Blog do Chico Maia

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Agora comentarista, ex-atacante Roberto Gaúcho alerta o Cruzeiro para a Chapecoense

Do Superesportes:

* Comentarista em Santa Catarina, ídolo celeste aponta armas da Chapecoense

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Ex-jogador Roberto Gaúcho trabalha para uma emissora de TV catarinense

 O torcedor cruzeirense que acompanhou a era vitoriosa do clube nos anos 90 comemorou muitos gols e títulos a partir dos pés do ponta-esquerda Roberto Gaúcho. O ex-jogador deixou sua marca 52 vezes e levantou sete troféus, incluindo duas Copas do Brasil e uma Supercopa.

Atualmente, Roberto trabalha como comentarista em uma emissora de TV de Santa Catarina, terra natal da esposa. Em entrevista ao Superesportes, o ex-atleta analisou a Chapecoense, adversária do Cruzeiro na Copa do Brasil, nesta quarta-feira, às 21h50.

”A bola parada é a principal arma da Chapecoense, principalmente com bolas alçadas na área. O time joga com três zagueiros, todos altos, acima de 1,88m, então essa bola aérea é a grande arma do time”, avaliou Roberto Gaúcho, que também destacou algumas peças individuais no time.

”O lateral-esquerdo é muito bom, o Esquerdinha, o Athos, que jogava no Criciúma, é muito bom jogador, é muito técnico, e tem também o atacante João Paulo, que pode dar trabalho”, completou o ex-jogador.

Gaúcho acredita que o Cruzeiro terá dificuldades para sair de Chapecó-SC classificado para a próxima fase. Para isso, o clube celeste teria que vencer por dois gols de diferença.

”O time da Chapecoense vai endurecer. O estádio deles é acanhado, é um caldeirão, o gramado não é muito bom e a torcida é apaixonada. O time deles perdeu ontem (domingo) e se complicou no Estadual, então vai jogar tudo na Copa do Brasil. Agora, se houver jogo em Belo Horizonte, aí sim o Cruzeiro tem tudo para eliminar a Chapecoense sem sustos e chegar às fases finais da competição, que, na minha opinião, está com um nível muito baixo”, avaliou Roberto Gaúcho.

* http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/cruzeiro/2012/04/09/noticia_cruzeiro,214070/comentarista-em-santa-catarina-idolo-celeste-aponta-armas-da-chapecoense.shtml#.T4NiMOADCwQ.twitter


Goiás faz promoção de ingressos para encher Serra Dourada contra o América

Do Globoesporte.com/Goiânia

* “Torcedores com a camisa esmeraldina pagam meia-entrada”

Já estão à venda os ingressos para a partida entre Goiás e América-MG, que será nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil, no estádio Serra Dourada. A diretoria esmeraldina fez promoção no preço dos ingressos, e torcedores com a camisa alviverde pagarão meia-entrada. Os preços estão em R$ 40 as cadeiras e R$ 10 as arquibancadas.

Os bilhetes estão sendo vendidos no Empório Esmeraldino e nas bilheterias do estádio da Serrinha. A comercialização ocorre entre 9h e 17h nesta segunda-feira e também nesta terça-feira. A primeira partida, em Sete Lagoas-MG, terminou empatada por 0 a 0. Para se classificar o Goiás precisa de uma vitória simples. Um empate com gols dá a classificação para o Coelho. Um novo 0 a 0 leva a decisão para os pênaltis.

* http://globoesporte.globo.com/futebol/times/goias/noticia/2012/04/diretoria-do-goias-faz-promocao-nos-ingressos-para-jogo-com-america-mg.html


Gilberto Silva retorna ao Grêmio contra o Ipatinga e Naldo ganha confiança do Luxemburgo

O Grêmio nos preparativos para receber o Ipatinga amanhã pela Copa do Brasil.

