Blog do Chico Maia

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Cruzeiro teve mais fôlego e bateu o Patrocinense com méritos

Foto: twitter.com/Cruzeiro

Princípio de temporada é sempre assim: muita correria e vontade dos donos da casa, mas as diferenças técnica e principalmente física do clube maior fazem diferença. Foi assim em Patrocínio, para que a Raposa voltasse de  lá com a vitória de 2 x 1, também com um dos gols, de pênalti. Paulo Pezzolano não ficou no banco porque cumpria suspensão, ainda pelo campeonato do ano passado. Mas escalou os novos contratados e deve ter ficado satisfeito com o que viu de Nikão, que estreou fazendo gol, Igor Formiga, Ian Luccas, Ramiro, Wallisson, Mateus Vital, Wesley e Bilu.

Dureza é continuar ouvindo, lendo e vendo a imprensa chamando o clube de Patrocínio de “a” Patrocinense. Pior é que até a imprensa de Minas comete este erro. Antigamente o repórter da capital pegava o telefone, ligava para um colega da cidade do interior ou para o próprio clube e se informava sobre tudo: história, quem é quem, passado, presente, detalhes daa comissão técnica e de todos os jogadores, etecetera e tal. Atualmente, com todas as  facilidades oferecidas pela internet, a maioria não consulta nada e taca informações erradas no público e não informa nenhum detalhe dos artistas do espetáculo. “Um espanto”, como diria o saudoso mestre, grande jornalista Rogério Perez.

Aviso aos navegantes: se entrarem no Google, terão informações básicas sobre o Patrocinense, tipo essas: “O Clube Atlético Patrocinense, é um clube brasileiro de futebol, da cidade de Patrocínio, no estado de Minas Gerais. Wikipédia

LocalizaçãoPatrocínio, Minas Gerais

Fundação19 de março de 1954”

https://pt.wikipedia.org/wiki/Clube_Atl%C3%A9tico_Patrocinense

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Trabalhar, gente!


Já no primeiro jogo, técnico Eduardo Coudet mostrou que não quer ser apenas mais um na história do Atlético

Foto: @Atletico

O que mais gostei na estreia do Atlético no Campeonato Mineiro foi da postura do técnico Eduardo Coudet. Quando saiu a escalação e lá estava o nome do Calebe entre os titulares, pensei comigo: o argentino já justificou a contratação dele. Primeiro, porque deve ter gostado dos treinos do jogador e resolveu dar logo uma oportunidade real, pra ver se joga mesmo ou se é apenas um “leão de treino”. Segundo é que este campeonato serve é pra isso mesmo: testar, observar e preparar o time para as principais competições da temporada, que são a Libertadores, o Brasileirão e a Copa do Brasil. E Calebe foi bem. Correu muito e cumpriu o que foi determinado a ele.

A tendência é que Coudet também dê oportunidades a qualquer jogador da base que se despontar. Tomara que haja alguém que se desponte e seja “oportunizado”, como diria o Celso Roth.

Taticamente também gostei de ver o estilo do comandante do Galo: pressiona o adversário a partir da saída de bola e gosta de explorar a velocidade.

Sem falar na agitação dele à beira do gramado, atento aos mínimos detalhes, orientando os jogadores. Bem diferente do também argentino Turco Mohamed.

Entre os estreantes, o que mais se destacou foi o zagueiro Bruno Fuchs, 22 anos, paranaense revelado pelo Internacional, que veio emprestado pelo CSKA de Moscou. Os demais também foram bem: Paulo Henrique, Edenílson, Paulinho, Igor Gomes e Patrick, porém, em início de temporada isso é o que menos importa, já que a preparação está apenas começando.

