Blog do Chico Maia

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Cuiabá 0 x 3 Atlético. Foi até pouco. Time do Milito, mais uma vez, sobrou em campo

Foto: Pedro Souza/Atlético

Com 3 a 0 no Cuiabá, mais um jogo que o Atlético faz ficar fácil

Com o mesmo elenco, Gabriel Milito está dando banho no antecessor Luiz Felipe Scolari. Impressionante como o Galo é outro time, dentro e fora de casa, jogando pra cima do adversário de forma consciente.

Preservando jogadores, como Hulk, hoje; reabilitando outros, como o Vargas, grande atuação nesta tarde em Cuiabá; adaptando um Scarpa como lateral esquerdo, com a maior boa vontade e alto rendimento, motivando e unindo o grupo, Gabriel Milito está cumprindo bem demais a missão dele neste início no Atlético.

De repente, vai conseguir acabar até com a dependência do Hulk, até então meio time.

Expectativa para quando chegarem os adversários mais fortes.  Se conseguir arrumar a defesa, o Galo poderá ter uma temporada inesquecível este ano.

Gustavo Scarpa novamente em forma, marcando gols, dando assistências e jogando em várias posições. Foto: Pedro Souza/Atlético


Problema no Cruzeiro agora é o “peso” da camisa e “distopia”

Paulo André liderou o movimento Bom Senso FC, em 2013, que reivindicava benefícios para os jogadores e ameaçava a CBF com uma possível greve, que não deu em nada (Foto: twitter.com/Cruzeiro)

Rolando Lero continua em ação no Cruzeiro. Problema agora é o “peso” da camisa e “distopia”

No início da “era Ronaldo” SAF, dizia-se que todo jogador gostaria de jogar pelo Cruzeiro, porque além do dono ser um dos maiores ex-jogadores de futebol do mundo, o “peso” da camisa era diferenciado e atraía qualquer um.


Na entrevista que deu para explicar a saída do diretor Pedro Martins, o braço direito do Ronaldo, ex-zagueiro Paulo André, disse que o peso da camisa atrapalha os jogadores: “Eu brinco que, se o nosso time estivesse com outra camisa, teríamos feito muito mais pontos. A gente vai continuar sendo um time em construção até conseguir voltar a grandeza do Cruzeiro e dizer que vamos ter o objetivo de ser campeão. Há uma frustação pelo tempo de espera, mas entendemos que há uma normalidade. O crescimento oscila”.


Depois veio com outra frase, em que uma palavra obrigou muita gente a recorrer aos dicionários: distopia: “Temos premissas que embasam um clube que, com a receita que temos hoje, com os objetivos que temos, temos que traçar. Há uma distopia, que é o grande causador dessa diferença entre expectativa e realidade. Essa camisa é pesada para caramba. Aí você não consegue trazer jogadores que, muitas vezes, não consegue”.


De acordo com a mestra em Ciências da Comunicação, Juliana Theodoro, distopia é “a representação de uma realidade ou sociedade imaginária opressora e aterrorizante. É o oposto de utopia. O termo distopia acaba por caracterizar um gênero artístico que apresenta um imaginário sobre o futuro, em que este é lugar de opressão e violência, geralmente sob regimes políticos totalitários…”

Hummmm. Aí me lembrei que dos tempos em que o Paulo André liderou o movimento Bom Senso FC, que reivindicava benefícios para os jogadores e ameaçava a CBF com uma possível greve. Na época, 2013, o discurso era: “Eles estão brincando com o fogo, e os atletas estão chegando no limite de sua paciência. Nao sei se a greve é para agora, mas se continuar desse jeito, ela vai acontecer”.
E nada mudou!


A torcida espera que o Cruzeiro mude. Pedro Martins não mostrou eficiência no cargo e se foi. Paulo André ficará interinamente no cargo, até conseguir alguém competente para a função.
Enquanto isso, os cruzeirenses continuarão nessa “distopia”.