Do portal do jornal Zero Hora:

* “Naldo supera críticas e comemora nova chance no Grêmio com Luxemburgo”

Zagueiro, que foi titular nos últimos dois jogos, deve dar lugar a Gilberto Silva contra o Ipatinga

NALDO

Autor do segundo gol do Grêmio na vitória por 3 a 1 sobre o Caxias neste domingo, o zagueiro Naldo comemora a sequência de jogos como titular no Grêmio. Duramente criticado após falhar no segundo gol do River-SE na partida de ida pela primeira fase na Copa do Brasil, o camisa 4 chegou a ficar fora dos planos da direção. No entanto, o técnico Vanderlei Luxemburgo pediu a permanência do defensor no Olímpico.

— Meu pensamento sempre foi ficar. Sempre estive focado no Grêmio. Esperei pela minha chance e ela veio. Infelizmente foi pela lesão dos meus colegas. Mas fiz o meu papel. Agora depende do treinador escolher quem joga — aponta Naldo.

O zagueiro, que perdeu lugar para Werley entre os titulares, retomou uma vaga no time contra o Ipatinga e também atuou diante do Caxias. Naldo comemora a volta por cima e a chance dada por Vanderlei Luxemburgo para mostrar novamente seu futebol.

— Críticas sempre tem. Cabe a mim aceitá-las pelo lado positivo. Todo jogador tem seus altos e baixos. Graças a Deus, estou dando a volta por cima. Trabalhando nos treinos. O Vanderlei está me dando uma nova oportunidade e tenho que aproveitá-la — completa.

Para enfrentar o Ipatinga nesta quarta, entretanto, Naldo deve voltar ao banco de reservas para o retorno de Gilberto Silva. O camisa 4 não desanima e deixa a “boa dor de cabeça” para o técnico Vanderlei Luxemburgo.

— Quem decide é o Vanderlei. É uma boa dor de cabeça. Ainda não nos passou quem vai jogar. Ele decide e a gente tem que acatar. Temos que fazer o melhor em cada jogo para permanecer no time no próximo. Contra o Ipatinga, temos que entrar com a mesma disposição. Temos que manter a vantagem. Vamos entrar focados para não ter surpresas e não tomar gols — finaliza o defensor.

O Grêmio segue a preparação para encarar o Ipatinga com um treino na tarde desta terça-feira. A partida que decide uma vaga nas oitavas de final na Copa do Brasil acontece na quarta, a partir das 19h30min, no Estádio Olímpico.

* http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/esportes/gremio/noticia/2012/04/naldo-supera-criticas-e-comemora-nova-chance-no-gremio-com-luxemburgo-3722081.html


Rescaldos do clássico!

Como diz o Emanuel Carneiro, “clássico bom é aquele que dura uma semana ou mais depois que acaba”.

Depois de tudo que vi, li e ouvi, dos colegas e principalmente dos leitores e pessoas no contato direto, cheguei a algumas conclusões e continuo com algumas dúvidas.

Eduardo Dias enviou uma ótima twittada que leu do ótimo comentarista Mário Marra: “O clássico começou com uma torcida iludida e terminou com outra!”.

Pode ser. E que todos pensemos sobre isso porque o que importa mesmo é o Campeonato Brasileiro para o qual Galo e Raposa estão se preparando.

Se Anselmo Ramon virou o jogo, para mim, Roger foi o grande responsável pela mudança de postura do Cruzeiro desde que entrou, no segundo tempo.

Além do talento inquestionável, usou toda a experiência que adquiriu ao longo da carreira e fez lembrar o Fabrício: deu logo um chega pra lá no Danilinho que era o principal jogador do Atlético até então, com e sem a bola.

Foi para arregaçar e sob o risco de ser expulso; porém, funcionou. Sintomaticamente, Danilinho sumiu no jogo, e por incrível que pareça, quando era de se imaginar que os “durões” e experientes do Atlético fossem à forra com o Roger, ficaram de bate papo amistoso com ele, com direito a abraço, do Pierre e tapinha nas costas do Rafael.

O atacante cruzeirense Walter deve ter observado isso para se referir a “pipocar”.

Zombaria à parte, o Atlético perdeu mais oportunidades de gol, e o Cruzeiro aproveitou duas das quatro claras que teve.

