Blog do Chico Maia

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Bom dia! Com a vergonha nacional do cotidiano

O Bom dia Brasil mostrou hoje uma reportagem sobre o desrespeito aos cadeirantes pelas empresas de ônibus em Belo Horizonte, e pior, a falta de educação e solidariedade de motoristas e trocadores com as vítimas da falta de cumprimento da legislação.

Além de 25% dos ônibus em circulação não ter o elevador exigido por lei, a maioria dos que possui não funciona. Os motoristas não param no local correto para que o cadeirante alcance sozinho o equipamento e trata mal ou não dá atenção àqueles que reclamam.

O Sindicato das empresas diz que dão manutenção aos equipamentos, mas eles se desgastam rapidamente e que motoristas e trocadores passam por treinamento periódico. É pra acreditar?

Isso ocorre no Brasil inteiro, com este e em incontáveis outras prestações de serviços; não é “privilégio” da capital mineira. Mas quem financia a campanha da maior parte dos políticos eleitos são exatamente as empresas concessionárias dos serviços públicos, empreiteiras, bancos e etecetera e tal.

Por isso, especialmente em ano eleitoral, é fundamental que a população ficasse muito atenta e separasse, na urna, o joio do trigo. Sei que é querer demais, mas a esperança precisa continuar existindo, né!?

Um indicativo que estou pregando no vazio é que posts como este, têm um ou outro comentário. Se fosse alguma coisa referente ao futebol e aos interesses feridos de um dos nossos clubes, ficaria lotado.


Cruzeiro em busca de explicações para a recaída incômoda

O Cruzeiro fez o seu pior jogo neste Campeonato, e nas entrevistas depois da derrota para o Grêmio nem jogadores nem o técnico Celso Roth conseguiram explicar o que causou tanta apatia. Houve jogos em que o time não jogou bem, mas a determinação de quem estava em campo levou a vitórias surpreendentes.

Nos três primeiros jogos a defesa passou a impressão que a peneira de 2011 e do Campeonato Mineiro era coisa do passado, mas os buracos voltaram a aparecer, e o treinador terá que rever o setor.

Descontrole

Interessante é que até os 25 minutos, mesmo perdendo de 1 a 0 o Cruzeiro dominava a partida e levava mais perigo ao gol gremista. Depois do segundo gol é que o descontrole foi absoluto e nem a injusta expulsão do zagueiro Werley, fez com que o time aproveitasse a vantagem de ter um jogador a mais em campo.

Virada

Sábado o que mais chamou a atenção na vitória do Atlético foi a capacidade de reação dos comandados do Cuca, depois de estar perdendo por 3 a 1. Foi como se o time tivesse acordado de um sono profundo, caindo na realidade de que estava perdendo para um time inferior tecnicamente, porém aguerrido e motivado por sua torcida.

Os gols da virada foram saindo naturalmente e caso houvesse mais cinco minutos além do tempo extra dado pelo árbitro, a goleada seria ampliada.

Empolgação

O atacante Guilherme estava particularmente feliz pela volta ao time depois de longa inatividade por contusão. Além da boa atuação marcou o gol da vitória e ao apito final do árbitro, demonstrava a felicidade de um garoto que estreia no time profissional.

Sentindo-se seguro e curado da contusão, agradeceu em especial, a todos os médicos, fisioterapeutas e massagista com os quais já trabalhou.

Nova estreia

A estreia do atacante Borges terá que ficar para o próximo jogo, contra a Portuguesa, pois a de ontem não valeu. Isolado entre os defensores gaúchos, não recebia bolas de nenhuma forma e seu estilo de jogo exige que cruzamentos sejam feitos na área.

Na única oportunidade que teve, obrigou o goleiro Marcelo a fazer uma ótima defesa, nos primeiros minutos da partida.

Triste é a situação do Ipatinga que perdeu em casa para o Grêmio Barueri e tomou a lanterna da sua mão.

