Dorival Júnior está devolvendo o Atlético à sua tradição de apostar na prata da casa, maior responsável pelos grandes times da história do clube.
Tornou-se comum na imprensa dizer que o trabalho das categorias de base do Galo é ruim. Um erro absurdo de informação.
O problema é que para este trabalho aparecer é preciso que os técnicos do profissional lancem os rapazes.
Os antecessores do Dorival optavam por pedir a contratação de jogadores do mesmo nível e muitas vezes de nível muito inferior aos que o clube tinha na base.
Dois exemplos: o principal jogador do Náutico, o meia Giovane, é do Atlético, liberado pelo Luxemburgo, que pediu a contratação do Jackson.
E o melhor exemplo de todos: quem se lembra do tal Marcelo? O frangueiro ex-Corinthians, que o Luxa mandou buscar no Bahia, e ainda disse que era do mesmo nível de um Fábio!
E o Renan Ribeiro nem no banco porque a torcida e a imprensa pediam o tempo todo e o treinador ficava tiririca da vida com isso.
Este assunto é destaque hoje no portal paulista Uol:* Dorival Júnior aumenta a participação da base no time do Atlético-MG
Do UOL Esporte
No último jogo sob o comando de Vanderley Luxemburgo, quando foi goleado por 5 a 1, o Atlético-MG teve apenas um titular revelado nas divisões de base do clube: o volante Serginho. Na derrota para o Internacional, por 1 a 0, quinto jogo do alvinegro mineiro na ‘era Dorival Júnior’, esse número subiu para seis.
No Beira-Rio, começaram a partida contra o Inter, o goleiro Renan Ribeiro, os zagueiros Lima e Werley, o lateral-esquerdo Eron, o meia Renan Oliveira, que havia sido liberado por Luxemburgo para se transferir para o Vitória e que voltou a pedido de Dorival Júnior, a Serginho.
Além do volante, somente Werley e Eron vinham sendo aproveitados por Luxemburgo. Lima teve chances, mas nos últimos jogos com o antigo treinador não estava atuando. Já o goleiro Renan Ribeiro, cuja presença era sempre pedida pela torcida atleticana, nunca teve sua chance e estava atuando pelo time Sub 23, no Brasileiro da categoria, antes da troca de treinador.
A entrada do jovem goleiro no time titular aconteceu logo na estreia de Dorival Júnior pelo Atlético-MG, na derrota para o Grêmio, por 2 a 0. Mas não é apenas numericamente que se percebe uma valorização dos jogadores da base atleticana.
Desde que assumiu o time alvinegro, Dorival Júnior tem buscado atletas da base para tentar fortalecer o grupo, combalido não apenas pela má campanha – há 20 rodadas seguidas ocupa lugar na zona de rebaixamento –mas também por contusões e suspensões constantes.
No empate com o Ceará e na vitória sobre o Atlético-GO, por 3 a 2, no segundo e terceiro jogos com Dorival, o volante Fillipe Soutto atuou no meio-campo e na lateral esquerda, respectivamente. O meia Nikão, não revelado pelo clube, mas contratado para o time júnior, entrou em campo durante o jogo com o Inter, e o também meia Diney foi inscrito na Sul-Americana e atuou como titular nos 2 a 0 sobre o Independiente Santa Fé.
O técnico Dorival Júnior não esconde que a utilização de atletas da base não se deve apenas a uma opção, mas também à necessidade. “É um pouco de tudo”, admitiu o treinador, que tem procurado encontrar tempo na apertada rotina atleticana de jogos e viagens para conhecer melhor os jogadores da base.
Na própria quarta-feira, quando o Atlético fez à noite o jogo de ida pela Sul-Americana, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, mais cedo houve mais um treinamento com jogadores da base. “Estamos tentando conhecer alguns jogadores”, observou. “Aos poucos um ou outro vai se revelando e sentindo a possibilidade estaremos os utilizando no que sentirmos necessário”, acrescentou.