Blog do Chico Maia

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O Rádio entre as montanhas…

Minha colega dos tempos da Faculdade na antiga Fafi-BH, Sônia Pessoa, está convidando:

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Caros, tenho o prazer de convidá-los pra o lançamento do livro O Rádio entre as montanhas, histórias, teorias e afetos da radiofonia mineira. O livro é uma coletânea de artigos escritos por pesquisadores mineiros e organizados pela professora Nair Prata. Tenho o prazer de publicar um artigo com o resumo da minha dissertação de mestrado Itatiaia Patrulha, as histórias da vida. O lançamento será no dia 10 de maio, próxima segunda-feira, a partir de 20h, no plenário da Assembleia Legislativa. Haverá distribuição gratuita dos livros para os convidados. Conto com vocês. Um grande abraço e até lá.


Revolta americana manifestada em out-door

rouboFoi uma das peças de marketing mais criativas que vi nos últimos anos. No futebol, a mais original.

Certamente não foi espalhada por mais ruas e avenidas porque isso custa caro e a iniciativa foi expontânea, de torcedores, sem apoio financeiro do clube ou políticos, o que torna o manifesto mais legítimo ainda.

É a torcida do América, que continua mostrando a sua revolta.

A foto foi enviada ao blog pelo Marcus Vinicius Bragaglia de Montenegro, sob o título:

“Para a nossa famigerada FMF”


“Quanto mais ladrão, mais querido!” O vídeo imperdível da Cidinha Campos

Cidinha Campos é uma radialista tradicional do Rio de Janeiro, apesar de ter nascido em São Paulo. Foi uma das primeiras mulheres do país a se tornar repórter de campo, encarando o preconceito e conservadorismo dos anos 1960.

Por causa da sua autenticidade tornou-se uma das vozes mais ouvidas e respeitadas do Rio, pela Rádio Tupi. Abraçou a política, filiou-se ao PDT de Leonel Brizola e foi eleita e reeleita deputada federal, a partir de 1982. Tem uma trajetória de honradez nesse meio tão complicado.

Hoje é deputada estadual, e fez um pronunciamento na tribuna da Assembléia Legislativa do Rio, em março deste ano, que nos anima a manter em dia a nossa capacidade de indignação.

Assista, espalhe este vídeo e sonhemos que surjam políticos assim em Minas Gerais, das urnas de outubro próximo.

http://www.youtube.com/watch?v=q21rM03_R18

ou

Deputada_Estadual_Cidinha_Campos e Ladrões da ALERJ.wmv

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E agora José!

Pegando emprestado o título de uma das mais famosas poesias do itabirano Carlos Drumond de Andrade, o que vai acontecer com o futebol mineiro daqui pra frente?

Especialmente com os times do interior?

O Valério, da terra de Drumond, é um “morto-vivo” e foi parar na terceira divisão estadual.

E o Democrata de Governador Valadares, que fez ótima campanha na elite?

Estas perguntas são feitas em Ipatinga, por um dos comentaristas mais respeitados do interior, Fernando Rocha, em sua coluna de hoje no Jornal do Vale do Aço:

“…O que vai acontecer a partir de agora visando melhorar ou mudar este  quadro  para  o ano que vem?

Certamente, nada. O omisso presidente da Federação continuará recolhido na sua insignificância; os presidentes de Atlético e Cruzeiro, que poderiam suscitar uma discussão em busca de soluções, voltam-se agora para as competições nacionais e internacionais, virando as costas para os problemas graves do campeonato estadual.

A Federação Mineira e o diretor de arbitragem, Jurandy Gama, precisam vir a público e explicar o que foi, ou o que será feito,  com os R$ 270 mil pagos por uma financeira, patrocinadora também dos nossos principais clubes, para que os árbitros carregassem sua logomarca nos uniformes durante a competição. A cobrança foi feita pelo ex-árbitro, Juliano Lopes Lobato, durante o programa “Meio de Campo” da Rede Minas no domingo à noite, revelando que o clima entre os apitadores mineiros é de total antipatia em relação ao atual diretor. Em tempo, Juliano Lobato é um dos nomes cotados para comandar a arbitragem mineira, se o atual diretor for mesmo demitido.   