Sob risco

Dentre todos os mineiros nas divisões nacionais brasileiras a situação mais delicada é a do Ipatinga, com salários atrasados e sem perspectivas de arrecadação na cidade, o que faz o presidente Itair Machado negociar a transferência do clube para Betim.

O Boa Esporte está na 13ª posição, porém com 12 pontos, junto a vários concorrentes. O Tupi está na penúltima posição na série C, porém a competição está apenas começando.

Tradição

Sábado tive a satisfação de comparecer ao Festival de Chope do tradicional Fluminense de Mocambeiro, e entendi o motivo da força e longevidade desse clube de 96 anos de existência. As famílias se unem em torno da instituição e promovem eventos o ano todo, o que mantém a união e injeta recursos para a manutenção do bom estádio e do time oito vezes campeão nos últimos 10 campeonatos da Liga de Matozinhos.

Uma das principais lideranças é o José do Patrocínio, que há 15 dias está reforçando a diretoria do Democrata de Sete Lagoas, que inicia amanhã os preparativos visando a 3ª divisão mineira.


Quatro machadadas

O Daniel Paiva Silveira escreveu ao blog, e vale a pena conferir:

“Chico, fiz uma charge do Galo que postei no meu Blog se possível dê uma olhada”

Belo Horizonte

galo-vence-figueirense

http://www.chargedarodada.com


Enquanto isso a caixinha de maldades continua funcionando

O americano Márcio Amorim, obviamente incomodado pela segunda do derrota do Coelho no Campeonato, 2 a 0 para o Goiás, enviou-nos uma ótima reflexão sobre cidadania e às mazelas às quais somos submetidos:

“Caro Chico,
… enquanto isso, naquele paupérrimo país do futebol, anunciaram ontem que vamos pagar pedágio durante cinco anos, para trafegar nos trechos não duplicados (e cheio de buracos) da 040 e da 116.

O “objetivo” é arrecadar grana para duplicá-las daqui a cinco anos. Sabem para onde vai o dinheiro? Para as cuecas e, no futuro, a CUT vai ameaçar colocar o povo nas ruas para defender quem puser a mão nele.

Viva o tal Vereador!
Viva qualquer Deputado Estadual!
Viva qualquer Deputado Federal!
Viva qualquer Senador da republiqueta!
Viva a CUT!
Viva o Ronaldinho! O menor e o mais insignificante dos nossos problemas. Acho que ele, mesmo não jogando nada ainda – nem sei se jogará – já deu, sim, nova cara ao time do Atlético (opinião de americano).
Viva o lixo em que estão transformando este Brasil com o aplauso de quase 85% dos cidadãos!”


Ruim desse jogo só os comentários pela TV paga

Comecei ouvindo a transmissão de Figueirense 3 x 4 Atlético pela 98,3 FM, cada vez melhor. Ao imitar e sacanear todo mundo, ironizar os exageros e mesmices dos profetas do acontecido da imprensa esportiva ela se apresenta e vai se firmando como a transmissão mais séria e confiável dos jogos de futebol.

E quando é pra falar sério, as informações são 100% confiáveis e os comentários de ótima qualidade.

Porém, fui ver o jogo em Funilândia, na casa do meu cunhado Nonô.

Desci do carro e não seria interessante nem educado levar meu rádio e ficar ouvido com o fone com a TV no pay-per-view, como faço normalmente, quando estou em casa.

Mas quando o Galo tomou o terceiro gol, joguei a toalha para o som da TV. Poxa, aos 14 minutos do segundo tempo, os camaradas já davam o jogo como encerrado, que o Figueirense conseguira a sua primeira vitória, depois de sete jogos de empates e derrotas; que o Loco Abreu foi o nome do jogo e que ficava a expectativa quanto ao futuro do Atlético depois da segunda derrota no campeonato e a sua capacidade de reação.

Melhor ficar batendo papo e comentando os lances com o meu irmão Gilmar, também atleticano, e o cruzeirense Nonô, que saiu da sala para atender à minha irmã Edilse, igualmente cruzeirense, para providenciar mais cerveja.

