Blog do Chico Maia

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Na seleção, Tite lembra o aprendizado com o treinador mineiro Carlos Alberto Silva

Em sua primeira visita a Beagá, como  técnico da seleção, Tite convidou Carlos Alberto Silva (cabeça branca à esquerda, mais ao alto) para assistir com ele Cruzeiro x Atlético-PR, no Mineirão

* * *

É muito bom ver demonstrações de gratidão. Pela segunda vez, desde que assumiu a seleção brasileira, o técnico Tite reverencia o Carlos Alberto Silva, que foi treinador dele no Guarani de Campinas. Tive a satisfação de conviver e aprender com o Carlos Alberto nos meus tempos de repórter das Rádios Capital e Inconfidência e ele comandou o Atlético e depois o Cruzeiro. Excelente treinador, grande figura humana, que continua morando em Belo Horizonte, onde tem uma agência de turismo.

O portal da ESPN destacou a gratidão de Tite a ele: 

* “Tapa em Bebeto e solidário: quem é o técnico que ensinou Tite a se relacionar com jogadores”

O técnico com quem Tite aprendeu a se relacionar com jogadores deu um tapa no tetracampeão Bebeto quando o atacante, então ainda no início da carreira, reclamou ao ser substituído em um jogo da seleção pré-olímpica, em 1987.

Em Natal, onde a seleção enfrenta nesta quinta-feira a Bolívia, pelas eliminatórias sul-americanas, Tite, ao ser questionado como havia informado Willian que perderia a posição de titular para Philippe Coutinho, lembrou dos ensinamentos de Carlos Alberto Silva e Pedro Pires de Toledo, que foram, respectivamente, seu técnico e preparador físico nos tempos em que era jogador no Guarani de Campinas

“Aprendi com eles que dá pra falar pela frente, enaltecer o trabalho”, disse o treinador da seleção, lembrando que avisou com antecedência a Willian que ele perderia a posição. Não foi a primeira vez que Tite elogiou Silva, que ganhou o Campeonato Brasileiro de 1978.

“Carlos Alberto e Pedro Pires sempre me mostraram esse outro lado, o humano, do respeito e da escolha que deve ser profissional, de dar atenção a todos de forma igual, do veterano ao juvenil. Esse legado, esse aprendizado eu trouxe desses dois profissionais. Trago bastante do Guarani, de vida e profissão”, disse Tite em entrevista ao diário “Lance” em 2013.

CAS

Carlos Alberto nos tempos do Guarani de Campinas, com quem foi campeão brasileiro em 1978

Tite é muito grato a Silva por que este sempre o apoiou quando sofreu uma grave lesão no joelho e deixou de jogar. (mais…)


Bandeiras penduradas. Que venha o vento!

Esta twittada da Cariogalo foi antes do jogo contra o Corinthians, mas teria a mesma serventia se tivesse sido depois do empate: ‏@Cariogalo: “Bandeiras penduradas. Que venha o vento!”

A crença alvinegra se justifica, porque o futebol apresenta surpresas que beneficiam quem não desiste nunca. Quando alguém diz que todo jogo de um campeonato por pontos corridos é uma decisão, pouca gente dá bola, mas é a maior verdade do futebol brasileiro desde 2003. Os pontos “bobos” perdidos nas primeiras rodadas fazem diferença agora. Não tivesse empatado e perdido jogos absurdos no início, este 0 a 0 seria comemorado efusivamente: quase 10 desfalques de peso, Fred “baleado” e jogo na casa do Corinthians, mesmo sem o time mostrar futebol convincente na maioria dos jogos e depender demais dos valores individuais.

A escolha do técnico errado no fim de 2015 e a troca obrigatória no meio da disputa anularam o alto investimento em jogadores que qualquer grande clube da América do Sul gostaria.

Isso me faz concordar com estas opiniões que selecionei de alguns twitteiros que sigo:

HENRIQUE ANDRÉ ‏@ohenriqueandre 

4 pontos em 6 disputados em São Paulo. Se segurar tá ótimo. Resultado excelente para o Galo.

Não podia era ter empatado com o Sport. Resultado excelente hoje.

Zeca Devotos ‏@zeca1908 

Bom resultado, em nenhuma simulação de título contei os 3ptos em Itaquera. Com 10 desfalques e 1 expulso foi de bom tamanho.

Fred Melo Paiva ‏@fredmelopaiva 

Ainda dá pra nós. Foco nisso e apoio total. Gaaaaaaaaaaaloo

Thiago Nogueira ‏@thiagonoggueira 

Atlético tem 42,2% de aproveitamento fora de casa. É o quarto melhor. Não é muito ruim, mas Palmeiras (57%) e Fla (52%) são bem melhores.

