Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

De molho há sete meses e aguardando uma boa proposta, Marcelo Oliveira conta como montou o time vitorioso do Cruzeiro e o que deu errado no Atlético

Foi numa longa entrevista em ótimo trabalho da turma do Superesportes. Através dela é possível entender várias situações tanto do Galo quanto do Cruzeiro, apesar de o Marcelo se utilizar de muitas mensagens cifradas e não descer do muro para responder de forma mais objetiva e corajosa a várias questões. Vale a pena conferir:

* “Marcelo Oliveira abre o jogo: Atlético, Cruzeiro, críticas, feitos, polêmicas e futuro”

Em conversa com o Estado de Minas/Superesportes, técnico fala sobre vários assuntos polêmicos e revela sua pretensão profissional para o futuro

Roger Dias /Estado de Minas Bruno Furtado /Superesportes Renan Damasceno /Estado de Minas

Com dois títulos brasileiros pelo Cruzeiro e uma Copa do Brasil pelo Palmeiras, o técnico Marcelo Oliveira entrou para a galeria dos técnicos mais vencedores do país recentemente. Apesar disso, o mineiro de 62 anos está longe do futebol há sete meses, desde que foi dispensado pelo Atlético antes da finalíssima da Copa do Brasil, contra o Grêmio. Nesse período, teve propostas de clubes, mas não aceitou. Ele não descarta investir no mercado alternativo (Oriente Médio, China ou Japão) ou mesmo voltar a trabalhar no país. “O técnico não se pode dar ao luxo de escolher mercados. Vou trabalhar em algo que me chame a atenção, desperte a chance de fazer algo produtivo”, afirma Marcelo, que revelou ter tido problemas com Dagoberto na Raposa, há três anos, e o afastou do grupo. O treinador também disse não ter mágoas pela demissão no Galo, clube do qual foi ídolo nos anos 1970 e 1980. Na entrevista ao Estado de Minas/Superesportes, o treinador fala sobre as ambições para a continuidade da carreira e conta sobre os bastidores do sucesso no Cruzeiro.

Como estão sendo estes sete meses acompanhando o futebol mais à distância? Como tem sido essa reciclagem e busca por novos conhecimentos?

Tudo o que você faz que pode agregar ao trabalho feito é importante. Uma das formas que penso de reciclar é avaliar o próprio trabalho. Fiz três reuniões com minha comissão técnica para discutir nossos últimos trabalhos, o que foi bom e deu muito certo e o que pode ser melhorado. Essa comissão trabalha comigo há seis anos, quando conquistamos muita coisa. É sempre possível agregar e melhorar o trabalho. Vejo e analiso muitos jogos, gosto também de ler. A princípio, tive o interesse de sair do país para fazer cursos. Mas, ou eu fazia um curso curto, que não aproveitasse tanto, seria mais para dizer que eu fiz, ou muito longo, que confrontaria com meus interesses no momento. Precisava de tempo com minha família, para ficar mais em casa e fazer coisas que não vinha fazendo. Esses seis anos foram intensos, com finais de Copa do Brasil, disputa de Brasileiro, campeonatos estaduais e Libertadores. Estava ausente de casa e precisava desse tempo. Mas não voltei por iniciativa própria, porque tive propostas que achei não ser interessantes no momento.

Qual será o Marcelo Oliveira que vai voltar ao mercado? Renovado, com novas visões, ideias, ou o mesmo que teve o auge?

Não terá diferenças substanciais, até porque esses seis últimos anos foram muito bons. Conquistamos seis títulos, fomos a seis finais de Copa do Brasil, sempre trabalhando na ponta com clubes diferentes, Coritiba, Cruzeiro, Palmeiras e finalmente o Atlético. Por tudo o que aconteceu, essa última passagem no Atlético criou uma expectativa imensa em todos para conquistar o título nacional, mas infelizmente não conseguimos por uma série de dificuldades. Mesmo assim, conseguimos o quarto lugar, que valia uma vaga na Libertadores, colocação que o Atlético não tem hoje. E também a decisão da Copa do Brasil. Claro que uma ou outra coisa a gente muda. A postura dos times que treinei sempre foi ofensiva, com times técnicos. Conseguimos isso bem no Coritiba, Cruzeiro e em algum momento no Palmeiras. O time jogava muito para a frente, sendo um dos melhores ataques do país. Em relação à postura profissional, vou seguir sendo honesto, correto, leal, intenso e tratando os jogadores com muito respeito e criando bons ambientes, porque isso é um fator básico para chegar às conquistas.