Das críticas mais contundentes e sensatas que já li sobre Ronaldo e o Cruzeiro

O então presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues e Ronaldo no dia da apresentação do ex-jogador como dono da SAF, em 18 de dezembro de 2021. Foto: divulgação/instagram

Está no portal da ESPN, dia 18 de dezembro de 2021:

“Há 16 dias, Ronaldo falou que Cruzeiro pode ser ‘máquina de fazer dinheiro’: ‘Não precisa ser gênio’ – Exatos 16 dias antes de comprar o Cruzeiro, Ronaldo já falava sobre a rentabilidade do clube que o revelou. No dia 2 de dezembro, em entrevista ao Flow Sport Club, o Fenômeno disse que a Raposa poderia ser ‘uma máquina de fazer dinheiro’ com uma boa gestão.
“O futebol é rentável. Uma base de dados como o Cruzeiro tem é uma máquina de fazer dinheiro. Fazendo minimamente bem, não precisa ser um gênio, vai dar certo”…
https://www.espn.com.br/futebol/artigo/_/id/9688744/ha-16-dias-ronaldo-falou-cruzeiro-pode-ser-maquina-fazer-dinheiro-nao-precisa-ser-genio

O Cruzeiro é o terceiro colocado do Grupo B da Copa Sul-americana (Foto: twitter.com/SudamericanaBR)

Quando ninguém esperava e muito menos sonhava que o Cruzeiro se tornaria uma empresa, caiu como uma bomba a informação de que o Ronaldo “fenômeno” tinha se tornado o dono da recém-criada SAF do clube.

Nenhum outro empresário, ligado ao clube, cruzeirense de verdade, teve nem a chance de pensar em apresentar uma proposta. Grande parte da torcida, com razão, cega de paixão, achou que teria sido o melhor negócio do mundo e que a Raposa estava “salva” e voltaria breve às grandes “páginas heroicas imortais”.

E ai de quem ousasse fazer a mínima crítica ou lembrasse que Ronaldo nunca deu a menor bola ao Cruzeiro depois que foi vendido. Nem citava o clube nem Belo Horizonte nas muitas entrevistas que dava sobre seu início de carreira.

Pelo contrário, a única vez que falou, foi pra dizer que quase passava fome na Toca.

Recebi de vários cruzeirenses, por e-mail, whatsapp e aqui no blog (obrigado Juca da Floresta, obrigado Alex e aos demais), a coluna do Gustavo Nolasco, de ontem, dia 23, no Estado de Minas. Uma das críticas mais contundentes e mais sensatas que já li até hoje sobre a gestão do Ronaldo no Cruzeiro.

Vale demais a pena ler.   

“DA ARQUIBANCADA”

SAF do Ronaldo: um fenômeno de omissão

* Por Gustavo Nolasco

Quem gosta de ser campeão é o torcedor cruzeirense. A diretoria da SAF trabalha mesmo é para não gerar custos e fazer mais ricos seus patrões

*SAF do Ronaldo: um fenômeno de omissão*

Não existe mais motivo, desculpa ou influencers/youtubers cevados com jabás/patrocínios capazes de fazer com que a Nação Azul continue se iludindo. Com a filosofia financeira-desportiva imposta pela diretoria montada pelo suposto comprador da SAF Cruzeiro, Ronaldo Nazário, não há qualquer perspectiva de montagem de um time competitivo no nível que a marca “Cruzeiro Esporte Clube” exige.

De semana em semana, de competição em competição, a estratégia dessa gente vai ficando cada vez mais escancarada:

1 – organizar a mina de ouro (as categorias de base), pois é de onde os acionistas projetam retirar seus dividendos, vendendo ativos (jovens promessas) para o milionário mercado internacional;

2 – manter um elenco profissional de mediano para fraco, pois, afinal, ter um escrete com capacidade técnica de disputar títulos pressupõe altos investimentos, e isso não lhes interessa, pois não admitem reduzir o lucro financeiro em suas contas bancárias.

Em resumo, quem gosta de ser campeão é o torcedor cruzeirense. A diretoria da SAF trabalha mesmo é para não gerar custos e fazer mais ricos seus patrões.

O resultado do último sábado mostrou, novamente, que entramos em uma competição com um elenco fraco, incapaz de medir forças com a turma “da parte de cima da tabela”.

