Blog do Chico Maia

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Boas surpresas na primeira rodada do Mineiro e o exagero do Galo em culpar o gramado de Patrocínio

Minha coluna no BHAZ:

O Patrocinense se empenhou mais e mereceu a vitória, de virada sobre o Atlético, que reclama do gramado do estádio Pedro Alves do Nascimento (Foto: atletico.com.br)

A maior surpresa foi o novato Itabirito ir a Valadares e vencer o Democrata. Outra surpresa foi o placar lá: 3 a 1. Fica a expectativa quanto a sequência do time da terra do Telê Santana na competição. Se vai brigar pelas primeiras posições ou se essa vitória foi apenas fruto de empolgação de estreia na primeira divisão.


A vitória do Cruzeiro em Nova Lima merece ser comemorada. Afinal, é um dos nossos clássicos mais antigos e ganhar do Vila Nova no alçapão dele nunca foi fácil. Matheus Pereira foi o jogador mais elogiado, pela bola que jogou e pela liderança exercida em campo. Pelas entrevistas pós-jogo ficou claro que uma das características positivas do técnico Larcamón é dar liberdade para jogadores criativos se movimentarem como acham melhor. Parece ter sido o caso neste 2 a 1.

@Cruzeiro


O Tombense era franco favorito em casa contra o Uberlândia, mas o placar foi 2 a 2, muito bom para o “verdão” do Triângulo.
Na volta à primeirona estadual o Ipatinga perdeu em São João para o Athletic, 2 a 1. Resultado normal, já que tudo indica que o time sanjoanense deverá repetir as boas campanhas dos campeonatos anteriores.
Em busca do pentacampeonato o Atlético perdeu na estreia para o Patrocinense. Nada de anormal para começo de temporada, principalmente na casa do adversário. Derrota de virada, com dois gols tomados de bolas cruzadas pelo alto. Falhas que andaram desaparecidas da defesa atleticana, que voltaram. Motivo para o técnico Felipão ficar atento e corrigir.


A lamentar, a reclamação exagerada do Atlético, tipo “escândalo” levantado contra o gramado do estádio de Patrocínio, que realmente estava alto, mas que não foi o responsável pela vitória do Patrocinense.
Hoje o América estreia, no Independência, contra o Pouso Alegre, às 19 horas. Vejamos como será a nova cara do Coelho, comandado pela aposta de técnico Cauan de Almeida, de 34 anos de idade.

E hoje é aniversário do Tostão, homenageado pelo Cruzeiro nas redes sociais:

@Cruzeiro

“Gênio, craque, ídolo. O maior artilheiro da história do Cruzeiro completa 77 anos hoje. Nosso campeão da Taça Brasil de 66, titular absoluto da seleção tricampeã do mundo de 70. Eternamente na história celeste. Feliz aniversário, Tostão! E muito obrigado.”


Cruzeiro em quatro finais da Copa SP: quem brilhou e quem foi “foguete molhado” entre estes finalistas

Minha coluna no BHAZ:

Quem brilhou e quem foi “foguete molhado” entre os finalistas com o Cruzeiro na Copa SP

Ao bater o Flamengo por 2 a 1 o Cruzeiro se garantiu na sua quarta final da Copa São Paulo. Foi campeão em 2007, vice em 1996 (perdeu para o América, 2 x 1) e em 2002, derrotado pela Portuguesa por 1 a 0.
Vai disputar o título depois de amanhã, às 15h30, contra o Corinthians (que venceu o Novorizontino), no Itaquerão. Seria no Pacaembu, mas as obras de reforma não foram concluídas a tempo.


Missão cumprida, pois na final tudo pode acontecer. O mais importante o time conseguiu, que é chegar à finalíssima. Certamente porque tem bons jogadores e boa comissão técnica. A concorrência é muito forte.
E aí? Quantos jogadores vão se sobressair, ser úteis ao profissional, dar alegrias à torcida e retorno financeiro à Raposa? Será que vai sair algum craque dessa “ninhada”?

Foto: @Cruzeiro – No time finalista da Copa SP 2024, vários jogadores de enorme potencial, além do técnico Fernando Seabra. 


