um empate, apenas um gol sofrido. E o nível dos adversários fala mais alto: Inter ( 2 x 1), Santos na Vila Belmiro ( 0 x 1 ) e agora o Palmeiras.

Valeu também o bom humor que veio da torcida do Coelho, com esta faixa na arquibancada: “Joguem como bebemos”.

Registrada pelo Bruno Azevedo@brunoitatiaia, que retwittou o Luis Rezende‏ @luisrez