Blog do Chico Maia

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América em busca do bi da Copa São Paulo, daqui a pouco, com transmissão do Ênio Lima e três TVs. Força Coelhãozinho!

Pela Itatiaia, o Ênio Lima @eniolimamarcou transmite e postou agora há pouco essa foto com o Rubens Junior (centro) e o operador de áudio Wander de Freitas
Já no palco dos sonhos…, No Canindé, onde as 15 hs transmitiremos  @AmericaMG x @Palmeiras  na @itatiaia na grande final da @Copinha @rubenswlj  @emersonromano  @adilsonmartinse  @itatiaia
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No Canindé, 15h50, com transmissão também pela Globo, Sportv e Rede Vida.

Em 1996 tinha um timaço e foi campeão numa final mineira, vencendo o Cruzeiro. Conquista lembrada pelo Luciano Dias, da Band: @jornlucianodias “América campeão da Copinha ao derrotar o Cruzeiro por 2 a 1. A equipe tinha nomes como William Capita, Evanilson, Gilberto Silva e Rinaldo (ídolo do Fortaleza). Tinha também o zagueiro Nakazawa, capitão do Japão em três mundiais. O comando era de Ricardo Drubscky.”

Foto: @eniolimamarcou

Agora tem outro grande time, muito bem comandado pelo Mairon César: oito jogos, oito vitórias, 22 gols marcados e apenas três sofridos. O provável time para hoje: Cássio, Samuel, Jonathan (Rafa Barcelos), Júlio, Breno, Paulinho , Luan Campos, Mateus Henrique, Renato Marques (Vinícius), Theo e Adyson.

O Palmeiras é o atual campeão e também busca o bi. Também tem um ótimo time e ganhou os oito jogos disputados até aqui. Marcou 28 gols e sofreu três.

A Globo, SporTV e Rede Vida transmitem.


Um dos maiores da história do futebol mundial faz 76 anos hoje. Parabéns Tostão!

Durante a Copa da África do Sul, 2010, em foto feita pelo Cosme Rímoli, do R7, no Estádio Ellis Park, em Johanesburgo, momentos antes de Brasil 2 x 1 Coreia do Norte

Tive a honra de dividir bancada com ele, nos bons tempos do Minas Esporte, 1993/94, na Band. À esquerda o saudoso Luiz Carlos Alves, eu, Valdir Barbosa e Tostão. Detalhe para a TV/monitor e câmeras, bastante “modernos” na época

 

Em 2021, Pelé o homenageou nas redes sociais dele para o mundo, em português e inglês

Ano passado, Procópio Cardoso twittou essa foto: @procopiocardozo “Tostão e Evaldo dando autógrafos para torcedores no Barro Preto. Reparem a presença maciça de mulheres e crianças no treino. Isso era comum no nosso dia a dia. Na época não tinha internet, rede social nem celular. O contato era direto com o público.”

No time que encantou o Brasil em 1966, campeão da Taça Brasil, depois de grandes jogos contra o Santos. Da esquerda para a direita, Neco, Pedro Paulo, William, Procópio, Piazza e Raul; Natal, Tostão, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira.

O Cruzeiro o homenageou bem cedo em suas redes:

@Cruzeiro

“Hoje o maior artilheiro da nossa história está completando mais um ano de vida! Eduardo Gonçalves de Andrade, o Tostão, vestiu a camisa celeste entre 1963 e 1972 e marcou gols! Além disso, foi peça-chave para a conquista da Taça Brasil de 1966. Parabéns, ídolo!”


Cruzeiro x Atlético, segunda-feira, à noite, no Independência. Origem dessa aberração está na entrega do Mineirão a empreiteiras para a Copa de 2014

Muito ligado à diretoria do Cruzeiro à época, o então governador Aécio Neves pediu que a Raposa e o Atlético parassem de falar em construir seus próprios estádios, porque depois da reforma do Mineirão para a Copa do Mundo, o estádio seria entregue à dupla, para que fosse administrado nos moldes do San Siro/Giuseppe Meazza, de Milão, cujos arquirivais, Milan e Inter, constituíram uma empresa para administrá-lo.