O técnico Fernando Seabra é muito elogiado por quem acompanha a base de perto. Ele usou na partida contra o Flamengo: Otávio, Carlos Gómez (Victor Jesus), Pedrão, Bruno Alves (Rhuan Gabrie), João Gabriel; Henrique Silva (Gui Meira), Jhosefer, Xavier (Kelvin); Tevis (Ruan Índio), Fernando (André) e Arthur.
O time campeão de 2007 era dirigido por um treinador que se deu bem na profissão: Enderson Moreira, que nunca fica desempregado.
A conquista foi sobre o São Paulo depois de 1 a 1 no tempo normal e 6 a 5 nos pênaltis.
Confira os placares e quem fez os gols em toda a campanha:
Cruzeiro 2 x 0 Portuguesa, gols de Guilherme
Náutico-RR 0 x 6 Cruzeiro – gols de Guilherme, Vinícius 2, Márcio, Aldo e Jonathas
Amparo 1 x 1 Cruzeiro, gol de Luiz Fernando
Cruzeiro 3 x 2 Corinthians, gols de Guilherme e Anderson 2
Cruzeiro 2 x 1 Vitória, gols de Jonathas e Vinícius
Cruzeiro 6 x 2 São José-SP, com três gols de Guilherme, Wellington, Carlos e Pablo
Na semifinal, 5 a 4 sobre o São Bernardo-SP, gols do Anderson, Jonathas 3 e Márcio. Na final
1 a 1 com o São Paulo 1 x 1, gol do Anderson e 6 a 5 nas penalidades.
O time da final: Rafael; Aldo (Marcos), Maicon, Wellington e Anderson; Paulinho Dias, Carlos Magno, Carlos (Luis Fernando) e Guilherme; Vinícius (Simões) e Jonathas.
O maior destaque, que rendeu alegrias e dinheiro foi o Guilherme, que depois passou por vários cubes do Brasil e do mundo, inclusive com participação importante no título do Atlético da Libertadores da América de 2013. Ainda joga, agora no Cianorte, do Paraná.
Jonathas jogou pouco tempo no profissional, mas rendeu dinheiro, vendido ao futebol europeu. Anselmo Ramón foi bem no próprio Cruzeiro, campeão brasileiro em 2013. Está com 35 anos e joga no CRB.
O goleiro Rafael, ótimo jogador, aos 34 anos, faz sucesso no São Paulo, depois de penar na reserva do Fábio no Cruzeiro, e bater de frente com Jorge Sampaoli, na sua ida para o Atlético, porque o treinador argentino preferia Everson, que sabia jogar “com os pés”.
O zagueiro Maicon também se destacou, rodou o mundo e atualmente está no Vasco.
Em resumo, a safra foi boa.
Em 1996 uma final sensacional entre mineiros e o Cruzeiro foi derrotado pelo América, que tinha um timaço e era dirigido pelo Ricardo Drubsky. O zagueiro William, que depois faria sucesso no Grêmio e Corinthians, abriu o placar, Rinaldo marcou o segundo e Da Silva diminuiu para a Raposa.
• Outro destaque do Coelhãozinho foi o lateral Evanílson, vendido ao Borussia Dortmund, da Alemanha.
O Cruzeiro tinha como técnico o Vantuil Rodriges. O time da final: Rodrigo Posso; Marquinho, Derlam, Lúcio Mauro e Alex; Dante, Léo (Gu) e Missinho; Picoto (Jefferson Feijão), Da Silva e Dê (Nado).
Na final de 2002 o Cruzeiro perdeu de 1 a 0 para a Portuguesa, com um time que teve como destaque o goleiro Gomes (revelado pelo Democrata de Sete Lagoas), campeão brasileiro de 2003, sucesso depois, também, no PSV Eindhoven/Holanda, Tottenham e Watford/Ingaterra. Um dos goleiros do Brasil na Copa da Alemanha em 2006.
O treinador naquela final era o Ney Franco, que escalou: Gomes; Cleiton, Emerson, Irineu e Marcos Túlio (Paraguaio); Mancuso (Alemão), Jardel, Wendell e Walter Minhoca; Diego (Eraldo) e Kanu.

Outro grande adversário na final de depois de amanha será a torcida do Corinthians, que recebeu os agradecimentos do clube, ontem, pela presença contra o Novorizontino. – Foto: @Corinthians


Os campeonatos estaduais precisam existir, mas em formato completamente diferente

Minha coluna no BHAZ:

Mesmice da pior qualidade. Estaduais já estão rolando. O Mineiro vem aí!

