Estou a caminho de Los Angeles, onde a partir de amanhã inicio a cobertura da Copa América Centenário, comemorativa aos 100 anos da competição internacional mais antiga da história do futebol. Interessante este contraste: o futebol sulamericano é prateleira de baixo em relação ao europeu, dentro e fora de campo, mas tem este charme, de “mais antiga” disputa entre países. Porém, dói quando nos lembramos que neste mesmo ano, daqui a três meses, teremos a Eurocopa, que é uma Copa do Mundo sem Brasil e Argentina, em que bilhões são movimentados e os melhores jogadores do planeta estarão em ação. A Copa América é de uma pobreza de dar dó, em todos os sentidos. A começar pela moral, já que todos os ex-presidentes das federações do continente, mais os ex-presidentes recentes da Conmebol (Confederação Sul-americana) estão presos ou aguardando julgamento em prisão domiciliar, nos Estados Unidos ou em seus países de origem. O “nosso” presidente, Marco Polo Del Nero, nem pensa em se arriscar a dar uma chegada por essas bandas. Os moços do FBI, sobrinhos do “Tio Sam” estão doidos para botar a mão nele. O antecessor, Zé Maria Marin, está em Nova Iorque, na domiciliar, com direito a ir à igreja e dar umas voltas no Central Park. Bom demais para quem surrupiou tanto. Que vá logo para as grades.
Confesso que a motivação de uma cobertura dessas não é a mesma de outros tempos, quando ainda havia um glamour em torno do futebol. Hoje é dinheiro e dinheiro, mais dinheiro e ponto final. Essa própria Copa América é uma promoção comercial que visa render dinheiro para os principais atores do processo. O mercado publicitário norte-americano estava aberto a bancar e faturar muita grana e aproveitou o “gancho” da época, “100” anos. E vamos à luta porque o circo não pode parar.
Viajar é sempre um prazer, ainda mais quando temos essa oportunidade fantástica de sair e voltar por Belo Horizonte, sem ter que “baldear” em São Paulo, Rio ou Salvador, para qualquer lugar do mundo. A panamenha Copa Airlines nos deixa nas américas, 76 destinos, 31 países, em voos da melhor qualidade, e a portuguesa TAP, na Europa e “alhures”. Com um detalhe fundamental: mesmo com toda essa crise, a frequência dos voos se mantem e a qualidade dos serviços melhor que nunca.
A seleção do Dunga não empolga ninguém. Minhas atenções continuam no Galo contra o Fluminense; Botafogo x Cruzeiro em Brasília e o América quinta-feira contra a Ponte Preta no Independência. Felizmente com a quantidade e velocidade de informação através das redes virtuais ficamos sabendo de tudo a qualquer hora em qualquer lugar do mundo.