Blog do Chico Maia

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Os três mineiros e e as perspectivas diferentes para 2024

Imagem: divulgação

Minha coluna no BHAZ:

Faltando dez rodadas para acabar este Brasileiro, Atlético, Cruzeiro e América já deveriam estar pensando e agindo visando 2024. Possivelmente só o Coelho deve estar com a cabeça na próxima temporada, fazendo auto avaliação, juntando os cacos, lambendo feridas e conversando com possíveis nomes para assumir comissão técnica e substituir as muitas peças que precisarão ser trocadas no elenco. Não vi nada de diferente neste técnico Fabián Bustos e acredito que não seja o camarada certo para remontar o Coelho. Gostaria inclusive que americanos que acompanham o time mais de perto se manifestassem aqui.

Há informações seguras de que Marcus Salum anda muito abatido, mas todos sabemos do amor que ele tem pelo América e que não largaria o barco com o clube nesta situação. Errou na formação do grupo deste ano mas continua sendo o melhor e mais lúcido dirigente do futebol mineiro. Vai dar a volta por cima.

O Cruzeiro fechou contrato com Zé Ricardo até o fim de 2024 e deve honrar o compromisso. Pegou o elenco já montado, por Paulo Pezzolano e Pepa, está fazendo o que pode para segurar o time na Série A e foi contratado para dar uma cara nova ao time, principalmente utilizando jogadores formados na base.

O Atlético é uma incógnita no que se refere ao futuro. Em vias de transformação em SAF, não sabe ainda quem será o homem forte do futebol, quem será o chefão da empresa, o famoso “CEO”, se Felipão fica ou não fica, e nem quanto terá para gastar em 2024, porque a previsão é de que o orçamento será bem baixo em relação aos últimos anos. Terá que renovar muito o elenco, composto atualmente de muitos veteranos que não dão mais conta do recado e alguns muito fracos em determinadas posições, como lateral direita e meio campo.

Se a SAF vai dar certo ou não é outra incógnita. Os futuros donos do Atlético precisarão escolher muito bem quem comandará a empresa e o futebol, pois ao torcedor só interessa isso: o time. Essa turma que está lá é fraca. Mesmo gastando a fortuna que gasta ganhou apenas o Campeonato Mineiro este ano e ano passado, com o time eliminado precocemente da Copa do Brasil e Libertadores da América, além de bater cabeça na escolha de treinadores.

Alguém pode dizer que essa turma ganhou também da Recopa 2022, ok! E o Brasileiro de 1937! Ah, tá!


O Tempo Sem Tempo, do Dr. Carlos Starling

Foto: arquivo pessoal

No time dos amigos do Clube da Esquina, Carlos Starling, agachado (direita), abaixo do Afonsinho (olhando pro chão), cuja rebeldia  contra a CBD na época iniciou a discussão para o fim  da Lei do Passe. À esquerda, agachado, Gonzaguinha. O terceiro a partir dele, Fernando Brant. Este time ganhou do nosso, da AMCE por 2 a 0, na preliminar de Atlético x Cruzeiro no Mineirão em 1984.

Tive o prazer de receber o convite para o livro O Tempo Sem Tempo, do Dr. Carlos Starling, pela Editora Autêntica, que será tema do Sempre Um Papo, tradicional projeto criado pelo grande jornalista Afonso Borges.

Nesta quarta-feira, 25, com direito a noite de autógrafos, a partir das 19h30, no Teatro José Aparecido de Oliveira, na biblioteca pública de Minas, na Praça da Liberdade.

Importante lembrar que o “Pavão”, apelido carinhoso de juventude do Dr. Carlos Starling, é também poeta, músico, ligado ao Clube da Esquina, e foi “projeto” de craque de futebol. No mundo da bola sua maior façanha nos gramados foi quase marcar um gol em mim, num jogo dos amigos do Clube da Esquina contra a Associação Mineira de Cronistas Esportivos – AMCE, na preliminar de um Atlético x Cruzeiro em 1984, conforme mostram essas fotos, que me foram presenteadas pelo próprio Dr. Starling e pelo Branco Brant.

No dormitório transformado em vestiário improvisado do antigo Mineirão, o saudoso Gonzaguinha, que morava na Pampulha, calça as chuteiras para o jogo.

Exato momento em que eu tomava o segundo gol do time dos amigos do Clube da Esquina. Atenção para o detalhe da grama que era utilizada na maioria dos estádios brasileiros até os anos 1990, inimagináveis nos dias de hoje.