Hoje, temos apenas um jogador realmente diferenciado tecnicamente, Matheus Pereira. Detalhe, ele só está no clube graças à insistência de Pedro Lourenço. Porque, sabemos todos, se dependesse de investimento de Ronaldo ou de estratégia da sua Patota de Corintianos e Playboys Cariocas de Sapatênis, o craque do nosso time (cruzeirense declarado e apaixonado) jamais estaria aqui. Muito menos haverá qualquer esforço dessa gente para que ele fique ao final do empréstimo.

Chega a impressionar como essa diretoria não sente o mínimo de vergonha na cara por ficar em silêncio frente aos resultados vexatórios, como a eliminação para o Sousa na Copa do Brasil, o empate para o semiamador Alianza e a nova derrota patética para o Atlético de Lourdes. Omissão ou covardia?

Hoje entraremos em campo pela terceira rodada da Copa Sul-americana. Mesmo o Cruzeiro sendo cabeça de chave da competição, até o momento, não venceu nenhuma partida. A Patota de Corintianos e Playboys Cariocas de Sapatênis não disse absolutamente nada sobre essa completa incompetência. Soberba?

É evidente a falta de sintonia da SAF com os anseios da Nação Azul e com a grandeza de um clube multicampeão. Eles repetirão a mesma lereia: “Pegamos um clube quebrado”. Sem que ninguém lhes devolva o questionamento: “Se comprar um clube pelo preço de pechincha que pagaram era um negócio tão ruim assim, por que pegaram?”

“A roupa nova do rei” é um conto do dinamarquês Hans Christian Andersen, publicado em 1837. Ele conta a história de dois vigaristas que bolam um plano para enganar o imperador. Sabedores que o rei adorava esbanjar com roupas caríssimas e exclusivas, eles se passam por tecelões e oferecem algo extraordinário: produziriam roupas magníficas, visíveis apenas para os inteligentes.

O rei os contrata. Tempo depois, todos da cidade visitam os teares e mesmo vendo que estão vazios, para não serem considerados estúpidos, fingem acreditar que algo estava sendo confeccionado.

Veio o grande dia no reinado. Os vigaristas chamam o imperador, o despem e fazendo mímicas, fingem vesti-lo com as roupas “só visíveis aos inteligentes”. Quando o rei ganha as ruas, os seus súditos, não querendo parecer ignorantes, novamente, fingem acreditar que o imperador está vestido.

O espetáculo bizarro de soberba, omissão e covardia se arrasta até que uma criança aponta para o imperador e grita: “O rei está nu!”

Agora, resta à Nação Azul definir se o seu papel nesse conto será o de súdito omisso do soberbo rei ou se será a criança que tem a coragem dizer a verdade.

Por Gustavo Nolasco

https://www.em.com.br/colunistas/gustavo-nolasco/2024/04/6843179-saf-do-ronaldo-um-fenomeno-de-omissao.html


Atlético bem na fita pelo primeiro lugar geral da Libertadores; Cruzeiro empata outra

Foto: twwitter/CAM

Grande jogo em casa, 3 x 2 no Peñarol, que renasceu a partir do momento em que tomou o terceiro gol, aos 11 do segundo tempo.

No primeiro tempo, Scarpa, o melhor em campo, fez 1 x 0 aos 15, depois de tabela do Zaracho com o Paulinho, que deu um passe açucarado.

Aos 26, o zagueiro Damián Garcia errou feio e na saída da bola entregou a bola para Paulinho fazer 2 x 0.

Aos 12 do segundo tempo, em contra-ataque, Hulk achou Scarpa, entrando pela direita, que bateu com perfeição, marando o terceiro.

A partir daí, impressionante a reação uruguaia. Aos 16, bola alçada na área atleticana e aí já viu, não é? Maxi Oliveira surgiu no meio da zaga e diminuiu.

Aos 23, Silvera marcou o segundo e a torcida do Galo passou aperto até o fim da partida, mas plenamente justificado. Aos 27 tomou bola na trave, em falta batida pelo Gastón Ramírez.

Foto: twitter.com/Cruzeiro

O Cruzeiro empatou com o La Calera, terceiro empate em três jogos pela Sul-americana.