Incrível: foi só o Nonô se levantar e o Leonardo Silva, que fazia um jogo ruim, marcar o segundo gol, que incendiou o time.

Ele que um minuto antes dera um presente para o atacante Aloísio, que entrara no lugar do Loco Abreu (que saiu sentindo cãibras). Na cara do Victor, o jogador do Figueirense errou o que seria o quarto gol.

Daí a pouco Ronaldinho, Marcos Rocha e Jô trocaram passes até encontrar Bernard que entrava pela direita na pequena área para, de cabeça, fazer 3 a 3.

Na empolgação geral do time era de se esperar que o quatro gol saísse e Guilherme cuidou de acionar Serginho na direita e correr para dentro da área e receber a bola de volta para fazer 4 a 3.

O árbitro Luiz Flávio de Oliveira deu quatro minutos de tempo extra. Aos 47, Nonô estava de volta, mas era tarde para o Figueirense empatar.

Grande vitória do Galo que agora pega o Inter, quarta-feira, no Independência.

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Foto: Lancenet


Riquelme e Fábio Noronha puseram o América-TO nas manchetes dessa semana

Deprimente a cena da prisão do goleiro Fábio Noronha, do América de Teófilo Otoni. Aliás, ele e o argentino Riquelme puseram o “Dragão” nas manchetes dessa semana.

O jornal Olé, que adora sacanear tudo e todos, principalmente brasileiros, pagou o maior mico ao cair numa das costumeiras pegadinhas do twitter da turma bem humorada do América, que escreveu que o Dragão também faria uma proposta pelo camisa 10 que o Cruzeiro está querendo.

O Olé embarcou e deu em manchete este interesse.

A notícia do Fábio Noronha está no Globo.com:

“Ex-Fla e Flu, Fábio Noronha é
acusado de agredir esposa grávida”

Atualmente no América TO, goleiro presta depoimento na delegacia

FABIO

A Polícia Militar de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, foi acionada na manhã deste sábado para efetuar a prisão de Fábio Noronha, do América TO (veja o vídeo ao lado). Vizinhos relataram ouvir muitos gritos e pedidos de socorro na residência do goleiro, mas os policiais, ao chegarem no local, não tiveram a entrada na residência permitida pelo atleta.

Depois de muita insistência, o ex-jogaqdor do Flamengo permitiu a entrada dos militares, que encontraram a esposa do jogador deitada e com várias lesões pelo corpo. Grávida de sete meses, ela disse que não ter sido agredida e não quis registrar queixa. Mesmo assim, os militares deram voz de prisão ao jogador por lesão corporal e desacato.

O Samu foi acionado e conduziu a esposa do jogador ao hospital. Fábio Noronha foi para a delegacia para prestar depoimento e liberado em seguida. No início deste ano, o atleta já havia sido preso por falta de pagamento de pensão alimentícia.

O jogador, maior ídolo da torcida do Dragão, foi algemado e colocado na traseira de uma viatura. O atleta teria resistido à prisão. Aos deixar a residência, bastante nervoso, o goleiro percebeu a presença de câmeras e acusou os policiais de agressão e de quererem aparecer para o público.

– Estão querendo fazer graça, estão querendo fazer graça. Mas vamos lá. Está me machucando, compadre. Está me machucando. Está querendo fazer graça com meu nome. Os caras quiseram fazer graça com meu nome, e vocês invadiram minha casa – disse Fábio Noronha aos policiais.

O delegado que ouviu o goleiro disse que não encontrou elementos suficientes para fazer a prisão do goleiro. Ainda segundo a autoridade policial, será aberta uma investigação para o apurar mais profundamente o caso.