E vida que segue, morna e mansa, aqui nestes grotões: o Democrata/GV, por exemplo, que fez ótima campanha, teve a defesa menos vazada e o artilheiro da competição, já fechou as portas, dispensou todo mundo e agora só volta às atividades no próximo verão, em 2011, exibindo novamente o seu velho e ultrapassado Estádio Mamudão, com os mesmos defeitos ou até pior, não podendo jogar diante da sua torcida, se conseguir passar às finais…”


Brasil, o país do mesmo passado, presente e futuro!

Criando dificuldades para vender facilidades 
Antes de começar a Copa de 2010 na África já começaram as ameaças ao Brasil por causa do atraso das obras e etecetera e tal.

Esta pedra já foi cantada tão logo o país foi confirmado pela Fifa como sede de 2014.

Um jogo de interesses absoluto, combinado entre políticos e cartolas: no fim das contas, dispensam-se licitações para o “Brasil não perder a Copa para os EUA”, e os safados de sempre enchem os bolsos, com o dinheiro que nos tomam através dos impostos.

E vida que segue, pois este é o caráter nacional.

Alguém duvida que estes mesmos políticos serão eleitos e reeleitos este ano?

A coluna Painel, da Folha de S. Paulo de hoje, mostra um pouco de como funciona este jogo de empurra que conta com a cumplicidade tácita de das partes diretamente envolvidas: 

“Clima azedo”

Em meio aos problemas de atrasos nas obras para a reforma e construção dos estádios da Copa-14, quem transita entre o Comitê Organizador Local e o governo federal diz que a relação entre os órgãos nunca foi tão ruim. A ponto de um interlocutor petista dizer que o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., abriu diálogo com a Fifa sem passar pelo comitê. O governo nega. Diz que jamais se comunicou diretamente com a entidade máxima do futebol. Também pesou para o clima ruim a defesa de Silva Jr. ao Morumbi.

Problemático. O ministro do Esporte tem encontro marcado hoje com o governador do DF, Rogério Rosso, para discutir os problemas enfrentados no Mané Garrincha, cuja licitação para a obra do estádio, um dos mais caros da Copa-14, foi colocada sob suspeita de favorecimento.

Fora da linha. O foco principal da discussão, porém, segundo Orlando Silva Jr., é que o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos, que atenderia ao estádio, não será executado para o Mundial.

Ouvi direito? O “pito” público dado pelo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em Ricardo Teixeira, presidente do COL, pegou de surpresa cartolas e políticos envolvidos com a Copa-14. Valcke tem relação estreita com Teixeira.

 


Ótima safra de novos chargistas

Uma das vantagens de se ter um blog é a quantidade de informações, idéias e opiniões sobre tudo, que chegam através dos comentários dos leitores, que nos ajudam a abastecer o próprio blog, e no meu caso, a minhas colunas nos jornais e participações em programas de rádio e TV.

Noto que estão surgindo muitos chargistas e caricaturistas, certamente inspirados por antigas e novas feras da imprensa brasileira. Semana passada dei destaque aqui para o cruzeirense Marcio Mata, que prestou homenagem ao América pelos 98 anos.

Hoje destaco o Daniel Paiva, que homenageia o Galo pelo título.

Ele tem um ótimo blog, que vale a pena acessar: http://chargebrasil.blogspot.com/

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Assunto sério que caiu no esquecimento

Estou lendo os comentários dos leitores do blog nesta tarde e alguns chamam a atenção, como este do Cláudio Fernando, que tem toda a razão. Foi feita uma denúncia pela Rádio Itatiaia, mas o assunto caiu no esquecimento e hoje não vi nenhum jornal e ninguém falando mais de assunto tão sério:

“Prezado Chico,

Bom dia. Parabéns pelas colunas. Excelentes como sempre. Gostaria de lhe informar um detalhe que está sendo ”esquecido” pelas autoridades e imprensa, fato que prescisa ser urgentemente repensado para a Copa 2014. Ontem estava em casa ouvindo os comentários e entrevistas na Itatiaia após o jogo, quando um repórter (não me lembro qual) passou a informação de que na Antônio Carlos e nas imediações do anel rodoviários, bandos armados com porretes estavam atacando e assaltando as pessoas. A informação foi passada de forma meio truncada, por isso não posso dar maiores detalhes. Como é que a coisa ficou? Isso aconteceu dessa forma mesmo? Gostaria de saber até onde tal fato é verdade, uma vez que, se pretendemos fazer uma boa Copa do Mundo, penso que o problema como segurança devem ser tratados com a mesma importância da reforma do Mineirão. Pediria a você, grande voz da imprensa que apurasse a verdade de tal informação.
Abraços.
Cláudio. – Belo Horizonte”


Quarenta pra foto!

Homenagem do Duke, hoje, no Super Notícia!capa_03052010012815


Marco do renascimento

Este é o 40o título do Atlético no Campeonato Mineiro, e com um sabor especial para os atleticanos: é o marco do renascimento do clube, dilapidado por sucessivas administrações equivocadas. Em 2009 já fez um bom Brasileiro, foi vice estadual, porém com uma goleada vexatória para o Cruzeiro que provocou a queda do técnico Emerson Leão, até então o preferido da torcida.

Este ano a diretoria ousou e matou antigo sonho dos torcedores ao contratar Vanderlei Luxemburgo e sua comissão técnica. Graças à administração de austeridade, corte de gastos e ao superávit alcançado ano passado, mesmo sem patrocínio na camisa.

O time vem subindo de produção e começou justamente nos jogos decisivos, contra o Democrata-GV, Ipatinga, Sport Recife e Santos.

Devagar, Luxemburgo está devolvendo a auto estima alvinegra, dentro e fora de campo. É impressionante o que o Júnior, 37 anos, está jogando. Ninguém esquece, Marques, também 37, entrando aos 25 do primeiro tempo, no lugar do Renan Oliveira, 19, contra o Sport Recife, iniciando a arrancada da vitória contra o fechado time pernambucano. E o Ricardinho? Muitos já diziam que ele teria sido uma contratação fracassada. Com Luxemburgo, está começando a jogar o que se espera dele.

Mico

Como quase em todo ano a arbitragem foi o motivo de maior contestação do Campeonato e, de novo, os clubes optaram por apitadores de outro estado para dirigir as partidas finais. Hoje o experiente Paulo César de Oliveira, de São Paulo, foi pior que qualquer um do quadro da FMF. Aliás, dos grandes centros, Minas foi o único estado que não valorizou seus próprios árbitros.

 

Alternância

Se até 2008 o governador do estado e prefeito da Capital eram cruzeirenses, hoje os poderes executivo e legislativo deram as caras de preto e branco no Mineirão: Antônio Anastasia, Márcio Lacerda, a presidente da Câmara de Belo Horizonte, Luzia Ferreira, e o presidente da Assembléia, Alberto Pinto Coelho, participaram da festa atleticana, inclusive na premiação.

Copa

A Pampulha viveu ambiente de Copa do Mundo nas horas que antecederam Atlético 2 x 0 Ipatinga. Daqui quatro anos os mineiros sentirão isso, seja em qual jogo for. Até num “Honduras x Islândia”: automóveis decorados, buzinaços pelas avenidas, casas embandeiradas, clima de festa e confraternização. Que bom seria se o futebol fosse sempre assim.

Competência

O Ipatinga valorizou e muito a conquista atleticana. Um bom grupo de jogadores, ótimo treinador, e um presidente que peca em seus excessos verbais, mas trata-se de um dirigente competente. Itair Machado sabe montar times, mas é adepto da teoria da conspiração. Gosta de acusar a tudo e a todos e por causa dessa postura, perdeu apoios importantes até em Ipatinga.

* Essas e outras em minha coluna do O Tempo, nas bancas!