O jogo foi bom, mas lamento que os dois gols do Galo tenham sido de pênalti, ainda mais apontados pelo VAR, essa figura nem sempre confiável que foi inserida recentemente no futebol. O segundo, muito contestado pela Caldense. Os clubes do interior sempre sofreram e sofrem demais com as arbitragens quando enfrentam a dupla mais famosa do nosso futebol. Aí vem o Campeonato Brasileiro e chega a vez de a nossa dupla reclamar da ajuda que os cariocas e paulistas mais famosos recebem. Normalmente, as reclamações procedem, tanto dos nossos clubes do interior quanto dos da capital. E vida que segue.

Árbitro André Luiz Bento deu ouvidos ao VAR, comandado hoje por Igor Junio Benevenuto. Foto: twitter.com/caldenseclube


CBF não precisa de “ajuda” do Ronaldo para contratar treinador. Óbvio que ele quer emplacar um “chegado”!

Ronaldo concede entrevista a Gary Lineker em 12 de janeiro. O ex-atacante inglês e atual comentarista convidou, via twitter, para que assistam o papo entre eles: @GaryLineker “… sobre assuntos @goalhangerfilms, nossa série Chuteira de Ouro para FIFA+ já está no ar. Foi um prazer reencontrar o grande @Ronaldo e ouça sobre seu triunfo na Copa do Mundo de 2002 e como ele se recuperou da decepção em 98. Assista aqui: https://fifa.fans/3CHvELV

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Manchete de muitos veículos da imprensa esportiva, nesta quinta-feira, 19: “Ronaldo se oferece para ajudar CBF a contratar treinador”.

Que o presidente da entidade agradeça penhoradamente essa ajuda, mas fuja dela. Ronaldo quer emplacar um “chegado”, que atenda aos interesses pessoais do comércio dele no mundo do futebol.

A CBF estaria terceirizando o comando (e por consequência convocações) da seleção a um dono de dois clubes de futebol: Cruzeiro e Valladolid.


CBF corre grande risco de fazer besteira na contratação do técnico sucessor do Tite

O presidente da CBF disse que vai começar viajar para a Europa para tentar contratar o novo técnico da seleção brasileira. Acrescentou que poderá acatar a ideia de um dos muitos nomes especulados pela imprensa.

Se contratar usando essa fórmula, a chance de dar errado é gigante. A imprensa normalmente sugere nomes de “ídolos” ou “amigos”. Preferência pessoal por uma das estrelas do meio, tipo Guardiola, Mourinho, Ancelotti, etecetera e tal, ou um queridinho de momento, como Fernando Diniz. Se quer um estrangeiro, que simplifique, pegue um dos que já estejam atuando no futebol brasileiro e que conhecem a nossa realidade e os jogadores que jogam no país. Hoje, para mim, o ideal seria o Abel Ferreira, do Palmeiras.


Toda força ao nosso Democrata neste retorno à primeira divisão do futebol mineiro, depois de 15 anos fora

Nessas fotos, a lembrança de alguns momentos mais importantes da história do clube, para que ele não desaparecesse do cenário do futebol profissional, em função de péssimas administrações, que felizmente fazem parte de um passado, que esperamos não voltar jamais.

Em janeiro de 2009 o Democrata estava à beira da morte. Pedi ajuda ao recém empossado presidente do Atlético, Alexandre Kalil, com um argumento simples:

__ Um clube de 95 anos de existência, de uma cidade que sempre revela grandes jogadores, não pode deixar de existir.

Depois de pensar situações semelhantes mundo afora, avaliar custo/benefício, ele disse que pensaria seriamente no assunto.

Ali começou a ressureição do Jacaré. Primeira reunião para o acordo de parceria com o Atlético, que viabilizou a disputa da terceira divisão. Com mais de R$ 6 milhões de dividas, sem isso, o Jacaré pediria licença à FMF e voltaria a disputar o amador local, ou nem isso.

Presidente do Galo, à época, Alexandre Kalil, eu, Dr. Rodolfo Gropen, braço direito de Kalil, grande incentivador desse acordo; Renato Paiva, naqueles tempos diretor financeiro; Felisberto Gregório (de costas, camisa branca), então presidente, Roberto Reis (advogado do Jacaré) e André Figueiredo, diretor da base do Galo.