Desde 2010 no América TO, o goleiro apenas tem treinado com o grupo, já que o time não disputará mais nenhum campeonato nesta temporada. Para manter a forma, Fábio Noronha participa das competições de Showbol, como goleiro do Fluminense.

http://globoesporte.globo.com/mg/noticia/2012/07/fabio-noronha-ex-flamengo-e-preso-por-agredir-esposa-gravida.html


A elitização do futebol e a saudade da geral

Quando se fala que o futebol está sendo elitizado, infelizmente somos obrigados a concordar.

Começou com a FIFA, exigindo estádios com assentos individuais, com adesão quase total no mundo inteiro, apesar de não ser obrigatório.

Muitos donos de estádios resistiram enquanto puderam, mas acabaram se rendendo, muitas vezes por pressão da própria torcida ou das autoridades políticas e policiais locais.

Alguns ainda resistem.

Os estádios ficaram com menos lugares, os preços dos ingressos mais caros e as redes de televisão entraram pesado no jogo, investindo fortunas nas compras dos direitos de transmissão e impondo as suas regras. A renda dos jogos, que antes eram a principal fonte de arrecadação dos clubes passou a contar pouco. Até que se tornaram reféns das TVs mundo afora e elas passaram a ditar regulamentos e horários, que em muitos casos fogem do bom senso.

Com a chegada dos canais pagos, aí é que danou tudo. Mais dinheiro para os clubes e o interesse que o torcedor opte em adquirir um pacote e fique em casa mesmo, incentivado também pelas dificuldades de se ir até o estádio: deslocamento, violência, falta de estacionamento e as demais questões. Estádios grandes para quê? Aquela imagem clássica do torcedor banguela, na geral, com o seu radinho de pilha, está cada dia mais distante. Entrou para a história, como os dinossauros extintos.

O povão agora só pode curtir o futebol pela TV aberta, pelo rádio, ou quando um bar abre o sinal do seu pay-per-wiew para a clientela.

GERALDINO

Caro demais para um cidadão assalariado ir a um estádio. Além do preço do ingresso, a dificuldade cada vez maior para adquiri-lo.

O jornalista Rômulo Ávila escreveu um artigo sobre o assunto na revista digital Dom Total, que vale a pena ser lido:

“Saudade da geral”

GERAL

O Independência nunca teve. O Mineirão tinha, mas não terá mais. Só de pensar que não teremos mais a geral nos principais estádios brasileiros, bate um misto de saudade e nostalgia.

Parei para pensar nessa perda irreparável no último final de semana, quando uma amiga resolveu levar o filho, de seis anos, ao Independência, para ver o jogo entre Atlético x Portuguesa. Depois de muito sacrifício, ela conseguiu comprar três ingressos para o setor da ‘gaiola’. Pagou R$ 100 pelos bilhetes (deu sorte ao conseguir um bilhete de meia-entrada para o filho). Um absurdo para um país como o Brasil, onde a maioria da população e, especialmente, dos torcedores recebe um salário mínimo (R$ 622).

Foi aí que tive a certeza de que o futebol popular, dos geraldinos do Mineirão, do Maracanã e de outros tantos estádios Brasil afora, é coisa do passado. Um pai de família que recebe R$ 622 não tem condições de tirar R$ 20, R$ 40 para assistir a uma partida de futebol.

Isso me fez pensar na geral do velho Mineirão.  Por mais que a visibilidade não fosse a ideal, era lá que ficavam os torcedores mais humildes. Era lá que o pai assalariado levava o filho para ver o time do coração. Pouco importava se ele tivesse que ficar com a criança nas costas durante os 90 minutos, se tivesse chovendo ou fazendo um calor do deserto. Lá estavam os geraldinos, alegres e empurrando o time do coração. O clima único da geral era tão especial que muitos não trocavam o local nem mesmo por vaga na cadeira cativa.

Confesso que fiquei poucas vezes na geral, mas sempre troquei alguns minutos do jogo pelas manifestações espontâneas e únicas dos geraldinos.  O Mineirão ainda está fechado para reformas visando à Copa do Mundo de 2014, mas quando for reaberto eles, os históricos geraldinos, não terão mais vez.  Vão ficar apenas na memória.