Quando saiu o edital da licitação, surpresa geral: os clubes não poderiam nem sequer disputar, e apenas um grupo de empreiteiras se se apresentou, e ficou com o estádio, num contrato que só previa benefícios. O Atlético se rebelou e foi jogar no Independência. O Cruzeiro assinou um contrato péssimo para ele e até hoje vive às turras e endividado com o Consórcio Minas Arena.

Em 2013 o pau começou a comer. Em 2016, o auge da crise entre Cruzeiro e seu “parceiro”.

No dia 25 de maio de 2016, relembrei fatos em minhas colunas nos jornais O Tempo e Super Notícia, além de postar aqui no blog:

Meu estádio, minha vida! Onde muitos políticos ganharam!

Novo Mineirão continua custando caro ao futebol mineiro: Minas Arena volta a cobrar do Cruzeiro aluguéis não pagos

Muita gente ganhou dinheiro com a Copa do Mundo, principalmente nas construções e reforma de estádios. Mas a conta ficou para os clubes e seus torcedores. No Rio a confusão está armada há tempos. Em Minas, o Cruzeiro vive às turras com o consórcio formado pelas três empreiteiras que reconstruíram o Mineirão.

O Thiago Reis da Itatiaia twittou agora há pouco:

@thiagoreisbh 

* BomBa: Minas Arena aciona Cruzeiro na justiça!!!! Administradora do Mineirão alega que o clube não paga desde julho/13 pelo estádio…”

E que a dívida está atualmente em R$ 9 milhões.

Ação foi impetrada esta semana!!!

Interessante é que no dia 17 de abril do ano passado o blog Dois Toques, do portal ESPN publicou a mesma notícia, porém com valores daquela época:

* “Mineirão cobra dívida de R$ 5,5 milhões do Cruzeiro e diz que não aceita a ‘perda desses valores’”

A exemplo de outras empresas, a Minas Arena, gestora do Mineirão, também divulgou o seu balanço financeiro de 2014 nesta semana. O documento chama a atenção por um detalhe, dentre outros: uma suposta dívida de R$ 5,535 milhões não pagos pelo Cruzeiro em custo de operações de jogos.

Ao todo, a diretoria celeste teria deixado de repassar à concessionária R$ 3,890 milhões no ano passado e R$ 1,645 milhão em 2013.

A administração deixa claro que se encontra em negociação com os atuais bicampeões brasileiros para resolver o assunto, mas que “não tem a expectativa de perda desses valores”.

A confusão toda teve início após a final da Libertadores de 2013, entre Atlético-MG e Olimpia, em que o time alvinegro se aproveitou de uma brecha no acordo com a Minas Arena para utilizar o estádio sem custos. A partir de então, mesmo tendo contrato com a empresa, o Cruzeiro informou que não arcaria mais com as despesas. Essa é a explicação do clube para as cifras em aberto.

O consórcio, por sua vez, realizou cobranças extraoficiais para tentar receber todo o montante.

https://blog.chicomaia.com.br/2016/05/25/meu-estadio-minha-vida-onde-muitos-politicos-ganharam/

https://blog.chicomaia.com.br/2016/03/17/novo-mineirao-continua-custando-caro-ao-futebol-mineiro-minas-arena-volta-a-cobrar-do-cruzeiro-alugueis-nao-pagos/

http://espn.uol.com.br/post/501771_mineirao-cobra-divida-de-r-55-milhoes-do-cruzeiro-e-diz-que-nao-aceita-a-perda-desses-valores


Não é nada, não é nada, mas é muita coisa: goleada do América, sem VAR e sem contestações em Pouso Alegre

O técnico é o mesmo Wagner Mancini, o time é quase o mesmo de 2022 e o futebol com a eficiência da temporada passada. O adversário é dos melhores do interior e correu muito, mas foi impotente para segurar o Coelho: 4 x 0, com gols de Juninho, Benítez, Dadá Belmonte e Wellington Paulista.

Ficou de bom tamanho para o Pouso Alegre.