Menção especial a Felisberto Gregório, que, em determinado momento, como presidente do Conselho Deliberativo, liderou movimento para a renovação completa do quadro diretivo do clube. Corajosamente, assumiu a presidência executiva e proporcionou uma guinada total, que salvou o Democrata da insolvência. Grande parte do mesmo grupo que o sucedeu continuou no comando, com destaque para Renato Paiva, que topou assumir o comando em outro momento de enormes dificuldades. O Democrata hoje é um clube viável. Sem medo de errar, digo que é um modelo de gestão, séria e transparente, para todo o futebol brasileiro, entre clubes grandes, médios e pequenos.

Em outubro de 2019, presidente, Renato Paiva (direita) e Daniel Lanza, diretor social, apresentando ao empresariado da cidade os planos do clube para os anos seguintes, para os associados da Associação Comercial e Industrial de Sete Lagoas – ACI. O apoio da entidade e a transparência da diretoria abriram as portas para a chegada de novos apoiadores do clube

Em fevereiro de 2009, Flávio Reis (direita), que sucederia a Felisberto na presidência, finalizava detalhes da parceria, na Cidade do Galo, na sala do técnico Dorival Junior, junto com Eduardo Maluf (esquerda) diretor executivo; André Figueiredo (diretor da base atleticana) e o então colaborador do Democrata, Geraldo Magela. Havia uma certa má vontade do André em firmar a parceria. Informado sobre isso, Kalil “escalou” Eduardo Maluf para cuidar do assunto com a determinação: “resolva isso pra mim”.

Daí, surgiu Bernard na vida do Democrata. Maior negociação de um jogador de base da história do futebol mineiro, vendido pelo Galo ao Shaktar Donestky/Ucrância, por R$ 25 milhões de euros. Este dinheiro garantiu ao Atlético o pagamento de muitas dívidas, inclusive as parcelas do Profut (o Refis do futebol), até março de 2022. O Democrata também recebeu um dinheiro que o ajudou a pagar muitas dívidas, como clube formador.

Em 1981, o saudoso presidente Geraldo Negocinho (esquerda), levou o amigo Telê Santana para assistir a um treino do Jacaré. Com eles, os irmãos do Geraldo, Pedro (ao lado do Telê) e Álvaro, da JA Imóveis, que eram seus ajudantes fundamentais no comando do clube. Graças a Geraldo o Democrata retornou ao futebol profissional, sendo campeão mineiro da segundona naquele ano, depois de muitos anos com dificuldades para disputar até o campeonato amador da cidade.

Natural de Santana de Pirapama, Geraldo Negocinho se tornou um dos empresários do ramo imobiliário mais bem sucedidos de Belo Horizonte, nos anos 1970. Assumiu o Democrata por ideia do irmão Álvaro, um dos maiores deste ramo em Sete Lagoas (JA Imóveis), que era meu amigo. Levei o assunto para a diretoria e Conselho, que abraçaram a causa, na hora, já que não havia outra alternativa para a sobrevivência do Jacaré. Os tradicionais democratenses endinheirados da cidade, se recusavam a participar da vida do clube. Diziam que era uma “barrigada perdida”, e que não adiantava mexer.

Pois é! Vida que segue!

Viva o Jacaré!

Time campeão mineiro da Segunda Divisão de 1981


Pausa para lamentar e chorar: lá se foi o Uara Elias Jorge, o “Turquinho”, da Rádio Itatiaia

Dentre tantas coberturas juntos, tive o prazer de estar com Uara Elias Jorge, o famoso Turquinho da Itatiaia, e Roberto Abras, em Ozoir La Ferrière, onde a seleção brasileira treinava na Copa de 1998

Ele era um “faz tudo” na Itatiaia. De motorista a amigo e ombro amigo de todos; da portaria aos então donos, Januário e Emanuel Carneiro. Operador de som nas viagens, pelo interior de Minas, cidades brasileiras no campeonato nacional e pelo mundo, nas Copas, mundiais e continentais.