Muitos desses folclóricos torcedores nem terão condições financeiras para assistir a uma partida do time do coração no Gigante da Pampulha.  O esporte mais popular virou exclusividade da elite.  Os últimos ingressos de geral do Mineirão foram vendidos em maio de 2010, por R$ 10 inteira e R$ 5 meia-entrada . Qualquer torcedor podia ir.

Hoje, o geraldino que quiser fazer um sacrifício para ver um jogo na Arena Independência tem que pagar, no mínimo, R$ 20 para ficar preso na ‘gaiola’, como um passarinho. Eu sei, o futebol evoluiu, ficou mais caro, muitos dizem até que se profissionalizou… . Mas, se isso é verdade, só aconteceu porque milhões de torcedores apaixonados, como os geraldinos, contribuíram para tal.  A sensação de ‘assistir’ a uma partida no terceiro piso do Independência, descreve um amigo, é de estar preso, vendo o mundo nascer quadrado. Muito diferente da liberdade que a geral do Mineirão proporcionava.   Que saudade da geral!

http://www.domtotal.com.br/colunas/detalhes.php?artId=2905

* Rômulo Ávila é jornalista formado pela Newton Paiva. Foi repórter esportivo durante dois anos do extinto Diário da Tarde (tradicional periódico de BH fechado pelos Associados Minas em julho de 2007). Atualmente é repórter do Portal DomTotal. Antes de cursar comunicação, foi jogador de futebol profissional. Começou no Vila Nova-MG e passou pelo futebol paulista e nordestino. 


A propósito: para quem domina e não domina bem o inglês

No post anterior falei da visibilidade mundial do Ronaldinho Gaúcho e agora, acabei de abrir uma twittada que recomenda este link:http://fourfourtwo.com/blogs/thenoisefrombrazil/archive/2012/07/13/humility-and-teamwork-help-ronaldinho-s-atletico-mineiro-lead-the-way-in-brazil.aspx

Para quem não domina bem o inglês, sugiro o tradukka: http://tradukka.com/translate

Humility and teamwork help Ronaldinho’s Atletico Mineiro lead the way in Brazil”

They haven’t won a national trophy this century, but Atletico Mineiro top the league – led by a rejuvenated yet more mature Ronaldinho, says Rupert Fryer

He positioned his body between ball and defender, had a quick glance over his shoulder, and then he gave him the ‘hat’. The ball looped over the Portuguesa player’s head, Ronaldinho turned and brought it down in a flash as a huge roar went up around Estádio Independência.

It was an oddly incongruous moment in a 2-0 win that took Atlético Mineiro back to the top of Brasileirão 2012 – and in the player’s season. Rony had, asGlobo put it when awarding him Dribble of the Week, “decided to recall the old times.”………………..

http://fourfourtwo.com/blogs/thenoisefrombrazil/archive/2012/07/13/humility-and-teamwork-help-ronaldinho-s-atletico-mineiro-lead-the-way-in-brazil.aspx


O belorizontino Ronaldinho Gaúcho e a iniciativa do Vereador Daniel Nepomuceno

Quando tomei conhecimento que o Ronaldinho Gaúcho já vai receber o título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte, com tão pouco tempo vivendo na cidade, a primeira reação que tive foi de espanto.

__Uai, já?

Porém, lembrei-me das abordagens que recebi de estrangeiros de várias partes do mundo, durante da Eurocopa, quando me identificava como brasileiro e de “Belo Horizonte”.

Os jornalistas, então, mais ainda, com destaque especial para os catalães, italianos e franceses, onde o Ronaldinho continua sendo muito querido e atrai a curiosidade geral.

Embarcando para Moscou, no aeroporto de Kiev, na fila do check-in da Siberian Airlines, conheci um vietnamita, Le Quoc Quynh, que não me deu sossego durante o resto da viagem, depois que ficou sabendo que eu sou jornalista, brasileiro e ligado ao futebol. Engenheiro, o baixinho Quynh fala cinco idiomas e é uma metralhadora falante, além de não tirar o olho da tela de um Ipad.