Cruzeiro teve mais fôlego e bateu o Patrocinense com méritos

Foto: twitter.com/Cruzeiro

Princípio de temporada é sempre assim: muita correria e vontade dos donos da casa, mas as diferenças técnica e principalmente física do clube maior fazem diferença. Foi assim em Patrocínio, para que a Raposa voltasse de  lá com a vitória de 2 x 1, também com um dos gols, de pênalti. Paulo Pezzolano não ficou no banco porque cumpria suspensão, ainda pelo campeonato do ano passado. Mas escalou os novos contratados e deve ter ficado satisfeito com o que viu de Nikão, que estreou fazendo gol, Igor Formiga, Ian Luccas, Ramiro, Wallisson, Mateus Vital, Wesley e Bilu.

Dureza é continuar ouvindo, lendo e vendo a imprensa chamando o clube de Patrocínio de “a” Patrocinense. Pior é que até a imprensa de Minas comete este erro. Antigamente o repórter da capital pegava o telefone, ligava para um colega da cidade do interior ou para o próprio clube e se informava sobre tudo: história, quem é quem, passado, presente, detalhes daa comissão técnica e de todos os jogadores, etecetera e tal. Atualmente, com todas as  facilidades oferecidas pela internet, a maioria não consulta nada e taca informações erradas no público e não informa nenhum detalhe dos artistas do espetáculo. “Um espanto”, como diria o saudoso mestre, grande jornalista Rogério Perez.

Aviso aos navegantes: se entrarem no Google, terão informações básicas sobre o Patrocinense, tipo essas: “O Clube Atlético Patrocinense, é um clube brasileiro de futebol, da cidade de Patrocínio, no estado de Minas Gerais. Wikipédia

LocalizaçãoPatrocínio, Minas Gerais

Fundação19 de março de 1954”

https://pt.wikipedia.org/wiki/Clube_Atl%C3%A9tico_Patrocinense

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Trabalhar, gente!


Já no primeiro jogo, técnico Eduardo Coudet mostrou que não quer ser apenas mais um na história do Atlético

Foto: @Atletico

O que mais gostei na estreia do Atlético no Campeonato Mineiro foi da postura do técnico Eduardo Coudet. Quando saiu a escalação e lá estava o nome do Calebe entre os titulares, pensei comigo: o argentino já justificou a contratação dele. Primeiro, porque deve ter gostado dos treinos do jogador e resolveu dar logo uma oportunidade real, pra ver se joga mesmo ou se é apenas um “leão de treino”. Segundo é que este campeonato serve é pra isso mesmo: testar, observar e preparar o time para as principais competições da temporada, que são a Libertadores, o Brasileirão e a Copa do Brasil. E Calebe foi bem. Correu muito e cumpriu o que foi determinado a ele.

A tendência é que Coudet também dê oportunidades a qualquer jogador da base que se despontar. Tomara que haja alguém que se desponte e seja “oportunizado”, como diria o Celso Roth.

Taticamente também gostei de ver o estilo do comandante do Galo: pressiona o adversário a partir da saída de bola e gosta de explorar a velocidade.

Sem falar na agitação dele à beira do gramado, atento aos mínimos detalhes, orientando os jogadores. Bem diferente do também argentino Turco Mohamed.

Entre os estreantes, o que mais se destacou foi o zagueiro Bruno Fuchs, 22 anos, paranaense revelado pelo Internacional, que veio emprestado pelo CSKA de Moscou. Os demais também foram bem: Paulo Henrique, Edenílson, Paulinho, Igor Gomes e Patrick, porém, em início de temporada isso é o que menos importa, já que a preparação está apenas começando.

O jogo foi bom, mas lamento que os dois gols do Galo tenham sido de pênalti, ainda mais apontados pelo VAR, essa figura nem sempre confiável que foi inserida recentemente no futebol. O segundo, muito contestado pela Caldense. Os clubes do interior sempre sofreram e sofrem demais com as arbitragens quando enfrentam a dupla mais famosa do nosso futebol. Aí vem o Campeonato Brasileiro e chega a vez de a nossa dupla reclamar da ajuda que os cariocas e paulistas mais famosos recebem. Normalmente, as reclamações procedem, tanto dos nossos clubes do interior quanto dos da capital. E vida que segue.