Leia mais em minha coluna no BHAZ:

https://bhaz.com.br/noticias/esportes/ainda-nao-li-mas-ja-gostei-o-tempo-sem-tempo-do-dr-carlos-starling/


Como diz Emanuel Carneiro: ‘todo Atlético x Cruzeiro dura uma semana depois do jogo’

Foto: @samuelvenancio

Minha coluna no BHAZ:

Entres zoações e dores de cabeça, o clássico continua sendo jogado

Na apresentação do tradicional programa A turma do bate Bola, o Emanuel Carneiro costumava dizer que todo Atlético x Cruzeiro dura uma semana depois do jogo, pelas polêmicas e consequências geradas em ambos os lados em função do resultado em campo.

Uma grande verdade e o 1 a 0 do Cruzeiro, ontem, vai render durante muito tempo, pela vitória em sim, pelo troco dado pelos jogadores vitoriosos no boquirroto diretor do Atlético que os provocaram antes da partida e pela atitude do Atlético de constranger a torcida cruzeirense retirando portas, papel higiênico, sabonete e outras coisas dos banheiros, além de não vender cerveja com álcool nos bares do setor reservado a ela.

Para completar a deselegância o Atlético não queria permitir que a entrevista coletiva do técnico Zé Ricardo fosse iniciada enquanto a bandeira estendida pelo Cruzeiro sobre a mesa não fosse retirada. E mesmo sem microfones ligados, o comandante do Cruzeiro falou.

No twitter, a sequência de informações e imagens de jornalistas e dos clubes que resumem o extra-campo do clássico, que nada acrescentam de positivo ao nosso futebol:

@AdroaldoLeal

O @Cruzeiro vai abrir a coletiva aqui na Arena MRV! Vitória da Raposa por 1 a 0.

 Foto: twitter.com/AdroaldoLeal

@BrenoGalante

O @Atletico não permitiu que a coletiva do Cruzeiro fosse realizada enquanto não tirassem uma bandeira que estava na mesa e desligou o som do microfone do treinador. O Cruzeiro não quis tirar a bandeira e a coletiva começou sem som do microfone mesmo.

@AdroaldoLeal

E depois querem pagar de “clube mais simpático do Brasil “. Que coisa ridícula, pequena, atitude de quem não suporta perder para o rival, ou melhor, “ex-rival” como alguns costumam arrotar por aí! Pior é depois tentar justificar o injustificável!

@ArenaMRV

Falta de respeito é isso.

@ArenaMRV

A torcida adversária deixou o setor visitante da Arena MRV assim. Todas as catracas do portão 20 quebradas , mais de 150 cadeiras danificadas, alarmes dos banheiros de PCD, câmeras de segurança destruídas, dezenas de vasos entupidos de forma proposital

@ArenaMRV

Com a vitória surpreendente o Cruzeiro foi a forra nas gozações, como mostrou o repórter Samuel Venâncio:

@samuelvenancio

A loja do Cruzeiro no Del Rey está com um sorteio especial pra quarta-feira: um par de ingressos + essa camisa branca personalizada. Pra participar é só mandar um WhatsApp aqui https://wa.me/553136469552

O Cruzeiro foi à forra no troco às provocações da diretoria do Atlético, como nesta foto postada em seu twitter oficial – twitter.com/Cruzeiro

https://bhaz.com.br/noticias/esportes/loja-do-cruzeiro-esta-com-um-sorteio-especial-pra-quarta-feira-camisa-do-jemerson/


Na casa do Galo, venceu quem errou menos. Cruzeiro se deu bem

Minha coluna no BHAZ – Foto de minha autoria

A rigor, um lance de grande perigo. Atlético e Cruzeiro ficaram devendo. Com quase dois minutos de bola rolando, Bruno Rodrigues foi ao fundo pela esquerda e cruzou na área cheia de marcadores. Filipe Machado conseguiu chegar na bola e chutar no travessão. Parecia o prenúncio de uma grande partida, repleta de lances assim. Ledo engano. Depois disso, estocadas de lado a lado, sem maiores perigos, frustrando a expetativa geral de quem pensava que teríamos um mais um clássico inesquecível neste aspecto.

O Cruzeiro buscou mais o ataque, principalmente no segundo tempo, mas esbarrou nas suas limitações de elenco. O Atlético não foi a sombra do time que venceu o Palmeiras na rodada anterior. Errou passes e construiu poucas jogadas que pudessem levar perigo ao goleiro Rafael Cabral.

O Galo voltou do intervalo com Battaglia no lugar de Alan Franco e Jemerson no de Bruno Fuchs, que tinha tomado cartão amarelo. Aos 15, Felipão tirou Zaracho para a entrada de Pavón; aos 16, Pedrinho no lugar de Igor Gomes. Aos 39, Kardec no lugar do Battaglia, pensando em mandar todo o time ao ataque. A intenção foi boa, mas começava a derrota atleticana.

