Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Em momentos como o atual do Cruzeiro, vale a frase: “muita calma nessa hora!”

Quando a posição na tabela não é boa, a frase “muita calma nessa hora” vale ouro. Principalmente depois de uma derrota. Elevado à condição de ídolo em poucos jogos iniciais por causa dos belos gols que fez, bastou ao Ábila perder dois contra o Flamengo para que alguns companheiros passassem a dizer que ele está em “má fase”. Ontem, com toda justiça, ele foi defendido por Mano Menezes na entrevista coletiva do técnico. Na noite anterior, na volta da delegação para Belo Horizonte, o atacante ficou nervoso e partiu pra cima de flamenguistas que provocavam o Mano no aeroporto de Vitória, conforme mostra reportagem do Superesportes:

* “Torcedores do Flamengo provocam Mano Menezes em aeroporto, e Ábila fica nervoso”

Atacante reagiu a provocações de flamenguistas no Aeroporto de Vitória

Durante embarque do Cruzeiro para Belo Horizonte, na noite de domingo, torcedores do Flamengo provocaram o técnico Mano Menezes no Aeroporto de Vitória. Atacante Ábila não gostou e precisou ser contido por seguranças e colegas de time. Clube carioca derrotou Cruzeiro por 2 a 1, em Cariacica, pelo Brasileiro. Vídeo que circula no Twiter e em grupos de WhatsApp mostra a reação indignada do centroavante argentino, que foi retirado do local para que o episódio não se transformasse em tumulto.

Mano Menezes teve curta passagem pelo Flamengo e não foi feliz. Ele dirigiu o Rubro-Negro por três meses, em 2013, mas pediu demissão depois da derrota para o Atlético-PR, por 4 a 2, no Maracanã, pelo Brasileiro. Na ocasião, o treinador disse que não conseguia passar sua filosofia de futebol para o grupo e decidiu entregar o cargo.

http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/cruzeiro/2016/09/26/noticia_cruzeiro,354764/torcedores-do-flamengo-provocam-mano-menezes-em-aeoroporto-e-abila-fica-nervoso.shtml


Início de jogo do Galo foi fulminante; o resto deu pro gasto!

Com 20.311, no Independência, pressionado pelos resultados dos concorrentes, obrigado a vencer, o Atlético teve um início fulminante contra o Inter, do jeito que todo torcedor gosta de ver seu time jogando. Vontade, grandes jogadores, alta velocidade e precisão nos passes, o que originou o 1 a 0 feito pelo Fred, aos 14 minutos. Aos 28, Clayton fez um fantástico 2 a 0. Em um vacilo da zaga, o Inter diminuiu, dois minutos depois.

O ritmo do Galo caiu, mas não ao ponto de o Inter assustar. Até que aos 35, Lucas Pratto que entrara no lugar do Fred, fez o terceiro e definiu o jogo.


Cruzeiro achou que o Flamengo estava morto e pagou por este erro

A maior virtude do Mano Menezes é o exercício da liderança. Poucos treinadores são tão respeitados pelos jogadores como ele, no que se refere à obediência tática. Graças a isso o Cruzeiro vem crescendo e conquistando pontos valiosos para fugir do rebaixamento. Tudo indicava que a história se repetiria neste jogo contra o Flamengo em Cariacica, até os 38 minutos do segundo tempo. O time fazia um jogo inteligente, fechado, explorando os erros do adversário em estocadas pontuais, e assim conseguiu abrir o placar, aos 28, com Rafinha. Minutos antes o médico flamenguista Waldívio Junior lembrava que a maior dificuldade de todo treinador é conseguir a obediência “canina” dos seus comandados. Proféticas palavras! O Cruzeiro se empolgou demais com o 1 a 0, com os gritos incentivadores da torcida de “olé…olé…” e continuou no ataque, abandonando a tática defensiva de exploração de contra ataques. Esteve até mais perto da vitória do que o próprio rubro-negro, encurralado em seu campo defensivo em boa parte do jogo. Desperdiçou duas oportunidades com o Ábila e pagou caro por isso e pela desobediência tática. Achou que o Flamengo estava morto, pensou em marcar mais um ao invés de garantir os três pontos.

 

Reação americana

Mais uma vitória do América, agora sobre o Botafogo. Uma pena que o Enderson Moreira tenha sido contratado tão tarde. O jogo foi ruim, o time é sofrível, mas a postura em campo é outra. Pratica o autêntico “feijão com arroz”, sem invenções, dentro das limitações que todos sabemos. Escapar do rebaixamento é muito difícil, mas o recomeço, visando um 2017 grandioso é promissor.


