Blog do Chico Maia

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É cedo para uma empolgação exagerada, mas o Atlético vem numa sequência de quatro ótimos jogos, convincentes.

Certamente ainda é cedo para uma empolgação exagerada, mas o Atlético vem numa sequência de quatro ótimos jogos, convincentes. Os dois clássicos contra o Cruzeiro, contra o Flamengo e esta noite nos 4 a 1 sobre o Godoy Cruz, que não é nenhuma baba. Em cada jogo, um, dois, três e até mais jogadores desequilibrando, além do futebol coletivo bem visível. Toques rápidos, a maioria de primeira e a busca permanente do gol.

Sempre com o semblante feliz, cara de criança, Cazares foi o nome de hoje. Fez dois gols, deu passes impressionantes e arrancou justos aplausos.

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Virou xodó da torcida também nas redes sociais, com gozações sadias e a esperança de que se cuide mais fora das quatro linhas e continue crescendo em campo, ajudando cada vez mais ao Galo.

CAZARESMÉ

O público foi ótimo para os padrões “Independência”, 17.009, e a renda satisfatória: 1.092.323,00.

E dois atleticanos brigando pela artilharia nesta fase: com 7 gols, Chumacero (Strongest), lidera, seguido por Fred 6; Zampedri (Tucumán), Alonso (Strongest) e Cazares, com cinco.


O Brasil é um só, onde pegar um ladrão a dificuldade é sempre a mesma, em qualquer setor

No escândalo que abalou a estrutura da corrupção no futebol, apenas cinco dos que estão detidos se recusam a admitir culpa, entre eles José Maria Marin, o ex-presidente da CBF

Seja no mundo político, empresarial, administrativo, de batedores de carteira à turma do colarinho branco. A defesa dos bandidos é sempre muito bem equipada e preparada. Vejam essa nota no Estadão:

* “Dois anos depois, Brasil ainda não colabora com FBI na investigação sobre cartolas”

País está impedido pela Justiça de trocar com os Estados Unidos informações sobre Marin, Teixeira e Del Nero

Jamil Chade, correspondente em Genebra, O Estado de S.Paulo

Dois anos depois da deflagração da maior operação contra a corrupção no futebol e que colocou a CBF no centro de um escândalo, o Brasil ainda não pode cooperar com a Justiça dos EUA na troca de dados sobre os suspeitos. O Estado apurou que um recurso foi apresentado impedindo que o Ministério Público Federal repasse aos americanos informações solicitadas sobre dirigentes como José Maria Marin, Marco Polo del Nero e Ricardo Teixeira.

No próximo dia 27, o caso que abalou o futebol mundial completa dois anos. Dos mais de 40 dirigentes e empresários indiciados pelo desvio de mais de US$ 200 milhões, apenas cinco dos que estão detidos se recusam a admitir culpa, entre eles José Maria Marin, o ex-presidente da CBF.

http://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,dois-anos-depois-brasil-ainda-nao-colabora-com-fbi-na-investigacao-sobre-cartolas,70001784266


Revista Época diz que a situação financeira do Cruzeiro é delicada

Atlético e Cruzeiro têm eleições daqui alguns meses, mas o cheiro da campanha eleitoral de cada um já se faz sentir, na mídia. Em ano eleitoral em todo grande clube, notícias negativas, principalmente sobre finanças internas surgem com uma força proporcional ao tamanho da disputa. Muitas vezes, informações que só gente lá de dentro detém, e que são “vazadas” pontualmente. Opositores sempre têm gente estrategicamente espalhada. Até outro dia, a dívida do Atlético com o Grêmio (aquisição do Victor) ocupou manchetes desproporcionais ao tanto que a notícia merecia.

