Blog do Chico Maia

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Cruzeiro chega às quartas de final da Copa do Brasil pela 10ª vez em 28 edições. Nas nove anteriores, conquistou o título em quatro

O título deste post é do Thiago Nogueira, do jornal O Tempo, via twitter ‏@thiagonoggueira e as informações sobre a vitória sobre o Botafogo são do Thiago Prata, via @SUPERFC.

DUKE

A charge é mais uma “verdade verdadeira” do grande Duke.

* “Mano Menezes utilizou o duelo para dar ritmo a suplentes”

Treinador ressaltou também que, após o gol, ordenou que o time atuasse pensando no duelo com o Flamengo 

Mesmo com a larga vantagem conquistada pelo Cruzeiro no duelo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, o técnico Mano Menezes queria muito a vitória novamente na partida de volta contra o Botafogo no Mineirão. E saiu de campo comemorando o resultado para a sequência no ano. No domingo, o time celeste encara o Flamengo, vice-líder do Brasileirão. (mais…)


Entrevista do Cazares mostrou que está faltando sintonia com o Marcelo Oliveira

Passou quase despercebida a entrevista do meia Cazares, reclamando que, no clássico, foi escalado fora da posição em que ele sabe e gosta de jogar. Disse que não sabe atuar pelas beiradas do campo e sim no meio. Estranho que o técnico Marcelo Oliveira não converse com os seus jogadores sobre este tipo de assunto. Cazares entrou no lugar do Robinho e logo depois o Cruzeiro empatou o jogo.

Normalmente os técnicos trocam ideias com os jogadores sobre o posicionamento ideal, onde podem ser mais produtivos. Juan Pablo Sorín, jogou bem em seu início no Cruzeiro, comandado pelo Marco Aurélio. Mas foi com o Luiz Felipe Scolari que ele arrebentou e conquistou definitivamente a torcida, impressionando o país. Felipão o transformou em “coringa”, com liberdade total em campo. Depois de saber dele como e onde se sentia melhor em campo.


Quando as torcidas jogam contra os seus próprios times

Para quem está distante é difícil entender como dois gigantes do futebol brasileiro, com elencos recheados de grandes jogadores, folhas salariais das mais caras do país, em dia; despencam na tabela, engatando péssimos resultados, trocando treinadores e vivendo crises difíceis de ser debeladas. Casos do Grêmio e Internacional, que do topo, candidatos ao título, passaram a amargar até o risco de rebaixamento, caso do Inter. Gaúcho, de Rio Grande, “mineiro” há sete anos, José Cláudio Loureiro Junior, deu-me explicações que me convenceram. Cada estado, cada torcida, tem o seu jeito de cobrar dos times e das diretorias.

A também gaúcha Elis Regina imortalizou a bela música do mineiro Tunai, “As aparências enganam”, que em determinado verso diz que “o amor e o ódio se irmanam nas fogueiras das paixões”. Pois, em Porto Alegre é assim: na porrada e ameaças, virtuais e presenciais, em qualquer lugar onde os torcedores mais exaltados encontrarem jogadores e dirigentes, passando um clima de terror, que mexe com o emocional dos profissionais e suas famílias, principalmente com os que não são gaúchos, desacostumados com essa reação. Até que a poeira baixe, pontos preciosos dentro de campo são perdidos!

GREMIO

Gremista, Loureiro Junior desaprova esta violência verbal e física de colorados e tricolores, por entender que a situação só piora. Segundo ele, é sintomático: após uma invasão de centro de treinamento ou quebradeira de sede, jogadores se abalam, o ambiente fica ruim e o time entra numa série de maus resultados. Ele aplaude as torcidas mineiras, que não radicalizam em seus protestos por aqui.


Piazza e Heleno: que bom seria se tivéssemos mais jogadores e lideranças como eles!

Senhoras e senhores do blog, aí estão duas das figuras que mais respeito e admiro no futebol e na vida, com quem tive o privilegio de conviver e aprender como repórter iniciante, da Rádio Capital. Com quem tenho o prazer de me reencontrar periodicamente.

Piazza foi fenomenal dentro de campo, no Cruzeiro e seleção brasileira dos anos 1960/70. Depois foi vereador, Secretário de Esportes de Belo Horizonte e um dos melhores diretores que a saudosa ADEMG (Administração de Estádios de Minas Gerais) teve na história. O primeiro que teve coragem de parar os jogos no Mineirão e trocar o gramado que era motivo de reclamações de nove entre 10 jogadores e treinadores que atuavam lá nos anos 1980. Enfrentou muitos interesses escusos, mas não recuou. É a liderança esportiva mais respeitada que conheço no Brasil, um dos únicos que trabalham para a categoria dos jogadores e principalmente ex-profissionais, sem interesses pessoais, já que não tem nenhuma remuneração para isso.