Depois do trabalho no Palmeiras, a mídia passou a criticá-lo duramente em relação ao esquema tático previsível, à proposta de jogo sempre igual, aos chutões e cruzamentos. Isso te atrapalhou no Atlético e na sua recolocação no mercado?

Seria pouco inteligente da minha parte se eu mudasse a postura em relação aos meus dois trabalhos anteriores. No Coritiba, foram dois anos com um dos melhores ataques do Brasil, jogando com toques, rapidez e envolvimento, sendo um time altamente ofensivo. Tanto é que goleamos todos os clubes que foram a Curitiba nos enfrentar. Posteriormente, no Cruzeiro, éramos considerados um time que atacava muito, que mais finalizava, conquistando título brasileiro de forma antecipada. Então, por que eu mudaria minha postura? Será que enjoei de ser um técnico que faz o time jogar e gosta do futebol bem jogado? Claro que não. Não foi possível fazer da mesma forma, pela característica dos jogadores e pelo número de contusões no Palmeiras e no Atlético. Isso atrapalha muito o trabalho. Nunca você tem a mesma escalação frequente, que gera um entrosamento maior. As críticas têm sido assim mesmo. Não tenho interesse e tempo para ver todas. Não sei se eu tenho debatido com um ou outro comentarista, falado de alguma coisa que não soou bem, que foi assumido ou absorvido por outros colegas. Os trabalhos foram normais. Ninguém consegue resultados em sete meses, num grupo que você não montou, o que é importante. Por isso, os técnicos europeus têm uma cota para investir e buscam os jogadores que querem para montar um grupo e um time. No Brasil, ficamos pouco tempo, rodamos em clubes sem montar elenco, sem escolher faixa etária, característica técnica e física. Tudo isso implica para se conseguir um bom trabalho. Tive quatro propostas de fato e uma especulação. Internacional, São Paulo e Santos especularam meu nome, o que não se concretizou. Também deixei de trabalhar por vontade própria. Não sei o que isso pode significar na avaliação dos dirigentes, que trabalham muito com opinião de imprensa e rede social. De repente, num projeto bom, vou ter condição de mostrar tudo o que fizemos. (mais…)


Levir Culpi mantém no Santos o seu estilo: franco, direto e sem meias palavras

Levir: antidemagógico, anti-hiprocrisias e língua nervosa, sem perder o bom humor

Conheço-o desde a seu primeiro trabalho em Minas, no Atlético, em 1994, quando chegou para juntar os cacos do que sobrou da fatídica “Selegalo”, aquele fracasso que custou muito caro ao Galo. Busquei-o na Vila Olímpica, depois de um treino, para uma entrevista ao vivo à nossa bancada do Minas Esporte, da Band, na primeira semana de trabalho dele.

Pegou o time na tal repescagem que existia no regulamento da época e o levou à semifinal do Brasileiro. Perdeu a disputa no jogo da volta para o Corinthians, no Morumbi, quando o goleiro Humberto aceitou uma falta de longe, cobrada pelo lateral Branco, campeão do mundo nos Estados Unidos naquele ano. ( https://www.youtube.com/watchv=O4EPeUI5lEA#t=131.089545 ). Uma das melhores pessoas que conheci no futebol, como profissional e como gente. Continua sendo um dos melhores treinadores do Brasil.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, domingo, virou manchete ao falar abertamente de um dos assuntos mais delicados do futebol, que é religião: “’No Santos vamos falar de trabalho, não de religião’. Fiz um resumo da entrevista, concedida a Klaus Richmond:

* “Levir Culpi, 64, não mede suas palavras. O treinador do Santos, chegou há menos de um mês ao clube e ajudou a equipe a, enfim, deslanchar na temporada. Mas ele não está satisfeito… estuda por fim às concentrações antes dos jogos, alvo de reclamação de jogadores. Outra medida, a mais polêmica, é a proibição aos cultos religiosos dentro do clube.

O centroavante e pastor evangélico Ricardo Oliveira é a principal liderança religiosa no elenco. Cultos durante as concentrações da equipe se tornaram hábito comum no time da Vila Belmiro.