Parei o carro para ler a mensagem enviada pelo Michel Ângelo, diretor de esportes da Itatiaia, a quem agradeço, e fiquei alguns minutos lamentando, não só a morte, mas o não cumprimento de um compromisso firmado com ele na última vez em que nos encontramos, na portaria da rádio: tomar uma e colocar a prosa em dia.

Turquinho era desses camaradas do bem, que procurava ajudar e se preocupava com todo mundo. Quando vim para Belo Horizonte, “jacu de grota”, de Sete Lagoas, tive nele um dos primeiros orientadores, que se tornou amigo. Mesmo sendo da principal concorrente da Itatiaia (Rádio Capital), me tratava como se fôssemos da mesma emissora. Graças a ele, um dos amigos de primeira hora que fiz foi o Roberto Abras, que na época (1979) já era o “rei” da cobertura do Atlético. Ele e o Roberto eram “carne e unha”.

Sempre com uma piada pronta na boca, criador de frases e expressões que acabávamos usando em nossas falas: “que xô, hein!?”.

Que saudade Turquinho. Obrigado por tudo. Descanse em paz! E, até um dia!

Alguns momentos com ele, registrados por mim aqui no blog e em minhas colunas no Jornal Sete Dias, Hoje em Dia, O Tempo, Super Notícia:

“A partir da esquerda, José Luiz Gontijo, “granada sem pino”, Roberto Abras, o gerente do restaurante do hotel de Santana do Livramento/RS, onde estávamos, Uara Elias Jorge, o “Turquinho”, da Itatiaia, e o “locutor que vos fala, na época, da Alvorada FM e Band. Foi durante a Copa América de 1995, no Uruguai, cuja campeã foi a seleção anfitriã, que venceu o Brasil na final, nos pênaltis,5 a 3, depois de 1 a 1 no tempo normal.

13 de setembro 2012

Achei essas fotos em meus arquivos recentes e vale mostrar aos senhores, pois trata-se de gente de quem gosto muito.

Orlando José (esquerda) e Uara Elias Jorge, o “Turquinho”, dois ícones da Rádio Itatiaia. Fiz essa foto na portaria da emissora, pouco antes do Rádio Vivo, programa do José Lino Souza Barros, do qual participava, como convidado.

Muitas gerações foram marcadas pela voz do Orlando, apresentando o “Tiro de Meta”, às seis da manhã, durante décadas, com aquela vinheta inconfundível: “Orlaaaaannnndo José, Orlando Joséééé…”.

Acumulava as funções de locutor e tesoureiro da rádio. Hoje cuida somente da grana e continua a mesma simpatia de sempre.

Turquinho é um faz tudo na rádio, peixe do Emanuel Carneiro e de toda a equipe de esportes, que ficou famoso quando o Roberto Abras quebrou o galho dele, depois de anunciar uma renda fraca de um jogo do Galo, à noite, chovendo muito no Mineirão, pelo Campeonato Mineiro nos anos 1980:

__ Essa grana aí o Turquinho tem no bolso aqui e acabou de me mostrar.

Ele diz que até hoje aparece cobrador querendo receber dívida que nunca existiu!

A Itatiaia registrou, com destaque a morte dele:

* “Turquinho, funcionário histórico da Itatiaia, morre aos 83 anos”

 

Uara Elias Jorge, chamado carinhosamente de Turquinho, trabalhou na Itatiaia entre 1978 e 2016

Turquinho (à esquerda), João Vítor Xavier e Natal (maqueiro do Mineirão) durante cobertura com a equipe de esportes da Itatiaia

Chamado carinhosamente de Turquinho, Uara trabalhou na Rádio de Minas entre 1978 e 2016.