Heleno é da mesma linhagem. Um dos jogadores mais sérios que conheci. Depois que parou, foi exercer a educação física, para a qual se formou enquanto jogava no Atlético. Passou a desenvolver trabalhos sociais e se tornou ótimo vereador em Belo Horizonte, desses que honram a atividade política e merece a confiança depositada nele. Fiquei muito feliz de saber que o Piazza continua apoiando o Heleno, agora para a reeleição.

Aliás, recebi este vídeo que mostra o que o Heleno pensa para o esporte em Beagá:


Sócio-Torcedor do América exige respeito por parte da diretoria: “Quero o direito de gastar cada centavo que me usurparam”

Senhoras e senhores, o América vendeu os mandos de campo contra Flamengo, Palmeiras e São Paulo para empresários que estão trabalhando nessa atividade no Campeonato Brasileiro. Uma grande contribuição ao descrédito do futebol nacional, que vai se somando. Com isso cada vez mais pessoas vão jogando a toalha. Nem tanto pelo que os times fazem dentro de campo, já que perder, empatar e ganhar faz parte do jogo. Há outros clubes envolvidos na briga pelas primeiras e últimas posições da competição, mas, se aceitaram que houvesse essa brecha no regulamento, fazer o quê? O problema maior é quando os dirigentes não cumprem com o que se comprometem com os seus próprios torcedores. Você se torna “sócio-torcedor”, paga para ter um assento no estádio do seu time em todas as partidas locais e de repente, a diretoria vende o mando de campo para milhares de quilômetros de distância de sua casa. Quando as instituições não se fazem respeitar, perdem o respeito e dão péssimo exemplo.

Leia com atenção dos argumentos do Márcio Amorim, americano sempre presente, de corpo e alma. Os argumentos dele são fortíssimos. Uma porretada, que a diretoria americana precisa se explicar. Pode até gerar ações jurídicas de outros sócios-torcedores que também se sentirem lesados em seus direitos:

* “Caro Chico!

Mais uma vez recorro a você, em nome da confiança adquirida ao longo de anos de amizade, para ajudar no que segue:

“Fomos surpreendidos (talvez nem tanto, por se tratar de onde vem) com a notícia de que o América “está vendendo/vendeu” os mandos de campo contra Flamengo, Palmeiras e São Paulo, para “campo neutro” no norte, nordeste e centro-oeste. Tudo em nome de maior arrecadação.

Devo dizer que, com todo respeito que preciso ter pelas opiniões contrárias à minha, não estou nem aí para os problemas desta diretoria contumaz em cometer erros grotescos e absurdos. Quer nas contratações, quer na política de preços de ingressos, quer em qualquer outra área de atividade. Este será, talvez, apenas mais um equívoco, com a marca da deslealdade.

Na minha modesta opinião, e sei que não é só a minha, estamos sendo vítimas de um calote. Não vou mais amaciar, com eufemismos educados, quem demonstra não ter o menor respeito com torcedores.

A diretoria descobriu uma forma de “obrigar” os mil e poucos remanescentes da imensa torcida que o América tinha a virar sócios-torcedores. Depois criou a benevolência burra de duas cortesias por sócio. ERRADO! Eu e meus dois filhos embarcamos nesta e pagamos a anuidade em parcela única.

Com as duas “cortesias”, bastaria que apenas um fosse sócio-torcedor porque a entrada dos três estaria garantida. O resultado da burrice é que as cortesias são vendidas, a largo, a 20,00 nas ruas, enquanto as bilheterias cobram 100,00 e os caixas ficam jogados às traças. Tanta bobagem merece ser castigada.

Ademais, os jogos contra Botafogo, Flamengo, Palmeiras e São Paulo interessam de perto aos torcedores de Atlético e Cruzeiro. Com ingressos a 20,00, que é o preço da rua, e o valor real do futebol apresentado, se tanto, e em horários que não coincidissem com jogos dos rivais locais, teríamos estádio cheio, lucro garantido, e apoio das torcidas, sem precisar roubar os americanos. É o que estão fazendo.

Sinto-me assaltado, principalmente nos meus sonhos de ver times importantes do cenário nacional, aqui, em casa, independentemente da situação vergonhosa em que nos encontramos. Chacota nacional, resta-nos agarrar a sonhos pequenos e impossíveis, como lutar pela permanência na Série A.