“Quando entramos pelo portão do Santos vamos falar de trabalho e de futebol. Agora, quando saímos, cada um vai para onde quiser. Pode ser umbandista ou ateu, mas religião dentro do trabalho, não.”

Folha – Em outros clubes, o senhor já bateu de frente com jogadores importantes para o seu time como Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli e Fred. Por que tomou essas atitudes?
Levir Culpi – São atitudes naturais. Não fico preocupado com o que vou dizer, pois falo o que sinto pela minha experiência no futebol. Hoje, tive uma reunião com os jogadores, falei de frente com alguns. Quero que eles se expressem.

Qual foi o motivo da reunião?
Queria conversar sobre algumas coisas que aconteceram aqui e que não gostei. A melhor maneira era essa, só eu e os jogadores.

Alguns jogadores do Santos costumam fazer cultos religiosos na concentração. O que o senhor pensa a respeito?
Se você adquire a confiança do grupo, como fiz no Atlético-MG, podemos tirar a concentração. Há essa possibilidade, mas vai depender das situações. Sobre o culto religioso, acho que quando entramos pelo portão do Santos vamos falar de trabalho e de futebol. Agora, quando saímos, cada um vai para onde quiser. Pode ser umbandista ou ateu, mas religião dentro do trabalho, não. Quando vamos sair de ônibus nós nos reunimos, fazemos uma oração. É um negócio bacana, que só fortalece o grupo. Apesar de eu ser um agnóstico, aceito qualquer manifestação religiosa desde que não fira alguns princípios. (mais…)


Galo se impõe no Rio mas esbarra em seus próprios erros em noite de mais selvageria fora de campo

Numa rodada em que o Avaí venceu o Grêmio em Porto Alegre, o São Paulo tomou de três do Santos, se firmando na vice lanterna e muita confusão, incluindo um morto em São Januário, o Atlético estava conseguindo um resultado fantástico no Engenhão até aos 45 minutos, quando o Robinho desperdiçou a oportunidade mais clara do jogo. Dois minutos antes Cazares foi fominha e ao invés de tocar para o Fred, na cara do gol, tentou driblar e foi dominado. Era para decretar a vitória, mas na sequência da defesa do Jeferson, Mateus Mancini cometeu pênalti, Victor defendeu parcialmente e o próprio cobrador, Roger, empatou. Bem no início do segundo tempo Rafael Moura bateu pênalti, também defendido pelo Jeferson, que retornou de contusão depois de quase um ano e meio em recuperação. A punição por essas falhas de seus atacantes foi dura com este empate já que o time fez uma bela partida e se impôs o tempo todo na casa do adversário.

Mas lamentável mesmo foram mais cenas de selvageria fora do estádio antes do jogo, quando uma das torcidas do Botafogo preparou emboscada para os atleticanos, com mais gente baleada e 13 detidos. A falência das forças de segurança do Rio de Janeiro está sendo materializada na PM do Rio, incompetente para evitar confusões como essa nos jogos de futebol no estado.

Detalhes nesta reportagem do Globoesporte.com:

“Depois das cenas de selvageria em São Januário, o futebol brasileiro teve mais momentos tensos neste domingo, também no Rio de Janeiro, quando torcedores de Botafogo e Atlético-MG brigaram do lado de fora do estádio Nilton Santos momentos antes do jogo entre as duas equipes pelo Campeonato Brasileiro. (mais…)


Promessa de Mano Menezes cumprida: Cruzeiro não tomou três, jogou bem e venceu sem atropelos

Em foto do SuperFC a comemoração cruzeirense por mais um gol no Palmeiras.

Improvisado como lateral direito, Lucas Romero fez uma grande partida e foi eleito como o melhor em campo pela equipe da Itatiaia. De repente o técnico Mano Menezes descobriu a solução para o setor. Como melhor em campo gostei mais do Thiago Neves, que além do gol, participou intensamente da partida. Alisson foi outro gigante. Ao contrário do Rafael Sóbis, que mais uma vez se mostrou desligado.

Cruzeiro e Palmeiras fizeram uma boa partida e a vitória azul foi sem atropelos, apesar do susto quando o time paulista diminuiu o placar para 2 a 1. A partir daí Mano mandou o time jogar nos contra ataques e assim, chegou ao terceiro gol, com Elber, já nos descontos. De risco da zona de rebaixamento, caso perdesse, à chegada ao sexto lugar na classificação. Quarta-feira outra parada difícil, em Curitiba contra o Atlético-PR.