Uma pena que o América tenha contratado o técnico Enderson Moreira muito tarde

Mais uma vitória americana, que reacende as esperanças de permanência na Série A, ou, pelo menos a saída da lanterna.

Reportagem do Daniel Otoni para o Super FC:

* “América vence Botafogo e alcança marca inédita no Brasileirão”
Time ainda não havia conseguido dois triunfos seguidos na atual edição do campeonato; com o 1 a 0, marca sem perder passa para quatro jogos
Dentro de um Campeonato Brasileiro em que quase nada deu certo, o América entrou em campo neste sábado, contra o Botafogo, na Arena Independência, vivendo um ambiente mais leve pela vitória na rodada anterior contra o Internacional.

Mesmo com o clima menos tenso, era mais do que necessário vencer para diminuir o prejuízo e a diferença para os principais concorrentes na luta contra o rebaixamento. (mais…)


Saudade do “Juiz ladrão”!

Na coluna de hoje, no Diário do Aço de Ipatinga, Fernando Rocha lembra Nelson Rodrigues que falava das arbitragens nos anos 1950:

* “Objetivos diferentes”

  • Na década de 50, o país respirava os novos ares de modernização trazidos pelo governo de Juscelino Kubitschek. Foi então que o grande Nelson Rodrigues se inspirou e passou a reclamar nas suas antológicas crônicas, da perda de alguns “aspectos românticos e virtuosos que o passado abrigava”, entre eles o “juiz ladrão”. Nelson dizia que “os gatunos constituíam uma briosa fauna, uma luxuriante flora” e deveriam ser preservados no futebol.
  • Com grande saudosismo escreveu que “outrora havia o “juiz ladrão. E hoje? Hoje, os juízes são de uma chata, monótona e alvar honestidade. (…) E é pena. Porque seu desaparecimento é um desfalque lírico, um desfalque dramático (…)”. O grande jornalista, cronista esportivo,  escritor e maior  dramaturgo que este país já viu,  nos deixou em 21 de dezembro de 1980, aos 68 anos de idade. Se ainda estivesse entre nós,  neste aspecto não teria do que reclamar, pois a faúna de hoje é prodigiosa.

O Atlético entra em campo hoje como franco favorito contra o desesperado Internacional, em 18ª lugar, na zona de rebaixamento, com apenas  27 pontos ganhos, vindo de quatro derrotas seguidas no Brasileirão; por último, perdeu para o Fortaleza na última quinta-feira, jogo válido pela Copa do Brasil, clube da Série C nacional, mas se classificou no saldo de gols.

Por outro lado, os jogadores do Galo foram recebidos como heróis no aeroporto, depois da classificação dramática diante da Ponte Preta, em Campinas, o que para a imprensa festiva este gesto emblemático, muito próprio da torcida alvinegra, costuma despertar e elevar o moral do time, que vinha sendo criticado pelo futebol burocrático, desinteressado mesmo nas vitórias, já que no Campeonato Brasileiro ainda briga  pelo título,  cinco pontos atrás do líder Palmeiras, e a quatro do vice-líder, o  Flamengo.

A situação do  Cruzeiro é muito diferente de seu maior rival, pois briga na parte de baixo da tabela para fugir do rebaixamento, e terá muitas dificuldades neste jogo de hoje, em Cariacica, no Espírito Santo, pela boa fase do Flamengo , e por ter caído de produção nas últimas rodadas.

Não vence há três jogos, – derrotas para o Botafogo, São Paulo e empate no clássico com o Atlético -,  o que aumenta o drama celeste, na medida em que precisa desesperadamente da vitória, para se afastar da zona de “confusão”.