Clima de Copa do Mundo na saideira

Daqui a exatamente um mês estarei embarcando para a África do Sul, e a chegada ao Mineirão ontem me fez lembrar o ambiente dos jogos das Copas do Mundo. Festa pura: bandeiras e faixas nos automóveis, nas casas, nas brincadeiras entre torcedores, buzinaços, tudo em harmonia.

Fato negativo é que duas pessoas se machucaram por causa dessa idiotice chamada foguete, soltos por idiotas que gostam dessa bobagem, quase em frente ao hall principal do estádio.

Festa

Os comentários nacionais é que Belo Horizonte está bem à frente das demais cidades-sedes em seus preparativos para 2014. E hoje parecia um ensaio geral, como se a Copa fosse daqui algumas semanas, aqui. A PM trabalhou bem, o tráfego fluia, e dentro do Mineirão era uma festa só, com direito a prefeito, governador, presidente da Câmara Municipal e presidente da Assembleia Legislativa, todos atleticanos, presentes.

O inaceitável

Vi cambistas atuando em todas as seis Copas que cobri, e este ano verei de novo, na África. Nunca acabarão, mas é preciso que tenham o trabalho dificultado. No início do segundo tempo ainda havia torcedores fora do Mineirão, com esperança de conseguirem um ingresso, e havia cadeiras vazias lá dentro. Claro que os estádios do mundo inteiro jamais comportarão todos os torcedores que querem ver seu time numa decisão, mas quando os cambistas teem libertadade para adquirir centenas de ingressos, revolta a todo mundo. O Atlético precisa limitar a compra do número de ingressos por pessoa.

O jogo

Gilson Kleina é muito bom de serviço. O Ipatinga não chegou à toa à final do Campeonato, mesmo tendo um time modesto em relação a Atlético e Cruzeiro. Armou a sua equipe esperando os erros do Atlético, que na cabeça dele, iria partir com tudo desde o início do jogo. Mas Vanderlei Luxemburgo mudou, de novo, a tática. O jogo ficou amarrado no meio, nervoso e os adversários se estudando.

A vitória

Muriqui é um jogador importantíssimo do Galo e tem mostrado isso. Mas é inacreditável a capacidade dele para errar gols. Só que ele compensa com algumas jogadas, como o cruzamento que fez para o Tardelli iniciar a sacramentação do título. O segundo gol foi um prêmio ao Marques e uma aula para os jovens atacantes de como aproveitar uma oportunidade única em uma decisão.

O passado

Não tem jeito de não lembrar do Celso Roth! Como ele pode ter tirado o Júnior do time ano passado, no momento mais importante do Campeonato Brasileiro, quando o time brigava pela título!? Outra do Roth, que mostra a diferença entre um técnico e outro: faltando 10 jogos para o fim do Brasileiro, ele fez um churrasco que ficou famoso. Só chamou os seus chegados, entre jogadores e comissão técnica. Foi o início da derrocada, com aqueles vexames seguidos que tiraram o Atlético da briga pelo título e da vaga para a Libertadores.

Para o jogo de ida com o Ipatinga, Vanderlei Luxemburgo mandou fretar dois aviões e despachou mais dois ônibus do Atlético levando todo mundo para lá. É grupo ou não é?

São os famosos “detalhes”, que fazem diferença!

A saudade

Toda vez que passo perto ou entro no Mineirão me emociono, tendo jogo ou não. Um grande pedaço da minha vida está ali, desde criança, quando meu irmão Gilmar, levou-me pela primeira vez, para ver um Atlético x Ceará. Depois tornei-me repórter, e o que conquistei como profissional, tem tudo a ver com o “Gigante da Pampulha”.

Quando entrei na área das tribunas e vi gramado e arquibancadas, quase chorei. A massa cantando “Vou Festejar”, samba clássico da voz da Beth Carvalho, hino número dois do Galo. Lembrei de duas saudosas e emblemáticas personalidades da nação alvinegra: Vilibaldo Alves, o maior narrador que ouvi, com quem tive a honra de trabalhar durante muitos anos, e Elias Kalil, o maior dirigente que vi no futebol.

* Essas e outras, amanhã, na coluna do Super Notícia, nas bancas!