CrisGalo ‏@CrisGalo 

#Galo pecou demais nas finalizações. Eeeeh Hyuri!!!!! Empate n foi ruim pelas circunstâncias. #VamuGalo

Vinicius Grissi ‏@ViniciusGrissi 

Segundo tempo do Atlético foi ruim embora tenha se defendido bem. Empate ótimo pelas circunstâncias, bem ruim para a tabela.

Andre Rizek ‏@andrizek 

Um registro. O ataque do Corinthians neste momento é Riberildo e Gustagol.

Felipe Araújo @gambetas 

Hyuri está em uma noite infeliz desde o nascimento de Jesus Cristo.


O zero a zero entre Atlético e Corinthians: ruim para os dois, mas nem tanto

A análise do jogo e circunstâncias na visão de um dos grandes jornalistas de São Paulo, o mineiro de Guaxupé, Luiz Antônio Prósperi, do “Estadão”:

* “Corinthians esbarra no seu fraco futebol e deve fechar para balanço da temporada”

Corinthians já deve antecipar o fim do expediente e fechar para balanço nesta temporada. Sem recursos técnicos e comandado por um treinador interino, decepcionou mais uma vez no Itaquerão e chegou a seis jogos sem vencer no Brasileirão ao empatar por 0 x 0 com o Atlético-MG, desfalcado de dez jogadores importantes. Bom para o time de Minas, que só se defendeu e saiu feliz com um ponto fora de casa.

A vitória seria importantíssima para tirar o Corinthians da letargia e ajudar na briga por uma das seis vagas da Copa Libertadores. Mas, nem com essa generosidade de última hora da Conmebol a aumentar o número de representantes do Brasil na competição, levou o time paulista e se virar para vencer o Atlético. Faltou talento.

Corinthians passou boa parte do primeiro tempo com o controle do jogo. Tirou proveito da postura defensiva do Atlético. Avançou com boa troca de passes, sem ligação direta, e construiu dois lances claros de gol. O primeiro, com um gol anulado de Gustavo, e outro com Rodriguinho, que chutou de chapa por cima do travessão.

Tudo o que o Corinthians fez foi jogar  muito simples, sem criatividade, apenas com excessiva força de vontade, entrega, bem característica de um time sem recursos técnicos.

Atlético também não inventou nada, acusando o sacrifício de jogar sem pelo menos seis titulares – desfalques por serviços às seleções nacionais e lesões. Recuado e sempre à procura de Robinho para resolver seu problemas, apostou nos contra-ataques com a velocidade dos extremos Clayton na direita e Hyuri na esquerda. Em um desses contragolpes, teve o gol nos pés de Clayton, mas Walter evitou o pior.

Nada de muito relevante a um time que briga pelo título e não poderia desgrudar dos calcanhares do Flamengo e se distanciar do Palmeiras. Quis ser frio, calculista e cirúrgico na tacada final. Não conseguiu. (mais…)


Sucessor de Emir Cadar na presidência do Conselho do Atlético é uma das pessoas mais importantes da história recente do clube

Muito bom saber que o Dr. Rodolfo Gropen será o próximo presidente do Conselho Deliberativo do Atlético. Uma das maiores autoridades das áreas comercial e tributária do Brasil, este advogado de 51 anos de idade, formado pela UFMG; Mestre em Direito Tributário, foi um achado na vida do Galo, especialmente onde o clube mais precisava. Para negociar dívidas, sanear as finanças, estancar nos tribunais as perdas milionárias daquela avalanche de ações jurídicas que o Galo enfrentava. Gropen e os companheiros que com ele assumiram o jurídico do Galo em fins de 2008 (Lásaro Cândido da Cunha, João Avellar e Sérgio Sette Câmara) merecem todas as homenagens dos atleticanos. Felizes descobertas do Alexandre Kalil, que não tinha amizade com nenhum deles na época, mas os convenceu a se juntar a ele para tirar o Atlético do atoleiro. E o mais importante: de graça! Foi o fim da enxurrada de diretores altamente bem remunerados que habitavam a Sede de Lourdes. Aliás, a maior virtude do Kalil no Galo foi saber escolher as pessoas certas para os lugares certos.

Gropen foi Diretor de Gestão de 2008 a 2011, e Planejamento de 2012 até ontem, quando se exonerou para assumir a candidatura (única) à presidência do Conselho Deliberativo. Gosta sempre de dizer que, pelo Galo, ele é “remunerado pela paixão, exclusivamente”.

Os mais velhos certamente vão se lembrar do pai dele, que foi um grande jornalista: o saudoso Carlos Gropen, comentarista econômico da TV Vila Rica (que virou Band) e que por 25 anos trabalhou no Estado de Minas, na editoria de Cultura, onde também tinha a coluna “De Bar em Bar”, que era uma referência de boas dicas de Belo Horizonte.