Aliás, pisei na bola com o Fillipe Soutto ao escrever ontem que ele perdera a bola que originou o empate do Cruzeiro. Foi Neto Berola, e agradeço aos leitores que me corrigiram, com o devido pedido de desculpas ao Soutto, que aliás, fez um grande jogo.

Lembrei-me do Fabrício, e vale registrar que ele ficará os dois próximos jogos fora do São Paulo, devido a mais uma contusão. Não consegue uma sequência lá, o que mostra que o Cruzeiro não fez mau negócio ao não renovar por mais três anos, como ele queria.

Leandro Guerreiro está se saindo muito bem como o novo “xerife” do meio campo celeste.

Observei também que o ponto mais fraco dos dois times é a defesa, que deixam enormes buracos entre os beques e não conseguem espanar com eficiência as bolas cruzadas na área.

Cuca anunciou a troca no gol: Giovanni entra no lugar do Renan Ribeiro.

Um tempo, e um bom treinador de goleiros podem fazer o jovem goleiro, prata da casa, voltar a atuar como no seu começo no time profissional. Tem potencial e mostrou anteriormente que é bom, mas deu uma destrambelhada incrível.

Wagner Mancini terá à disposição, no Brasileiro, o recém chegado Alex Silva, que pode melhorar o desempenho do setor, mas assim como Cuca, pena com a falta de laterais confiáveis.

Exceção para o lado direito do Atlético, onde Marcos Rocha e Carlos César, podem não ser craques, mas estão dando conta do recado.

Guilherme está sendo injustiçado por grande parte dos atleticanos. Tem jogado bem, e no clássico, foi um dos melhores em campo. Paga pelo fato de ter sido do Cruzeiro e qualquer erro dele é hipervalorizado.

A arbitragem continua rendendo, e muito.

Ficarei com os comentários de um representante de cada torcida da capital que se manifestou de forma diferente sobre o assunto.

Entendo que apenas o americano Mário César receberá 100% de razão, até dos mais apaixonados alvinegros e cinco estrelas.

Confira primeiro o atleticano Rondon, depois o cruzeirense de Bom Despacho, Handerson Lemão:

* “Bom dia meu caro Chico Maia,

Mas uma vez volto a falar que sou seu fã, mas discordo novamente com seu comentário sobre a arbitragem mineira, dizendo que sofrem mais pressão que os ratos que vem de fora, entrar pressionado é uma coisa, ser desonesto é outra, e esse safado que apitou o jogo com o auxílio do Motillo já entrou mau intencionado contra o Galo, quando se ta nervoso erra para os dois lados, não vi nenhum  erro contra o cruzeiro, muitas faltinhas a favor do cruzeiro,  no mínimo dois pênaltis a favor do Galo e um gol que tenho dúvidas se foi bem anulado, e o que dizer da deslealdade do Roger, quero ver se a imprensa vai cobrar uma suspensão pra ele, mesmo não sendo expulso no jogo pode e deve pegar pelo menos 5 jogos, porque se fosse do Galo seria manchete em todos os jornais, sei que não podemos ficar culpando os outros pela incompetência de nossos administradores, mas seja sincero como sempre foi, vc conhece algum time no Brasil mais prejudicado pela arbitragem? Três elementos que vem sendo muito questionado pela torcida atleticana e poderiam ter se consagrado no clássico, 1° Guilherme teve a chance de matar o jogo, 2° Rena Ribeiro duas bolas que foram no gol ele pegou no fundo das redes e 3° o árbitro que poderia ser imparcial e ser até cotado para apitar as finais, mas amarelou mais uma vez a favor do cruzeiro.

Atenciosamente.