O profissional era figura constante nas viagens da equipe de esportes da Itatiaia, participando da cobertura de grandes eventos como Copa do Mundo e Copa América.

Uara Elias estava internado desde o dia 16 de dezembro no Hospital Metropolitano do Barreiro, após complicações de uma cirurgia no intestino.

Informações sobre o velório e o sepultamento ainda serão divulgados pela família.

O nosso abraço à família do Uara Elias Jorge, o Turquinho, um patrimônio da Itatiaia.

https://www.itatiaia.com.br/editorias/esportes/2023/01/13/turquinho-funcionario-historico-da-itatiaia-morre-aos-83-anos


Campeonato Mineiro chegando. Depois de Jorge Henrique, Democrata Jacaré confirma Thiago Ribeiro, para retornar bem à primeira divisão

Fotos: twitter.com/democratajacare

Alguns estaduais já começaram, o Mineiro, começa dia 21. Nosso Democrata estreia dia 23, em Governador Valadares, contra o xará. Depois de 14 anos longe da primeira divisão, está de volta.

Sempre sou otimista, e não seria diferente este ano. Com as contratações e a preparação que tenho visto, o otimismo se torna crença de uma boa campanha.

A credibilidade da diretoria fez com que os patrocinadores renovassem o apoio, que ex-parceiros retornassem e ainda chegaram grandes novos apoiadores/patrocinadores.

O clube conseguiu manter Paulinho Guará no comando técnico, segurar os melhores da vitoriosa campanha do ano passado e trazer nomes de peso, rodados, porém ainda com muita lenha para queimar, como Jorge Henrique (ex-Corínthians) e Thiago Ribeiro (ex-Cruzeiro).

São jogadores vencedores, que agregam aos mais jovens do elenco e representam mídia para o Jacaré, que se reinsere no mapa nacional do futebol brasileiro. O simples anúncio da contratação deles ganhou espaço nos principais veículos da imprensa esportiva do país.

Jorge Henrique, 40 anos, foi campeão brasileiro e da Libertadores em 2011, e Mundial de Clubes em 2012, com o clube paulista.

Thiago Ribeiro, 36 anos, conquistou o Mundial de Clubes (2005) e o Campeonato Brasileiro (2006) pelo São Paulo, foi vice-campeão da Libertadores de 2009 com o Cruzeiro, além de artilheiro da competição continental em 2010.

O clube fez um agradecimento à cidade de Caetanópolis (35 Km de Sete Lagoas), que abriu as portas para a pré-temporada lá:

@democratajacare
“Um agradecimento especial ao Roberto Geraldo Ferreira, presidente da Associação Sete de Setembro (esq, ao lado do Paulinho Guará), que nos recebeu tão bem e disponibilizou uma estrutura perfeita para realização dos treinos na pré-temporada.”

Parabéns José Reinaldo de Lima, o “Rei”, 65 anos, hoje!

Tive o privilégio de ser repórter setorista do Atlético, vê-lo jogar e conviver com ele nos treinos e jogos do Galo mundo afora, cheio de prêmios e homenagens pela artilharia e bola que jogava, no Mineirão e qualquer lugar do mundo . . .

. . . como na excursão do Galo à Europa, em 1982. Aqui, depois de um jogo em Salzburgo/Áustria, em dia de folga, em frente à casa onde nasceu o maestro Wolfgang Amadeus Mozart.

Um dos melhores atacantes do futebol mundial. Grande ser humano

Em 1978, depois de mais uma cirurgia no joelho, em Nova York, estava disposto a parar de jogar. Visitado por Pelé, que o convenceu a continuar, e ele jogou mais dez anos

Ano passado, com que satisfação participei, como um dos entrevistadores dele, do programa BH Todo Dia, comandado pelo Elias Sunshine, no Canal Viver Brasil. Da esquerda para a direita. Elias, o Rei, os grandes jornalistas Elton Novais e Nina Abreu, dia 24 de maio.

