Recebi do leitor Rafael Diniz o seguinte comentário:
“Chico,
o que está acontecendo na FMF hoje, é uma afronta à moralidade do futebol além de ser falta de respeito com os torcedores mineiros. O atual presidente da entidade, pretende estender seu mandato para que possa ser também, o presidente da Federação durante a copa do mundo. Para isso, articulou uma assembléia com finalidade de mudança de estatuto, marcada para hoje, dia 18, às 14hs na sede da FMF. Nós torcedores, a imprensa, e aqueles que gostam do futebol não podem se calar nesse momento!”
Ele tem toda a razão, mas assim é o Brasil, e essa aí já era!
O futebol mineiro vai muito mal e o presidente da FMF, Paulo Schettino, repete em Minas o que Ricardo Teixeira fez na CBF: manobra nos bastidores para mudar o estatuto a fim de prorrogar o seu mandato. Terminaria em fins de 2012 e com a aprovação dos clubes profissionais e Ligas amadoras do interior, será prorrogado até 2014.
Certamente a Assembleia Geral convocada por ele, para hoje, vai aprovar, e não se assustem se for por unanimidade.
Atlético, Cruzeiro e América, os maiores, dirão amém!, também!
Só espero que o Dr. Schettino, faça um mínimo para melhorar alguma coisa em nosso futebol, com perspectivas de um futuro menos trágico:
– Campeonatos de infantis, juvenis e principalmente juniores que possam ser assistidos pelo público. Para isso, horários e locais decentes, acessíveis aos torcedores.
– Moralização dos Campeonatos da Primeira, Segunda e Terceira Divisões. Só disputa quem tiver condições, atendendo às exigências mínimas de estádios que ofereçam boas condições para o público e gramados que atendam aos jogadores.
– Que acabe com “jeitinhos” e prorrogações de prazos para inscrições de clubes nas competições.
Se estiver legal, no prazo, disputa, se não tiver, que fique fora até se organizar.
– Que cumpra com o seu papel e seja corajoso, encarando Ministério Público, PM, Bombeiros e outras autoridades que fazem exigências absurdas para liberar capacidade de público nos estádios de Minas gerais.
Todo excesso dessa precisa ser questionado, olho no olho ou judicialmente.
O que prevalece hoje é uma atitude omissa, passiva, medrosa e acomodada da Federação, que teoricamente representa os interesses dos clubes.
– Que promova uma reorganização total do nosso futebol, nos moldes que a CBF fez em 2000/2001, com o apoio da Fundação Getúlio Vargas, que culminou com a fórmula do atual Brasileiro, a partir de 2003.
– Que mexa nos estatutos da Federação e acabe com essa palhaçada de mandatos eternos. Que se estipule: no máximo dois mandatos consecutivos, e que, depois disso, o sujeito vá cuidar de sua vida, longe da entidade!