Aos 41, William foi despretensiosamente pela direita, cruzou e Jemerson marcou contra ao tentar cortar, em lance típico de jogador que não está bem fisicamente ou sem os reflexos apurados para alto rendimento.

As mexidas feitas pelo técnico Zé Ricardo foram todas no segundo tempo, a partir dos 17 minutos: Japa no lugar de Kiki, Rafael no de Arthur Gomes, Nikão no de Matheus Pereira e Mateus Vital no lugar de Lucas Silva.

Entre os 42.058 presentes na casa do Galo, menos de 5 mil cruzeirenses fizeram a festa (Foto: Chico Maia)


O extremismo já grande demais. Triste que seja incentivado no futebol mineiro

Minha coluna no BHAZ no intervalo do clássico

Antes do Clássico, desrespeito e provocação lamentáveis na Arena MRV

Nestes tempos de violência extrema no mundo e que o Brasil figura entre os países mais perigosos do planeta, o Atlético toma atitude em seu estádio incentivando ódio e radicalismo entre as torcidas.


Em princípio pensei que fosse brincadeira quando o companheiro Afonso Alberto me disse na cabine da Rádio Minas, de Divinópolis, que portas, espelhos e papel higiênico foram retirados dos banheiros da área em que ficaria a torcida do Cruzeiro. Sob a alegação de que era para evitar prejuízos ao patrimônio do Atlético. E que também estava vetada a venda de cerveja com álcool aos cruzeirenses.
Minutos depois vi que era isso mesmo. Lamentável. Insensatez pura. Aparentemente apenas uma provocação, mas não, isso é desrespeito.


Concordo como jornalista Fernando Rocha, ex-Globo, Bandeirantes e Rede Minas, que twittou:
@fernandoroch
“Quem é mineiro e ama futebol, sabe que a nossa rivalidade é dos maiores orgulhos, seja você cruzeirense ou atleticano. Hoje as duas SAFs. Falam de profissionalismo, rivais “jogarem juntos” na medida do possível, mas na primeira oportunidade fazem isso com a torcida do Cruzeiro.
Anotem o que estou falando. Esse deve ser o último clássico com duas torcidas. Perde: o futebol. Perde: nossa rivalidade. Ganham: as duas SAFs, que assim podem vender mais ingressos e lucrarem mais. Cruzeirenses e atleticanos: perdemos mais essa…”


Pré-clássico faz lembrar estádio de Copa do Mundo

Fotos de minha autoria

Prazer e honra encontrar com estas feras da Comunicação: ⁦Afonso Alberto (esq.), um importante padrinho que tive no início da minha carreira, principalmente quando tive a satisfação de trabalhar com ele na Rádio Capital⁩ e o Adroaldo Leal, um dos melhores repórteres da nova safra brasileira.

⁩Momentos antes do jogão na casa do Galo. Ambiente nos corredores e tribuna de imprensa faz lembrar Copa.

A casa do Galo se parece demais com a do Spartak de Moscou, palco de jogos da Copa da Rússia 2018.


Este jogo é um campeonato a parte. Deveria haver sempre um troféu em disputa

Foto: ArenaMRV

Minha coluna no BHAZ:

Clássico é clássico, de placar imprevisível, como sempre!

Há “n” exemplos de surpresas gigantes nos jogos entre Atlético e Cruzeiro neste clássico. Quando um está em crise e o outro bem melhor, vitorias de quem está por baixo mudam a crise de lado e a paz volta a reinar no lado vitorioso.

Vencer o clássico é entrar para um lugar especial da história. Este jogo é um campeonato a parte. Deveria haver sempre um troféu em disputa.

Pernas de pau costumam sair de campo glorificados e craques desmoralizados, dependendo do resultado.

O Cruzeiro precisa desesperadamente da vitória. Vai “comer” grama nesta partida. O Atlético joga o primeiro grande clássico em seu estádio próprio, sonho de mais de cem anos. Precisa vencer para deixar uma boa lembrança desse momento. E há um desejo louco de devolver uma goleada acachapante.

São os ingredientes que vão esquentar o jogão, mexer com os brios e nervos de jogadores e comissões técnicas. Cada jogador, cada treinador tem uma postura psicológica em momentos de enorme pressão como este.