Dureza é aguentar a imprensa nacional achando que o Brasil se resume a São Paulo e Rio de Janeiro. Os programas de rádio, TVs e agora internet só falam dos times de lá. Uma praga.


Os campeonatos estaduais precisam existir, mas em formato completamente diferente. No mundo, tudo evolui, mas o futebol brasileiro não altera as fórmulas tacanhas destes estaduais, que, do jeito que são, só servem para atender aos interesses dos dirigentes das federações, de alguns comandantes de clubes e do monopólio da rede de TV que detém os direitos. Assunto para outras conversas nossas por aqui.


Dentro de campo são campeonatos que pouco ou nada acrescentam. Antigamente os times do interior eram mais competitivos, tinham bons jogadores, formados por eles mesmos, que os revendiam pós-campeonato, principalmente para os maiores clubes do próprio estado. Com a lei Pelé, os clubes do interior perderam essa condição para os atravessadores, batizados mais tarde como “agentes FIFA”. Hoje, são eles quem mandam, no mundo todo.


Em estados em que apenas dois clubes normalmente ficam com o título, perder o campeonato significa crise à vista, com demissão de treinador, irritação da torcida e recomeço às vésperas da primeira rodada da principal disputa, que é o Brasileiro.
Também é um inferno para as arbitragens. O vice-campeão acusa pesadamente os apitadores, auxiliares e agora o VAR de ter beneficiado o adversário e que o departamento de árbitros é uma “máfia” a serviço daquele que ganhou o título.


O clube do interior melhor colocado geral ao fim da disputa vai acusar os árbitros e a FMF de sempre ajudar os times da capital.


Aí, somos obrigados a ouvir canastrices como a do Tite, de que o campeonato carioca é melhor entre todos os estaduais. Demagogia e hipocrisia neste país é mato. O ex-técnico da seleção deveria continuar aposentado. Assim pouparia nossos ouvidos de ter de registrar as sandices deles.
Sobre as perspectivas do Galo, Raposa e Coelho, também é assunto para outro dia.


Cruzeiro atropela Santos e segue às quartas de final, com destaque para goleiro, zagueiro, volante e atacante

Foto: Alexandre Battibugli/Ag. Paulistão

Os elogios são de quem conhece muito futebol: Ronaldo Peláu, que foi um dos maiores goleadores do futebol amador que já vi jogar, nos anos 1970/80.

Cruzeirense, curtindo vida boa de bem aposentado no mesmo bairro da minha infância, Boa Vista, em Sete Lagoas. Assiste tudo de futebol na TV e está ligado na Copa São Paulo sub-20.

Depois dos 3 a 0 ontem sobre o Santos, ele nos deu a honra de enviar este sucinto e claro comentário, do jeito que ele era em campo: “Amigo 3 a 0. O Cruzeiro tem 4 bons jogadores. O goleiro, zagueiro, volante e atacante: Otávio, PEDRÃO,  Xavier e Fernando.”

Ronaldo Pelau

Como realçou em caixa alta o nome do Pedrão, é porque o viu como principal promessa entre os citados.

Mas o eleito melhor da partida pela organização da Copa SP foi o atacante Fernando, autor do primeiro gol.

Foto: Alexandre Battibugli/Ag. Paulistão

Hoje o América enfrenta o Corinthians às 21h35 em Marília. Poderá ir pela terceira vez consecutiva às semifinais da competição. Pena que não sabe utilizar a sua base no time profissional.


Fica sempre a esperança que o América aproveite melhor as suas revelações

Minha coluna do BHAZ:

Ano passado o “Coelhãozinho” (os americanos matam quem falar ou escrever Coelhinho) foi vice-campeão da principal competição sub-20 do país. Com um bom time e talentos promissores, perdeu o título para o Palmeiras, numa final por 2 a 1.


Mas, enquanto Abel Ferreira aproveitou vários jogadores em mais uma vitoriosa temporada do Palmeiras, o América se valeu de veteranos manjados e foi rebaixado para a Série B do Brasileiro.
O Coelho tem tradição em revelar bons jogadores, na mesma proporção em que não sabe aproveitá-los no time profissional, que é a principal razão de existir do clube.

Este ano, faz boa campanha de novo e vai enfrentar o Corinthians pelas quartas de final, nesta quinta-feira, 21h35, em Marília. Nas oitavas, bateu o Ituano por 2 a 1. O Corinthians passou pelo CRB com uma goleada de 6 a 1.