Viajamos na mesma fileira de cadeiras e ele não parava de falar e perguntar.

Torcedor do Barcelona, os maiores ídolos dele são: Messi e Ronaldinho Gaúcho.

Sabia que ele estava em um clube chamado “Atrético Minerô”, de uma cidade chamada “Berorizonteeeeee”.

Quando eu disse que era de Belo Horizonte e lhe passei o endereço do site do Atlético, quase endoidou e não parou de fazer perguntas sobre tudo do futebol mineiro, da Capital de Minas Gerais e sobre a transferência do Ronaldinho do “Framengo” para o Galo.

A essa altura, já sabia que o “Atrético” é Galo e passou a falar só “Galo”; segundo ele, mais fácil de pronunciar.

Le Quoc Quynh nasceu e vive em Ho Chi Minh, a antiga Saigon.

Nos despedimos no aeroporto de Moscou, onde pegaria mais oito horas de voo.

No aeroporto da capital russa ele disse que baixaria no Ipad, tudo sobre BH e Galo, que ele estava tendo o prazer de conhecer naquele momento, porque sobre Ronaldinho Gaúcho ele já sabia tudo.

Ou seja: o Atlético não contratou apenas um grande jogador de futebol; adquiriu também um fantástico relações públicas que colocou o clube e Belo Horizonte no mapa do mundo, para milhões que nunca ouviram falar antes em Minas Gerais e até mesmo Brasil.

Lá fora, muitos ainda pensam que Buenos Aires é capital do Brasil, e que o Rio de Janeiro é a única cidade civilizada em nosso país. São Paulo? Raramente algum gringo cita ou pergunta por ela.

Os jogadores de futebol têm este poder de apresentar o Brasil ao mundo. Pelé foi o primeiro e continua até hoje e nem depois de morto deixará de ser.

Em escala menor, alguns outros poucos brasileiros ocupam este espaço, Ronaldinho Gaúcho é um deles.

Sendo assim, a “simples” vinda dele para Belo Horizonte, já justificaria uma homenagem desse nível.

Faço este depoimento porque conheço bem o autor da proposta da cidadania honorária a ele, o vereador Daniel Nepomuceno, uma figura do bem.

Político jovem, correto, desses em quem se pode depositar esperança de dias melhores para a nossa classe política, repleta de gente suspeita.

Está levando porradas de todo jeito; muito em função de ser vice-presidente do Atlético, já que as paixões se afloram quando Atlético e Cruzeiro entram em cena.

Assim como o então vereador Célio Moreira, hoje deputado estadual, sugeriu a mesma honraria ao argentino Sorín; levou pancada de todo lado, principalmente de atleticanos, e cabeças cozidas que levam a rivalidade com a Argentina para fora dos gramados.

A cidadania a Sorín foi referendada pelo locutor Alberto Rodrigues, que se tornou vereador com a ida do Célio para a Assembleia. Levou porrada demais também.

Achei a homenagem a Sorin justíssima por tanto carinho que ele demonstrou a Belo Horizonte desde que chegou ao Cruzeiro.

Depois, provou seu amor à cidade mais uma vez, ao optar por ela para viver com a sua família, quando parou com o futebol.

Hoje é um dos bons comentaristas da ESPN Brasil, vai constantemente a São Paulo, mas continua morando aqui.

Mesmo sendo ainda ídolo da torcida do River Plate, de uma das mais belas e melhores cidades do mundo que é Buenos Aires.

Como criticar a cidadania honorária a cidadãos como estes?

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Ronaldinho, cidadão do mundo

SORIN

Sorín com a deputada Luzia Ferreira; vereador Alberto Rodrigues, Zezé Perrela e o deputado Célio Moreira, no dia da justa homenagem que recebeu.