Com chance desperdiçada de forma inacreditável, pelo Rafael Elias

https://twitter.com/i/status/1782894615533695314

Diferentemente da “era” Felipão, jogadores do Atlético mostram em campo mais união e futebol coletivo

Foto: twitter.com/Atletico

Atlético x Peñarol esta noite em BH. Prazer em ver este time do Galo/Milito jogar
Em sete jogos comandando o Galo, o treinador argentino Gabriel Milito ainda não repetiu a mesma escalação inicial. Com quatro vitórias e três empates, opta por jogadores e estratégias diferentes para cada adversário, com uma característica própria: ousado, sem medo de perder, e por consequência, “sem medo de ser feliz”.
Tem dado certo. Ele está sabendo utilizar todo o potencial dos jogadores à sua disposição. Conquistou a torcida com o seu jeito despojado, dentro e fora de campo. Nas entrevistas é claro, sem rodeios, respeita e se faz respeitar.
O futebol é uma gangorra, imprevisível, tudo é possível em cada partida. Nenhum time é imbatível, mas Milito já conseguiu algo que os últimos antecessores dele no cargo não deram conta: prazer em ver o time jogar, com garra, com jogadas envolventes, passando a esperança de que o gol sairá a qualquer momento porque os jogadores sabem o que fazer em campo, formam um conjunto. Antes, era na base do “cada um pra si e Deus pra todos”.

Foto: twitter.com/Atletico
Vamos ver como será esta noite, 21 horas, contra o Peñarol de Diego Aguirre, que foi técnico do Galo em 2016.
O clube uruguaio é um dos maiores ganhadores da Libertadores: cinco títulos, sendo o último em 1987. Na época já iniciava um período de decadência técnica e financeira. Vem se recuperando, lentamente, e ainda não mete o medo que metia em seus adversários como nos anos 1960/1970. Porém, todo cuidado é pouco. O Criciúma conseguiu sair da Arena do Galo levando dois pontos.
O provável time do Milito para hoje: Everson, Saravia, Jemerson, Battaglia e Arana; Otávio, Alan Franco, Scarpa e Zaracho; Paulinho e Hulk.
Trio de arbitragem colombiano: Andrés Rojas, com Alexander Guzmán e Jhon Gallego nas bandeiras.
O VAR vem do Equador: Carlos Oribe.

Foto: twitter.com/Libertadores


Cruzeirense, de Montes Claros, sugere que Ronaldo continue, mas passe o comando da SAF ao Pedrinho do Supermercados BH

Foto: Cruzeiro EC/Gustavo Aleixo

A falta que faz um time e uma diretoria competente ao Cruzeiro

(Imagem: twitter.com/home)
Um dos maiores conhecedores de futebol que conheço é o ex-jogador e treinador Procópio Cardozo. Ao ver essa lista oficial dos relacionados para o jogo do Cruzeiro em La Calera/Chile, pela Copa Sul-americana, ele twittou:
@procopiocardozo “Quem sou eu para aconselhar o Fernando Seabra, mas se pudesse diria a ele: faça o simples. João Marcelo e Zé Ivaldo não podem ficar fora são os melhores dessa relação; volante tem que competir, não pode marcar com o olho. E atacante tem quem aguentar correr e ainda chutar pro gol”.

Quase todos os cruzeirenses com quem converso também pensam assim, e eu também.
O Amaury Alkimim, cruzeirense de Montes Claros, também pensa e defende que Ronaldo continue na cúpula da Raposa, mas passe o comando para quem vive verdadeiramente o Cruzeiro e sofre no dia a dia, como a torcida está sofrendo: Pedrinho do Supermercados BH.


Vale a pena ler a opinião do Amaury e seria ótimo se o Ronaldo usasse o bom sendo e acatasse a sugestão:
“Chico, Bom Dia! Deu a lógica.
Meu Cruzeirão está com um plantel muito, mas muito inferior ao nosso rival. Nosso estagiário de técnico parece muito perdido.
Chico do céu, que defesa horrorosa essa do meu Cruzeiro! Eles ficam olhando a bola que nem um bando de “Dalua” e não marcam os adversários. Todos os gols que levamos do Atlético Mineiro este ano foram descuido, vacilos do sistema defensivo. Eles ficam marcando com os olhos, de longe, alguns com as mãos na cintura ou tirando meleca do nariz.