Árbitro André Luiz Bento deu ouvidos ao VAR, comandado hoje por Igor Junio Benevenuto. Foto: twitter.com/caldenseclube


CBF não precisa de “ajuda” do Ronaldo para contratar treinador. Óbvio que ele quer emplacar um “chegado”!

Ronaldo concede entrevista a Gary Lineker em 12 de janeiro. O ex-atacante inglês e atual comentarista convidou, via twitter, para que assistam o papo entre eles: @GaryLineker “… sobre assuntos @goalhangerfilms, nossa série Chuteira de Ouro para FIFA+ já está no ar. Foi um prazer reencontrar o grande @Ronaldo e ouça sobre seu triunfo na Copa do Mundo de 2002 e como ele se recuperou da decepção em 98. Assista aqui: https://fifa.fans/3CHvELV

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Manchete de muitos veículos da imprensa esportiva, nesta quinta-feira, 19: “Ronaldo se oferece para ajudar CBF a contratar treinador”.

Que o presidente da entidade agradeça penhoradamente essa ajuda, mas fuja dela. Ronaldo quer emplacar um “chegado”, que atenda aos interesses pessoais do comércio dele no mundo do futebol.

A CBF estaria terceirizando o comando (e por consequência convocações) da seleção a um dono de dois clubes de futebol: Cruzeiro e Valladolid.


CBF corre grande risco de fazer besteira na contratação do técnico sucessor do Tite

O presidente da CBF disse que vai começar viajar para a Europa para tentar contratar o novo técnico da seleção brasileira. Acrescentou que poderá acatar a ideia de um dos muitos nomes especulados pela imprensa.

Se contratar usando essa fórmula, a chance de dar errado é gigante. A imprensa normalmente sugere nomes de “ídolos” ou “amigos”. Preferência pessoal por uma das estrelas do meio, tipo Guardiola, Mourinho, Ancelotti, etecetera e tal, ou um queridinho de momento, como Fernando Diniz. Se quer um estrangeiro, que simplifique, pegue um dos que já estejam atuando no futebol brasileiro e que conhecem a nossa realidade e os jogadores que jogam no país. Hoje, para mim, o ideal seria o Abel Ferreira, do Palmeiras.


Toda força ao nosso Democrata neste retorno à primeira divisão do futebol mineiro, depois de 15 anos fora

Nessas fotos, a lembrança de alguns momentos mais importantes da história do clube, para que ele não desaparecesse do cenário do futebol profissional, em função de péssimas administrações, que felizmente fazem parte de um passado, que esperamos não voltar jamais.

Em janeiro de 2009 o Democrata estava à beira da morte. Pedi ajuda ao recém empossado presidente do Atlético, Alexandre Kalil, com um argumento simples:

__ Um clube de 95 anos de existência, de uma cidade que sempre revela grandes jogadores, não pode deixar de existir.

Depois de pensar situações semelhantes mundo afora, avaliar custo/benefício, ele disse que pensaria seriamente no assunto.

Ali começou a ressureição do Jacaré. Primeira reunião para o acordo de parceria com o Atlético, que viabilizou a disputa da terceira divisão. Com mais de R$ 6 milhões de dividas, sem isso, o Jacaré pediria licença à FMF e voltaria a disputar o amador local, ou nem isso.

Presidente do Galo, à época, Alexandre Kalil, eu, Dr. Rodolfo Gropen, braço direito de Kalil, grande incentivador desse acordo; Renato Paiva, naqueles tempos diretor financeiro; Felisberto Gregório (de costas, camisa branca), então presidente, Roberto Reis (advogado do Jacaré) e André Figueiredo, diretor da base do Galo.