Parabéns Rei, felicidades sempre!

E que honra estar nessa foto, entre o grande instrumentista Juarez Moreira, o saudosíssimo Bebeto de Freitas (na época Secretário de Esportes e Lazer de Belo Horizonte, o Rei e Aluizer Malab (então presidente da Belotur, durante o lançamento do projeto “A Savassi é da Gente”, em 2018.


A diferença da qualidade de elencos de Flamengo e Palmeiras para os demais grandes clubes brasileiros, mineiros inclusive

Imagem: www.supermercadosbh.com.br

Na página Desporto Universal, uma frase do português Aurélio Pereira, diretor do departamento de recrutamento do Sporting de Lisboa:

“O Cristiano Ronaldo e o Luís Figo, nunca foram campeões de Juvenis, nem de Juniores, foram Bolas de Ouro, essa é que é a diferença. O que eu pergunto é: formação vencedora ou formação de vencedores? Faz toda a diferença.”

Dentre outros, o trabalho do “Mestre Aurélio” ajudou a revelar jogadores como Futre, Figo, Ricardo Quaresma e Cristiano Ronaldo.

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Uma das discussões em nosso futebol neste início de ano é a diferença da qualidade de elencos de Flamengo e Palmeiras para os demais grandes clubes brasileiros. Especialmente o rubro-negro carioca, que tem torcedores em todos os cantos do país e é líder em arrecadação de publicidade e direitos televisivos, além de produzir e vender jogadores que fazem com que fortunas em euros e dólares encham seus cofres anualmente.

O Palmeiras está no maior centro financeiro do país e também tem revelado e vendido muitos jogadores.

Entre os clubes que não são do Rio e São Paulo, a única chance que têm de brigar, com sustentabilidade, entre os primeiros colocados todos os anos, é investir certo nas categorias de base e conseguir boas negociações com suas revelações. Fora disso, continuarão coadjuvantes, assistindo os mais endinheirados papando a maioria absoluta dos títulos.

No que se refere especificamente a Minas Gerais, temos bons exemplos de acertos e erros nas políticas administrativa, financeira e formação de jogadores dos nossos três representantes na Série A.

O América tem a menor torcida, porém, tem a melhor gestão, enxuta, com custo geral mais baixo, dentro e fora dos gramados. Ótimo trabalho nas categorias de base; acerta na maioria das contratações, erra pouco em suas escolhas e consegue revelar jogadores para compor e recompor o seu elenco, compensando a dificuldade maior de arrecadar com público pagante, publicidade e direitos de transmissão.

Em função do estádio próprio, que será inaugurado este ano, o Atlético resolveu arriscar alto na montagem de um grande time a partir de 2020. Investiu muito para a temporada de 2021, pois precisava voltar a conquistar títulos de expressão e valorizar a sua marca. Aumentou consideravelmente sua dívida, mas não aumentou a arrecadação. Também não tinha e continua não tendo nenhuma revelação das categorias de base para ocupar espaços no time e ser negociado na sequência. O investimento em veteranos caros deu resultados imediatos, com o título brasileiro que não vinha há 50 anos e a Copa do Brasil. A arrecadação continuou inferior aos custos e dentro de campo, em 2022, o time não repetiu o sucesso da temporada anterior. Classificou-se com dificuldade para a Libertadores da América deste ano. A conta chegou e as dificuldades financeiras estão aí. Mas, tem um elenco forte e contratou um treinador que pode fazê-lo voltar a brigar na cabeça. Caso isso ocorra, entrará dinheiro com premiações, bilheteria e publicidade. Ou seja, a bola precisa “entrar na casinha” este ano. Se não, a situação ficará mais complicada ainda.