Alguém tem que ensinar para eles marcar o adversário e não a bola. É preciso treinar sem bola; treinar posicionamento para anteciparem às jogadas para não acontecer que cheguem atrasados. Deixar Hulk, Scarpa, Arana, Zaracho livres para finalizar é covardia.
Olha, agora já tenho condições de emitir opinião sobre as contratações deste ano: TODAS FRACAS. Barreal é inferior ao Robert e João Pedro. Outra coisa, esse Paulo André é um malfeitor para o Cruzeiro desde quando era zagueiro e caminhava na zaga que nem Lucas Silva hoje (que se arrasta em campo e ninguém tira).


Por fim, o ideal seria Ronaldo vender 50% das ações da SAF para Pedro Lourenço, fazendo uma parceria interessante; R9 ainda continuaria lucrando (sua meta) emprestando sua grife à instituição e Pedro Lourenço entraria com a grana e amor ao time. Sem contratações boas repetiremos o sofrimento do ano passado. Ajustes já! Ah, ainda bem que foi só de 3×0, pois com o elenco que o rival tem (e nós não temos) poderia ser bem pior.”
Amaury Alkimim – Montes Claros


Galo 3 x 0 Raposa: para Felipão ver e aprender como se faz num clássico como este, em casa

Foto: twitter.com/Atletico

Que partida do Atlético! 3 a 0 sem contestações

Essa primeira vitória do Galo sobre o Cruzeiro em sua casa foi muito bem resumida pelo Guilherme Frossard, ex-Globo, na twittada que deu depois da partida, que deveria ser dedica ao Luiz Felipe Scolari:
@guifrossard
“Milito explicou a opção por Battaglia como zagueiro: queria anular Matheus Pereira como falso 9 (como apareceu em outros clássicos) e melhorar a saída de bola por dentro. Deu muito certo. Como é bom ver entrevistas coletivas de treinadores que explicam com clareza o que fazem…”


Fatura liquidada no primeiro tempo: Zaracho aos 24, Paulinho aos 34 e Arana aos 46.
Com 39.541 presentes, renda de R$ 2.151.652,52.


Difícil dizer quem foi o melhor em campo: Gustavo Scarpa ou Zaracho, mas todo o time do Atlético jogou muito.


América ficou no quase na estreia e mais um clássico de prova de fogo na casa do Galo esta noite

(Foto: twitter.com/Atletico)

América deixa 2 pontos em Ribeirão Preto e hoje tem prova de fogo para Atlético e Cruzeiro

Uma pena que o Coelho não tenha resistido por mais dois minutos para retornar com três pontos da abertura da Série B 2024. Mandou na partida até abrir o placar, aos 16 do segundo tempo. A partir daí o Botafogo foi com tudo pra cima e aos 46 empatou.


Dois gols de cabeça. O autor do gol americano, Renato Marques, disse depois do jogo: “empate com sabor de derrota”. Verdade verdadeira. Bernardo Schappo fez o gol dos donos da casa.

(Foto twitter.com/AmericaFC1912)


Fico imaginando como o futebol “profissional” brasileiro vai sobrevivendo com públicos e rendas como este em Ribeirão Preto, e maioria das partidas da Série B, do América inclusive: pagantes: 3.628; presentes 4.082. Renda: R$ 53.065,00.
Dureza!


Próximo jogo do América, sábado, dia 27, contra o Novorizontino, às 18 horas, no Independência.

Hoje, 21 horas, o nosso maior clássico na casa do Galo novamente, onde o Cruzeiro venceu duas e empatou uma. Pressão a mais no time do Gabriel Milito: quebrar este “tabu”. Depois de empatar as duas primeiras partidas em 1 x 1.
Contra um adversário de técnico novo e animado por um ótimo começo no campeonato: uma vitória em Belo Horizonte e um empate em Fortaleza.

(Foto: twitter.com/Brasileirao)


Arbitragem do Sul e capixaba: Ramon Abatti Abel (Fifa-SC) com assistência de Rafael da Silva Alves (Fifa-RS) e Alex dos Santos (SC).
VAR: Wagner Reway (Fifa-ES).


