Não tenham dúvida: dessa vez as gangs que marcaram briga pela internet, que terminou na morte covarde do rapaz, filmada e mostrada na TV, foram longe demais e vão se dar mal.
É aquele caso da saída do Chevrolett Hall, depois da luta de vale tudo, ano passado, que a imprensa vinculou a uma briga entre “atleticanos e cruzeirenses”.
Infelizmente os clubes não soltaram uma nota oficial rechaçando essa pecha de que seus torcedores são marginais, que mancham os nomes das instituições.
Aí saiu para o Brasil que um atleticano matou um cruzeirense, como se fosse depois de um jogo no Mineirão ou outro estádio.
Cinco estão presos, seus advogados tentaram habeas-corpus nas festas de fim de ano, mas não conseguiram, felizmente.
Muito em função do caso ter caído nas mãos de um dos Promotores de Justiça mais temidos do Estado e do país, pela competência e seriedade: Dr. Francisco Santiago, que tem mais de 1200 Tribunais do Juri, e condenações de criminosos de alto calibre, em processos que mobilizaram as atenções do público.
Está trabalhando dia a noite neste caso porque tem prazos a cumprir.
Com isso, as torcidas organizadas que abrigam bandidos em seus quadros, que se cuidem, pois podem pagar caro, inclusive com o pedido de fim de suas atividades.
E caso isso aconteça, até as torcidas que nunca se envolveram em confusão, e só fazem o bem ao futebol e aos seus clubes, podem pagar o pato.
Lembrei de entrar neste assunto porque no réveillon ocorreu um crime com requintes de covardia, parecido com o do Chevrolett Hall, em Passos, e pouco ou nada foi falado pela imprensa de Belo Horizonte.
Li na Folha de S. Paulo, dia 3, e felizmente, ninguém vinculou o fato a “atleticanos” ou “cruzeirenses”, pois os criminosos devem ser tratados como bandidos, como tantos que existem país afora, e todos têm um time de futebol de preferência.
Mas alguns usam camisas de torcidas para se disfarçarem na multidão e dificultar o trabalho da polícia e da justiça;
Veja a notícia do crime em Passos:
“Jovem é espancado e morto após ser impedido de entrar em festa”
2 seguranças foram presos após agressão na noite de Réveillon
FELIPE LUCHETE
DE SÃO PAULO
Um adolescente de 16 anos morreu após ser espancado por seguranças de um clube na cidade mineira de Passos (347 km de BH), no sábado.
Dois seguranças foram presos em flagrante após relato de testemunhas.
Segundo a Polícia Militar, o jovem Max Douglas da Silva e mais dois rapazes foram impedidos de entrar sem pagar na festa de Réveillon no Passos Clube.
A polícia diz que os jovens, então, danificaram o carro de um dos seguranças, e em seguida foram perseguidos por quatro deles.
A PM informou que um dos adolescentes conseguiu fugir e outro foi levado ao hospital com escoriações leves. Ele pode responder pelos danos causados ao veículo.
Silva teve traumatismo craniano e chegou a ser atendido, mas não resistiu.
O dono do carro, Adriano Alvim, 26, e o irmão Jackson Alvim, 28, admitiram a agressão, segundo a polícia. Ambos estão detidos. A Folha não conseguiu falar com eles. Os outros dois seguranças foram liberados.
O clube informou que não é responsável pela segurança do evento, pois a sede foi alugada. A Folha ligou para dois organizadores e deixou recado, sem retorno.