Rondon Sousa Cordeiro”

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Agora o cruzeirense Handerson:

* “Chico, como sou fã de sua coluna, e concordo com quase tudo que voce diz, sempre tenho que dar um pitaco nas suas opiniões, e desta vez é a respeito do seu comentario quanto ao árbitro do clássico, concordo com o que voce diz, mas só acho que voce se esqueceu que com 3 seg de jogo, o danilinho teria que ser expulso pela entrada criminosa no montillo.

abraços,

Handerson,

Bom despacho – mg”

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E o americano Mário César:

* “Alguém me explica essa “lógica”:

clássico: atlético x cruzeiro – danilinho voa no montillo, para expulsão, nada acontece.

clássico: atlético x cruzeiro – roger dá uma cotovelada criminosa no atleta atleticano, recebe um amarelo.

clássico: atlético x cruzeiro – montillo voa no richarlysson, lance para expulsão, fica no amarelo.

clássico: AMÉRICA x atlético, Leandro Ferreira dá um encontrão no meio do campo com o richarlysson, leva VERMELHO direto.

Moral da história: Só o americano expulso dessa conversa toda. e ALGUÉM AINDA ACHA QUE É Coincidência?

Mário César”.


Utilidade pública: alugue casa em Salvador-BA a apenas 2 Km da nova Fonte Nova

A Rita Paton escreveu ao blog, já de olho no faturamento extra com a Copa-2014, e quem sabe Confederações-2013?

Vejam aí:

“alugo casa em Salvador fica há 2km do estadio, area de segurança(vila militar) a casa tem 230ms 3 quartos e 3 sanitarios , mais dependencia de mepregada e garagem privativa

Rita Paton”

rita_pi@hotmail.com


Outra sugestão para jogo de reabertura do Independência: EUA x Inglaterra

O Eduardo Dias é desses que devem seguir o lema: “já que perdeu a tampa; o negócio é chutar o balaio”.

Se dinheiro público não é problema, vamos gastar mais uma pequena fortuna para inaugurar o Independência.

Mas é uma ideia.

Confira:

“Chico,

Prá se pensar um pouco.. elocubrando aqui nesta tarde de segunda andei pensando: já que gastou essa pequena fortuna para refazer o Independência, uma sugestão. Porque não fazer um amistoso entre as seleções dos EUA e da Inglaterra que proporcionaram o jogo mais famoso deste estádio. O que iria trazer de renda na venda de direitos, ingressos, placas, fora a mídia espontânea. Pode parecer maluquice mas não é.. estamos prestes a sediar uma Copa do Mundo e Belo Horizonte sairia na frente das demais sedes. Uma espécie de cartão de visitas..

A viabilidade a curto prazo disto aí não sei deve ser muito difícil mas se for o caso é interessante mesmo depois da inauguração do estádio uma partida destas. Certamente atrairia um bom público e se bem explorado comercialmente daria um bom retorno.

Abraços,

Eduardo Dias


Ao invés de se gastar mais dinheiro público, uma ideia eficaz para reinaugurar o Independência

O jornalista Juliano Paiva deu uma boa sugestão para o jogo de reinauguração do Estádio Independência, em sua coluna no portal Dom Total.

Confira: 

* “Só uma sugestão para a reinauguração”

O Independência já tem data definida para a reabertura: 25 de abril. A reinauguração acontecerá num jogo amistoso do centenário América contra um time sul-americano.  Todos esperam que seja uma equipe top. O Boca Juniors, o Estudiantes, o Vélez ou a Universidad de Chile, por exemplo.

Depois de tantos gols contra com atrasos, seria um grande mico reabrir o Independência trazendo o Godoy Cruz, o Zamora ou o Alianza Lima.

De toda forma, registro aqui minha sugestão. Atlético e América têm boas chances de se encontrarem nas oitavas de final da Copa do Brasil. Seria muito bacana reabrir o Independência com este clássico no dia 25 de abril. Relembrar o tradicional clássico das multidões. O estádio certamente ficaria lotado e seria um jogo “pra valer”.

Já que não é possível reabrir com a Seleção Brasileira, melhor seria ter um “jogo de verdade” como o tradicionalíssimo América x Atlético. 

* http://www.domtotal.com/colunas/detalhes.php?artId=2644


O clássico à moda antiga e em paz, como sempre deveria ser!

Vejam que beleza de narração do Elismar Santos, do prazer de se curtir o grande clássico, em paz, mesmo com a tradicional tensão e paixão entre os adversários. Repetindo: adversários, e não inimigos, como tantos idiotas querem enxergar o futebol.