Volta de Alexandre Mattos foi uma ótima. Nossos clubes precisam valorizar mais os profissionais mineiros

Alexandre Mattos (camisa branca), entre Marcus Salum (esq.), Diretor de Futebol, Fred Cascardo, e Euler Araújo (Foto Mourão Panda/América)

A volta de Alexandre Mattos acrescenta muito ao América e ao futebol mineiro

Além de “prata da casa” é competente, dos melhores do ramo no Brasil, uma revelação do próprio América, que se despontou nacionalmente ao montar um excelente grupo no Cruzeiro e surpreender o país com a conquista de dois Brasileiros seguidos, 2013/2014.
Ele começou buscando Marcelo Oliveira, que fazia ótimo trabalho no Coritiba e os dois “garimparam” bons jogadores, pouco conhecidos até então e que não custariam caro ao clube. Uma liga que deu certo.
Dois mineiros que tiveram a rara oportunidade de mostrar seu trabalho em um dos nossos maiores clubes.


De uns anos para cá, eles passaram a importar treinadores, diretores e jogadores de qualidade duvidosa custando fortunas, sem justificar os altos investimentos.
O tempo passa depressa, a comunicação ficou mais acelerada com as novas tecnologias e a memória do brasileiro que já era curta, agora se tornou “vaga lembrança”, abrindo espaço para ingratidão e injustiças.
A torcida do Cruzeiro deve um reconhecimento especial ao Dr. Gilvan de Pinho Tavares, que foi o presidente que teve coragem de bancar Alexandre Mattos e Marcelo Oliveira.


Primeiro clube fora do “eixo” a quebrar a longa hegemonia dos endinheirados paulistas e cariocas, que se revezavam nas conquistas dos títulos do Campeonato Brasileiro.
Aliás, o Cruzeiro era ótimo nessas descobertas. Foi o Zezé Perrela quem descobriu e lançou o Eduardo Maluf, que tinha sido goleiro e depois presidente do Valeriodoce de Itabira.
Com o trabalho feito na Toca da Raposa, Maluf se tornou referência no Brasil, cobiçado pelos maiores clubes do Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul. Mas ficou em Minas, porque o Atlético pagou mais para mantê-lo em Belo Horizonte.


Minas Gerais deveria valorizar mais os mineiros, comprovadamente competentes ao longo da história, dentro e fora dos gramados, com direito a vários “gênios”, muito acima de média.
Nem preciso citar nomes porque o Brasil e o mundo conhecem e reconhecem, mais que muitos próprios mineiros.

Está aí o técnico Leo Condé, fazendo sucesso no Vitória, campeão baiano este ano, campeão da Série B 2023, com jogadores “garimpados” a dedo, sem nenhum medalhão. Mineiro de Piau (perto de Juiz de Fora), já trabalhou no Tupi, Ipatinga, Villa Nova, Nova Iguaçu, Caldense, Sampaio Corrêa, Bragantino, Goiás, CRB, Botafogo-SP, Paysandu, São Bento, Novorizontino e agora Vitória. Nunca teve seu nome nem especulado pela imprensa para comandar Atlético, Cruzeiro ou mais recentemente o América, apesar da competência comprovada.

(Foto: twitter.com/ECVitoria)


Jovens promissores profissionais mineiros, fora das quatro linhas especialmente, têm de sair de Minas, mostrar serviço lá fora, para só depois serem notados e contratados pela nossa dupla mais endinheirada. Um exemplo atual é o Alberto Simão, que fez ótimos trabalhos como diretor de futebol da base do América, depois profissional do Tupi e Tupynambás de Juiz de Fora, Vila Nova e contratado pelo Palmeiras para comandar o departamento de futebol feminino do clube.

Alberto Simão, elogiadíssimo pela presidente Leila Pereira. (Foto: Luiz Guilherme Martins/Palmeiras)


No início deste ano um amigo jornalista da Austrália me disse que um jovem brasileiro, de Belo Horizonte, vem se destacando como fisiologista e analista de desempenho de alto rendimento em um clube de Gold Coast, cidade onde ficou a seleção olímpica brasileira na Olimpíada de Sydney em 2000 e a seleção feminina na Copa do Mundo de futebol do ano passado.
Para a minha satisfação fiquei sabendo que se trata do Henrique, filho do amigo Itamar e a Leda Alitolip.