Hoje foi a vez da vida interna do Cruzeiro ser esmiuçada, pelo site da revista Época. Vejo exagero tanto no caso do Galo quanto da Raposa:

“As finanças do Cruzeiro: o inchaço do bicampeonato cobra ao clube seu preço”

Gilvan de Pinho Tavares inflou a folha salarial a um ponto insustentável para ser campeão nacional em 2013 e 2014. O presidente, agora, sofre para controlar custos e dívidas

Rodrigo Capelo

Para os próximos sete anos, estou satisfeito com os milhões que ganhei lá”, dizia, sorrindo, o técnico Mano Menezes em sua primeira entrevista coletiva no retorno ao Cruzeiro após meia temporada na China. Naquela ocasião, em julho do ano passado, o treinador descartava também exigir novos atletas em sua segunda passagem pela equipe. Era o que Gilvan de Pinho Tavares, o presidente celeste, precisava ouvir. Em regime de contenção de gastos por todo o seu segundo mandato, o cartola tem lidado com as consequências das escolhas que fez nos primeiros e vitoriosos três anos à frente do clube. Apesar de ter sido um ano de bonança no futebol brasileiro, as finanças cruzeirenses se degradaram gravemente em 2016. (mais…)


Tão importante quanto a vitória sobre o São Paulo foi a atuação segura do zagueiro Dedé

Dedé fez sua melhor partida depois de tantos problemas físicos que teve nos últimos tempos. O mesmo futebol que o consagrou como um dos melhores da posição no futebol brasileiro.

Jogo tenso entre dois times que precisavam muito da vitória para aliviar a pressão e ter sossego para trabalhar. O Cruzeiro foi mais determinado, jogou com toda a vontade, principalmente depois da conversa com o treinador no intervalo. Mano Menezes deve ter dado uma bronca, exigindo mais empenho e isso foi visto no segundo tempo. Ábila continua se mostrando um jogador imprescindível e marca gols na base da raça e oportunismo como este da vitória de hoje.

Vitória emblemática, como definiu um dos cruzeirenses mais ferrenhos que conheço, o João Duarte, que escreveu: “Gente, vitória sensacional… 1 x 0 maiúsculo.  Olhem o nosso histórico contra o São Paulo,  especialmente no Mineirão pelo Brasileiro… Feliz demais.  Cansado de ver o time massacrar o São Paulo e perder”.

Pelas palavras depois do jogo, o treinador cruzeirense concorda com ele, quando diz que “o mais importante era a vitória. Independentemente de uma atuação melhor ou pior…”.

Já Rogério Ceni, o treinador sãopaulino continua viajando na maionese. Disse que o gol foi “medonho’ e que o São Paulo não faz temporada ruim.


Galo e Flamengo fizeram um ótimo jogo, digno dos grandes embates entre eles nos anos 1980

ELIAS

Elias e Fred foram tratados com muita simpatia pelos flamenguistas no Maracanã

Foram dois tempos completamente distintos. O primeiro, razoável. Os times se estudando, concentrando muitos jogadores no meio de campo, e por incrível que pareça, nenhum chute a gol de ninguém, apesar do Flamengo ter feito 1 a 0. Diria Nelson Rodrigues que foi obra do “Sobrenatural de Almeida”. O flamenguista Mateus cruzou para o Guerrero, mas a bola foi direto pro gol, enganando ao Victor, que aguardava o cabeceio do atacante. Como ninguém encostou na bola, o goleiro foi nela quando já não dava mais tempo de alcançá-la. O Flamengo desperdiçou duas oportunidades bem claras.

No intervalo, Roger Machado tirou Otero e pôs Cazares, que mudou a cara do Galo e do jogo, que ficou ótimo. Ele mesmo fez ótimas jogadas, chutou duas bolas que só não entraram porque os zagueiros tiraram de forma espetacular. O empate não demorou a sair, depois de troca de passes entre Cazares, Fred e Elias, que concluiu com perfeição. A partida ficou melhor ainda. Os dois times buscando o gol, jogando abertos, como há tempos não se via no futebol brasileiro. Digno dos grandes jogos entre Galo e Flamengo nos anos 1980.

aRobinho e Fred se cansaram e Roger os substituiu por Rafael Moura e Maicosuel, mantendo a busca pelo gol, aos 35 do segundo tempo. O técnico Zé Ricardo, do Flamengo, mandou pro jogo o Vinícius Jr., 16 anos, que dizem estar nas pretensões do Real Madri. A torcida rubro negra, que encheu o Maracanã, vibrou e passou a gritar mais.

Exibição animadora do Atlético, das opções adotadas pelo Roger à atuação de todos os jogadores, inclusive do zagueiro Felipe Santana, que fez a sua melhor partida com a camisa alvinegra.