Foto: @Cruzeiro
Daqui a pouco, 19h30, o Cruzeiro enfrenta o Santos, na Arena Barueri, pelas oitavas de final, depois de eliminar a Portuguesa, por 1 a 0.


Para quem ainda são sabe, o Atlético dançou na segunda fase da disputa.


Itabirito mandará seus jogos no Independência este ano, em 2025, possivelmente, na Arena Telê Santana

Em 2007, um ano após a sua morte Telê se tornou estátua, homenagem da cidade de Itabirito, por iniciativa da prefeitura. Alvo de vandalismo (teve a bola roubada), como ocorre em todo o Brasil com esculturas como essa, foi restaurada em 2021 (Foto: Prefeitura de Itabirito/Divulgação)

Minha coluna no BHAZ:

O Itabirito F. Clube no dia do acesso à primeira divisão. Primeiro time 100% Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Brasil, cujas 100% das ações pertencem a um único investidor, que é o empresário Maycon Pereira (Foto: Otávio Silva/FMF)

Caçula da primeira divisão mineira deste ano, o Itabirito F. Clube, vai mandar seus jogos no estádio Independência no campeonato que começa dia 24, quarta-feira. A estreia será em Governador Valadares, contra o Democrata Pantera, às 20h30. Mas, para 2025 o desejo é jogar em casa, diante da sua torcida, que tanto apoiou o time na terceira e segunda divisões em 2022 e 2023, no acanhado atual estádio da cidade, Dr. Alberto Woods Soares, conhecido como Campo do União.


Dentro do projeto de recuperação da infraestrutura e implantação do Centro Municipal de Esportes e Lazer, a prefeitura de Itabirito fez um acordo com o União Sport Clube, desapropriando o estádio de forma amigável, para uma reforma completa.


Terá a capacidade aumentada para 5 mil torcedores e ganhará o acréscimo do nome de Telê Santana, o filho mais ilustre de Itabirito, um dos treinadores mais emblemáticos do Brasil e do mundo, que nos deixou em 21 de abril de 2006, aos 74 anos.

A exemplo do Athletic de São João Del Rei, o Itabirito é uma SAF de sucesso, que foi criada em 2022 e chegou imediatamente à primeira divisão de Minas, conquistando o acesso em dois anos consecutivos.
Sustentado por empresas e patrocinadores privados, conta com a boa vontade do prefeito Orlando Caldeira (Cidadania), do Secretário Municipal de Esportes, Raphael Rondow, e o apoio institucional e logístico da prefeitura.


O mascote do clube é o Gato do Mato, cuja apresentação foi feita durante a maior festa popular de Itabirito, a Julifest, em agosto de 2022. Na ocasião, o prefeito Orlando Caldeira pronunciou: “Apaixonemos pelo Gato. É uma projeção enorme que estamos fazendo, como São João del Rei fez com o Athletic, como o Tombense com Tombos, o América, com Teófilo Otoni

(Foto: sounoticia.com.br)

Secretário Municipal de Esportes, Raphael Rondow (esq.), prefeito Orlando Caldeira, e o procurador Alexandre Sampaio, representante do União, na solenidade de entrega das chaves do antigo estádio à Prefeitura de Itabirito, em 17 de agosto de 2023 – Foto: itabirito.mg.gov.br


Como faz falta o Bebeto de Freitas, que estaria completando 74 anos, hoje

Minha coluna no BHAZ:

Em 2019 o jornalista Rafael Valesi lançou o livro “O que eu vivi”, que se tornou uma homenagem póstuma a Bebeto de Freitas, pela Editora 7 Letras, com 256 páginas – Foto: divulgação

Um dos maiores do esporte brasileiro, Bebeto de Freitas estaria completando 74 anos, hoje

Paulo Roberto de Freitas foi um grande jogador e treinador de vôlei, campeão de tudo, no Brasil e na Itália, técnico da seleção brasileira da “geração de prata”, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1984. Em 1999 topou o desafio proposto por Alexandre Kalil e trocou o vôlei pelo futebol, se tornando diretor executivo do Atlético. E como em tudo que fazia, foi brilhante, participando da montagem e da campanha do time vice-campeão brasileiro, que perdeu a final para o Corinthians.