Bola da final do Mineiro rendeu R$ 2.150,00 ao Hospital Mário Pena através de leilão beneficente

O leilão foi no dia quatro em mais uma ação dos voluntários do Instituto e do futebol em apoio ao Hospital.

BOLA2

https://www.gpleiloes.com.br/index.php?home=1&pg=leilao&idleilao=1189

Coincidentemente, minha amiga Eliane Soares, psicóloga do Centro Oncológico Dr. Marcelo Pimenta, de Viçosa, nos enviou link do youtube com imagens emocionantes do Coral Aprendizes, constituído por pacientes do Mário Pena. Vale a pena conferir e espalhar:

“Ação Solidária Viva Voz – Coral Aprendizes”

https://www.youtube.com/watch?v=JrwfKPRCEjw&feature=youtu.be


“Bando de energúmenos desocupados isto sim. Trabalhar que é bom nada, hein?”

Quem disse isso foi o Fernando Rocha, o de Ipatinga, um dos bons jornalistas da imprensa que cobre esportes em Minas, se referindo aos que foram protestar na porta da Toca da Raposa contra o time do Cruzeiro esta semana. Confira em primeira mão a coluna dele que será publicada amanhã, no Diário do Aço:

* “Coluna Bola na Área – 09/07/17 – Domingo – Fernando Rocha”

Mais maluco

O futebol sempre foi imprevisível, maluco, mas de algum tempo prá cá, com esse calendário atual, o futebol ficou ainda mais maluco, desbancando todas as previsões, números, estatísticas, esquemas táticos e elencos mais qualificados, além da influência dos técnicos chamados de “professores” ser muito maior.

Entre os muitos sinais de maluquice da semana está o do Atlético, que depois de fazer um jogo de alta intensidade, excdelente, derrotando o maior rival, Cruzeiro, três dias depois viaja à Bolívia para enfrentar um adversário muito mais fraco, e joga feio, perde, como se fosse outra equipe.

Cada jogo mais maluco do que o outro, cada um surpreendendo mais os comentaristas, técnicos, a aritmética, os pitaqueadores de plantão,  os conceitos científicos do futebol, e por aí afora.

O caso do Cruzeiro também é parecido, assolado por constantes contusões musculares no seu elenco, o que enfraquece o time, dificulta a formação de um padrão tático, o que há um mês atrás era elogiado, assim como o trabalho do técnico Mano Menezes, que agora é questionado e ameaçado de demissão.

Onde é que vamos chegar nessa toada eu não sei, mas não vejo nenhuma graça nessa maluquice que tomou conta do nosso futebol.

Nova era

Pelo que sei Cruzeiro e Palmeiras vão utilizar seis principais titulares neste clássico nacional, hoje, no Mineirão, principalmente o time celeste, que não atuou no meio da semana e precisa se reabilitar depois da derrota no clássico para o Galo.

O mesmo não se pode garantir em relação a Botafogo e Atlético, que vão se enfrentar no Rio de Janeiro, pois ambos tiveram jogos complicados e desgastantes pela Libertadores.

A cada rodada é a mesma coisa: times que brigam na parte de cima da tabela, envolvidos em diversas competições ao mesmo tempo, acabam jogando com reservas para tentar evitar ao máximo  as contusões de titulares importantes.

Este aí é o nosso futebol,  brasileiro e sul-americano, espremido e judiado entre o calendário da CBF, Conmebol, o das federações, agora também de ligas, e sei lá mais o que  virá. Jogadores, técnicos, médicos, fisioterapeutas, e todo o staff dos clubes, têm de se virar porque suas diretorias são submissas, subalternas em relação às entidades que comandam o futebol.