Se o campeonato tiver muitos jogos como este, será o melhor dos últimos anos. Dois treinadores jovens, resgatando o futebol ofensivo e bonito que o Brasil abandonou há muitos anos.


Na Série B, América começa com empate fora de casa na estréia

Menos mal, que tenha sido em Pernambuco, contra um dos apontados como candidato a uma das vagas da Série A de 2018, mas o jogo foi muito ruim. O Coelho está montando um time com a “cara” da segunda divisão nacional, cheio de veteranos, que já rodaram meio planeta. O clube que até há pouco tempo era a maior fábrica de grandes jogadores do futebol mineiro, se distancia cada vez mais deste caminho, que é a única solução para futuro promissor de clubes brasileiros que pretendem ser competitivos algum dia.


As previsões quanto aos times e revelações do Brasileirão 2017, especialmente sobre Atlético e Cruzeiro

Na manhã desta sexta-feira, Hérverton Guimarães (cuja  foto ilustra  este post), previu na Band News FM, que Atlético, Cruzeiro, Flamengo, Palmeiras e Santos são os maiores candidatos ao título do Brasileirão 2017 que começa neste fim de semana não nessa ordem. Pelo tom da fala, demonstrou uma expectativa maior em torno do Flamengo, como o principal candidato.

Semana passada ele entrevistou o vidente Carlinhos, no programa da Band TV, Cidade Alerta, em que este cidadão paranaense previu que o Galo seria campeão mineiro e que três safados atolados na Operação Lava-Jato vão morrer este ano. Não ponho fé nestas figuras, mas este Carlinhos previu ano passado que um avião cairia com uma delegação de futebol.

Pena que o Héverton não tenha perguntado a ele quem será o campeão brasileiro!

Sei não! Esta disputa é complicada demais e sempre apresenta surpresas, positivas e negativas. O Bom Dia Brasil, da Globo, mostrou jovens jogadores que a emissora aposta como destaques desta temporada nacional: Vinícius Jr., do Flamengo, 16 anos; Wendel do Fluminense, Douglas do Vasco e Maycon do Corinthians, que se destacaram nos estaduais. Nenhum de Minas, no que sou obrigado a concordar, porque não tivemos nenhuma “promessa” se destacando.

Quando à previsão do Hérverton, concordo que o Galo e a Raposa poderão brigar na cabeça. Ano passado os dois não ganharam nada, nem o campeonato mineiro. O Galo era apontado como um dos favoritos e patinou o tempo todo, com um elenco caro e treinadores que não mostraram serviço que justificasse os altos salários que ganharam. O Cruzeiro lutou contra o rebaixamento. Salvo pelo Mano Menezes, que montou um bom time pra este ano, mas que entrou em turbulência pela perda do estadual, que só serve pra isso: gerar crise no que perde o título, na única disputa que justifica a competição, que é o clássico contra o Atlético.

A competência do Mano é indiscutível. Um dos melhores treinadores do país. Peca pela língua solta, de transferir responsabilidades dos resultados negativos. Põe culpa na imprensa, na arbitragem, na federação, na CBF, na torcida e depois da eliminação da Sul-americana, cometeu o pecado dos pecados, que é culpar erros individuais de jogadores. Essa turma não é fácil. Nestes casos, mais unida e corporativista do que qualquer outra categoria profissional do Brasil. Emerson Leão durou pouco no Cruzeiro por causa disso.

Uso uma expressão do grande radialista José Luiz Gontijo para definir o Galo de Roger Machado: “sob observação”. A reta final do campeonato mineiro foi muito boa, o time mostrou bom futebol e convenceu. Mas, estadual é estadual, e a briga com o Cruzeiro é muito específica. Vamos ver a partir de amanhã, contra o maior rival nacional, na casa dele. No campeonato por pontos corridos, toda partida é decisiva. A briga pelo título começa na primeira rodada. O mesmo se aplica quanto ao Cruzeiro contra o São Paulo. Depois das pauladas consecutivas Mano também está “sob observação”.


Cruzeiro e Mano estão sentindo que em momentos como este é que ganhar ou perder o Campeonato Mineiro faz diferença

Se tivesse sido campeão o Cruzeiro não enfrentaria tanta turbulência como está vivendo depois dessa eliminação da Copa Sul-americana. Perdeu para o São Paulo, mas se classificou para a sequência da Copa do Brasil. Não tivesse perdido o título domingo, uma boa desculpa depois da derrota para o Nacional esta noite aplacaria a ira da torcida.