Em 2003 outro desafio gigante: foi eleito presidente do Botafogo que acabava de ser rebaixado para a Série B. Ficou até 2008, depois de reestruturar o clube, retornar à Série A e conquistar o Campeonato Carioca de 2006. Em 2017, atendeu outro chamado de Alexandre Kalil, para assumir a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer da prefeitura de Belo Horizonte, onde ficou até o início de 2018, quando foi chamado por Sérgio Sette Câmara para assumir a diretoria administrativa do Atlético.

Infelizmente, um infarto interrompeu essa belíssima trajetória profissional e de vida, no dia 13 de março de 2018, aos 68 anos. Ele estava trabalhando, num evento na Cidade do Galo, e nem com toda a pronta assistência médica que teve foi possível salvar a vida dele.

Grande ser humano, primo do craque do Botafogo dos anos 1940, Heleno de Freitas. Sobrinho do comentarista João Saldanha. Bebeto manteve até a morte, a sua capacidade de indignação contra as mazelas dos dirigentes dos esportes olímpicos e do futebol brasileiro, sempre botando a boca do mundo, denunciando federações e CBF, o que lhe custou muitos dissabores.

Pessoas como o Bebeto fazem falta demais ao Brasil.

Bebeto de Freitas em sua segunda passagem como diretor executivo do Atlético em 2009 – Foto: Bruno Cantini

Em 2001 tive o prazer de apresentar o Minas Esporte, da Band, num dia de férias do Flávio Carvalho, que teve Bebeto de Freitas (ao meu lado, direita) como convidado especial e participação da banda de pop-rock, Iris de Seda, que estava lançando seu segundo disco. O baterista Toninho Silva (esquerda), guitarrista Fabrício Matos, vocalista George Machado e à direita o contrabaixista Renato Valente.

Cruzeiro fala em Douglas Costa. Importante se informar bem como ele está

Minha coluna no BHAZ:

Foto: twitter/Grêmio

Douglas Costa se informa sobre o Cruzeiro. Quem tem que se informar é o clube sobre ele

Douglas Costa no Grêmio em 2021, ano do último rebaixamento: 28 jogos, 3 gols, 2 assistências, 3 lesões musculares, 8 vitórias, 6 empates,14 derrotas, 35,7% de aproveitamento

O noticiário sobre o Cruzeiro informa que a Raposa está em conversas com o atacante Douglas Costa, revelado pelo Grêmio, que teve grandes momentos no Bayern de Munique e Juventus da Itália, mas que foi um retumbante fracasso no retorno ao tricolor gaúcho em 2021, participando do rebaixamento do time para a Série B.

E que o jogador, de 33 anos, estaria buscando informações mais detalhadas sobre a SAF controlada pelo Ronaldo e sobre o técnico Larcamón. Também que muitos cruzeirenses estão lotando as redes sociais ligadas a ele, pedindo que ele “venha logo” para jogar pelo time.

Ora, ora, é bom que o Cruzeiro e torcedores se informem melhor sobre Douglas Costa, como foi a segunda passagem dele pelo Grêmio e como ele está fisicamente hoje. Um dos maiores salários do futebol brasileiro na época, de relação custo/benefício questionadíssima.   

Vale a pena dar uma “pesquisada” nos jornais gaúchos. No Zero Hora, por exemplo, serão lidas manchetes tipo essa: “Lesões, polêmicas e poucos gols: como foi a segunda passagem de Douglas Costa pelo Grêmio”.

Zero Hora de 30 de dezembro de 2022:

https://gauchazh.clicrbs.com.br/esportes/gremio/noticia/2022/12/lesoes-polemicas-e-poucos-gols-como-foi-a-segunda-passagem-de-douglas-costa-pelo-gremio-clcax6vua007l0182m63hor6a.html


O longo “mistério” que trava as categorias de base do Atlético

Escalação do time que começou jogando contra o Sfera/SP e perdeu de 1 a 0, gol aos 30 do primeiro tempo. (Foto: @Atletico)

Minha coluna no BHAZ:

O sub-20 do Galo foi eliminado na segunda fase da Copa São Paulo por um time chamado Sfera, da capital paulista, fundado por empresários em 2021.

Espera-se que agora, que se tornou uma empresa, o Atlético finalmente dê a devida transparência e ponha gente competente e séria para cuidar do setor. Ali está a galinha dos ovos de ouro de todo clube brasileiro, que precisa formar jogadores, utilizá-los em seu time profissional e fazer dinheiro com eles. Há muitos anos a base do Atlético não revela ninguém.