Vamos ver quem se controlará melhor e errará menos. A única certeza é que será emoção do princípio ao fim.

https://bhaz.com.br/noticias/esportes/vamos-ver-quem-se-controlara-melhor-e-errara-menos/


“De páginas heroicas e imortais a derrocada”

Foto: Acervo CEC

O obrigado ao jornalista Sérgio Murilo Rodrigues Lopes, autor do “Blog dos Letrados Desalienados”, que nos deu a honra da visita aqui e nos enviou este belo texto sobre o Cruzeiro.

Aliás, a sugestão é ler o blog dele que é muito legal e como ele mesmo define: “… tem como proposta conscientizar os leitores e ajudá-los a fugir da alienação e despertá-los para o uso da razão, dando-lhe condições para que consigam informações e esclarecimentos. Além disso, o blog tem como intuito analisar o comportamento dos governantes e dos governados, comparando fatos e situações, fazendo o possível para estabelecer a ligação correta entre as causas e as consequências. Por fim, o Blog dos Letrados Desalienados tem como meta associar fatos, comparar situações, verificar a ligação ou a contradição entre fatos ocorridos em lugares e épocas diferentes. Despertar o senso crítico dos leitores para levá-los a descobrir a realidade escondida atrás da aparência…”

O Sérgio é graduado em Jornalismo, pós-graduado em (Televisão, Cinema e Mídias Digitais) em Letras (Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa e Inglesa), licenciado em (Letras/ Português e Literaturas da Língua Portuguesa) e em (Letras/ Português – Inglês).

* “De páginas heroicas e imortais a derrocada”

No ano de 1966, o imbatível Santos do Pelé foi derrotado duas vezes seguidas por 6 x 2 e 3 x 2.  Em 1994, na fase de grupos da Libertadores, o Boca Juniors foi superado pelo placar de 2 x1, pela primeira vez, na temível La Bombonera (oficialmente Estádio Alberto José Armando).

Em 2003, conquistou o primeiro campeonato brasileiro de pontos corridos e até então, é o único time fora do eixo Rio-São Paulo a vencer dois anos seguidos (2013 e 2014). Nos anos de 2017 e 2018, foi a primeira equipe brasileira a vencer a copa do Brasil em dois anos consecutivos, e detém a hegemonia da competição com 6 títulos (1993, 1996, 2000, 2003, 2017, 2018).  

As conquistas e façanhas foram realizadas pelo Cruzeiro Esporte Clube, de Belo Horizonte – MG. A equipe tem mais de 100 anos de histórias, uma imensa torcida e ídolos inesquecíveis: Tostão, Dirceu Lopes, Fábio, Alex, Zé Carlos, Piazza, Joãozinho, Nelinho, Marcelo Ramos, Marcelo Moreno, Ronaldo Fenômeno, Natal, Raul Plassmann, Sorín, Éverton Ribeiro dentre outros…

Contudo, no fatídico ano de 2019, o Cruzeiro viveu o pior momento de sua história. O time fez uma campanha pífia no campeonato brasileiro, foi rebaixado para série B. Nos anos de (2020, 2021, 2022), a equipe celeste disputou a segunda divisão, em dezembro de 2021, Ronaldo Fenômeno tornou-se dono de 90% das ações do Cruzeiro. A equipe mineira conquistou o título em 2022, e retornou à elite, no ano seguinte.

Em 2023, o time do gestor Ronaldo já fracassou no campeonato mineiro e na copa do Brasil. Iniciou bem o campeonato brasileiro, venceu jogos fora de Minas. Mas teve queda de rendimento, não conseguiu vitórias no estádio do Mineirão. O último duelo , na vigésima sétima rodada, foi contra o Flamengo, no Gigante da Pampulha, dia 19/10/2023.  O time de Minas perdeu por 2 x O para o time carioca. O resultado deixou o cruzeiro a apenas um ponto da zona de rebaixamento, com 31 pontos.

O elenco celeste ainda enfrentará times que estão na parte de baixo da tabela. Nas próximas rodadas, o Cruzeiro enfrenta Bahia (29ª), Vasco (33ª), Coritiba (34ª) e Goiás (35ª). A situação é complicada, o time azul fez por merecer a humilhação que está passando nos últimos anos.

As gestões dos irmãos Perrellas, do Gilvan de Pinho Tavares e do trio (Wagner Sá Pires, Itair Machado, Serginho Nonato) obtiveram taças relevantes. Entretanto, a torcida cruzeirense organizada e a maior parte da  imprensa mineira valorizaram somente as conquistas. A lavagem de dinheiro, a falsidade ideológica, a associação criminosa e a apropriação indébita ficaram escondidas debaixo do tapete.  O time foi saqueado e ganhou as páginas policiais.