Vai suceder a outro atleticano que merece todas as honras, Emir Cadar, articulador e conciliador fantástico, que merece uma coluna à parte, que escreverei nos próximos dias. O vice do Rodolfo Gropen será o Sérgio Sette Câmara, também excelente advogado, de incontáveis serviços prestados ao Galo, gente boa demais da conta.


Os mistérios do departamento médico do Atlético e os banhos dos cachorros da D. Marisa

Realmente a incidência e reincidência de contusões no Atlético passam dos milites e precisam ser mais questionadas por quem de dever e direito, que somos da mídia. Quem me cobra isso, mais uma vez, com toda razão, é o Túlio G. Viana, a quem prometi meses atrás, cobrar mais e perguntar diretamente ao Dr. Rodrigo Lasmar, o chefe do Departamento Médico do Galo. Ele invoca até a ex-primeira dama do país, cuja vida privada costuma ser vasculhada pela mídia, mas este assunto no Galo parece tabu.

Infelizmente, fui cobrir a Olimpíada, e depois ainda não me encontrei com o Rodrigo para uma entrevista gravada, mais esclarecedora. Não vou à Cidade do Galo como antigamente.

Mesmo que haja explicações para todas as contusões e “recontusões”, elas precisam ser esclarecidas ao torcedor, que vê as suas esperanças minguando a cada fila na enfermaria alvinegra. O Galo tem um ótimo elenco, dos mais caros do Brasil, mas o técnico nunca pode contar com todos ou com a maioria. Até que eu consiga me encontrar com o Dr. Rodrigo Lasmar, passarei essa bola para o Igor Assunção da 98FM, que vai a quase todos os treinos e é desses repórteres “chatos”, que insiste nas perguntas que dirigentes, médicos e jogadores não gostam de responder.

Já encaminhei este e-mail/cobrança do Túlio a ele.

Confira:

* “Olá, Chico, desculpe se estou sendo chato, mas o mistério continua. Vá lá que um jogador tenha histórico de lesões, como o Guilherme, especialmente no tempo do Galo. Mas e esse bate e volta? O DM do Galo libera o sujeito, ele se apresenta e na partida seguinte, ou antes disso, já está de volta. Se não me falha a memória, esse ano já aconteceu com o Marcos Rocha, Lucas Pratto, Victor, Erazo, Dátolo, Cazares e agora com o Maicosuel, se é que não estou me esquecendo de alguém. É claro que deve haver algo errado com os médicos, ou com os fisioterapeutas, ou com os fisicultores, ou com todos juntos.

Na verdade, são dois os mistérios. O segundo mistério é o silêncio da mídia. Ela é capaz de investigar até quantas vezes a dona Marisa levava o cachorro para o veterinário, mas trata essas lesões em série como uma fatalidade, ou até como uma coisa normal. O Maicosuel é liberado e em seguida sofre um edema. A notícia para por aí. É como se o jornal dissesse: “amanhã vai haver treino em dois horários”. Você não acha esquisito? Por que não fazem uma comparação com os outros times? Ainda que fosse só culpa do calendário, e acontecesse com essa frequência com todos eles, não seria o caso então de questionar esse inchaço que o calendário vai ter no próximo ano, com Mineiro, Rio-Sul-Minas, Libertadores, Sul Americana e Copa do Brasil, tudo sendo disputado por todos? Aliás, todos criticam o calendário e ninguém criticou a Rio-Sul-Minas ou as novas regras da Libertadores (só criticaram o fato de não terem sido avisadas antes). Tenho saudades dos primeiros tempos da Revista Placar”.  Um abraço

Tulio G. Viana


Despacho na encruzilhada ainda faz parte das cenas brasileira e belorizontina!

Um velho conhecido diz que “não acredito em feitiço, mas por favor, não faça contra mim”. É desse jeito!

Em meu caminho para a Rádio Itatiaia, toda terça-feira pela manhã, invariavelmente, me deparo com esta cena, que faz parte das crendices de milhões de brasileiros.

“Despacho”, justamente na esquina das Ruas Sete Lagoas e Mariana, no Bairro Bonfim.

Despacho2

 

A Rua Sete Lagoas é uma das que cercam o Cemitério do Bonfim, onde está este muro, protegido por essas concertinas horrorosas.

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A Rua Mariana tem belas casas, maioria conservada, com seu estilo dos anos 1940/50.


Secadores que não funcionam e mais verdades verdadeiras do Duke!

Esperar que o Santa Cruz tire pontos do Palmeiras, mesmo em casa, é como acreditar que o “Sargento Garcia vá prender o Zorro”!