À moda antiga, no interior.

Lá em Coração de Jesus, Norte de Minas, a 650 Km de Belo Horizonte; 72 Km de Montes Claros.

Aliás, todos os textos do Elismar são da melhor qualidade e vale a pena acessar do blog dele:

http://www.elismarsantoss.blogspot.com.br/

* “DIA DE CLÁSSICO”

ELISMAR SANTOS

Ontem foi dia de Clássico na capital. As torcidas em polvorosa, os jogadores em ritmo de concentração, a imprensa correndo para um lado e para outro. No interior também tinha Clássico, mas numa toada diferente, sem alarde, sem pressa, sem exageros, porque tudo isso faz mal ao sertanejo.

Primeiro tinha o almoço com a família, porque, antes de tudo, vêm as coisas de Deus. Um franguinho caipira, com quiabo; arroz de forno, feijão tropeiro e uma cachacinha para abrir o apetite. Depois, uma caminhadinha pela praça da matriz, que é para fazer o quilo e colocar as conversas em dia. Daí sim, vai-se ao grande clássico.

O jogo é pela televisão e a reunião em um dos barezinhos da cidade. Não há torcida única ou demarcação de território. Sentam-se todos juntos pelas mesas espelhadas. Um, mais apressado, levanta a mão e chama o garçom; pede uma cerveja e o papo começa. Os palpites são muitos e os resultados vários. A balbúrdia é intensa, mas se finda com o apito inicial.

Jogo tenso, intenso. Os torcedores com o coração acelerado e garrafa passando de mão em mão. O tira-gosto do lado, que e para não faltarem as forças. Os gols saem rápidos, rasteiros, empolgantes. Não tem brigas, apenas provocações, gozações, gritos de gol. A polícia passa, apenas para garantir a ordem; a ambulância desce a rua, sem correria, sem sirene, numa ronda rotineira. O tempo voa e a vida passa.

Finda-se o clássico. Não há vencedores nem vencidos, apenas a impressão de que aquele foi um jogo bom, como os clássicos de outras épocas. Um pequeno grupo se reúne junto à porta, para fazer a resenha final; conversam alto, alterados pela loirinha, enquanto outros seguem para casa. Ainda tem a missa; o jantar e, depois, dormir, porque não é todo dia que a cidade passa por tanta badalação.

* http://www.elismarsantoss.blogspot.com.br/

Informações sobre Coração de Jesus, enviadas pelo próprio Elismar, a quem agradeço:

CORAJESUS

* “Coração de Jesus é uma cidadezinha no Norte de Minas, distando 72 quilômetros de Montes Claros, cidade polo da região e uns 650 quilômetros, mais ou menos, da capital mineira.

A cidade possui aproximadamente  26 mil habitantes e sobrevive da agricultura familiar e do comércio. Tem como grande atração a vaquejada, que acontece no início de Junho, data do aníversário da cidade (01 – 06- 1912), sendo que a mesma completa neste ano o seu centenário.

Aqui também foi encontrado o maior fóssil de dinossauro da América Latina, que está exposto na UFMG.”

IGREJA_MATRIZ

Igreja Matriz


Wagner Mancini se corrigiu e o Galo pagou pelas próprias falhas

Wagner Mancini foi coerente ao manter o Cruzeiro com três atacantes, mas esbarrou num Atlético impecável no primeiro tempo. Se foi ousado para começar jogando, Cuca também foi, ao escalar como titular o Bernard que voltava de contusão grave e poderia estar sem ritmo de jogo.

O técnico atleticano se deu melhor no primeiro tempo porque além de Bernard, todo o meio campo alvinegro esteve bem, e no ataque Danilinho e André aproveitaram as oportunidades que tiveram.

* Outro jogo 

Na segunda etapa o técnico cruzeirense tirou o lateral Marcos que fez um primeiro tempo muito ruim e Walysson. Apostou na força do Everton e na criatividade do Roger. As mudanças funcionaram e a Raposa passou a dar as cartas. Anselmo Ramon perdeu uma chance inacreditável em uma bola cruzada por Montillo, mas se redimiu momentos depois aproveitando um vacilo do goleiro Renan Ribeiro, que não conseguiu cortar o cruzamento. 