  • Causa espanto ver alguns colegas da crônica dizendo que Rogério Ceni é  o maior ídolo da história do São Paulo. Pode ter sido um dos maiores, mas não o maior. Isso é coisa de quem só viveu as duas últimas décadas e desconhece essa mesma história. Agora, claro que foi um desrespeito a sua demissão do cargo de treinador pela atual diretoria, que errou ainda mais ao contratá-lo sem nenhuma experiência para exercer o ofício.
  • Mas, como diz a letra de Caetano Veloso, no clássico “Sampa” da MPB, “todo narciso acha feio o que não é espelho”. Até mesmo quando resolver pedir desculpas à torcida são-paulina, Rogério Ceni desfilou sua arrogância e não desceu do tamborete: “Desculpem-me se falhei”, disse Ceni, esquecendo-se de que o time então dirigido por ele, não vence há seis jogos e foi parar na zona de rebaixamento.
  • Há um mês atrás os venezuelano Otero era reverenciado como o melhor batedor de faltas do futebol brasileiro, o que vinha lhe garantindo a condição de titular. Cazares, muito bom técnicamente, ficava no banco por conta de seus “apagões” durante as partidas. Agora tudo mudou, Otero perdeu espaço,  Cazares mesmo ainda apagando de vez em quando virou titular absoluto, e ainda lhe tirou o posto de melhor do país nas bolas paradas, ao lado do peruano Guerrero, do Flamengo. Até a fama de baladeiro do equatoriano foi esquecida. “O futebol, cheio de dúvidas e incertezas é uma metáfora da vida”. Tostão.
  • Terminados os jogos de ida das oitavas de final dá para prever quem fará as quartas? Não custa nada olhar a bola de cristal, mas a garantia é nenhuma. Os prováveis confrontos seriam:  River Plate x Atlético/MG ; San Lorenzo x Lanús; Santos x Palmeiras e Botafogo x Grêmio. O jogo de volta mais difícil dos times brasileiros é o do Palmeiras, pois este Barcelona do Equador tem aprontado fora de casa.
  • Em pleno horário de batente numa quarta-feira  gorda,  cerca de 100 torcedores (???) do Cruzeiro foram prá frente do portão da Toca II, gritar palavras de ordem e achacar os jogadores, que chegavam para treinar ou trabalhar como gostam de dizer. O evento, que mereceu destaque na mídia, foi uma forma de protesto das tais torcidas organizadas contra os últimos maus resultados. Por conta disso é que os políticos deitam e rolam neste país e chegamos onde estamos.  Bando de energúmenos desocupados isto sim. Trabalhar que é bom nada, hein? (Fecha o pano!)

* Por Fernando Rocha – Diário do Aço


Ecos do passado e homenagem: Fernando Rocha, Bob Faria, Marcos Russo, Dida e muita gente boa no espaço virtual da AMCE

Dando sequência à “seção nostalgia” desta sexta-feira, apresento algumas fotos históricas que a Associação Mineira de Cronistas Esportivos – AMCE -, tem publicado em seu site/facebook. Agradeço ao repórter Renato Alexandre pela dica.

Aproveito para homenagear ao amigo e colega de faculdade, no Uni-Bh, o global Fernando Rocha, atualmente apresentador do programa matinal Bem Estar, junto com a Mariana Ferrão. Eles estão em Beagá, hoje, com uma ação cidadã muito legal, na Pampulha, em parceria com o SESI/FIEMG, que você pode conferir no link no fim deste post.

Fernando foi ator de teatro, apresentador da Rede Minas, meu colega também na Band, nos anos 1990, porém no jornalismo, de onde foi para a Globo. Era repórter da central de esportes lá, conforme mostra a foto destacada neste post, do dia 1º de março de 1998, depois de um Cruzeiro 2 x 0 Ipiranga de Manhuaçu, no Mineirão, pelo Campeonato Mineiro.

Na foto abaixo, no mesmo jogo, Bob Faria, então repórter da Rádio Itatiaia, lançado pelo pai, Osvaldo, entrevistando Elivelton.

BOBFARIAFABINHO

Foto que também está no face da AMCE.

MARCOSRUSSODIDA

E aqui está o Marcos Russo, na época Rádio Inconfidência, entrevistando Dida, que surgia como o melhor goleiro do Brasil.

Vale conhecer o face da AMCE:

https://www.facebook.com/AMCE-Associa%C3%A7%C3%A3o-Mineira-de-Cronistas-Esportivos-245255275572308/

E, convenhamos, o Fernando ficou em companhia bem melhor do que no início de carreira, quando entrevistava jogadores de futebol, não é?