Estão nos roubando este sonho, que já foi pago com antecedência, muito anterior à realidade cruel desta campanha para lá de medíocre. Acreditamos, pagamos e estamos no prejuízo. Este sonho vai, sim, ser sepultado em “campos neutros”.

O campeonato, ainda que pelo simples prazer de ver grandes times – o futuro volta a ser os luverdenses da vida – repito, o campeonato estaria definitivamente encerrado. Restariam peladas homéricas para quem pagou por sonho alto.

Gostaria de encerrar, dizendo que exijo o direito de torcer até o fim, pelo qual paguei. Quero o direito de gastar cada centavo que me usurparam. Encerro, repetindo que não estou nem aí para o problema financeiro da diretoria. Ela foi jogada na lama das dívidas pela própria incompetência. EU FIZ A MINHA PARTE”! Exijo respeito!”

Márcio Amorim


Já no futebol e no vôlei, Vilma Alimentos passa a apoiar o basquete

Obrigado à Cristiane Nobre, da Vero Comunicação, que nos enviou mais esta ótima notícia para o esporte mineiro:

* “Vilma Alimentos patrocina o Contagem Basquetebol”

A Vilma Alimentos fechou patrocínio com a equipe adulta profissional masculina do Contagem Towers Basquete para o período 2016/2017. A indústria está investindo de forma objetiva para abrir novas frentes para o esporte e cuidados com a saúde, dando uma chance a esses atletas, que estão motivados pelo legado de superação que a Olimpíada deixou. (mais…)


Vitória do América sobre o Inter hoje é alerta para o Atlético domingo

AFCNão há dúvida quanto à melhora do América com a chegada do Enderson Moreira. Pena que foi tarde, porque também não há dúvida quanto ao rebaixamento para a Série B e que o elenco é muito ruim. Pelo menos o Coelho está mostrando dignidade neste returno e a vitória sobre o Internacional soa como um anestésico para os americanos, tão doídos com a performance do time no retorno à Série A.

Foi um jogo ruim, em que o Celso Roth é apontado por nove em dez jornalistas como o pior do jogo. Os companheiros gaúchos dizem que ele escalou errado e mexeu mais errado ainda. O Brasileiro tem tradição de toda edição ver a queda de um grande. Na 18ª posição, o O Inter surge como o maior candidato em 2016. Mas os gaúchos seguem um lema, que recomenda ao Atlético que fique antenado: “desistir nunca!

Domingo o Colorado vai tentar iniciar uma reação de qualquer jeito, no mesmo Independência onde ele deu vexame esta noite.


Números mostram a eficiência do Mano Menezes nas mudanças no intervalo dos jogos

Técnico do Cruzeiro em foto do jornal O Tempo

Nesta chuva de números e estatísticas que repórteres, comentaristas e analistas dos mais variados nos impõem sobre jogos, desempenho de jogadores e treinadores, alguns têm serventia para compreendermos a razão do sucesso de uns e nem tanto de outros. Nos onze jogos comandados pelo Mano Menezes depois da volta dele ao Cruzeiro, 12 dos 19 gols marcados até agora, saíram no segundo tempo, ou 63,15%.

As eventuais mudanças táticas, substituições e broncas no intervalo e decorrer da segunda etapa surtem efeito. O que atesta a competência dele também neste quesito.

Dos técnicos que estão na moda atualmente, Cuca e Levir Culpi também têm essa característica e sempre deixam o torcedor esperançoso de que algo positivo possa acontecer no segundo tempo, principalmente quando o time ou algum jogador se mostra empacado, deixando o adversário à vontade. (mais…)


Resultado justo, ruim para os dois; menos mal para o Cruzeiro!

Pela situação dos dois times, era de se imaginar um jogo de muitos gols. Mas a eficiência tática de ambos e oportunidades desperdiçadas dos dois lados, também, fizeram o grande clássico terminar em 1 a 1.  Até o gol do Atlético, aos 31 do primeiro tempo, era uma partida “banho maria”, lenta, respeito natural de um pelo outro, principalmente porque os dois precisavam da vitória. Com defesas bem postadas e com falhas corrigíveis, só alguma jogada de craque ou um lance pelas pontas para que saísse gol. E foi no cruzamento do Fábio Santos que o Cleyton se antecipou à zaga cruzeirense e fez 1 a 0.