* Equilíbrio

O jogo voltou a ficar equilibrado; Guilherme perdeu grande chance na cara do Fábio, depois da bola bater na trave, e no ataque seguinte, o Cruzeiro não perdeu a sua vez. De novo Montillo encontrou Anselmo Ramon dentro da área, mas dessa vez ele não perdoou.

O empate ficou de bom tamanho pelo que erraram e acertaram os dois times.

* Razoável 

Pressionado antes do jogo pelos dirigentes, e durante, pelos jogadores dos dois times, o árbitro Renato Cardoso Conceição foi razoável. Deveria ter expulsado Roger pela agressão por trás ao Danilinho; acertou na expulsão do Pierre, que já tinha cartão amarelo e fez falta dura no Montillo.

Clubes e até a imprensa deveriam colaborar mais com os árbitros mineiros. Os que vêm de fora não sofrem tanta pressão, e isso influencia no trabalho deles. 

* Os nomes

Anselmo Ramon foi o grande nome do jogo, pelos gols e pelo que jogou. Vem subindo de produção e tem a confiança do treinador que tirou Wellington Paulista para a entrada do Walter.

Danilinho fez um bom jogo e se redimiu da falta de profissionalismo fora de campo. Esperto, mais uma vez fez o seu marketing pessoal com a torcida ao provocar os jogadores do Cruzeiro.

* Corda bamba 

Irritado com as vaias, o goleiro Renan Ribeiro quase machucou a mão ao dar um soco na porta do vestiário depois do jogo. Com atitudes assim demonstra que não está suportando a pressão de ser goleiro do Atlético.

No Cruzeiro o mais criticado foi o lateral Marcos. Joga muito mais do que jogou no clássico, mas estava visivelmente nervoso e foi substituido no momento certo.

* Sorte não! 

Os dois técnicos mantiveram o equilíbrio e respeito mútuo nas entrevistas após a partida, porém, para evitar críticas públicas aos seus jogadores, Cuca exagerou ao dizer que o Cruzeiro empatou na “sorte”.

Ora, ora! O goleiro Renan falhou no primeiro gol, e Fillippe Soutto perdeu bola quando tentava sair para o contra ataque, originando o empate azul.

Isso não é sorte; são falhas, e competência do adversário. 

* Só na última 

A próxima rodada será marcada pela expectativa em torno do primeiro e do último classificado para a fase decisiva, mas principalmente para a luta contra o rebaixamento.

O Democrata Pantera pode repetir a façanha do ano passado quando escapou no apagar das luzes. Lamentável que o Uberaba esteja correndo risco de deixar o Triângulo fora da disputa do ano que vem.

Mas Villa Nova, Boa e América-TO também correm risco.

* Essas e outras notas estarão em minhas coluna de amanhã nos jornais O Tempo e Super Notícia, nas bancas!


Fundador de torcida organizada não usa mais camisa dela nem do clube

As torcidas organizadas conseguiram chegar a uma imagem tão ruim que qualquer entrevista com alguma liderança de qualquer uma delas provoca sentimento de repulsa.

Porém, o assunto é mais complexo do que parece e vale a pena se inteirar de aspectos que passam batidos na discussão.

Um dos fundadores da Gaviões da Fiel, Chico Malfitani, falou à Folha de S. Paulo coisas importantes.

Mas ele não integra mais a torcida e nem veste a camisa dela ou do Corinthians para ir a um estádio.

Algumas feridas tocadas por ele são reais em qualquer parte do Brasil, como por exemplo, a cumplicidade de muitos dirigentes com o esquema mafioso dessas torcidas. Muitas recebem ingressos para ir aos jogos do time e em troca apoiam incondicionalmente os dirigentes, além de não sofrerem nenhuma represália por usar a marca do clube.

Várias torcidas são verdadeiras empresas e lucram alto com camisas, bonés, chaveiros, excursões para jogos dos time e por aí vai. Usam a marca do clube e não pagam nada para tal.