Em conclusão, a corrupção e a omissão destruíram o Cruzeiro Esporte Clube. Tenha cuidado, o Cruzeiro não é o único grande clube brasileiro que fez bobagens por vários anos

https://blogdosletradosdesalienados.blogspot.com/2023/10/de-paginas-heroicas-e-imortais-derrocada.html?m=1


Contra o Palmeiras lá, que diferença o Atlético em relação ao Coritiba em BH

Foto: Pedro Souza/CAM

Minha coluna no BHAZ:

Futebol do Galo que faltou contra o Coritiba apareceu contra o Palmeiras

Com direito as espetáculos especiais de Hulk e Paulinho, os artilheiros da noite, um em cada tempo, o time todo correu muito e foi bem no Allianz Parque.

Vou concordar com quase tudo que o Paulo F. nos escreveu, discordando apenas da crítica pesada dele ao Otávio, que para mim não foi tão mal assim:

“O Galo jogou muito bem, a estratégia do Felipão deu muito certo, apesar do meu ceticismo ao ver a escalação. Não deixou o Palmeiras jogar. Só o Otávio mesmo pra ser o único a jogar mal em uma partida primorosa.
Destaques para Lemos, Alan Franco e Paulinho, que deixou a bola pro Hulk acertar um chutaço e marcou o segundo em um lançamento primoroso do Saravia que foi bem também.
Galo vai embalado pro clássico, enquanto o CEC acendeu o sinal vermelho.

Impressionante o equilíbrio do campeonato, disputa acirradíssima, com 6 times embolados na parte de cima disputando 2 vagas diretas pra libertadores, com Botafogo e RBB garantidos; e 6 times separados por 1 ponto, disputando 2 vagas pra série B.
Se o Corinthians aprontar pra cima do Flu ajuda o Galo e prejudica o Cru.”

Foto: @Atlético


Finalmente Ronaldo deu as caras, mas para falar um monte de bobagens

Foto: @Flamengo

Minha coluna no BHAZ:

Derrota do Cruzeiro serviu para Ronaldo dar as caras

Desde que se tornou dono do clube o ex-atacante vinha se fazendo de difícil para torcida e imprensa, sem dar entrevistas e sem querer muita proximidade com ninguém de Belo Horizonte. Aconselhado por parceiros comerciais fortes a mudar a postura, nunca topou e a prepotência prevalecia. Porém, o dia chegou, depois dessa derrota para o Flamengo no Mineirão, onde o time não conseguiu vencer nenhum jogo este ano.

De surpresa, Ronaldo apareceu para uma improvisada entrevista para quem estivesse por perto. Perdido, como alguém que vê a ficha caindo só agora, voltou com o discurso surrado de que o clube estava em situação crítica e que o torcedor precisa ter paciência e ajudar.

Atacou as torcidas organizadas, sugerindo que elas estão pegando no pé dele porque teriam perdido as mordomias. Atacou também a imprensa, dizendo que a mídia esportiva mudou, que se tornou “torcedora” e joga os torcedores contra a diretoria.

Concluiu dizendo que o futuro é incerto, deixando aberta a possibilidade até de passar o Cruzeiro para outro, dependendo do que acontecer nas rodadas finais do campeonato.

Ronaldo é um dirigente novo com discurso antigo. Age da mesma forma que a maioria absoluta dos cartolas sempre agiu no futebol, buscando culpados para justificar a própria incompetência pelo fracasso à frente de um time.

Falou um monte de bobagens ao vento, quando poderia resumir tudo em poucas palavras, tipo: esperamos que este grupo de jogadores consiga render mais para evitar o pior. Além de assumir que errou ao demitir o Pepa no primeiro momento de oscilação para baixo que ele estava vivendo no comando técnico da Raposa.

Culpar a imprensa é outra estratégia velha, do anteontem futebol clube. Ele reclamou da pressão sobre o Rafael Cabral, que bateu boca com torcedor depois do jogo contra o Cuiabá, dizendo que foi culpa da imprensa. Fingiu não saber da força das redes sociais, que ele usa tão bem, e hoje até mais poderosas que muitos grandes veículos de comunicação. Foram elas que espalharam o destempero do goleiro cruzeirense, registrado por um celular e repassado para milhões. Mas a imprensa é que a culpada do excesso de passes errados e da fragilidade do time comandado pelo Zé Ricardo.  

Um desastre a fala do Ronaldo, mas pelo menos ele teve a humildade de pedir novamente que a torcida “jogue junto” com a diretoria e time para evitar que o Cruzeiro volte a disputar a Série B. Como se a torcida cruzeirense precisasse de apelo para apoiar o time, coisa que nunca faltou.

Foto: @Cruzeiro

Sobrou até para a torcida do Cruzeiro na desastrada entrevista do Ronaldo