  • Depois de muitos  jogos envolvendo  bambalas e arimatéias, agora a Copa do Brasil vai começar prá valer. Não há dúvida em relação ao favoritismo do Atlético neste confronto com o Juventude, um clube pequeno e que disputa a Série C nacional. Mas, se deixar crescer a soberba pode se dar mal. Em 1999, dirigido por Valmir Louruz, tendo como destaques o zagueiro Capone e o atacante Márcio Mixirica, o Juventude derrotou o Botafogo em casa e empatou no Maracanã com 110.712 pagantes, sagrando-se campeão da Copa do Brasil. Aqui nos nossos grotões costumamos dizer que “porco magro é o que suja a água”.
  • Já o  Cruzeiro terá um adversário complicado, Corínthians, que mesmo não atravessando boa fase, desde que perdeu o técnico Tite para a CBF, não é fácil de ser batido em qualquer circunstância, pois além de um bom time e uma grande torcida, conta sempre com o apoio do “apito amigo”. O exemplo mais recente foi o jogo da semana passada contra o Fluminense, onde se classificou na Copa do Brasil  beneficiado pelo assoprador de apito, Rodolpho Toskí Marques(PR), que deixou de marcar dois pênaltis claros a favor dos cariocas. E não custa lembrar aos cruzeirenses o episódio de 2010, quando o clube foi garfado pelo árbitro Sandro Meira Ricci na final do Brasileirão, através de um pênalti inexistente marcado a favor do “curíntia”, que ficou com o título.
  • Há bastante tempo a arbitragem nacional tem sido um desastre, mas nesta temporada os erros são cada vez maiores, o que motivou na última semana uma enxurrada de protestos e uma romaria de dirigentes à sede CBF, como se o gesto adiantasse alguma coisa. Entre os reclamantes estava o Cruzeiro, além do Palmeiras, Grêmio, Santos, Flamengo, Atlético Paranaense, Vasco e Fluminense, que também enviaram representantes para defenestrar algumas figuras carimbadas da arbitragem nacional.
  • Independentemente da justiça ou não das reclamações, isto mostra mais uma vez que a nossa arbitragem está mesmo uma tragédia, que depõe contra o futebol brasileiro, outrora considerado o melhor do mundo, mas que não consegue produzir árbitros competentes. Uma direção da CBF desmoralizada, sustentada por federações, que na verdade não passam de penduricalhos, transformadas em cabides de empregos, então como poderiam formar árbitros capazes?

Eleição para prefeito de Belo Horizonte: verdade verdadeira do Duke!

No jornal O Tempo de quarta-feira.


Juventude foi campeão no Maracanã diante do maior público da história da Copa do Brasil

Em 1999, com apito de Antônio Pereira da Silva (Tonhão), de Goiás, o Juventude venceu o Botafogo em Caxias por 2 a 1 e empatou no Maracanã, 0 a 0, sagrando-se campeão, diante do maior público da história da Copa do Brasil: 101.581.

O time era dirigido por Walmir Louruz e tinha jogadores com Mário Tilico, que fez sucesso no São Paulo e Cruzeiro, e também Márcio Mixirica, que jogou numa época triste do Atlético.

O time da final no Maracanã: Émerson, Marcos Teixeira, Indio, Picoli e Denis, Roberto, Lauro (Kiko), Flávio e Mabília (Gil Baiano); Maurílio e Márcio Mixirica (Alcir).

Botafogo: Wágner, Fábio Augusto (Leandro Avila), Bandoch, Jorge Luís e César Prates; Júnior, Reidner, Caio (Rodrigo) e Sérgio Manoel; Bebeto (Felipe) e Zé Carlos. Técnico: Gílson Nunes.


Perigos para Atlético e Cruzeiro nas quartas da Copa do Brasil: um franco atirador e “coincidências”

Definidos os próximos confrontos da Copa do Brasil, e a presença de um único clube que não pertence à prateleira de cima do nosso futebol, que é o Juventude. Porém, já foi campeão da competição, como os demais, em 1999, em cima do Botafogo num Maracanã lotado. Será o adversário do Atlético, definido em sorteio esta manhã. O pior dos adversários, já que é franco atirador, que já está muito feliz em ter chegado até as quartas de final, eliminando o São Paulo. O jogo de volta será em Caxias do Sul, que é mais um alerta ao Atlético: qualquer vacilo no jogo em Belo Horizonte poderá ser fatal.

O Cruzeiro enfrentará o Corinthians, com jogo da volta em Beagá. Porém, o adversário, além de ter bom time, conta com muitas “coincidências”, de arbitragens errando demais a favor dele. Ou seja, também, todo cuidado é pouco.

Os jogos serão nos dias 28 (ida) e 19 de outubro (volta).

