O Brasil é um país sui generis: marginal apronta, mas quem paga é o clube.
E como o marginal não é punido, outros marginais continuarão aprontando.
Ano passado marginais de azul e branco infernizaram o Independência no clássico e o Atlético foi punido.
O Cruzeiro passou a dispensar a cota de 10% para a sua torcida.
Agora a situação se repete, porém, inversamente: marginais de preto e branco aprontaram, mas o Cruzeiro é quem pagará a conta.
Alexandre Kalil também anunciou que a partir de agora o Atlético também não vai mais querer os tais 10% de ingressos.
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A polícia anunciou a detenção do dono do carro de onde partiram os tiros contra os quatro atleticanos que estavam no ponto de ônibus, indo para o Mineirão. Diz que é da Máfia Azul, mas nega que tenha sido o autor dos disparos.
Daqui algumas horas deverá estar solto e depois de amanhã o assunto cairá no esquecimento.
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A notícia de que o Cruzeiro pagará o conserto das cadeiras do Mineirão está no site da Rádio Itatiaia:
* “Cruzeiro terá que pagar por prejuízos causados no Mineirão após clássico contra o Atlético”
Cerca de 100 cadeiras foram quebradas (Erwin Oliveira/I9/Estadão Conteúdo)
Além de ter perdido o clássico para o Atlético, no domingo, o Cruzeiro terá que arcar com os danos causados no Mineirão pelas duas torcidas durante e após o duelo. Por ser o mandante da partida, o clube celeste é considerado o responsável por oferecer toda a segurança aos envolvidos no confronto.
Em entrevista à Itatiaia, o gerente de operações da Minas Arena, Severiano Braga, revelou que o Cruzeiro terá que pagar o prejuízo. “Pelo regulamento sim”, limitou-se a dizer, afirmando ainda que cerca de 100 cadeiras foram danificadas, ratificando a informação em nota divulgada pela concessionária que administra o Mineirão.
O Cruzeiro confirmou, por meio da assessoria de imprensa, que irá arcar com os danos causados no estádio.
O gerente de operações, no entanto, minimizou o prejuízo financeiro a ser pago pelo Cruzeiro, que é parceiro da empresa no estádio. “Nós da Minas Arena acreditamos que o prejuízo é mais moral. Você prepara o estádio, coloca segurança, bares, atendentes e deixa o estádio limpo. Aí vem as pessoas e quebram. E como que fica? No próximo jogo, a pessoa que quebrou não voltará mais? Ela não vai reclamar que o banheiro não está funcionando e a cadeira dele está quebrada?”, indagou.
Severiano Braga afirmou que a maior parte das cadeiras quebradas está no local que seria como divisa das duas torcidas. “Infelizmente os torcedores não se comportaram de maneira adequada”, criticou, lembrando que o número de assentos destruídos foi algo incomum comparando-se com outros jogos.
“Esse problema de cadeira quebrada diminuiu muito, mas as pessoas vieram para esse clássico com o ânimo diferente, mais exaltadas, o que nos assustou. Para nós, esse número não é comum, é assustador”, declarou.
Ouça a entrevista completa com o gerente de operações da Minas Arena concedida ao repórter Fabrício Calazans