O Cruzeiro tenta ressurgir do caos no qual foi colocado exatamente por sair da política que o manteve no topo durante décadas. Não revelava jogadores para encher seus cofres, porém, comprava bem. Tinha bons olheiros, apostava em jovens promissores do interior de Minas e do país, revendendo-os muito bem na sequência. Quando passou a apostar em veteranos famosos, sem perspectivas de mercado futuro, começou gastar muito mais do que arrecadava. As consequências, óbvias, dívida nas alturas, calotes, punições da FIFA e rebaixamento. Virou SAF, retornou à Série A depois de três anos e é grande a expectativa em todo o Brasil nessa sua volta, já que foi o primeiro grande do nosso futebol a aderir à essa nova realidade de gestão em nosso futebol.

No passado, o Campeonato Mineiro, servia como laboratório para os três da capital buscarem jogadores de bom potencial. Com a Lei Pelé, que criou enormes dificuldades para a formação de jogadores pelos clubes do interior, o quadro mudou e a sobrevivência da maioria ficou comprometida. Hoje, pouco ou nada revelam e recorrem a veteranos para tentar se manterem na primeira divisão, em um campeonato disputado em menos de três meses.

A Federação Mineira de Futebol deveria reunir os clubes, grandes e pequenos, das três divisões e repensar tudo, da fórmula de disputa do estadual à alternativas que tornem a vida de todos menos difícil. Ideias e sugestões não faltam, mas é preciso que sejam discutidas, em congressos e seminários entre eles, com a participação de especialistas de diversos setores, em especial de marketing e técnicos, como a FIFA faz periodicamente.


E lá se foi o Marcos Dias Machado, ex-presidente do Bela Vista e Clube Náutico de Sete Lagoas

Que tristeza a notícia da morte do amigo Marquinhos do Grupo Santa Helena, ex-presidente do Clube Náutico e do Bela Vista, clubes dos mais tradicionais de Sete Lagoas. Grande liderança empresarial, pai dos amigos Arilton, Airton (Nequinha) e Ariadne, a quem manifesto meus pêsames, extensivo aos netos, netas, demais parentes e a tantos amigos e amigas que ele deixou.

Marquinhos era um amigo de longa data. No dia 19 de outubro do ano passado, publiquei esta foto em minha coluna no jornal Sete Dias:

Ecos do Passado

“A Copa do Catar está chegando. Nesta foto, “chá com torradas” em Guadalajara, durante a Copa do Mundo no México, em 1986. Da esquerda para a direita, Marcos Dias Machado (Grupo Santa Helena), o então árbitro da FMF, saudoso José Alberto Teixeira, Jorginho (de Brasília), o também saudoso Pacífico Campolina de Sá (Campô), Marquinho Cavalinho (Pneus Bandeirantes) e o “locutor” que vos fala.”

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O Bela Vista e o Clube Náutico emitiram notas no início da noite deste domingo. Mais detalhes no site do Sete Dias::

* “Morre Marcos Dias Machado, que será velado no Ginásio Dr. Márcio Paulino”

Marquinhos estava com 82 anos e se encontrava internado Hospital Felício Rocho

Morreu neste domingo, 8 de janeiro, aos 82 anos, o empresário Marcos Dias Machado, o Marquinhos, um dos fundadores do Grupo Santa Helena. Marcos foi presidente do Bela Vista durante oito anos, tendo encerrado o seu mandato em abril de 2022. Ele também presidiu o Clube Náutico de Sete Lagoas.

Natural de Jequitibá, Marquinhos lutava contra um câncer e estava internado no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, desde a última Marquinhos deixa os filhos Arilton, Airton, Ariadne, Marcos, Marcelo e Marina. Os três primeiros são os diretores do Grupo Santa Helena. Ele tinha 14 netos.

O velório de Marcos Dias Machado será realizado nesta segunda-feira, 09 de janeiro, de 10 às 16 horas, no Ginásio Dr. Márcio Paulino, na Praça da Feirinha, no Centro de Sete Lagoas.

http://setedias.com.br/noticia/cidade/54/morre-marcos-dias-machado-que-sera-velado-no-ginasio-dr-marcio-paulino/28847