Um jogador famoso é contratado e já chega ao aeroporto usando o boné ou a camisa de uma determinada torcida, sem que ela pague nada ao clube ou ao jogador, que entra no jogo como cúmplice também.

Claro que o clube facilita este acesso ao atleta.

Na imprensa há companheiros que também entram no jogo, por interesse financeiro ou político.

Todos estes ingredientes, mais a impunidade, viram uma bomba de efeito retardado e dá no que dá: violência, mortes e afastamento de pessoas de bem dos estádios.

Veja a entrevista do Chico Malfitani:

* “Entrevista – Chico Malfitani”

Os cartolas se provocam, e a Gaviões que é violenta?

Fundador da maior torcida do Corinthians fala das brigas, critica clubes, mídia, TV e polícia e se diz contra a extinção das organizadas

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

Chico Malfitani, 61, jornalista, sociólogo e publicitário, acomodou-se em uma cadeira de sua sala e avisou. “Não vou falar o que a Folha quer. Vou falar o que eu acho.”

Em 1969, a garagem dos avós dele serviu de primeira sede da Gaviões da Fiel, torcida organizada que ele fundou com outros 15 amigos no bairro do Bom Retiro.
Hoje, segundo o site da torcida, são mais de 90 mil afiliados.

Ex-marqueteiro de Luiza Erundina, Francisco Rossi, William Dib e Eduardo Suplicy, Malfitani falou sobre as origens da torcida e, principalmente, os caminhos que tornaram o futebol paulista violento a ponto de matar, como no último dia 25, em que dois palmeirenses foram mortos por membros da Gaviões.

Condenou as brigas, mas defendeu a Gaviões; reclamou da mídia, que, para ele, tem culpa no cartório. Falou até do papel de Lula naquilo que chama de “crescente onda de ódio ao Corinthians”.

Folha – Quando fundada, qual era o propósito da Gaviões?
Chico Malfitani – Éramos um grupo de garotos, eu tinha 19 anos. Fundamos a Gaviões para derrubar a ditadura do Wadih Helu, que usava o clube fazia 11 anos para suas eleições de deputado. Dentro do clube, o associado não conseguia se organizar. Qualquer movimento era reprimido. Então éramos garotos, uns 15 ou 16, de todas as partes da cidade, que se sentavam sempre no mesmo lugar. Nos unimos para organizar a torcida e derrubar o presidente do Corinthians.

E o que mudou na torcida desde então?
A Gaviões mudou porque a sociedade mudou. Quantas pessoas morriam assassinadas em um fim de semana de 1969? Está se cobrando um comportamento da Gaviões como se estivéssemos em uma sociedade suíça. E os meios de comunicação são os maiores incentivadores. Outro dia, o Sportv estava metendo o pau nas organizadas às 11h30 da manhã. Nisso, entram cenas do MMA, sangue escorrendo. O Galvão [Bueno] gritando ‘direita, esquerda’, o cara socando o outro, e isso é civilizado? Os dirigentes se provocam, dão declarações irresponsáveis. E depois a Gaviões é violenta?

Mas a própria polícia detecta criminalidade dentro das torcidas.
Quem diz que só tem marginal nas torcidas nunca foi a um estádio. Não podemos transformar essas torcidas num Taleban. De 70 mil sócios [da Gaviões], 300 brigaram. Qual o percentual? Há indução à violência, games, banalização da morte. E a gente quer que o torcedor esteja à parte disso como? A sociedade mundial está violenta. E o Brasil, principalmente os meios de comunicação, não faz nada para mudar.