O Itamar é um tradicional conselheiro do Cruzeiro, atuante junto a diretoria de um período de grandes conquistas no início dos anos 1990 de Benito, César e Salvador Masci.

(Foto: acervo pessoal)

O time em que o Henrique está trabalhando é o Ormeau FC, que no dia da sua contratação deu as seguintes boas vindas no site oficial do clube:

(Foto: OrmeauFC/divulgação)

“Bem-vindo Henrique Alitolip ao Ormeau FC como nosso novo treinador de alto desempenho!
Temos o prazer de anunciar a chegada de Henrique Alitolip à nossa comissão técnica do Ormeau FC! Henrique traz consigo um vasto conhecimento e experiência de sua passagem por conceituados clubes esportivos profissionais brasileiros, como o Minas Tênis Clube, onde aprimorou suas habilidades como cientista esportivo em vários esportes coletivos, incluindo futsal, basquete e vôlei. Suas funções anteriores em clubes de futebol renomados como Cruzeiro e Atlético Mineiro em suas categorias de base solidificam ainda mais sua rica experiência em desempenho esportivo. Henrique é Bacharel em Educação Física no Brasil (o equivalente a um Bacharel em Ciências do Esporte na Austrália).
A adição de Henrique representa um marco significativo para nós, pois ele vem equipado com um profundo conhecimento de carga de trabalho e monitoramento de bem-estar, juntamente com estratégias robustas de força e condicionamento destinadas a elevar o desempenho de nossos jogadores e, ao mesmo tempo, minimizar os riscos de lesões. Henrique trabalhará em nosso programa FQPL3 e trabalhará em estreita colaboração com o técnico Nathan Mulhearn e Thiago Duarte (1º assistente de equipe e técnico sub-23).”

Todo sucesso ao Henrique, mais um mineiro fazendo sucesso mundo afora. E na Austrália, um dos melhores países que tive o maior prazer em conhecer e que oferece a melhor qualidadde de vida para quem mora lá.
Que um dia ele esteja trabalhando em um dos nossos maiores clubes, de preferência em Minas Gerais.


Atlético x Cruzeiro: empates com sabores distintos e clássico de nervos à flor da pele, sábado

Casa cheia e torcida única novamente em mais um Atlético x Cruzeiro na Arena do Galo (Foto: twitter.com/Atletico)

Atlético e Cruzeiro: com sentimentos e necessidades distintos

O 1 x 1 do Atlético em casa com o Criciúma teve sabor de derrota, o 1 x 1 do Cruzeiro com o Fortaleza no Castelão, de vitória, por todas as circunstâncias.
De novo o Galo frustra a sua torcida contra um adversário teoricamente dos mais fracos, dentro da Arena MRV, cuja pretensão é que fosse um “caldeirão”, onde o time ficaria imbatível por sequências de jogos, como já foi um dia no Independência.

Foto: twitter.com/Brasileirao


Não somar três pontos em casa, principalmente contra adversários tipo Criciúma não é nada animador para quem pretende brigar pelo título. O desempenho do ataque nessa partida foi muito ruim e o técnico Milito agiu mal ao tirar os três atacantes quando a fatura ainda não estava fechada. O time catarinense foi pro tudo ou nada e se deu bem, empatando por meio do Matheuzinho.

Foto: twitter.com/Brasileirao
Em Fortaleza o Cruzeiro resistiu bem ao ímpeto dos donos da casa que tinham como certos os três pontos. Tomou gol, mas não se apavorou, administrou bem a situação e mesmo sem o Lucas Romero, expulso aos 41 do segundo tempo, teve paciência e forças para buscar o empate.

Bom começo de Fernando Seabra à frente do Cruzeiro – Foto: twitter/Cruzeiro


O clássico de sábado será fundamental para ambos: injeção de ânimo no vencedor e crise no perdedor, logo na terceira rodada do campeonato. O empate deixa ambas as torcidas na mesma ansiedade, na expectativa se o time vai lutar na parte de cima ou de baixo da tabela de classificação.
Ruim, só o horário: 21 horas, mas se a TV que paga mandou que seja assim, que seja!