Os confrontos:
Juventude x Atlético

Internacional x Santos

Palmeiras x Grêmio

Cruzeiro x Corinthians


Classificação do Atlético foi uma mostra da falta que faz um dirigente com poder no dia a dia da Cidade do Galo

Foi sintomática a presença do presidente Daniel Nepomuceno na Cidade do Galo no treino de segunda-feira. Um clube do tamanho do Atlético não pode ficar sem um comandante diariamente nos treinos, dando o apoio e a devida cobertura à comissão técnica. Ele errou ao não nomear nenhum diretor para suprir a ausência do Eduardo Maluf e muitos problemas poderiam ter sido evitados ou resolvidos rapidamente neste período, quase todo o primeiro semestre, até agora.

Depois do jogo contra o Cruzeiro Marcelo Oliveira chegou a falar em poupar jogadores para priorizar o Brasileiro, o que seria outro erro, a “La Aguirre”. O Galo estaria assumindo o risco de ficar sem esta competição e até sem a vaga na Libertadores, porque o futuro no Brasileiro ninguém sabe no que pode dar. Uma eventual eliminação ontem, geraria consequências danosas e imprevisíveis. O presidente assumiu o papel dele, foi ao treino e felizmente a conversa de “poupar” não se confirmou.

Tivemos foi a repetição de falhas grotescas da defesa, que resultaram nos dois gols da Ponte Preta. Aí falaram mais alto os investimentos pesados em jogadores que costumam resolver em momentos de sufoco como este: Pratto e Robinho empataram e garantiram o Galo nas quartas de final.

Aliás, vejam esta twittada de alguém que vai a todos os treinos e jogos do Atlético, Igor Assunção da 98FM: ‏@Igortep 

“A última, para ir dormir… como o Dátolo, BEM, faz falta. Jogador importante para o elenco. Vinha treinando bem e ajudou na classificação.”

Certamente o argentino estaria jogando no Brasileiro, caso a diretoria tivesse resolvido com ele a situação de ficar ou se transferir para outro clube e ainda poder jogar neste campeonato. O prazo estipulado pelo regulamento, sexta-feira passada, foi quem resolveu a novela. E Dátolo foi quem bateu o córner que originou o segundo gol.


Há torcedores que pensam melhor que dirigentes e treinadores, sem ser profetas do acontecido!

É isso mesmo! Vejam este exemplo do Alexis Campos Alves, terça-feira, me enviou um e-mail sobre o time que deveria jogar contra a Ponte Preta, e ontem, depois do jogo, enviou este outro. Confira ambos:

* “Prezado Chico,

só para constar: minha opinião sobre o tipo de jogo do Galo se adequar mais à Copa do Brasil do que ao Brasileiro foi emitida antes do jogo contra a Macaca. Ou seja, não fui “profeta do acontecido”… Se a partida fosse válida pelo brasileirão, duvido que o Atlético teria empatado a partida depois de estar perdendo por 2 X 0. Aliás, vimos o contrário em vários jogos: o time abrir vantagem e ceder o empate (Cruzeiro, Sport, Vitória, etc). Por alguma razão que não se explica, o Galo gosta de “viver perigosamente”. Vai entender… Rsrsrsrs…

* “Prezado Chico,

sou atleticano,sonho com o título do Brasileirão. Muito se tem dito que o Atlético deveria poupar jogadores na Copa do Brasil e privilegiar o Brasileiro. Olha, depois da derrota para o Fluminense e do empate com o Cruzeiro, além da dificuldade para vencer o Vitória e o Sport – dentre outros exemplos, penso exatamente o contrário. O Galo deveria privilegiar a Copa do Brasil.  Essa competição, sim, o alvinegro pode conquistar jogando da maneira que está, sempre no “fio da navalha”. Além disso, faltam apenas sete jogos para levantar o Caneco. No Brasileirão, sinceramente, posso até estar enganado, mas acho que vamos ficar mais um ano na fila. Depois de um mau resultado, é sempre a mesma coisa: o time tem que se acertar, foram algumas falhas da zaga ou nas finalizações, etc. Não vejo como esses erros possam ser corrigidos até a última rodada. A diferença para o Flamengo é de quatro pontos, para o Palmeiras, cinco. Ano passado ficamos contando com os três pontos do confronto direto com o Corínthians e já sabemos o que aconteceu. Competição por pontos corridos exige maior regularidade, o que não é o caso do Galo. Por isso acho a Copa do Brasil mais viável: nesse tipo de disputa a “pilha” dos jogadores, a esperança na Bacia das Almas, o “Eu acredito” podem trazer resultados que, no Brasileirão, provavelmente não virão.”

Abraço!

Alexis Campos Alves