Ou, “empurrar caminhão na subida!

Igual acreditar que o Coritiba, em casa, perderia pontos pro América.

Difícil demais!


Eleição em Beagá: verdade verdadeira do Duke!

No Super Notícia!


América volta a perder e tem de conviver com “verdades verdadeiras” como as do Dum”!

Depois de ficar quatro jogos consecutivos sem derrota, o Coelho perdeu de 3 a 0 para o Coritiba, ontem, no Couto Pereira, e o goleiro João Ricardo fez defesas espetaculares.

Mas, a venda de mando de campo continua rendendo zoações, como esta do Dum, outro chargista da prateleira de cima do Brasil! Do Hoje em Dia!


O América joga hoje, mas torcedores não perdoam a diretoria por venda de mando

O time fecha a 28ª rodada em Curitiba, às 21 horas, contra o Coritiba, que também luta contra o rebaixamento. Na 29ª rodada, o adversário será o líder Palmeiras, e o jogo seria no Independência, mas a diretoria vendeu o mando, para que o Estádio do Café, em Londrina-PR, seja o palco:

O sócio-torcedor Márcio Amorim enviou a seguinte carta à direção do clube:

* “Carta ao Conselho Administrativo do América Futebol Clube”

Senhores,

sei que vivemos um período político conturbado que torna as instituições desacreditadas. Há muito tempo, vimos assistindo verdadeiro desrespeito às leis e, consequentemente, aos cidadãos de bem.

Difícil, para nós, é acreditar que que tal estado de coisas acabam por nos atingir de forma tão grotesca.

Fomos submetidos a uma pressão incrível para que nos tornássemos sócios-torcedores. Depois de muito lutar contra, eu sucumbi ao perceber que a tática usada era a de fazer-nos crer que estávamos “pagando mais” do que os sócios.

Não há nenhum sócio que  tenha comprado a ideia por engano. Todos, sem exceção, compraram a ideia de ver os jogos do Brasileirão Série A em que o América fosse mandante, COM QUALQUER TIME, E SEM CONSIDERAR A POSIÇÃO NA TABELA NO MOMENTO DOS JOGOS.

Se há algum meandro jurídico que torne este argumento, em caso de demanda, frágil, não há nenhum outro que nos impeça de considerar que fomos enganados.

Considero-me enganado desde que surgiram os primeiros boatos de venda de mando de campo.

A pergunta que surgiu junto com os boatos questionava se era não só ilegal como também imoral. A REvenda do produto (América x Palmeiras) não só é ilegal. É  também imoral.

Ilegal, porque estão vendendo o mesmo produto para dois consumidores. E eu comprei o produto, antes dos empresários que agora oferecem 700 mil por ele, na boa-fé de que veria os grandes times do país, quando o América fosse mandante.

Imoral, porque foi feita uma pressão para aderir ao programa de sócio, de forma insistente e o único produto por que pagamos está sendo repassado a outro consumidor.

Qualquer argumento jurídico sucumbe diante do fato cristalino de que se trata de uma decisão impensada e irresponsável.

Impensada, pois não se levou em consideração o fato de que todos querem ver os maiores times do Brasil, aqui, na nossa casa, apta a recebê-los, sem nenhum entrave que justifique a mudança de local.

“Fazer caixa” não pode ser a ferro e fogo. Já fizeram caixa quando venderam ilusão; fizeram caixa quando os torcedores atenderam ao apelo dos diretores, embora soubessem que o time que estavam montando seria fraco. Muito fraco, por sinal.

Irresponsável, pois se propõem a REvender um produto que compramos por antecipação e a entregá-lo apenas ao segundo comprador, com certeza poderoso.

Creio que este caminho que estão percorrendo é sinuoso e perigoso. Já há boatos da venda dos jogos contra Flamengo e São Paulo. O que restaria do que “compramos”? Jogos com times de menor expressão?

Além do mais,  há, sim, uma expectativa de bons públicos nos três jogos, porque são de interesse geral para a tabela de classificação. Em tempos idos, cobrou-se quantia irrisória e o campo encheu. Hoje, na lanterna eterna, cobra-se um absurdo do desportista, daquele que vai ao estádio por prazer, pelo espetáculo.

O resultado é que as bilheterias ficam às moscas e o ingresso “cortesia” é vendido abertamente na rua Pitangui a 20 reais. Quem vai pagar 100 reais na bilheteria?

Em qual cabeça pode passar um absurdo deste e ainda atribuir o fracasso dos campos vazios aos torcedores?

Este caminho sinuoso descortina-se como uma possibilidade de haver muitos problemas futuros na justiça. Se ainda há tempo, retrocedam, por favor!

Márcio Amorim – sócio-torcedor e, quem sabe, ex.