ROCHINHA

“Bem Estar Global, uma parceria sadia entre Globo e SESI” (mais…)


Telê Santana marcou seu 70º gol pelo Fluminense no Democrata, no Duarte de Paiva em Sete Lagoas

E por coincidência no dia do aniversário do Atlético. Informação na seção “Ecos do Passado”, em minha coluna de hoje no jornal SETE DIAS, e foto enviada pelo Ciro dono da banca de jornas em frente ao Banco do Brasil, no centro da cidade:

“Em 25 de março de 1956, o Democrata recebeu o poderoso Fluminense para um amistoso no estádio José Duarte de Paiva. O Jacaré não conseguiu evitar a goleada e a equipe carioca, uma das mais fortes do Brasil naquela época ganhou por 5 a 0. Neste jogo Telê Santana (agachado, terceiro da esquerda para a direita) marcou o seu 70º gol com a camisa do Flu. Na foto os jogadores do Democrata estão de uniforme mais claro: Braúna, Nelsinho, Amauri, Joel, Rui e Ziete; Pedro Luiz, Marquinho, Biguá, Chiquinho, Gerci e Aires. O massagista era Valdir do Carmo, responsável pela identificação dos democratenses. Ele também recorda que o Fluminense ficou hospedado no Hotel Vitória, o mais chique da região na época, fechado recentemente.

O Fluminense mostra Castilho (em pé, primeiro à esquerda), Pinheiro (nono, em pé) e tinha jogadores como Jair Santana, Clóvis, Altair, Léo, Valdo, Jair Francisco e Escurinho.”


Mano Menezes enfrenta o fator “fadiga de material”, que costuma afetar e derrubar treinadores

Vida de treinador não é fácil: de “comendador” da Medalha Tiradentes em 21 de abril ao risco de “degolado” três meses depois

Quando um avião cai e os peritos não descobrem a causa, ele dizem que foi “fadiga de material”. A expressão é boa e passou a ser usada por marqueteiros políticos párea justificar a derrota de seus clientes nas urnas. Ano passado ouvi isso de um desses especialistas para tentar explicar o fracasso de um prefeito da Grande BH, tido como imbatível.  Serve também para o futebol.

Mano Menezes enfrenta turbulência no Cruzeiro em duas frentes: parte da torcida, que pressiona pela saída dele, e parte da imprensa, que dá troco nele por algumas patadas que andou dando em colegas, quando o time estava em bom momento e ele não gostava de determinadas perguntas.

Nada de anormal. É assim que as coisas funcionam quando os resultados em campo não são satisfatórios. E Mano não deixou de ser o ótimo treinador que é. Está é desgastado internamente porque desempenha papel duplo, de comandar o time e atuar também em muitas situações, como gerente, supervisor e até diretor de futebol. Mesmo problema que o Atlético viveu durante a enfermidade do Eduardo Maluf. Sem alguém para representar a diretoria, com poder de decisão, no dia a dia de um grande clube, sobra para o treinador, que acaba se desgastando com jogadores e funcionários em geral. Com o tempo, as relações ficam ruins com um ou outro e acaba refletindo no rendimento do time.

Diego Aguirre e Marcelo Oliveira enfrentaram isso no Galo; Roger Machado, também, até recentemente. Daniel Nepomuceno nomeou o ex-diretor da base, André Figueiredo, para a função que era do Maluf, recentemente. Ainda não deu tempo de sentir os efeitos.

O fato é que, um diretor competente e com força para se impor no dia a dia dos treinos, é fundamental, para que o técnico apenas cuide do time e não tenha que desviar a atenção para problemas que devem ficar para a diretoria. Vanderlei Luxemburgo voltou da fracassada experiência européia com essa idéia, intitulada “manager”. Tentou emplacá-la no Atlético e tanto ele quanto o clube se deram mal.


Ninguém está imune a pressões e incompreensões. Nem mesmo o americano Thiago Reis com a torcida do América

Sábado, durante a bela vitória do Coelho sobre o Brasil de Pelotas, o ótimo repórter Thiago Reis foi um bom exemplo do tanto que a paixão transforma as pessoas, levando-as a interpretações equivocadas. Via twitter, Gilmar Pereira escreveu sob essa imagem do Thiago, extraída da TV: “E o @thiagoreisbh se segurando pra não ir abraçar o Bill?”

Momentos depois, Marcelino Moraes escreveu, em tom de cobrança, sob esta imagem: “Olha o @thiagoreisbh após o terceiro gol…”

THIAGOREIS

O repórter aproveitou para respondeu a ambos: “Como sempre digo. Ali não é lugar pra comemorar. A reação é a de sempre!!!”