Jogo incendiado, Cruzeiro buscando o empate, Ábila, que não costuma errar, errou, na melhor oportunidade que o time teve, aos 42. E o primeiro chute a gol da Raposa foi aos 27, com o Rafael Sóbis, nas mãos do Victor.

O segundo tempo foi bem melhor, e o Junior Urso, aos oito minutos, na cara do Rafael, não fez o gol que poderia garantir a vitória. Com uma bola na trave para cada lado, Robinho no primeiro tempo para o Galo, e Ábila, no segundo, para o Cruzeiro, o empate ficou de bom tamanho. Mas, ruim para os dois.

 

Mano acertou

Menos mal para o Cruzeiro que conseguiu empatar num momento em que o Atlético controlava a partida e tem melhores valores individuais. Vi o jogo em meio a mais cruzeirenses que atleticanos, no camarote da Bhrama. Criticaram o Mano Menezes por tirar o Rafael Sóbis; achavam que o Robinho quem deveria ter saído. Discordo deles. Para mim, Mano acertou.

 

Mexidas

Em condições normais de “temperatura e pressão”, não se tira Fred e Robinho para colocar quem quer que seja, principalmente em um clássico. Os dois ou, um ou outro, costuma ser decisivo. O Cruzeiro cresceu com essas substituições feitas pelo Marcelo Oliveira. O empate cruzeirense foi de jogada ensaiada, belíssimo. Com Élber cruzando para Robinho, o que a torcida queria que saísse, empatar.

 

Para endinheirados

Antes, a pobreza ia aos estádios, lotava, principalmente a geral, e arquibancadas, enquanto quem tinha mais dinheiro assistia pela TV. Agora, na chegada ao estádio, quem presta atenção nota a mudança colossal: estádio é para quem tem dinheiro e isso é visto nos rostos, nas roupas e no estilo, de homens e mulheres, jovens e maduros.

 

Nem por isso

Há quem diga que as brigas e confusões nos estádios diminuíram porque a pobreza foi afastada, que o “nível de gente” que frequenta, melhorou. Grossa mentira, e neste clássico testemunhei, mais uma vez, cenas inacreditáveis de selvageria de gente “acima de qualquer suspeita”, da elite da capital de Minas Gerais. Como dizia Paulo Francisco, “A ignorância é a maior multinacional do mundo”.


“Adeus, geral”, filme interessante sobre o afastamento da torcida dos estádios e a elitização do futebol nacional

A dica é do Fernando Rocha, na coluna dele que circulará amanhã, no Diário do Aço, de Ipatinga. Um filme paulista, mas que reflete o que ocorre em todo o país:

* “Perfeita desordem”

Sobre este afastamento da torcida dos estádios e a elitização do futebol nacional, a partir da construção das novas “arenas”, recomendo o documentário “Adeus, Geral” www.youtube.com/watch?v=9dzo-pgoKLw

O filme de 42 minutos foi produzido por cinco alunos do ensino médio paulista e mostra com exatidão o que representa esse muro social, a partir da premissa de que o futebol é uma expressão da cultura brasileira. Interessante é que “Adeus, Geral” teve início a partir de um trabalho escolar de Geografia, e acabou mostrando a forma cruel como os torcedores das camadas mais pobres da população foram excluídos dos estádios.
Embora não contenha depoimentos de dirigentes e torcedores mineiros os problemas e as causas são os mesmos.

Já tivemos dias melhores, onde todos nós,  mineiros, sobretudo aqui nestes grotões banhados pelo Rio Doce, deixávamos tudo de lado para acompanhar o jogão cercado de adrenalina pura.

Craques não faltavam e sobravam de ambos os lados; o Mineirão pulsava, fervia com mais de 100 mil torcedores presentes; as torcidas divididas ao meio faziam um duelo à parte. Bons tempos, mas hoje isso já não nos pertence mais.

Contudo, tirando o que não presta (o que não é pouco!), o  saco de maldades aberto para atazanar a vida do torcedor toda vez que os nossos dois maiores rivais se encontram, este clássico tem ingredientes suficientes para torná-lo dentro de campo um dos melhores dos últimos tempos.

O Galo, pensando no título nacional, que persegue há 45 anos sem sucesso; do outro lado, o Cruzeiro , tentando se afastar da zona de rebaixamento, que voltou a perturbar o sono da sua torcida após as duas últimas derrotas consecutivas.

Sinal dos tempos, nunca se viu tantos “gringos” de ambos os lados, – juntos Galo e Raposa possuem dez jogadores estrangeiros em seus elencos -, na disputa deste clássico, o que lhe confere um ar diferente jamais visto antes. (mais…)