O último foi o Bernard, que estava prestes a ser dispensado, mas foi emprestado ao Democrata de Sete Lagoas para disputar a terceira divisão mineira e arrebentou lá. Essa história conheço muito bem, pois participei dela do princípio ao fim.

A diretoria do Atlético deveria chamar o pai do Bernard, Délio Duarte, para uma conversa. Cidadão correto, certamente prestará um grande serviço ao futebol e do Galo, contando coisas estarrecedoras sobre o que acontece nas categorias de base, não só do Atlético, mas também da maioria dos grandes clubes. Um rápido e único exemplo: determinados dirigentes da base exigem que o pai de jogadores, de bom potencial, passem procuração para determinados agentes/empresários para que eles cuidem da carreira do jovem, negociando tudo em nome dele. De contratos com os clubes, a fornecedores de material esportivo, publicidade, enfim.

Eu, entre o Bernard e o pai dele, Délio Duarte, numa das últimas vindas do atacante a Belo Horizonte

Óbvio que mediante uma boa comissão sobre tudo, inclusive dos salários do jogador. Quando a família se recusa a aceitar a “sugestão” do dirigente, ele fica fora até do banco de reservas na maioria dos jogos, desaparece, por melhor jogador que seja.

Como a imprensa não cobre a base e a torcida não sabe quem é quem, nem o que acontece por lá, fica por isso mesmo, e muitas carreiras são prejudicadas ou interrompidas. Uma ciranda perversa.

O atleticano Luiz Souza comentou no blog:

“Chico,
Termina, com mais uma vergonhosa participação do Galo, a Copinha SP. Entra ano e sai ano e sempre com a mesma promessa de ”ajeitar a base” e que para o ano as coisas serão diferentes, e que blá..blá..blá. Há quantos anos não se revela ninguém!. Será possível que o Galo será apenas comprador de jogador? Qual foi a última revelação? Desse jeito não faz sentindo manter essa estrutura caríssima. É preferível alugar um time que tenha expertise em revelar jovens atletas e, na época da copinha vestir a camisa do Galo. Time de atletas de empresários e joga quem tem poder de ser indicado. Que time horroroso, crendospai! Preferível encerrar a base. É o fim da chance de quem deveria estar jogando. Depois não reclamem”


Opinião de um cruzeirense da “gema”: o que esperar do Cruzeiro este ano?

Minha coluna no BHAZ:

Cruzeirenses da gema: o saudoso J A Ferrari (esq.) e Alex Elian – Foto: arquivo pessoal

Pedi a um cruzeirense da “gema”, Alex Elian, desses que ficam ligados até nos treinos do time, para avaliar os movimentos da diretoria visando esta temporada, comparando com 2023.
Ele é o da direita nessa foto, ao lado de um ícone da imprensa esportiva mineira, outro cruzeirense, o J.A. Ferrari, integrante do programa “Bola na Área”, grande sucesso das TVs Itacolomi/Alterossa, nos anos 1970/80, de acalorados debates com o Xico Antunes (atleticano) e o americano Paulo Papini.
Infelizmente o Ferrari nos deixou no dia 24 de novembro do ano passado e rendo aqui a minha homenagem.

Eis o que pensa o Alex sobre as perspectivas do Cruzeiro 2024:
* “Muitas incógnitas ainda”
“Não pelo treinador, Larcamón, pois desde a chegada do “fenômeno” as contratações dos treinadores desconhecidos de fora (estrangeiros) foram ótimas surpresas. Mas pelo elenco, já que perdemos, na minha opinião o melhor zagueiro (Luciano Castán) e atacante (Bruno Rodrigues) para 2024!
Trouxemos dois campeões da série B de 2022, que foram bem naquela competição: o zagueiro Zé Ivaldo e o atacante Rafa Silva.


Gostei também do retorno do Lucas Romero (faltava um pitbull), que entretanto, está longe de ser craque de ser buscado no aeroporto, do centroavante argentino, Dinenno (pelos vídeos parece muito bom) e o Gabriel Verón, que no Palmeiras era muito útil. Uma ótima tentativa de recuperação! Em relação a 2023 eu creio que melhorou, mas não tanto ainda para buscarmos o papel de preponderância no futebol nacional!
Precisa de mais jogadores de bom nível!”

Alex é primo de um dos maiores atleticanos que conheço, o jornalista Sérgio Moreira, hoje um dos papas da imprensa brasileira especializada em Turismo