O que houve naquele domingo, quando dois palmeirenses foram mortos?
Neste episódio não tem justificativa, mas há uma explicação. Antigamente, não existia isso de juntar 20 pessoas e chutar a cabeça do cara no chão. Não existia na torcida nem na sociedade. Em 28 de agosto do ano passado, espancaram o Douglas [Karim Silva, corintiano] até a morte. Passaram a moto por cima dele e jogaram o corpo no rio. Requintes de crueldade. Não houve punição até hoje. Você não consegue controlar um grupo de pessoas que não aguenta mais. Aguardou-se de agosto do ano passado até duas semanas atrás para que a polícia tomasse uma providência sobre o garoto que foi massacrado. Não deram bola. Chegou a um ponto em que quiseram se vingar. Deu nessa tragédia. Cabe aos dirigentes das torcidas e dos clubes pacificarem as coisas.
A Gaviões enviou à polícia um relatório de confronto com as vias mais perigosas da cidade. Não teve inocente, e não teve massacre. Se teve algum aspecto não negativo nessa tragédia, foi que ao menos foram dois grupos numerosos que se encontraram. Absurdo. Mas não houve 50 pessoas esmagando
um coitado. Foi horroroso, não concordo, jamais participaria disso.

Concorda com a proibição das torcidas?
Talvez no sentido de baixar a poeira neste momento de crise. Foi útil para que todos reflitam um pouco. O trabalho da polícia tem que ser de mais investigação. O tráfico de drogas entrou pesado em outras torcidas. Tem que investigar. Mas está havendo uma caça às bruxas, não vejo uma intenção real de pacificar as torcidas.

Algumas pessoas defendem a extinção delas.
Vamos acabar com Israel? Com a Palestina? Afeganistão? Não. Amar um clube não quer dizer que você precise aniquilar o adversário. Há uma minoria que convive com violência no dia a dia. Mas pergunte a qualquer dirigente de organizada qual é a torcida menos violenta. É a Gaviões. Não há orientação em relação à violência, nada. Não se acaba com as torcidas porque as pessoas existem. Você pode acabar com as sedes, proibir camisa, mas elas vão continuar indo aos jogos do mesmo jeito. A questão é que o garoto que vai para a torcida organizada só escuta uma pessoa: o dirigente da torcida organizada. É o espaço dele. Por isso tem que haver um trabalho dos dirigentes das torcidas. Veja a nota oficial da Gaviões e a nota da Mancha. Na Mancha, o pessoal mais velho, Paulo Serdan, foi largando [a torcida].

A Gaviões nasceu batendo de frente com a diretoria do Corinthians, mas hoje anda de mãos dadas com ela…
Não. O Andres [Sanchez, ex-presidente do clube], a vida toda foi da Camisa 12, que é uma dissidência da Gaviões. A Gaviões sempre teve uma atitude independente, não há essa subserviência, não existe [ a prática de] dar ingressos. Se você frequenta o estádio, sabe que a organizada é quem apoia o time do começo ao fim. Dirigente não gosta de cobrança. Desde que pintou a história do Itaquerão, a questão política, houve um acirramento do ódio. Tenho amigos palmeirenses, são-paulinos. Virou um ódio. As pessoas têm ódio do Corinthians. A questão política, Lula, Serra, PSDB, a Copa do Mundo, dinheiro público, acirrou os ânimos através da mídia. Nós, torcedores, sentimos isso. Você não torce para o São Paulo, você prefere que o Corinthians se ferre. Era diferente. Não havia aquele ódio. Se vir um cara na rua com outra camisa, um cara quer matar o outro.

Continua indo aos jogos?
Todos. Vou na arquibancada. Mas nunca mais vesti camisa da Gaviões nem do Corinthians no caminho ao estádio. Há anos não faço isso. Há muito ódio, e esse ódio só será resolvido se os dirigentes tomarem providências. Quanto o futebol fatura hoje? A Nike, a Globo, o Ricardo Teixeira? À custa do sangue desses coitados que vão se matar?

Ficaria tranquilo se seus filhos fossem ao estádio com a Gaviões?
De ônibus, hoje, não ficaria. A violência fora do estádio é enorme. Mas houve momentos piores. A polícia não pode encarar o torcedor como bandido. O que precisa ser feito é uma UPP [Unidade de Polícia Pacificadora]. A PM manda 600 homens para desalojar o Pinheirinho, manda 400 da tropa de elite para a USP e, para evitar um confronto que estava agendado pela internet, manda duas viaturas? O que querem, afinal? Que tudo exploda e o futebol fique elitizado?