LEQUOCQUYNH

O vietnamnita Le Quoc Quynh, que agora conhece o Atlético e Belo Horizonte

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Vereador e vice-presidente do Atlético, Daniel Nepomuceno, que já homenageou, também, Werley e Tardelli

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Aeroporto Domodedovo, de Moscou, onde Belo Horizonte não consta, ainda, no mapa de voos

PAINELMENORLISBOA

Aeroporto de Lisboa, onde Belo Horizonte consta no mapa, graças à TAP e os seus voos diretos entre Minas e a Europa

PAINELMAIORLISBOA


Inscrições de cursos gratuitos para a Copa vão até dia 16

Informações enviadas pela assessoria de imprensa da Secopa-MG

“Interessados nos cursos gratuitos de capacitação profissional do programa Pronatec Copa, oferecido pelo Ministério do Turismo, para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, têm até esta segunda-feira (16/07) para realizar inscrição pelo site www.pronateccopa.turismo.gov.br. São oferecidos 32 cursos com turmas presenciais nas 12 cidades-sede e entorno, além de aulas de inglês, espanhol e libras (língua de sinais), para quem tem 18 anos ou mais.

Em Minas Gerais, os municípios de Brumadinho, Nova Lima, Sabará e Sete Lagoas fazem parte do pacote, alem da capital. Têm prioridade na seleção os portadores de deficiência e pessoas que já trabalham em profissões relacionadas ao turismo.
Para os que tiverem o ensino fundamental incompleto, as ofertas são para auxiliar de cozinha, auxiliar de garçom, auxiliar de confeitaria, atendente de lanchonete, camareira, chapista, churrasqueiro, condutor de visitantes, copeiro, garçom básico, cozinheiro industrial, masseiro, mensageiro, monitor ambiental, monitor de recreação, padeiro e confeiteiro, pizzaiolo, recepcionista, recepcionista de eventos, salgadeiro e sushiman.

Já os que tenham ensino fundamental completo, os cursos são de agente de informações turísticas e mestre de cerimônias. Já quem tiver o ensino médio incompleto poderá se qualificar como auxiliar de serviços de hospedagem, auxiliar de agenciamento de viagens e recepcionista em meios de hospedagem. Os interessados com ensino médio completo poderão se capacitar como bartender, condutor de turismo de aventura, organizador de eventos, sommelier e agente de viagens. Vale lembrar que os alunos com o ensino fundamental completo ou escolaridade superior poderão inscrever-se, simultaneamente, no curso de capacitação e em um curso de idioma ou de libras.

É importante lembrar que a inscrição no Pronatec Copa só é efetivada quando o aluno faz a confirmação. Para isso, depois de preencher o formulário, escolher o curso e finalizar a inscrição, basta clicar no link de confirmação enviado por email pelo sistema do Pronatec Copa. Os inscritos receberão todas as informações, como data de início das aulas e horário de cada curso em sua cidade. Vale ficar atento à caixa de lixo eletrônico (spam).

As turmas formadas terão de sete a 30 alunos, variando conforme a demanda. Todos os alunos terão direito a auxílio-transporte e auxílio-alimentação. Com uma média de 160h/aula (equivalente a quatro meses de duração), o curso será oferecido de forma gratuita e presencial. Alunos que não forem convocados poderão refazer o procedimento quando as inscrições forem reabertas.

Desde que o Pronatec Copa reabriu as inscrições (29.06), o Ministério do Turismo registrou 105.264 inscritos. Desse total, 92.044 solicitaram vagas nos cursos técnicos e 13.220 nos cursos de idiomas. Até o momento, o curso de inglês intermediário conta com a maioria das solicitações na área de idiomas (2.636 inscritos) e, na área técnica, o curso de recepcionista de eventos é o mais procurado (11.441 inscritos).”

A solicitação para ingressar no programa deverá ser feita exclusivamente pelo site do Pronatec Copa http://www.pronateccopa.turismo.gov.br.

Outras dúvidas poderão ser esclarecidas pela central telefônica do Ministério do Turismo. O número é: 0800-606-8484.