Menção especial a Felisberto Gregório, que, em determinado momento, como presidente do Conselho Deliberativo, liderou movimento para a renovação completa do quadro diretivo do clube. Corajosamente, assumiu a presidência executiva e proporcionou uma guinada total, que salvou o Democrata da insolvência. Grande parte do mesmo grupo que o sucedeu continuou no comando, com destaque para Renato Paiva, que topou assumir o comando em outro momento de enormes dificuldades. O Democrata hoje é um clube viável. Sem medo de errar, digo que é um modelo de gestão, séria e transparente, para todo o futebol brasileiro, entre clubes grandes, médios e pequenos.

Em outubro de 2019, presidente, Renato Paiva (direita) e Daniel Lanza, diretor social, apresentando ao empresariado da cidade os planos do clube para os anos seguintes, para os associados da Associação Comercial e Industrial de Sete Lagoas – ACI. O apoio da entidade e a transparência da diretoria abriram as portas para a chegada de novos apoiadores do clube

Em fevereiro de 2009, Flávio Reis (direita), que sucederia a Felisberto na presidência, finalizava detalhes da parceria, na Cidade do Galo, na sala do técnico Dorival Junior, junto com Eduardo Maluf (esquerda) diretor executivo; André Figueiredo (diretor da base atleticana) e o então colaborador do Democrata, Geraldo Magela. Havia uma certa má vontade do André em firmar a parceria. Informado sobre isso, Kalil “escalou” Eduardo Maluf para cuidar do assunto com a determinação: “resolva isso pra mim”.

Daí, surgiu Bernard na vida do Democrata. Maior negociação de um jogador de base da história do futebol mineiro, vendido pelo Galo ao Shaktar Donestky/Ucrância, por R$ 25 milhões de euros. Este dinheiro garantiu ao Atlético o pagamento de muitas dívidas, inclusive as parcelas do Profut (o Refis do futebol), até março de 2022. O Democrata também recebeu um dinheiro que o ajudou a pagar muitas dívidas, como clube formador.

Em 1981, o saudoso presidente Geraldo Negocinho (esquerda), levou o amigo Telê Santana para assistir a um treino do Jacaré. Com eles, os irmãos do Geraldo, Pedro (ao lado do Telê) e Álvaro, da JA Imóveis, que eram seus ajudantes fundamentais no comando do clube. Graças a Geraldo o Democrata retornou ao futebol profissional, sendo campeão mineiro da segundona naquele ano, depois de muitos anos com dificuldades para disputar até o campeonato amador da cidade.

Natural de Santana de Pirapama, Geraldo Negocinho se tornou um dos empresários do ramo imobiliário mais bem sucedidos de Belo Horizonte, nos anos 1970. Assumiu o Democrata por ideia do irmão Álvaro, um dos maiores deste ramo em Sete Lagoas (JA Imóveis), que era meu amigo. Levei o assunto para a diretoria e Conselho, que abraçaram a causa, na hora, já que não havia outra alternativa para a sobrevivência do Jacaré. Os tradicionais democratenses endinheirados da cidade, se recusavam a participar da vida do clube. Diziam que era uma “barrigada perdida”, e que não adiantava mexer.

Pois é! Vida que segue!

Viva o Jacaré!

Time campeão mineiro da Segunda Divisão de 1981


Pausa para lamentar e chorar: lá se foi o Uara Elias Jorge, o “Turquinho”, da Rádio Itatiaia

Dentre tantas coberturas juntos, tive o prazer de estar com Uara Elias Jorge, o famoso Turquinho da Itatiaia, e Roberto Abras, em Ozoir La Ferrière, onde a seleção brasileira treinava na Copa de 1998

Ele era um “faz tudo” na Itatiaia. De motorista a amigo e ombro amigo de todos; da portaria aos então donos, Januário e Emanuel Carneiro. Operador de som nas viagens, pelo interior de Minas, cidades brasileiras no campeonato nacional e pelo mundo, nas Copas, mundiais e continentais.

Parei o carro para ler a mensagem enviada pelo Michel Ângelo, diretor de esportes da Itatiaia, a quem agradeço, e fiquei alguns minutos lamentando, não só a morte, mas o não cumprimento de um compromisso firmado com ele na última vez em que nos encontramos, na portaria da rádio: tomar uma e colocar a prosa em dia.