Nem os colegas cruzeirenses da imprensa deram trégua para o Mano Menezes em Assunção. Depois da eliminação, a escalação foi contestada, as substituições cobradas e até os batedores de pênaltis escolhidos pelo treinador foram questionados.

Mano deu uma acalmada depois das enxurrada de críticas que recebeu em função de suas reclamações contra tudo e contra todos, após o primeiro jogo contra o Atlético. Esboçou apelar quando recebeu as primeiras perguntas mais apimentadas na entrevista coletiva no vestiário, mas se conteve. Deve ter se inspirado naquela surrada, mas sempre válida frase: “apelou, perdeu!”.

Domingo tem o São Paulo na estreia do Brasileiro e todo cuidado será pouco.


Chegadas e saídas no elenco e as expectativas do Cruzeiro na Sul-Americana e no Brasileiro esta semana

Thiago Neves e Rafael Sóbis não renderam o que se esperava deles nos jogos decisivos contra o Galo

Vamos ver como será o comportamento do Cruzeiro no Paraguai pela Copa Sul-Americana e na estreia do Brasileiro, domingo, no Mineirão contra o São Paulo. O time parecia bem arrumado, até os dois jogos decisivos contra o Atlético, quando mostrou que o poder ofensivo não era tão bom quanto parecia. No momento em que se esperava muito de jogadores como Thiago Neves e Rafael Sóbis, ele não deram o retorno desejado.

O cruzeirense Joao Duarte, que acompanha muito de perto o time, fez um balanço geral, avaliando todas as posições e possibilidades de dispensas e aquisições para tornar o grupo competitivo:

* “Vou antecipar aqui a reforma no elenco que eu faria no Cruzeiro. Goleiros: Rafael,  Fabio e Lucas França. Não precisamos mexer. E ainda temos o Georgemy que está em Portugal que para mim tem mais futebol até que o Rafael que é excelente. Allan está no Londrina e talvez nem volte.
Lateral direito: hoje temos Ezequiel, Mayke e John Lennon. Eu negociaria o Mayke para fazer caixa (50% x 5M€ x 3.5 R$ / 1€ = R$ 8,75 M). Avaliaria melhor o John Lennon,  afinal de contas, a amostra foi péssima, mas, tirar conclusão por um só jogo é demais. De qualquer forma subiria o Vitinho da base, pois, vi nele espírito de quem vai ser um baita jogador de futebol. Lateral-esquerdo: Diogo Barbosa é excelente.  Depois de 10 tentativas pós Egídio, acertamos uma. (mais…)


Os prós e contra do Galo; hora de acabar o oba-oba e mostrar que continua “valendo” a partir de sábado

O volante Adilson chegou sob desconfiança geral e está conquistando, com bom futebol, a confiança da torcida e da imprensa

Que nenhum cabeça cozida pense que qualquer tentativa e até agressões verbais e físicas a jogadores do Atlético na porta da Cidade do Galo tenha tido algum efeito positivo no futebol que o time apresentou na conquista do título sobre o Cruzeiro. Menos ainda em relação ao Marcos Rocha que jogou demais nas duas partidas.

O crescimento e produção do Atlético se deve ao bom senso do Roger que, possivelmente, descobriu a formação tática ideal, escalando Rafael Carioca, Adilson e Elias na formação do meio de campo. Este Adilson, indicado por ele, e que ninguém em Minas conhecia, pode ter sido um achado. Foi bem em todas as vezes que acionado e subindo de produção.

Se alguma pressão funcionou, foi a natural, da torcida nas arquibancadas e da imprensa, já que ninguém estava vendo um futebol convincente na equipe do Roger até começar a fase final do campeonato. O próprio Marcos Rocha declarou após o título que os jogadores sentiram que o treinador estava pagando o pato sozinho e resolveram “correr por ele”. E realmente, parecia que o time estava jogando sem vontade.

E já que a frase “quando está valendo, está valendo”, colou, vamos ver a partir de sábado, se estará valendo mesmo. Começa o Brasileiro, em que qualquer ponto perdido faz falta na reta final e o adversário será da prateleira de cima, o Flamengo, no Rio.