Turquinho era desses camaradas do bem, que procurava ajudar e se preocupava com todo mundo. Quando vim para Belo Horizonte, “jacu de grota”, de Sete Lagoas, tive nele um dos primeiros orientadores, que se tornou amigo. Mesmo sendo da principal concorrente da Itatiaia (Rádio Capital), me tratava como se fôssemos da mesma emissora. Graças a ele, um dos amigos de primeira hora que fiz foi o Roberto Abras, que na época (1979) já era o “rei” da cobertura do Atlético. Ele e o Roberto eram “carne e unha”.

Sempre com uma piada pronta na boca, criador de frases e expressões que acabávamos usando em nossas falas: “que xô, hein!?”.

Que saudade Turquinho. Obrigado por tudo. Descanse em paz! E, até um dia!

Alguns momentos com ele, registrados por mim aqui no blog e em minhas colunas no Jornal Sete Dias, Hoje em Dia, O Tempo, Super Notícia:

“A partir da esquerda, José Luiz Gontijo, “granada sem pino”, Roberto Abras, o gerente do restaurante do hotel de Santana do Livramento/RS, onde estávamos, Uara Elias Jorge, o “Turquinho”, da Itatiaia, e o “locutor que vos fala, na época, da Alvorada FM e Band. Foi durante a Copa América de 1995, no Uruguai, cuja campeã foi a seleção anfitriã, que venceu o Brasil na final, nos pênaltis,5 a 3, depois de 1 a 1 no tempo normal.

13 de setembro 2012

Achei essas fotos em meus arquivos recentes e vale mostrar aos senhores, pois trata-se de gente de quem gosto muito.

Orlando José (esquerda) e Uara Elias Jorge, o “Turquinho”, dois ícones da Rádio Itatiaia. Fiz essa foto na portaria da emissora, pouco antes do Rádio Vivo, programa do José Lino Souza Barros, do qual participava, como convidado.

Muitas gerações foram marcadas pela voz do Orlando, apresentando o “Tiro de Meta”, às seis da manhã, durante décadas, com aquela vinheta inconfundível: “Orlaaaaannnndo José, Orlando Joséééé…”.

Acumulava as funções de locutor e tesoureiro da rádio. Hoje cuida somente da grana e continua a mesma simpatia de sempre.

Turquinho é um faz tudo na rádio, peixe do Emanuel Carneiro e de toda a equipe de esportes, que ficou famoso quando o Roberto Abras quebrou o galho dele, depois de anunciar uma renda fraca de um jogo do Galo, à noite, chovendo muito no Mineirão, pelo Campeonato Mineiro nos anos 1980:

__ Essa grana aí o Turquinho tem no bolso aqui e acabou de me mostrar.

Ele diz que até hoje aparece cobrador querendo receber dívida que nunca existiu!

A Itatiaia registrou, com destaque a morte dele:

* “Turquinho, funcionário histórico da Itatiaia, morre aos 83 anos”

 

Uara Elias Jorge, chamado carinhosamente de Turquinho, trabalhou na Itatiaia entre 1978 e 2016

Turquinho (à esquerda), João Vítor Xavier e Natal (maqueiro do Mineirão) durante cobertura com a equipe de esportes da Itatiaia

Chamado carinhosamente de Turquinho, Uara trabalhou na Rádio de Minas entre 1978 e 2016.

O profissional era figura constante nas viagens da equipe de esportes da Itatiaia, participando da cobertura de grandes eventos como Copa do Mundo e Copa América.

Uara Elias estava internado desde o dia 16 de dezembro no Hospital Metropolitano do Barreiro, após complicações de uma cirurgia no intestino.

Informações sobre o velório e o sepultamento ainda serão divulgados pela família.

O nosso abraço à família do Uara Elias Jorge, o Turquinho, um patrimônio da Itatiaia.

https://www.itatiaia.com.br/editorias/esportes/2023/01/13/turquinho-funcionario-historico-da-itatiaia-morre-aos-83-anos